N/A: Salve, salve, minha gente!

Chegay nesta sexta-feira, não com um capítulo, mas quatro 🤩🤩

Simbora comigo?

Então, vem!

1/4

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🔞🔞🔞

Chego à sala quase vinte minutos depois e encontro Sarah e Rodolffo por lá. Eles conversam sobre negócios. Ao notarem minha chegada mudam a conversa para algo que não me deixe de fora do papo e entediada.

— Sarah me contou ainda pouco que você é prima da noiva dela.

Pelo visto Sarah não tem segredos com aquele amigo dela. Se for assim acho que será mais ainda uma baita trairagem daquele tal Rodolffo caso a suposição a qual cheguei no banho seja verdadeira. Preciso o quanto antes tirar essa dúvida com Hellen e esclarecer essa história toda.

— Sim, eu sou prima da Anitta. Algum problema ou algum tipo de censura quanto a isso?

— Não, longe disso. - ele ergue as duas mãos em rendição e sorri de uma forma que não gosto. Irônica e debochada. - As aventuras amorosas da...

— Eu não sou uma aventura amorosa. - o corrijo com firmeza, interrompendo na mesma hora a sua fala. Da forma como aquele homem se pronuncia com aquele início de comentário, me faz parecer como uma qualquer na vida da Sarah e, eu não sou nenhuma qualquer com quem ela tem aventuras. A própria Sarah já havia me deixado claro isso e faço questão de mostrar àquele tal de Rodolffo isto. - Por acaso, eu sou uma aventura amorosa pra você, Sarah? - olho séria para ela que está sentada junto à mim no sofá.

Assim que lanço a questão, ela me olha e noto seu amigo fazer o mesmo.

— Não. De maneira alguma! - Sarah é rápida em responder e ainda beija o dorso da minha mão que está agarrada a dela. Desviando então o olhar de mim, ela se dirige ao tal Rodolffo lhe dizendo: - Me apaixonei pela Juliette e nem de longe ela é uma aventura amorosa pra mim, Rodolffo.

Pela cara que o sujeito faz, parece nitidamente surpreso com a resposta que ouve da amiga dele.

— E o que aconteceu com a mulher que não se apaixonava porque achava isso tolo demais?

— Ela está pagando pela boca grande. - Sarah responde, rindo e depois olha para mim e pisca um olho.

— E a Anitta nessa história toda? Você é comprometida com ela.

O fato de Rodolffo tocar no nome da minha prima me deixa bem atenta aquele homem e, principalmente ao assunto abordado por ele.

— Pretendo desfazer meu compromisso com Anitta pra ficar com a Juliette.

Eu não vejo a hora disso acontecer. Desse compromisso que Sarah assumiu com Anitta ser desfeito e nós duas podermos assumir o nosso compromisso. Viver nosso relacionamento sem ficar se escondendo.

— Você fisgou mesmo a mulherenga da minha amiga, Juliette! Parabéns pela façanha. Muitas já tentaram e todas fracassaram nisto.

Apenas me limito em forçar um sorriso para aquele sujeito que me observa. Desde seu olhar nada discreto em mim na piscina, que passo a ficar bem incomodada quando aquele sujeito me olha. A cada vez que seus olhos me encontram, eu sinto como se ele estivesse vendo além das minhas roupas.

— E quanto ao filho que Anitta espera de você, Sarah? - o sujeito se pronuncia outra vez, desviando o olhar de mim para a Srta. Gostosa.

— Vai continuar sendo meu filho, Rodolffo.

Apesar de serem muito amigos, Sarah pelo visto preferiu não contar para Rodolffo sobre não ser a mãe do filho de minha prima.

Por que será que ela não contou a verdade para o amigo?

Sobre nós duas que se trata de um assunto mais sério e que a meu ver, deve ser mantido em sigilo absoluto, Sarah conta e não faz segredo algum com Rodolffo. Mas sobre o bebê de Anitta, a Srta. Gostosa esconde a verdade do amigo. Aquilo está estranho para mim.

— E quando pretende terminar com sua noiva?

Aquele sujeito está interessado demais no assunto e fazendo muitas perguntas para o meu gosto.

— Assim que eu falar com a minha coroa.

A minha vontade é de pedir a Sarah para parar de ficar dando satisfação ao amigo dela, porque tenho a sensação de estar compartilhando com o inimigo informações que não deve. Mas, infelizmente, eu não posso fazer isso e nem tenho como fazê-lo, ainda mais, na frente do tal Rodolffo.

