Capítulo 39
N/A: Salve, salve, minha gente! Quartou e vamos de atualização. Assim como foi na segunda, hoje e sexta estarei soltando dois capítulos para vocês.
Simbora ler !
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Eu encarava pasma o cartão que veio junto com o novo buquê de flores que recebi dois dias após o outro.
O nome do responsável por aquelas flores multicoloridas estava na assinatura do cartão.
"Espero que tenha apreciado essas flores e as outras que lhe mandei. Ambos os buquês são um pedido de desculpas por ter lhe passado uma impressão errada de mim quando nos conhecemos.
Ass: Rodolffo Matthaus."
Como esse cara descobriu onde eu trabalho?
Será que Sarah lhe contou sem querer?
Acho que não, pois ela teria me contado.
Então como esse sujeito descobriu?
Anitta?! É uma possibilidade de ter sido!
O toque do meu celular me corta os pensamentos. Apanho o aparelho de cima da mesa e vejo que é uma chamada de Sarah. Atendo na hora.
— Oi, Sarah!
— Oi, meu amor!
Sorrio de orelha a orelha ao escutar sua voz me chamando daquele jeito carinhoso. Já faz dois dias que ela está lá para a Alemanha e a minha saudade dela é enorme.
— Como estão as coisas por aí?
— Complicadas. Não sei quando volto para a América. Quero acompanhar as investigações da polícia de perto e estar aqui quando o desgraçado do funcionário for preso.
— Ainda nenhum sinal dele?
— Nada! O sujeito sumiu sem deixar rastros.
— Tenho certeza que logo a polícia vai encontrá-lo, Sarah.
— Também tenho certeza. Ele não saiu do país. Segundo a polícia, não deu tempo pra isso, já que as fronteiras estão sendo vigiadas e os aeroportos também, o que é muito bom. Certamente, está em alguma cidade escondido. Mas chega de falar disso, quero saber de você. Como está?
— Com saudades de você. - confesso.
Havia me acostumado a vê-la e ter sua presença constante lá na minha casa, que esses dois dias em que ela já está lá para outro continente, a saudade que sinto dela está começando a apertar.
— Eu também já estou com uma enorme saudade de você.
— Mesmo?
— Sim!
— Só espero que esteja se comportando longe de mim, hein?!
Escuto sua gargalhada soar alta do outro lado da linha e sorrio com isso.
— Pode ficar tranquila quanto a isso, porque mais comportada do que estou é impossível.
— Assim espero, viu?
— Vi!
Encaro o cartão em minha mão e resolvo contar a Sarah sobre isso.
— Sarah, eu tenho que te falar uma coisa.
— O quê?
Antes que eu pudesse abrir a boca ouço ao fundo da ligação uma voz feminina dizendo que precisava falar com Sarah e, ainda por cima, a chamou de Sah.
Não gostei nada dessa forma íntima com a qual essa desconhecida se referiu a Sarah.
— Quem é essa mulher que falou com você, Sarah? - indago no mesmo instante a ela.
— Uma conhecida. Olha vou precisar desligar agora. Mais tarde nos falamos. Beijo. Tchau.
Ela simplesmente desliga na minha cara, sem me dar a menor chance de me despedir direito. Já ia ligar de volta quando minha chefe voltou do almoço dela.
— Pelo visto sua namorada quer tornar sua mesa um jardim de flores, não é?
Sorrio sem graça.
— Antes fosse ela. Quem mandou essas flores foi alguém que eu não tenho o menor interesse de ter contato.
— Não me diga que foi o seu ex?
— Não. Deus me defenderai. - bato três vezes na minha mesa de madeira e Pocah ri. - Aquele lá sabe que eu quero distância dele. Tanta distância quanto do imbecil responsável por essas flores.
— Ok... Sem estresse. - Pocah ergue as mãos em rendição. - Agora vamos retomar nosso trabalho que não conseguimos terminar antes de dar o horário de almoço.
— Claro! Vou só me desfazer dessas flores. - jogo o buquê no lixo.
Confesso que me deu certa pena de fazer isso, pois as flores são lindas e não têm culpa do sujeito que as mandou ser um canalha. Mas eu não posso e nem quero ficar com elas sendo que quem mandou foi aquele Rodolffo. Não mesmo!
Flores no lixo, eu então sigo minha chefe para sua sala.
Passamos a tarde toda em serviço que não tive oportunidade alguma de ligar para Sarah e cobrar uma satisfação sua por ter desligado a chamada praticamente na minha cara.
— Enfim terminamos. - Pocah anuncia, esticando os braços.
— Esse livro tem tudo pra ser sucesso quando for lançado.
— Concordo com você. Não é à toa que escolhemos esse pra ser a nova aposta da editora.
— E pensar que essa escritora não tem nem vinte anos ainda e já escreve assim tão maravilhosamente bem.
