Capítulo 45

N/A: Salve, salve, minha gente! Chegay com atualização de quarta-feira.

Preciso agradecer os mais de 30k de visualizações e os quase 5k de ⭐ obrigada gente, vocês são demais.

Agora, simbora ler!

Obs: Tadinha da Sarah 🥺

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Munique, Alemanha.

- Thaís Braz... Eu já perdi as contas de quantos recados te deixei. Preciso falar com você urgentemente. Entre em contato comigo o quanto antes.

Encerro a chamada jogando com certa raiva a droga do celular sobre uma pequena pilha de papéis em cima da minha mesa escura do escritório. Desde ontem quando sai do hotel de Juliette venho tentando entrar em contato com Thaís, mas sem obter sucesso.

- Você me paga, Braz. - resmungo, levando uma das mãos ao rosto. - Sua desgraçada! - bato com a outra mão sobre a mesa.

Ódio! É isso que sinto por toda essa situação e, principalmente, por esse 'sumiço' de Thaís. Ela arma bonito para cima de mim e agora desaparece. Mas sei que ela não conseguirá ficar se escondendo e me evitando por muito tempo, pois temos negócios a tratar.

Eu sou uma imbecil mesmo! Bem devia imaginar que seria uma péssima ideia revelar a Thaís o nome da Juliette. Só que a burra aqui não pensou que a ex-affair ainda que de longe, fosse conseguir ferrar feio assim com meu relacionamento com Juliette.

O que Thaís sempre quis de mim enquanto tivemos nosso caso duradouro, eu nunca fui capaz de lhe dar - ou tampouco conceder a qualquer outra mulher. Um tanto passional e de jeito dominador, Thaís sempre almejou ser a 'exclusiva' na minha vida e assim, ter um relacionamento sério comigo, o que sempre fiz questão de fugir a todo custo, não só com ela como, com qualquer outra mulher que em envolvi.

Relacionamentos, compromisso, fidelidade e todo esse blá blá blá, não eram coisas que eu, Sarah Andrade me via enfiada. Sempre me considerei de todas as mulheres e não queria ficar presa à somente uma por achar um perda de tempo isso.

Todavia paguei pela língua grande ao me vê fisgada por uma única mulher, e nem foi pela que escolhi casar para assumir os negócios da família. Foi pela prima dela! É mole?!

E pela Juliette abandonaria meu status de mulherenga e minha vida fanfarrona que tanto prezava. Na verdade, eu já tinha até abandonado essa vida por Juliette. Desmancharia meu compromisso com Anitta pouco me importando que compraria uma briga com a minha mãe que já tem um apreço enorme por Anitta, porque era com Juliette que eu queria ficar. Com ela, inclusive, eu estava disposta a viver o resto da minha vida e construir uma família, algo que jamais me passou pela cabeça cogitar antes. Tudo por ela!

Mas para variar a única mulher que conseguiu fisgar meu coração e me deixar a sua mercê, não só me fez conhecer o lado bom de estar apaixonada, como agora também me mostrou o lado ruim disso, ao terminar comigo por conta de uma infame inventada por alguém que ela sequer conhece o caráter.

Juliette achou mais "fácil" e cômodo aceitar o lado de Thaís e acreditar erroneamente nesse lado, do que no meu, o verdadeiro lado da história o qual lhe contei.

Tudo bem, que eu tenho uma fama de muito mulherenga que, inclusive até comentei com Juliette, o que talvez tenha sido um erro meu contar, mas enfim, contei.

Mas apesar dessa minha fama, Juliette ao menos podia ter me dado o benéfico da dúvida, não podia? Já que ela me ama. Era pedir muito isso?

Mas ela não me deu!

Simplesmente quis acreditar na inverdade que Thaís lhe contou. E se não bastasse isso, ela não perdeu tempo em cair nos braços de outra pessoa.

Como ela pôde?

- Se você foi tão rápida assim para estar com outro alguém é porque, certamente, eu não era tão importante assim para você quanto dizia.

Mas se bem que eu podia ver no fundo dos olhos dela, nas vezes em que fizemos amor, que Juliette parecia ser verdadeira quando dizia que gostava de mim e me amava. Mas pelo visto só parecia mesmo, não era real.

Juliette não confiou em mim, nem mesmo quando lhe disse que Thaís mentiu para ela. Talvez confiar não seja algo que ela consiga agora. Certamente, isso seja muito por causa da traição que sofreu do ex. Mas eu NÃO sou como aquele imbecil do Bruno. Não havia qualquer intenção ou sequer pretensão minha em trair ou enganar uma mulher como Juliette, alguém que fisgou meu coração tão instantaneamente como nunca havia acontecido antes.

- Isso não vai ficar assim!