Graças a Deus, Hellen aparece naquele instante avisando que o almoço está pronto e nós podemos nos dirigir para a sala de refeições. Desse modo, o papo que rola é encerrado para o meu alívio.

A comida está deliciosa outra vez. Tenho que tirar o chapéu para Hellen e seus dotes culinários. Ela é boa demais na cozinha. Nas três oportunidades em que tive o prazer de degustar os pratos que ela preparou, eles estavam divinos. A comida dela é de comer rezando de tão boa que é. Pena que para mim o almoço daquele dia está sendo bem indigesto. E a razão disto se deve ao fato da presença intragável daquele sujeito sentado bem diante de mim.

Olho discretamente para Rodolffo e sinto uma raiva absurda dele e também da minha prima. É muita sacanagem daqueles dois se de fato eles estejam de caso como eu suspeito.

Quieta no meu canto, eu como me abstendo de trocar conversas à mesa com Sarah e seu amigo presentes ali comigo.

— Você é sempre tão calada assim durante as refeições?

Ergo meus olhos do prato de comida para Rodolffo que me questiona quando já estamos no fim do almoço.

A verdade é que sou bem falante, mas com a presença dele, eu me reservo o direito de não abrir a boca e ficar na minha. Já faço demais em aturar a presença desgostosa dele e ficar de papo com esse homem já é demais.

— Sim! - me limito em responder e levar uma garfada de comida a boca para evitar que ele me faça qualquer outra pergunta.

Felizmente, ele não faz e volta a falar com Sarah, me deixando quieta na minha.

Instantes mais tarde assim que o tal Rodolffo vai embora, o que agradeço enormemente, pois já não aguentava mais olhar para a cara daquele sujeito, Sarah me questiona algo que me deixa momentaneamente sem ação.

— Posso saber o por quê da sua tensão e hostilidade com o Rodolffo? Eu senti durante o tempo todo que você não me parecia confortável com a presença dele, honey.

Fala a verdade pra ela!

Por enquanto ainda não!

Se não contar agora isso pode te trazer problema lá na frente.

Calada, peste!

Tá, eu DEVIA lhe contar sobre o modo como o "amigo" dela se portou comigo antes de Sarah chegar, sobre como ele foi grosseiro com Hellen e mais, sobre a minha desconfiança, mas resolvo me calar por enquanto sobre aquelas coisas principalmente, a terceira já que não tenho certeza se aquilo é verdade. Embora, eu desconfie que seja, só que preciso ter certeza antes de contar qualquer coisa àquele respeito para Sarah.

— É que eu não gostei muito dele. - não é de total mentira.

Mas também não é a verdade inteira.

Quer me deixar em paz?

Depois não quero ninguém de chororô, hein! Porque aí, eu vou ter o prazer de jogar na cara: EU TE AVISEI!

Infeliz!

Burra!

— Juliette!

- Oi?!

- Te fiz uma pergunta, mas você nem ouviu.

Culpa sua, voz endiabrada!

- Qual foi a pergunta?

- Por qual razão não gostou do Rodolffo? - Sarah me abraça pela cintura. Estamos de pé diante do sofá onde poucos minutos atrás estávamos sentadas antes de Rodolffo anunciar sua partida.

— Ele me passou a impressão de ser um sujeito arrogante e com ar de superioridade. Não gosto de gente assim.

— Rodolffo tem mesmo esse jeito meio arrogante e soberbo, mas consegue ser também um cara legal.

Tenho lá minhas dúvidas quanto a isso, mas guardo tal opinião apenas para mim.

Faz muito mal! Estou avisando.

Se manda com seu aviso, peste!

— Rodolffo te achou muito bonita. Ficou te elogiando bastante enquanto estávamos no escritório. Até chamei a atenção dele, pois já estava com ciúmes de tantos elogios que ele te fez. - ela sorri e ajeita uma mexa do meu cabelo castanho atrás da orelha.

Se Sarah chamou a atenção e ficou enciumada com os elogios, imagina se revelo a forma despudorada com a qual o sujeito me olhou quando saí da piscina e os galanteios nada discretos que seu amigo me lançou pouco antes dela chegar?

Melhor nem experimentar para saber!

— Há quanto tempo vocês são amigos? - resolvo sondá-la de modo despretensioso.

— Acho que quase dez anos.

É um tempo razoável de amizade, que aquele sujeito está jogando no ralo por conta de um caso com minha prima - se esta minha suposição for verdade mesmo.

