Capítulo 52
Booooo
Só mais esse pra vocês.
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Como volto à editora bem em cima do fim do meu horário de almoço, não sobra tempo para contar a Camilla como foi meu encontro com Carla. Portanto, deixo para fazer isso quando sairmos do trabalho. Com certeza, minha amiga vai me crivar de perguntas quanto a isso mesmo.
— Ju! Preciso de um favor seu. Pode vir até a minha sala.
Levanto da minha cadeira a qual havia sentado há dois minutos e sigo até a sala da minha chefe.
— Eu ia pedir ao boy pra fazer isso, mas Marli avisou que ele foi ao centro e vai demorar um bocado pra retornar. E como tenho pressa pra entregar isso... - Pocah me estende uma pasta parda por cima da mesa, que eu pego de sua mão logo em seguida. - ... Então quero te pedir encarecidamente, que leve pra mim esses documentos a um escritório de advocacia. Eu não te pediria se não fosse urgente. Inclusive, você pode ir no meu carro. Não vou precisar dele por agora. - minha chefe apanha o molho de chave de uma gaveta e estende a mim.
— Pelo endereço escrito aqui, eu vou levar um tempinho pra voltar.
— Sem problema. Você entrega nas mãos do doutor Rios. Ele é um advogado. Eu já avisei pra ele que minha assistente está indo deixar esses papéis com ele.
— Tá. - digo, lendo o nome do escritório: I&R Advogados, escrito com a caligrafia bonita de Pocah em um papel que está pregado na pasta parda e logo embaixo o endereço do local. — Vou logo lá então.
— Muito obrigada, Ju. Te devo essa.
— Imagina.
Saio da sala dela e ao passar pela minha mesa apanho minha bolsa, e então sigo para pegar o elevador.
Um tempo depois, eu já estou guiando o Audi Q3 vermelho da minha chefe rumo ao tal escritório de advocacia. Durante o trajeto foi impossível não ir remoendo no pensamento, a frieza com a qual Sarah me tratou, bem como o fato da minha prima invejosa estar lá com ela.
Para onde será que elas iam juntas?
Essa questão me atormenta. Se eu pudesse ser um mosquito e voar para lá afim de saber isso, eu seria. Mas como eu não podia ser, então teria que ficar me corroendo de curiosidade e fazendo inúmeras suposições acerca de onde aquelas duas iam.
Aproveito que paro no sinal vermelho e ligo o rádio. Música! Eu preciso ouvir música para me distrair e parar de me atormentar, pensando em minha prima lá com a Srta. Gostosa na Alemanha. E de preferência uma música agitada.
Em uma rápida busca pelas estações de rádio encontro One Way Or Another de Blondie que está já em sua metade. Deixo naquela música mesmo e logo já me punha a cantá-la enquanto tamborilava os dedos no volante do carro à espera do sinal abrir para seguir caminho.
Sorrio ao recordar que havia cantado essa mesma música certa vez em um bar karaokê que fui com o pessoal do trabalho. Foi muito divertido. Consegui a façanha de tirar 9.5 ao final, aliás a maior nota do nosso grupo.
O sinal abre e eu retomo a direção do carro.
🔞🔞🔞
Munique, Alemanha...
Naquele quase fim de tarde com sol morno e temperatura agradável, eu estou acomodada com Anitta em uma das mesas externas do Woener's Café, na Marienplatz, apreciando um café com leite e creme, acompanhado de um pedaço de Käsekuchen, uma tradicional torta de queijo alemã, que é uma delícia por sinal.
Após um rápido passeio em que levei Anitta para conhecer o centro de Munique a pedido da mesma, agora estamos apreciando um lanche naquela cafeteria, a minha preferida, tendo a Marienplatz mais adiante do local onde nos encontramos.
— Sarah falei com minha mãe mais cedo e ela me perguntou se já havíamos escolhido a data do casamento. Ela e meu pai precisam saber com antecedência isso pra se organizarem e vir, já que você quer que o casamento seja aqui na Alemanha.
Para mim seria melhor que fosse aqui mesmo, já que decidi não voltar mais para os EUA. Não havia mais nada para mim lá. Quem tinha e que podia me prender àquele país, não está mais comigo. Por isso opto em seguir com o plano de casar com Anitta e ali na Alemanha que é onde residi por anos e de onde nunca devia ter saído.
