Capítulo 43
N/A: Salve, salve, minha gente! Apanhando desde cedo para postar. O meu app tá bugando. Fecha toda vez que abro o rascunho pra postar. Tive que abrir no site. Espero que saía direito. Qualquer coisa vocês me gritam.
Simbora ler.
Obs: Ai, Juliette o que eu faço contigo 🤦
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🔞🔞🔞
Ao ouvir sua profissão e associá-la ao nome pelo qual ele disse se chamar, eu chego de imediato a um resultado que me faz arregalar os olhos e quase cuspir pela segunda vez o drinque da minha boca. Mas novamente me contenho a tempo de isso acontecer, pois do contrário seria bem na cara do sujeito que eu daria uma cusparada daquelas.
Owen Clark?
Aquele então é 'o cara' da BoB, a maior concorrente da editora a qual eu trabalho. Juro que achei que esse tal Owen fosse um pouco mais velho do que aparentava e nada gato quanto eu via.
— Que foi? Por que esses olhos esbugalhados assim pra mim?
Ele ria se divertindo da cara de espanto que eu deveria estar fazendo naquele momento. As minhas caras de espantos são em geral, ridiculamente cômicas, segundo Camilla diz.
— Você é Owen Clark da BoB?
— Exatamente! Por quê?
Ele parecia visivelmente se divertir com o meu espanto.
— É que não é sempre que a gente descobre que está tomando drinque com o chefão da editora concorrente a que você trabalha.
— Como assim?
— Eu trabalho na New Publications, a maior concorrente da sua editora. - explico para ele.
— Sério? - assinto, vendo-o segurar o riso agora. - Você trabalha como editora também?
— Não! Mas pretendo chegar nesse posto um dia. Por enquanto eu sou apenas assistente da editora da sessão de romance. - informo. - Aposto que está aqui pela feira do livro, não é?
— Sim. E aposto que você também está aqui pelo mesmo motivo, não é?
— Exatamente! Vim acompanhando minha chefe.
A partir daí engatamos em um papo agradável sobre trabalho. Mais de uma hora depois de conversas diversas e mais alguns bons drinques, nós já tínhamos virado amigos completamente.
Owen tinha me contado um pouco sobre ele. Filho único de um médico cardiologista e uma psicóloga que residem em Houston; solteiro, ele tem 38 anos de idade, vive ultimamente para os livros e seu novo e exigente cargo de editor-chefe na BoB, o qual assumiu há dez meses, e segundo ele estava revolucionando a editora a qual chefia. Pelas matérias e críticas construtivas que eu já tinha lido a seu respeito recentemente, isso é verdade.
Eu também lhe contei um pouco a meu respeito, quando ele pediu. Inclusive falei até da Sarah. Não sei se era o álcool que 'destravou' a minha boca com mais facilidade ou se foi a confiança que senti no Owen, mas a verdade é que eu falei de tudo com ele no tempo em que já estávamos de papo ali.
Owen se mostrou um cara gente boa demais. Além de ter um ótimo senso de humor e sabe ser um bom ouvinte como ele mesmo disse. E para completar o pacote de qualidades do sujeito, ele ainda é um cara altamente divertido e um contador de histórias malucas.
— Você precisava ver como...
O toque do meu celular interrompeu o relato que ele me contava sobre sua divertida e constrangedora experiência com as massagens tailandesas durante suas férias em um resort na Tailândia.
— Um minuto. Deixa eu ver quem tá ligando. - peço a Owen enquanto tento resgatar com certa dificuldade o celular do bolso traseiro da calça.
Aquela altura eu já estava com os movimentos mais 'lentos' em virtude do tanto de drinques que já tinha ingerido. Mas apesar disto, eu estava ainda consciente e ciente - o que é muito importante - dos meus atos.
— Quer ajuda aí com o celular? - Owen me provoca.
— Não! - nego com um sorriso e consigo enfim 'resgatar' o bendito celular do bolso. - Consegui sozinha, viu só?!
— Que maravilha! - em deboche, ele bate palmas fazendo-me rir e lhe acertar um leve tapinha em seu braço.
Forçando a vista que já estava meio embaçada, eu vejo na tela do celular um número estranho com um prefixo que logo identifico como sendo da Alemanha, já que este é o mesmo que precedia o número de Sarah quando a mesma me ligava.
"Ah, não! Só pode ser aquela cretina ligando de outro número."
— Não vai atender?
— É a Sarah!
— A tal cretina que me contou?
Faço uma careta enquanto assinto de maneira positiva para o meu mais novo amigo.
Sarah não ia me deixar em paz não?