Uma batida na porta do escritório do meu apartamento e vejo Helga, minha secretária, aparecer pelo pequeno vão aberto pela mesma após eu autorizar que a pessoa entre.

- Dr. Andrade, der Ermittler der Polizei, ist im Raum und möchte mit Ihnen sprechen. - ela me comunica em alemão que o investigador da polícia está na sala querendo falar comigo.

- Ich wurde, ich möchte. Ist meine Mutter von ihrer Abreise zurückgekehrt? - lhe digo que estou indo e questiono se minha mãe já voltou da saída dela enquanto levanto da cadeira e sigo em direção a porta onde minha secretária está postada.

Dona Abadia desde que soube do roubo do funcionário está hospedada aqui em casa para acompanhar as investigações de perto, assim como eu.

- Ja gnädige Frau. Die Abbey Lady traf mit dem Ermittler ein. Sieht aus, als hätten sie sich am Eingang des Gebäudes getroffen. - Helga me conta que dona Abadia chegou junto com o investigador e um policial. O trio havia se encontrado na entrada do prédio.

- Ok, Helga.

Saindo do escritório e tendo a secretária em meu encalço, eu me dirijo à sala onde encontro minha mãe falando com um homem corpulento e de estatura mediana, trajando terno e gravata, ele está acompanhado de outro homem com o uniforme escuro da polícia alemã.

- Hallo! - digo em cumprindo aos oficiais.

- Hallo Frau Sarah, wie geht es Ihnen?

O sujeito engravatado que deve ser o investigador me saúda e pergunta como estou enquanto se põe de pé e me estende a mão.

- Nun, Ermittler. - lhe digo estou bem enquanto aperto sua mão, para em seguida fazer o mesmo com seu colega fardado. - Ich hoffe, Sie sind gekommen, um uns gute Nachrichten zu überbringen. - falo que espero que ele tenha boa trago boas notícias e lanço um olhar a coroa que está com o semblante tão fechado quanto o do investigador.

- Nicht genau.

Quando o investigador responde um "não, exatamente" após trocar um olhar com seu colega de trabalho, eu já sei que o resto da minha tarde vai ser tão ruim quanto vem sendo desde ontem quando sai do quarto de Juliette em Chicago.

- Bitte, meine Herren, setzen Sie sich. - convido os dois homens a se sentarem, indicando o sofá menor enquanto vou me acomodar ao lado da coroa no sofá maior.

Em um tom sério e uma postura profissional, o investigador passa os minutos seguintes atualizando minha mãe e eu sobre como andam as buscas quanto ao paradeiro do sujeito que vendeu a fórmula do medicamento da nossa fábrica à uma multinacional concorrente.

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Chicago, Illinois...

Pocah, Owen e eu bancamos verdadeiros turistas desbravando vários pontos turísticos da cidade famosa por sua arquitetura ousada e repleta de arranha-céus, como o famoso John Hancock Center, a Willis Tower (antigamente chamada de Sears Tower), com 1.451 pés de altura, e a neogótica Tribune Tower, que foram alguns dos lugares que fomos. Também conhecemos alguns museus, dentre eles o Art Institute of Chicago, com obras impressionistas e pós-impressionistas de destaque. Fomos a dois parques: o Millennium Park, um grande parque público, e o outro foi o River Esplanade Park. Também demos um passeio de barco pelo azul intenso do Lago Michigan.

Durante todo o tempo ao longo daquele dia em que estive na companhia da minha chefe e do meu novo amigo conhecendo a cidade, eu sequer tive tempo de pensar na Sarah. Foram horas boas e proveitosas, que se estenderam após o almoço quando fomos juntos também para a feira de livros e sempre juntos íamos para cima e para baixo no local do evento.

Nós mais pareciam um trio de amigos inseparáveis. Tínhamos uma sintonia enorme, porém gostos literários que se diferenciam.

Passeamos pelo centro de convenções todo, assistimos a algumas atrações literárias que ocorreram no palco armado no segundo andar do centro; fomos a palestras, debates e leituras. Quando saímos do centro de convenções, já era por volta das nove da noite.

- Ei, ouvi falar que vai rolar uma balada boa na boate Sound Bar, que fica no bairro vizinho. Pensei de irmos fechar a noite lá. Amanhã vocês vão embora, enquanto eu irei só depois de amanhã. Então essa seria uma ótima despedida pra nós.

- Owen, nós passamos o dia inteiro juntos, ainda quer passar a noite em nossa companhia? - olho com divertimento para o meu amigo enquanto seguimos para dentro do hotel.

- Sim. Vai ser divertido. Faz tempo que não vou a uma balada por conta do meu trabalho em excesso. E como estou aqui livre e solto, por que não curtir a noite? Vamos lá, meninas?! Pelo que eu soube esse lugar é muito bom.

- Tá. Eu topo ir. - ouço Pocah aceitar sem muita hesitação a proposta de Owen.