— Essa jovem e talentosa escritora foi nosso melhor achado dos últimos meses, Ju. Ela tem tudo pra ser sucesso de venda entre os jovens leitores amantes de um bom romance.
— Certamente.
— Já deu nosso horário. Você pode ir pra casa, Ju. Amanhã a gente se vê.
— Ok, tchau, Pocah.
— Tchau!
Saio da sala da minha chefe e encontro Camilla já a minha espera.
— Nossa que milagre você ser dispensada primeiro que eu do trabalho.
Geralmente sou eu que tenho que esperá-la para irmos para casa.
— A bruaca da Karol tinha um compromisso em vinte minutos e por isso me liberou CINCO minutos antes do horário. Quase solto fogos de artifícios por isso.
Sorrio do deboche da minha amiga ao falar. Apanho minha bolsa e nós duas seguimos de braços dados para pegar o elevador.
🔞🔞🔞
— Ai, Juliette, não pira, vai!
— Como você quer que eu não pire. Escuto uma mulher toda melosa chamá-la de "Sah" e aí, logo depois aquela cretina loira desliga na minha cara para atender a tal fulana que queria falar com ela. O que quer que eu pense?
— Certamente é algum assunto importante por isso ela desligou na hora.
— Eu não gostei disso! Ela vai ter que me explicar direitinho essa situação.
Camilla já ia abrir a boca para dizer algo, mas o toque do meu celular a impede de tal ação.
— É a Sarah. - informo Camilla. - Alô! - atendo a chamada no segundo toque.
— Está irritada?
— Sim.
— Por que? O que houve?
"Pega leve!", Vejo Camilla dizer sem emitir som e resolvo maneirar.
— Coisa de trabalho. - invento e vejo Camilla assentir em aprovação enquanto passa a marcha do carro.
— Ah, sim. Já está em casa?
— Tô quase chegando lá. E você?
— Já estou em casa, mais precisamente na minha cama.
— Mas já?? Que horas são aí?
— Passa das onze da noite aqui, honey.
— Nossa!
Aqui ainda é pouco mais de cinco da tarde.
— Queria estar aí com você ou que você estivesse aqui comigo. Bem que poderia desistir dessa viagem com a sua chefe e vir passar dois dias comigo na Alemanha.
Seria o sonho, mas eu tinha responsabilidades no trabalho.
— Eu adoraria, mas não posso Sarah. Nós já conversamos sobre esse assunto. É meu trabalho e eu tenho que ir.
Ela resmunga algo incompreensível, que eu nem faço questão alguma de saber o que seja para não alongar mais aquele assunto.
— É depois de amanhã que você vai?
— Sim. Na segunda estou de volta.
Ela fica calada por um instante antes de se pronunciar novamente.
— Lembrei que você mencionou na nossa outra ligação que precisava me falar algo. O que era?
— Descobri quem mandou as flores.
— Descobriu como?
— Me mandaram de novo, mas dessa vez, veio um cartão assinado.
— Quem é que está te mandando flores?
Queria estar olhando para ela neste momento para ver sua reação diante da minha resposta. Mas infelizmente não tinha como.
— Seu amigo Rodolffo. - revelo e a linha fica muda por uns cinco segundos. - Sarah... Ainda está aí?
— Rodolffo?? Por que ele te mandou flores?
Seu tom de voz soa bem sério.
— Segundo o cartão que veio no buquê, ele estava me pedindo desculpas por ter feito uma brincadeira de mau gosto no dia que nos conhecemos, pouco antes de você chegar.
— Que brincadeira foi essa?? Você não me contou nada a respeito disso, Juliette.
— Ah, ele fez um comentário nada agradável em relação a Hellen e eu fiquei insatisfeita com isso.
— Qual tipo de comentário?
Resumidamente revelei o que aquele intragável disse após Hellen nos servi suco na piscina e logo em seguida a ela ter nos deixado a sós.
— Por isso que não gostou dele, não foi?
— Sim.
Só que não foi apenas por isso o meu desgosto com aquele sujeito, meu bem.
— Você devia ter me contado para eu recriminá-lo por essa atitude desagradável e seus comentários deselegantes com Hellen. Também não gosto desse tipo de 'brincadeira'. Hellen é uma excelente pessoa e não tem que ser tratada como você disse que Rodolffo a tratou. Na primeira oportunidade que eu estiver com ele vou falar seriamente com Rodolffo a esse respeito.
— Eu não quis criar um clima de inimizade entre você e seu amigo que eu tinha acabado de conhecer, por isso não contei. - explico.
— Você tinha que ter me contado independente disso. Não gosto que fiquem me escondendo coisas, Juliette.
Um sinal de alerta soa em minha cabeça com essa fala. Não era só isso que eu escondia dela, eu vinha também escondendo sobre Anitta e Rodolffo. Precisava contar sobre isso a ela. Mas por telefone não me parecia uma boa ideia. Sendo assim quando Sarah estivesse de volta, lhe contaria sobre aqueles dois safados na primeira oportunidade que tivesse.