Por que ela não vai se divertir de novo com a 'amiga' dela e larga do meu pé?
De repente tenho uma ideia, que certamente irá pôr fim nessa insistência toda de Sarah, e de quebra, ainda seria uma ótima forma de me vingar e até me livrar daquela cretina.
Agora você vai me pagar, cretina
— Owen me faz um favor?
— Qual?
O celular pára de tocar, mas eu sei que Sarah irá insistir de novo é só questão de minutos, quiça segundos para isso.
— Quando ela ligar de novo... quero que você atenda pra mim... e diga para a Sarah... não ficar ligando que está atrapalhando a nossa transa. - com indicador aponto para nós dois, para que Owen entenda melhor.
— Quê?? - vejo os olhos do sujeito se arregalar e não resisto em deixar escapar uma risada dessa sua reação. Eu SÓ acho que já estou um pouquinho alta, mas é só um pouquinho mesmo. Nada alarmante. - Juliette acho que você já bebeu demais! Não sabe o que diz. Isso é pesado de falar à alguém, sabia?? - ele apoia o cotovelo no balcão e o rosto na mão.
— Só tô dando o troco. - me justifico sem mais rir. - Ela vai sentir na pele o que eu senti.
— Não tem necessidade disso.
— Pra mim tem. Pode fazer o que estou te pedindo, por favor? Ou eu vou pedir para o barman.
— Tem certeza que quer isso mesmo??
O celular torna a tocar na minha mão. É hora de fazer aquela cretina pagar na mesma moeda.
— Certeza absoluta. Toma! - estendo o aparelho para Owen.
— Ok! - meu amigo toma o celular da minha mão e após limpar a garganta com um pigarro, atende a chamada: - Alô!... - ele fica em silêncio. - Quem?... Ah! É dela sim, mas a gata está ocupada comigo. - Owen aperta os lábios um contra o outro para não rir. - Nós estamos tentando transar e você está atrapalhando!... Ah, não acredita?! O problema é seu!... Não, ela não vai falar com você, porque não deixo e nem vou passar pra ela. E se quer falar algo liga amanhã, pois essa noite a princesa está ocupada comigo. Tchau, sua babaca!
Owen encerra a ligação e me estende o celular de volta.
— Juro que se eu fosse essa mulher, não ia mais querer olhar na sua cara.
— Eu é que não quero olhar mais na dela. - dou de ombros enquanto deslizo a ponta dos dedos pela borda da minha taça já vazia.
— Ela ficou surpresa quando ouviu minha voz e puta quando eu disse sobre nós estarmos tentando transar e ela nos atrapalhando nisso.
— Então ela ficou exatamente como eu fiquei quando ouvi a voz da amiga dela e o que ela me disse.
— Juliette já passou pela sua cabeça que essa mulher pode ter inventado isso que te disse?
— Não acredito.
— Eu não perguntei se acredita e sim, se já passou por sua cabeça isso?
— Não. E se passasse, eu também não acreditaria.
— Por quê? Não é algo tão improvável assim de se acontecer, sabia?
— Talvez não mesmo. Mas eu sei quem é a Sarah.
— E quem é ela?
Uso a definição que a própria Sarah me deu a seu respeito.
— Uma mulherenga de primeira. Inclusive, ela mesma se definiu assim pra mim. E sem contar, que ela própria me contou que a tal de Thaís...
— A mulher que atendeu o celular dela?
— Exato. Ela e Sarah tiveram algo, e essa mulher vive insistindo para ela voltar pra Alemanha. Aí, agora que ela está lá, com certeza, essa Thaís jogou charme pra cima dela e a Sarah acabou não resistindo as investidas e cedendo a um "flashback" com essa tal fulana aí.
— Isso é o que a sua mente fantasiosa criou?
— Não! Isso é o que creio que aconteceu. E pra mim já deu desse papo e dessa noite, Owen. - cansei de ficar falando disso com ele. Além do mais, já começo a sentir o peso das várias taças de drinques que tomei. Os meus olhos começam a pesar de sono. - Eu vou subir para o meu quarto. Valeu pelo favor, pela companhia e pela conversa.
— De nada! Foi um prazer te conhecer e passar esse tempo com você, Juliette.
Assinto.
— Vê a conta pra mim. - peço ao barman.
— Negativo. Eu pago sua conta. - Owen anuncia no mesmo instante.
- Nem pensar. - digo me virando trôpega e olhando para ele na hora.