— Nos conhecemos na faculdade, através do Wilson, namorado de uma amiga minha na época. De cara nos demos bem e logo ele e eu já tínhamos virado amigos e parceiros de balada. Quando ele se formou dois anos depois de mim, eu o chamei pra advogar para mim. Nisso lá se vão quase uma década.

O sorriso em Sarah denuncia seu orgulho pela amizade com o tal Rodolffo.

"Que eu esteja errada sobre o amigo dela andar de caso com minha prima."

Acredito que será bem decepcionante para Sarah isso caso eu confirme com Hellen. Em seu lugar iria me sentir apunhalada pelas costas.

— Hum... Mudando de assunto você fez o que sua mãe pediu? - para mim já tinha dado de ficar falando daquele tal de Rodolffo.

Diante da minha mudança brusca de assunto vejo Sarah franzir levemente a testar. Contudo, ela não faz qualquer comentário a respeito. Apenas responde o que eu lhe pergunto.

— Fiz sim. Só que as três terei que fazer uma vídeo conferência no escritório aqui de casa com um cara de Munique. E enquanto esse horário não chega, nós podemos aproveitar essas duas horas livres que tenho pra fazermos algo interessante.

— Tipo?

Vejo um gigantesco sorriso safado surgir em seus lábios deliciosos enquanto Sarah aperta mais seus braços em torno de mim, colando meu corpo ao seu.

— Nós duas numa cama... você nua... eu também nua... E o resto você pode muito bem supor qual seja.

Não posso evitar de cair na risada sendo acompanhada por Sarah.

— Você só pensa em sexo é?

— Não! Na verdade eu gosto de fazer sexo. Porque o bom mesmo é fazer, ficar só pensando não tem muita graça.

— Você é uma safada!... E insaciável! - soco seu ombro de leve.

— Ah, eu sou mesmo! Principalmente, o segundo. - Sarah morde de leve meu queixo para depois passar a língua no mesmo local.

— Começo a perceber isso! - resmungo após um suspiro.

Vejo Sarah sorrir.

— Quanto a minha proposta de você e eu na cama em uma sessão de sexo?

— Aceita! - sussurro, aproximando minha boca da sua.

Sorrimos por breves segundos antes de Sarah unir nossas bocas em um beijo. Poucos instantes depois já estamos no quarto, caindo na cama aos beijos.

As roupas que usamos são tiradas de modo afoito e jogadas de qualquer jeito no chão. Completamente nuas, Sarah apanha uma camisinha de cima do criado mudo, inverte nossa posição, me deixando por cima dela e estende a mim o preservativo, dizendo que eu lhe coloque, porque quer sentir minhas mãos nela.

Na mesma hora atendo seu pedido e me ponho a satisfazer sua vontade. Lhe visto o preservativo bem devagar e assim que termino aquele serviço não resisto em masturbá-la, fazendo movimentos de sobe e desce com uma das mãos e vendo Sarah pouco depois emitir uns gemidos mais agudos, quando intensifico mais a velocidade dos movimentos com a mão.

— Apesar de estar... adorando isso. Oh, merda!... Que mãos maravilhosas você têm! - seu quadril se eleva um pouco da cama. - ... Mas eu preciso te avisar que se você continuar por mais tempo nisso, a nossa sessão de sexo vai terminar antes do esperado, honey.

Ah, eu não quero isso!

Prontamente interrompo a masturbação que lhe faço, pois não é a minha intenção pôr fim tão rápido assim na nossa brincadeira. Em seguida já estou deslizando sobre sua ereção firme até tê-la toda guardada dentro de mim.

De maneira lenta e devagar, eu começo a cavalgada sobre Sarah tendo seus olhos faiscando de paixão sobre mim enquanto suas mãos vão vagando das minhas coxas para a cintura e subindo até alcançar os seios para massagea-los e apertar os bicos por uns instantes. E logo suas mãos retornam para a minha cintura me auxiliando no ritmo da cavalgada.

Gradativamente vou acelerando o ritmo e intercalando com movimentos circulares. Com meus olhos focados em Sarah e as mãos em seus seios, eu leio em sua feição o prazer escancarado que estou lhe proporcionando mais e mais.

Em determinado momento, ela inverte nossas posições e com suas investidas rápidas e profundas nós nos perdemos e nos abandonamos a perdição completa, que logo a alcançamos momentos depois.

— Juliette... Juliette... A cada instante, eu te quero mais e mais, honey.