— Marque qualquer data depois da Oktoberfest. Vai ser melhor pra virem. Antes disso Munique estará uma verdadeira loucura.
— E quando acontece a Oktoberfest?
— Começa dia 16 do mês que vem e vai até 3 de outubro. - conto antes de levar um pedaço de torta de queijo a boca.
— Você costuma ir a esse evento? - me sonda Anitta.
— Sim. Todos os anos com um grupo de amigos. É um evento tradicional por aqui e muito divertido.
Lanço um olhar a Anitta e algo me diz que ela espera que eu lhe convide para vir participar da Oktoberfest comigo, mas nem em sonho farei isso. E ao se dar conta de que não virá convite da minha parte, ela se pronúncia outra vez.
— Voltando a falar do casamento. O que acha de 15 de outubro como data do nosso casamento? Está ótimo pra você?
— Está perfeita essa data! - afirmo sem muito entusiasmo.
— Então já vou começar a providenciar o meu vestido. A data do casamento você marca aqui?
— Peço à minha secretária para marcar na segunda. - sinalizo para a jovem garçonete que nos atendia e peço a conta.
🔞🔞🔞
Manhattan, Nova Iorque...
Chego no tal escritório mais de uma hora depois de ter saído da editora. Deixo a chave do carro com um guardador e sigo para dentro do prédio onde funciona o escritório. Na recepção falo com uma simpática moça que me diz que o escritório do sujeito que eu estou procurando, fica no quarto andar. Pego o elevador e sigo para lá.
Em segundos já estou diante da secretária do advogado. Ela pede para que eu aguarde um segundo e liga para seu chefe para informá-lo da minha presença.
— Doutor Rios, a assistente da senhorita Viviane já está aqui com os papéis que a mesma lhe mandou... Ok!
Ela encerra a ligação e se dirige a mim dizendo que eu posso seguir o corredor direto e bater na última porta da esquerda, que o advogado está a minha espera para receber os documentos.
Assinto e sigo na direção apontada pela secretária. O corredor é longo, passo em frente de algumas portas pelo caminho até chegar na última. Bato e espero a autorização para entrar. Assim que a mesma vem, eu abro a porta e adentro a sala sem olhar direito para o ocupante dela. Só faço isso quando fecho a porta e me viro para o sujeito. Quase não acredito quando vejo quem é o tal doutor Rios.
— Ora, ora se não é a bela prima da Anitta.
Rodolffo??
Mais que merda!
🔞🔞🔞
Munique, Alemanha...
Depois de sairmos da cafeteira, eu ainda levo Anitta para passear pela Marienplatz (Praça de Maria). A praça é nomeada assim em homenagem à Nossa Senhora.
Marienplatz é o principal ponto turístico de Munique, e lá fica a Rathaus, a antiga prefeitura, a qual também levo Anitta para conhecer.
O prédio é impressionante, e lembra muito outras prefeituras antigas de cidades do norte da Europa, como Bruxelas, a qual já estive algumas vezes. A fachada do prédio é ricamente decorada, com estátuas de diversas personalidades do passado da cidade alemã.
A torre de Rathaus pode ser escalada, mas como a subida é cansativa, eu opto por não subirmos. Passando por ali em frente, conto um pouco do que sabia sobre o local.
De verdade, adoraria estar fazendo aquele passeio com Juliette, apresentando Munique a ela, levando-a para conhecer os diversos e belos pontos turísticos daquela cidade incrível. Todavia, Juliette me decepcionou profundamente ao não me dar um mínimo de crédito que fosse. Ela que pedia que eu confiasse nela, foi a primeira a não confiar em mim. E se é para não confiar, então nós não temos nada que estar juntas.
— Nossa essa cidade é linda e tem cada lugar mais lindo ainda. Vou gostar muito de morar aqui. - ouço Anitta comentar, agarrando meu braço e encostando seu rosto no meu ombro. Eu não sou idiota para não ver que ela está se aproveitando ao máximo da oportunidade para ficar mais próxima possível de mim.
— Aqui vai ser melhor pra mim do que morar nos EUA. - comento.
— Mas antes você pretendia morar lá.
— Você disse bem "antes", agora meu plano mudou e pretendo permanecer vivendo aqui em Munique. E daqui comandar a Care.
— Posso saber o porquê dessa mudança? Você parecia tão empolgada e contente morando nos EUA.
— Percebi que lá não é meu lugar. Aqui sim.
🔞🔞🔞
Manhattan, Nova Iorque...