Óbvio que recuso sua "oferta" gentil de pagar a minha conta. Faço questão de pagar a minha própria conta, mas ele não quer deixar. Nisso, nós ficamos por um tempinho em um pequeno cabo-de-guerra, que consistia em eu querer pagar a MINHA conta e Owen insistindo para ELE fazer isso. Acabou que no final, eu me rendi e deixei que o meu mais novo amigo pagasse a minha conta como ele fazia tanta questão de fazer. Aí, me despedi do Owen e sai do bar rumo ao elevador para ir dormir.
Já devidamente acomodada em minha cama, banho tomado e pijamas, eu não paro de pensar no que tinha mandado Owen dizer a Sarah. Mesmo não querendo, agora, me bate um arrependimento pelo que pedi para ele fazer. Talvez tenha sido pesado mesmo como Owen comentou, mas o que ouvi da tal Thaís também foi pesado na mesma proporção. E apesar do leve arrependimento, eu não tenho como voltar naquilo e nem tentar desfazê-lo, pois o que estava feito... Estava feito! Só espero que depois disto, Sarah me deixe em paz para que eu possa tentar tocar minha vida sem ela. Vai ser tão difícil isso. Aquela cretina estava impregnada nas minhas lembranças.
Deitada na minha cama
Ouço o tique-taque do relógio e penso em você
Presa em círculos
Confusões não são nada de novo
Recordações de noites quentes, quase esquecidas
Como uma mala de lembranças
Hora após
(Time after time)
Com a mente tomada pelas lembranças dos vários momentos quentes e apaixonados compartilhados com Sarah, eu acabo pegando no sono um tempo depois.
🔞🔞🔞
Acordo na manhã seguinte com o telefone do meu quarto tocando alto.
Que merda!
Isso que dá beber!
Cala a boca! Não te pedi opinião, voz do inferno.
Sonolenta, ressacada e sem ainda tirar a máscara de dormir, estico o braço e tateio a mesinha ao lado da cama até alcançar o telefone.
— Alô! - atendo, ouvindo minha voz soar rouca. Sinceramente, minha voz é horrível quando acordo. - Oi!... Bom dia!... - é a Pocah que pela voz tinha acordado muito bem, obrigada. Sorte dela. - Estava!... Não tudo bem. Me dá uns minutos e já desço. Até.
Devolvo o telefone ao lugar após encerrar a ligação com minha chefe. Ela havia me ligado convidando para tomar café com ela. Coitada! Não pensava que eu ainda estivesse dormindo e me pediu mil desculpas por ter me acordado. Alivio sua barra e a desculpo sem problema.
Me espreguiço na cama sentindo a cabeça doer. É a ressaca de ontem. Não era a minha intenção ter bebido daquele jeito, mas acabei me empolgando com o drinque e a conversa com Owen que passei um pouquinho nas doses da bebida. Mas dane-se!
Suspiro e flashes da noite passada começam a espocar em minha mente. A conversa agradável e divertida com Owen regada a doses e doses daquele drinque azul que agora me fugiu o nome da cabeça, mas que era muito bom.
Ri demais na companhia de Owen e seus relatos engraçados. O cara além de gato tem um ótimo e contagiante senso de humor. Me diverti com ele no tempo em que passei ao seu lado.
Então me veio a lembrança do que eu tinha lhe mandado dizer a Sarah. Passei da conta. Me rebaixei como não devia ter rebaixado.
Como será que Sarah estava agora, depois da mentira que mandei Owen lhe dizer ontem?
Aff! O que isso me importa também?! Aquela loira oxigenada não me interessa mais e como ela está tampouco.
Retiro a máscara, mas a claridade no quarto me faz fechar os olhos tão logo eu os tinha aberto após retirar aquela tira de pano que os cobria.
Por que demônios deixei as cortinas abertas desse jeito? Meu Deus!
Se bem que... eu não lembro de ter mexido nas cortinas quando entrei no quarto ontem a noite.
Estranho!
Demoro uns segundos para ir lentamente abrindo os olhos. Após me acostumar mais com a claridade, olho para o lado da cama para apanhar meu celular e ver as horas.
Foi então que percebo com enorme susto a figura de Sarah sentada toda elegante com suas pernas cruzadas e as mãos descansando uma em cada braço da poltrona que há ali próximo da cama, em uma posse imponente. A expressão dela é de uma seriedade absurda e seus olhos estavam gélidos.
No meu pensamento acredito piamente que aquilo se trata de uma alucinação-matinal-pós-ressaca, já que no meu entender é impossível daquela cretina estar ali. Ou talvez, nem fosse tanto assim! Será?
Meu Deus!
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Será alucinação? 🤔
Quarta-feira trago a resposta.
Um xero e até o próximo capítulo.
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