Sua confissão que vem tão logo somos tomadas pelo torpor do momento, me arranca um sorriso bobo. Eu também a cada instante compartilhado com ela, passo a querê-la mais e mais, e a me apaixonar muito mais ainda por essa mulher espetacular.

🔞🔞🔞

Entro na cozinha e encontro Hellen colocando algo no forno. Assim que ela se vira e se depara com a minha presença ali, eu vejo certa tensão pairar sobre sua expressão. Hellen, decerto, sabe que se eu estou ali é para termos a conversa que ficou inacabada algumas horas atrás. Eu quero saber o que a secretária de Sarah esconde e não vou sossegar enquanto não tirar a verdade dela.

— E a patroa?

— No escritório. Ela tem uma vídeo conferência marcada agora com alguém de Munique e vai demorar nisso.

— Hum... Eu acabei de colocar no forno uma torta de maçã pra assar para o lanche de vocês depois. A patroa adora a minha torta. Você gosta de torta de maçã?

Ela parece estar querendo me distrair com aquele assunto, bem para que eu não toque no assunto ao qual ela sabe que eu quero tocar. Mas Hellen não vai me enrolar.

— Eu adoro torta de maçã. Mas quero aproveitar que sua patroa está ocupada e nós duas estamos aqui sozinhas pra você me contar aquele assunto que ficou pendente entre a gente.

— Juliette, eu acho melhor deixar isso pra lá. Eu nem sei de quê assunto você está falando.

Ela me dá as costas e vai em direção a pia lavar as louças que havia sujado no preparo da torta.

— Hellen confia em mim. Sei que acabamos de nos conhecer, mas você pode me contar sem medo o que sabe sobre Rodolffo que envolve a minha prima.

— Eu não sei do quê a senhorita está falando.

Pelo visto eu vou ter que expor a minha desconfiança e esperar que Hellen confirme o que concluí sozinha.

— Hellen... por acaso Rodolffo e Anitta são amantes ou foram, e o filho que ela espera é dele?

Ela se vira bruscamente para mim e pela sua expressão assustada, não é nem preciso que ela me confirme nada. Eu estava certa nas conclusões que cheguei. Minha prima tem ou teve um caso com o amigo de Sarah, e, provavelmente, esse filho que ela espera é desse Rodolffo.

Bem que Anitta disse que o pai do filho dela não prestava. Porém, minha prima só esqueceu de dizer também, que a mãe da criança prestava ainda menos que o pai.

Deus!

Mais é muita canalhice daqueles dois aprontarem isso pelas costas de Sarah. Fico me perguntando o que ela fará quando tomar conhecimento disso.

— A senhorita vai contar a ela isso?

— Ela tem que saber. Ou você acha certo que ela fique sendo enganada desse jeito?

— Não acho certo, não. - ela responde de cabeça baixa. - Por inúmeras vezes eu tive ímpetos de contar a verdade pra ela, por justamente não achar certo a patroa ser enganada assim. Mas eu sou só uma secretária que cuida da casa dela, Juliette. - Hellen ergue a cabeça e me olha. - Rodolffo é amigo da senhora Andrade e Anitta a noiva dela. Em quem acha que ela vai acreditar, em mim ou neles?

Talvez no começo ela até duvide mesmo de Hellen, o que é até compreensível. Mas tenho quase certeza de que depois, Sarah iria ficar com a pulga atrás da orelha e daria um jeito de averiguar essa história direito.

— Pelo pouco que já conheço a Sarah, eu já percebi que ela é uma pessoa justa e iria buscar saber a verdade se você contasse.

— Eu não quero perder o meu emprego, Juliette. Mas também não aguento mais ver a patroa fazendo papel de boba.

Ela está sendo bem generosa em chamar de boba. Na verdade Sarah está fazendo papel de corna mesmo. E aqueles dois canalhas pensam que vou deixar isso continuar? Nem pensar! O quanto antes vou desmarcará-los à Sarah.

— Como você descobriu sobre Anitta e Rodolffo?

Hellen se aproxima de mim e se acomoda na banqueta vazia que há ao meu lado, para só aí começar a me relatar, que há quase dois meses flagrou sem querer Rodolffo e minha prima se agarrando próximo a piscina enquanto Sarah tinha subido para tomar um banho.

Segundo as palavras de Hellen "os dois sem vergonhas" não a viram e sequer imaginam ou desconfiam que ela sabe deles.