— Desculpa. Você tem razão, eu devia mesmo ter contado.
— Quando eu falar com Hellen vou me desculpar com ela pelo comportamento de Rodolffo.
— Quem deve se desculpar é o seu amigo isso sim.
— Mas ele vai também, porque vou me encarregar disso pode ter certeza!... Bom, honey, eu preciso desligar. Tenho que acordar cedo amanhã.
— Espera, Sarah! Antes de desligar quero que me explique uma coisa. - olho para Camilla enquanto saimos do carro após minha amiga estacionar na vaga dela. - Quem era a mulher que te chamou com aquela intimidade toda enquanto estava no telefone comigo?
Ouço seu sorriso fraco ressoar do outro lado da linha.
— Uma amiga.
— Achei que tivesse dito mais cedo que ela era uma "conhecida"?
— Pra mim dá no mesmo!
Mas para mim não dava coisa alguma! Conhecida é conhecida. Amiga é amiga! Ou é uma coisa ou é outra!
— Deve ser uma amiga bem importante, pois você praticamente desligou na minha cara pra atender essa mulher.
— Honey, eu não desliguei na sua cara. Foi impressão sua.
Impressão minha o cacete! No entanto resolvi não contestar a opinião dela.
— Posso ao menos saber que amiga é essa? - não vou sossegar enquanto não souber mais detalhes a respeito dessa 'amiga' dela. - Sarah? - de repente havia ficado um silêncio do outro lado, que achei qua a ligação tinha caído.
— Oi, Ju.
— Então... Vai responder o que eu perguntei sobre sua amiga?
Camilla gesticula para mim com a boca a palavra ciumenta enquanto saímos do elevador no andar do nosso apartamento. Lhe mostro o dedo do meio e ela ri.
É, eu estava bancando mesmo a ciumenta como jamais até então tinha sido e não me envergonho de tal comportamento. Quando eu não era ciumenta com Bruno, minha amiga me cobrava que eu fosse. Agora que sou ciumenta com a Sarah, Cami me censura. Não consigo entender o que ela quer de mim!
— Antes de te dizer quem é a minha amiga, quero que saiba que o assunto que ela veio tratar comigo foi estritamente relacionado à trabalho.
— Por que está se explicando antes mesmo de dar "nome aos bois"?
— Pra que não tire conclusões precipitadas e erradas.
— Quem era a amiga, Sarah?
Algo me diz que não vou gostar da resposta.
— Era a Thaís!
Thaís... Thaís... Thaís... O nome fica dançando na minha cabeça até que consigo lembrar dele e de quando o escutei pela primeira vez.
"E quem é essa tal de Thaís Braz?"
[...]
"Uma executiva que conheci em Munique."
"Você e ela..."
"Nos envolvemos?",assinto em resposta. "Sim. Ficamos algumas vezes por um período bem razoável, mas sem qualquer compromisso. E desde que vim embora pra América, Thaís fica ligando, querendo que eu volte pra Alemanha."
Me enganei seriamente quando disse que não ia gostar da resposta dela. Na verdade, eu odiei saber a resposta.
— Juliette!!
Ouço sua voz chamar meu nome com certa doçura e cuidado. Conto mentalmente até cinco antes de responder, para me acalmar e não explodir em raiva ali e com ela. Só após terminar minha contagem que eu lhe pronuncio um seco "oi" em resposta.
— A empresa a qual ela representa é uma parceira nossa há anos. Inclusive, eles estão junto conosco no estudo do medicamento que o funcionário vendeu a fórmula. Thaís veio cobrar uma satisfação em nome da empresa à respeito do que faríamos com relação ao medicamento. Foi apenas assunto de trabalho que ela queria falar comigo. Nada além disso, honey.
Me questiono mentalmente se fosse outro tipo de assunto que aquela fulana tivesse ido tratar com Sarah, se ela também me diria? Talvez não dissesse. Ou até dissesse, sei lá! Não havia como eu saber isso. Independente do quê ela faria, eu opto por não arranjar mais briga e acreditar na explicação que ela me dá.
— Olha eu vou arriscar acreditar que esteja me dizendo a verdade.
— E eu estou.
— É o que eu espero de verdade, Sarah.
Nós ainda trocamos mais algumas palavras e nos despedimos na sequência.
— E aí? Matou sua curiosidade mórbida a respeito da mulher que falou com intimidade com a sua girl magia?
— Sim.
— E quem era a tal fulana?
Sentando ao lado de Camilla no sofá, eu satisfaço a curiosidade da minha amiga lhe contando tudo o que ouvi de Sarah e sobre quem era a tal Thaís.
— O que você acha? Devo me preocupar, Camilla?
— Dê o benefício da dúvida à ela por hora.
— É o que farei!
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