Minha chefe e Owen então me encaram, esperando por uma resposta positiva minha. Não tive coragem de rechaçar a proposta e acabei, aceitando-a mesmo não sendo muito do meu total desejo isso. Mas como diz a Cami: "Nada melhor que balada e bebida pra distrair a mente de quem a gente não quer pensar!"

Nós marcamos de onze e meia nos encontrarmos no saguão do hotel para irmos a boate.

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Diante do espelho, dou uma última conferida em meu visual e aprovo o que vejo. Estou usando um conjunto preto composto de max blazer com botões nas mangas e na parte da frente, cropped de alcinha e short saia cintura alta com botões na parte da frente; um par de sandália de tira fina e salto grosso. Meus cabelos estão soltos e com as pontas onduladas. E no rosto uma maquiagem de olhos bem marcados.

Na minha modéstia opinião, eu estou um arraso para uma noitada, mas gostaria de estar também empolgada para isso, coisa que eu não estou nada. Todavia, estava disposta a achar dentro de mim um pingo de animação para aproveitar a festa e me distrair nem que fosse um pouco apenas.

Eu precisava de distração. E uma festa em uma boate, me parecia uma excelente distração. Camilla também achou isso e me incentivou a aproveitar a noitada, quando lhe liguei contando mais cedo da balada que ia. A louca da minha amiga ainda disse que era para eu curar a minha dor de amor nos braços do meu mais novo amigo, que tinha a cara do vampiro gato. Ri do conselho de Camilla. Ela é louca! Mas para o desgosto dela lhe disse que não seguiria esse seu conselho.

Comigo não funciona assim. Curar a dor de um amor rapidamente nos braços de outro, não é para mim. Sem contar, que Owen é só um amigo. Um amigo gato é verdade, mas um amigo.

Vou até a cama e apanho meu celular guardando-o dentro do bolso interno do blazer. Borrifo um pouco mais de perfume no pescoço e na sequência, checo as horas no pequeno e delicado relógio em meu pulso. Ele marca dois minutos para às onze e meia da noite. Hora de descer para encontrar Owen e Pocah no saguão. Saio do quarto e pego o elevador. Instantes depois já me encontro diante da minha chefe, que está uma gata em seu macacão vermelho com um decote generoso na frente, cabelos escovados e lisos, e bem maquiada. Owen está usando uma jaqueta sarja preta por cima de uma camisa branca com pequenas bolinhas pretas, calça jeans escura e sapato preto.

Noto um olhar diferente de Owen em mim assim que me vê, mas ignoro. Nós três então saímos para apanhar um táxi na frente do hotel, já que Owen avisou que nós três íamos encher a cara, e com isso ninguém estaria em condições de dirigir.

- Eu não vou encher a cara! - rebato enquanto nos encaminhamos para pegar o táxi.

- Ah, vai sim. Todo mundo vai. - Owen afirma com veemência.

Em coisa de vinte minutos já saltamos em frente a tal boate Sound Bar. Seguimos para a entrada do local e ficamos em uma pequena fila; poucos instantes depois já entramos na boate.

O espaço bastante extenso e com uma infraestrutura excelente, além da decoração belíssima de estilo minimalista, está lotado e uma música de batida eletrônica é tocada por um DJ em seus pick up's montados em um palco, armado aos fundos da pista de dança.

- Acho melhor bebermos algo antes de nos aventurarmos a dançar.

Eu e Pocah concordamos com a proposta de Owen. Seguimos os três para o bar localizado a direita de onde tínhamos entrado.

No meio do caminho, Owen que ia a nossa frente, esbarra em uma conhecida sua. Pela forma como se abraçam efusivamente e de maneira demorada, eles certamente não se vêem há anos.

Após o abraço trocado com a mulher morena e da mesma estatura que eu, Owen a apresenta a mim e a Pocah como Nancy, uma amiga do tempo de faculdade, que ele não via desde que se formaram. Nós a comprimentamos e ela nos convida na hora para nos juntarmos a ela e um casal de amigos com quem tinha vindo. Segundo Nancy estava se sentindo a própria vela dos amigos e apreciaria bastante se nós fizéssemos companhia a ela nessa situação. De comum acordo todos aceitamos o convite. Seguimos com ela até a área Vip onde eles se encontravam acomodados em uma mesa.

Nancy nos apresentou sua amiga Alya e o noivo Ethan, ambos canadense que tinham vindo a passeio visitar a amiga. O casal por sinal se mostrou de uma simpatia ímpar. Foi preciso apenas poucos minutos de papo para nós seis ali criarmos empatia e engatarmos em um papo animado regado a drinques que pedimos.

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Um spoiler do próximo capítulo: ele vem para lascar de vez com a gente.

Xero ❤️

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