Hellen me confidencia que ficou sem ação com a cena deles aos beijos. Também pudera! Eu que nem vi já estou assim, imagina se visse. E ela ainda me revela que ouviu quando Rodolffo após o beijo questionou Anitta a respeito de quando iriam se encontrar à sós. Enojada com aquilo que presenciou Hellen disse que correu de volta para cozinha empunhando a bandeja com o suco que tinha ido levar aos dois à pedido de Sarah.

— Eu não sei quem é mais canalha nessa história toda se é minha prima ou esse sujeito. - me indigno.

— Acredito que ele seja mais, pois além de trair a amiga de longa data, ainda engana a mulher dele, porque Rodolffo é casado e pai de dois filhos.

Fico mais passada ainda com essa informação e toda aquela história que Hellen me conta. Sarah tem que saber daquela situação envolvendo Anitta e Rodolffo.

— Essa foi a única vez que flagrou os dois nesse tipo de situação comprometedora?

— Sim!... Juliette, você acha que o filho da sua prima pode ser mesmo do senhor Rodolffo?

— Tem toda a cara de ser.

A não ser que minha prima tenha outro amante. Mas acho que não. Então só pode ser esse tal Rodolffo mesmo o pai da criança.

— Desde o dia que dei esse flagra neles, que passei a detestar mais ainda esse amigo da senhora Andrade. Eu já não gostava desse tal de Rodolffo antes por achá-lo esnobe demais e depois desse dia passei a gostar menos ainda. Ele não vale nada!

— Nem ele e nem minha prima!

Anitta paga de boa moça e politicamente correta na frente dos meus pais, que fico me perguntando o que eles vão achar dela quando souberem dessa sua safadeza.

Hellen e eu ainda ficamos de papo sobre aqueles dois por mais algum tempo. Depois mudamos de assunto para não sermos pegas por Sarah falando daquilo.

Eu quero que ela saiba dessa história toda, mas não assim inesperadamente. Tenho que conversar com ela e lhe abrir o jogo da melhor maneira possível e ainda vou pensar em qual será esta maneira, já que por hora eu ainda não sei. Contudo, não posso me demorar em contar aquilo que soube, porque estarei sendo conivente com aqueles dois e de modo algum, quero aquilo na minha conta.

Com o assunto Rodolffo e Anitta encerrado, Hellen e eu ficamos falando sobre outras coisas mais agradáveis enquanto a secretária da Srta. Gostosa ia lavando a louça e eu a ajudava, enxugando e guardando a louça que ela lava, sobre muitos protestos dela de que não era preciso.

Assim que terminamos, nos acomodamos a mesa e batemos mais papo. Ela é boa de conversa e uma companhia agradável. Me conta um pouco sobre sua vida. Diz que é viúva há mais de um ano. Seu marido morreu em decorrência de um câncer no estômago. Segundo ela, o marido vinha há meses lutando contra a doença, mas acabou perdendo a batalha e deixando órfão o filho deles que na época tinha acabado de completar cinco anos.

Helen me confidencia com lágrimas nos olhos que foi um duro golpe para ela a perda do marido, já que além de seu companheiro e amor de sua vida, Raymond era o esteio da casa e o único que trabalhava para sustentar a família. Com a morte dele, Hellen teve que começar a buscar emprego, mas nada de encontrar. Estava ficando desesperada e quase perdendo as esperança, quando uma amiga sua lhe recomendou a Matilde para vir trabalhar ali no apartamento de Sarah. Ela teceu elogios rasgados a Sarah dizendo que ela é uma ótima patroa e que mesmo com sua falta de experiência em trabalhar fora, ainda assim, Sarah a contratou.

Em determinado momento do nosso papo, quando Hellen já me falava de seu filho e do quão peralta e arteiro o menino é, a torta fica pronta e a mulher foi tirá-la do forno.

— Nossa o cheiro tá delicioso. - comento quando ela deposita a travessa de vidro à mesa, sobre um suporte de inox.

— Modéstia a parte o sabor deve estar também.

— Não duvido mesmo!

Nós duas nos viramos ao ouvir a voz de Sarah reverberar na cozinha enquanto ela entra no cômodo.

— Ei! Achei que ia demorar mais essa vídeo conferência.

Acho que não faz nem muito tempo que ela passou lá para o escritório. Ou será que foi o contrário e eu nem percebi devido ao papo com Hellen?