— Que enorme prazer te ver novamente, linda Juliette!
Ele se levanta de sua cadeira e abotoando seu blazer cinza, sai detrás da mesa enorme, vindo até mim que estou ainda prostrada próxima a porta. Não consegui dar nenhum outro passo sequer depois de ver que o advogado a quem vim entregar os papéis que minha chefe pediu, trata-se do arrogante do Rodolffo.
— Infelizmente não posso dizer o mesmo a seu respeito, Rodolffo. - estico a pasta parda para ele. - E não me chame de linda.
O sujeito sorri enquanto pega a pasta de minhas mãos. Não sei o que tem de engraçado para ele estar rindo.
— Gostou das flores que te mandei?
— Odiei!
— Nossa! Quanta sinceridade!... Sabe que esse seu jeito me agrada?
— Já o seu me desagrada profundamente. - não me intimido em ser franca com ele. - Já entreguei o que tinha pra te entregar, agora vou embora.
Deus me livre ficar mais um minuto que seja na companhia daquele sujeito, que me enoja desde o momento em que o conheci.
— Espera! - sua mão agarra meu pulso quando me viro para a porta com o intuito de sair dali. - Você acabou de chegar e já vai?
— Sim. E me solta! - ordeno, olhando séria para Rodolffo.
— Sarah me contou que vocês não estão mais juntas.
— Quer fazer o favor de me soltar?!
— Agora que não está mais com ela que tal sair comigo? Sou bem mais interessante que a minha amiga, posso te garantir. - ele se aproximar mais de mim.
Era só o que me faltava!
— Você me dá náuseas. - consigo com um puxão livrar meu pulso do contato com as mãos daquele homem e dou um empurrão no sujeito para se afastar de mim. - E nem se fosse o último homem na face dessa terra, eu sairia com você, Rodolffo.
— Você não vai sair daqui ainda enquanto eu não disser que pode ir.
O sujeito bate a porta quando eu estava abrindo-a.
— Se você não me...
— A essa altura sua prima está lá na Alemanha com a Sarah e, provavelmente, elas voltaram às boas, sabia? Inclusive, soube que estão dormindo no mesmo quarto e na mesma cama.
Isso foi imensamente desagradável de saber. Eu estou torcendo para aquela informação não ser verídica ou que aquele cara só estava dizendo aquilo, apenas para me irritar e provocar. Mas eu não deixarei que ele me abale ou pelo menos, não o deixarei notar que me abalou.
— Pelo visto você está muito bem informado da vida íntima da sua amiga, não é? - forço um sorriso. - Sabe também qual foi o pijama e a cor da roupa íntima que ela usou pra dormir com a Anitta?
Rodolffo ri na minha cara.
— Se conheço bem minha amiga, ela nem sequer dormiu com roupa tendo Anitta dividindo a cama com ela.
Seu sorriso debochado me deixa nauseada tanto quanto suas palavras.
— O que é seu e de Anitta está guardado, sabia? - digo séria e apontando com o dedo em riste a Rodolffo. - Na primeira oportunidade que eu falar com a Sarah vou contar pra ela sobre você e minha prima.
— E você acha mesmo que ela vai acreditar em qualquer coisa que você diga a ela, depois de você mesma não ter acreditado nela? - Rodolffo cruza os braços e me encara rindo. - Duvido muito. Conheço a amiga que tenho. Sarah é rancorosa até demais. Ou como ela bem gosta de dizer: uma escorpiana nata
— Pois eu conheci outra Sarah que muito provavelmente você não conhece. - digo abrindo a porta. - Até nunca mais, seu bastardo!
Saio dali apressadamente, quase que correndo para não dar tempo daquele cara vir atrás de mim e me alcançar. Não quis nem esperar pelo elevador e fui pelas escadas mesmo, não eram tantos andares assim para descer.
Chego ao térreo arfando por conta da descida as carreiras. Graças ao bom Deus, o guardador trouxe o carro para mim em questão de segundos. E logo eu já estava dirigindo de volta para o Brooklyn.
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Se a Juliette não se apressar e arrumar um jeito de se acertar com a Sarah, a Srta. Gostosa vai casar com a Anitta, já que até a data já escolheram. 😥
E o Rodolffo não vale nada mesmo. Será que ele falou a verdade sobre Sarah e Anitta?
Agora, sim, amores, só segunda-feira capítulo novo.
Xero.
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