— Eu demorei sim, Juliette. - nossa, então nem notei essa demora. O papo com Hellen estava tão bom que nem senti o tempo passar. - E se eu fizesse gosto do Zimmermann, com certeza, demoraria muito mais. Mas como eu não estou nem um pouco a fim de ficar esticando papo com ele então tratei rapidamente do que era necessário e terminei sem grandes delongas o assunto, não dando margem aquele alemão de ficar de papo furado comigo. - Sarah tem um sorriso divertido enquanto me olha e se acomoda em uma cadeira ao meu lado. - E eu quero provar essa torta. Pode, por favor, me servir um pedaço dela, Hellen?

— Agora mesmo!

Ela se dirige até um armário enorme onde estão as louças.

— Você vai queimar a língua, Sarah. Hellen acabou de tirar do forno a torta. - informo.

— Ih, mas é assim mesmo que a patroa gosta, Juliette, não é dona Sarah?

— É assim mesmo, Hellen. Eu só gosto das coisas: Quentes. Bem quentes de preferência, Juliette!

Ela pisca um olho e sorri para mim toda safada e maliciosa. Não é só à torta que ela está se referindo. Aquela cara safada deixa bem claro isso. Agradeço que Hellen está de costas para gente e não vê aquele sorriso cheio de más intenções de Sarah, senão eu estaria morrendo de vergonha, pois ela, certamente, entenderia também que não é só da torta que aquela pervertida da patroa dela está falando.

— Sua safada! - golpeando de leve a sua coxa, eu lhe murmuro baixo tal insulto só para Sarah ouvir. E ela ouve e ri descaradamente alisando minha perna.

Hellen se volta para perto da gente empunhando dois pratinhos e talheres. Eu a informo que ela ainda não me sirva, pois eu vou esperar esfriar um pouco mais a torta para só depois experimentá-la. Desse modo, Hellen só serve Sarah que no instante seguinte já prova a torta quente mesmo.

— Deliciosa como sempre a sua torta, Hellen.

Pela cara de satisfação e aprovação dela enquanto degusta o pedaço de torta, Sarah está sendo sincera.

— Obrigada, senhora. - Hellen agradece, depositando a jarra de suco que havia feito.

— Você devia comer quente que é muito bom, Ju.

— E correr o risco de queimar a língua? Nem pensar. Prefiro esperar esfriar um pouco para aí sim, experimentar. Assim quente como está não dá nem pra sentir o sabor direito.

— Claro que dá!

Hellen nos pede licença e informa que vai aproveitar para passar umas roupas. Assim ficamos Sarah e eu sozinhas na cozinha.

— Hum... Tá muito boa a torta mesmo. - Sarah comenta antes levar outro pedaço generoso a boca.

— Deve estar mesmo, pois você já está quase terminando de comer todo o pedaço que a Hellen pôs pra você. - revelo com um sorriso.

Ela está devorando a torta rapidamente, mesmo esta quente.

— Porque está muito boa mesmo!... Hum... Que horas quer que eu te leve pra casa?

— A hora que você quiser. - deslizo uma das mãos por seus cabelos, que estão presos em um rabo de cavalo.

Vejo Sarah sorrir enquanto mastiga e me olha. Só depois que termina sua mastigação que ela se pronuncia.

— Se é assim... Então não vou te levar pra casa nunca, porque não quero mais que vá embora daqui.

— Não?

Ela balança a cabeça negativamente já mastigando outro pedaço da torta que havia acabado de levar a boca.

— Você é diferente do que eu pensava, sabia?

Nos primeiros contatos que tivemos, eu fazia uma visão um tanto deturpada dela, muito por causa das informações que ela mesma me passou a seu respeito. Mas agora que já a conheço mais, eu descubro que Sarah não é nada do que eu pensava. Ela é muito melhor!

— E como você pensava que eu era?

— Em resumo uma pessoa séria e fria.

Poderia ainda acrescentar também uma mulherenga incorrigível, mas não ouso e nem tenho coragem de dizer aquilo.

— Séria, eu até sou mesmo no trabalho e muito. Além de bastante exigente com o meu pessoal. Não gosto de falhas e nem incompetências. Agora, quanto a ser fria... Bem... você já deve ter percebido que isso está bem longe de eu ser.

— Bota longe nisso mesmo!

Ela é uma mulher quente... MUITO QUENTE!

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Rodolffo e Anitta tiveram algo, mas será que isso ainda continua ou terminou?

E a Sarah quando souber o que vai fazer com esses dois?

Será que depois de saber de quem é o filho, ela ainda vai seguir com a ideia de assumi-lo?

Perguntas cujas respostas ainda levarão alguns capítulos para vim.

Vamos ao próximo....