Apesar de manter um relacionamento informal com Stephany, John não pensava em assumir nada sério com ela antes do próximo ano. Ele não confessou, mas todas as vezes que transou com ela fechava os olhos e imaginava que estava com a moça desconhecida em seus braços.

O tempo estava acabando e John precisava intensificar a sua procura, ou então era melhor esquecer aquilo de vez.

Ele optou por continuar a procura, mas agora ia seguir caminhos diferentes. Deixar as coisas acontecerem normalmente não estava dando certo, precisava agir de maneira mais eficaz.

— Richard. Onde você iria procurar uma mulher que você não sabe onde está?

— Depende que tipo de mulher, mas acredito que está se referindo àquela moça que está procurando.

— Sim, é dela que estou falando.

— Você não tem nenhuma informação, não sabe o nome, onde trabalha, qualquer lugar que procurar poderá encontrá-la. No entanto, você pode tentar em boates, festas, shoppings, ou seja, principalmente locais onde os jovens frequentam.

— Você tem razão, eu não bebo, mas talvez eu a encontre se frequentar estes lugares. Vou começar a frequentar boates.

Naquela mesma noite John se arrumou e saiu procurando uma boate. Não demorou muito para encontrar uma que parecia ser apropriada. Estacionou o carro e entrou. O ambiente era bastante escuro e iluminado apenas pelas luzes que giravam no teto. Chegou próximo ao balcão e ficou ali, escorado. Olhou ao redor, todos bebiam algo e muitos fumavam também. John se sentia um peixe fora da água, mas resolveu continuar ali.

Pediu alguma coisa para beber e o garçom lhe disse que não tinha nada sem álcool, mesmo assim resolveu beber uma taça de champanhe, pois era a bebida com menos álcool que era servida ali.

Logo uma moça de cabelos vermelhos, com metade dos seios de fora se aproximou dele.

— Olá, é a primeira vez que vem aqui?

— Sim! Quero ver se consigo encontrar uma pessoa. Vou ficar algum tempo aqui esperando.

— Como é o nome dela, talvez eu a conheço?

— Esta é uma história muito complicada, se lhe contar você nem vai acreditar. Mas posso lhe dizer que não sei quem é esta pessoa, aliás, sei quem é, mas não sei seu nome.

— Então como sabe que ela frequenta esta boate?

— Não sei, esta é apenas mais uma tentativa de encontrá-la.

— O que acha de se divertir um pouco?

— Depende o que você quer dizer sobre se divertir?

— Estou falando de sexo, faço qualquer coisa que você pedir.

John pensou um pouco para depois responder.

— Você é profissional ou está apenas querendo sexo?

— Sim, venho aqui todas as noites e procuro alguém que queira pagar para transar comigo. Não digo que sou profissional, mas gosto do que faço.

— Quanto você cobra?

— Depende... Se for apenas uma transa cobro cinquenta, se for serviço completo é cento e cinquenta.

— Vamos fazer o seguinte. Vou esperar mais uma hora para ver se ela aparece, se você estiver disposta a esperar topo pagar cinquenta.

— Tudo bem! Vou circular um pouco depois volto aqui.

A hora passou e John não viu sua amada entrar naquela boate, aliás, não conseguia imaginar que aquela mulher linda frequentasse um local daqueles.

— Então, já passou uma hora, vejo que você não a encontrou e eu também não encontrei alguém que estivesse disposto a sair comigo.

— Sou um homem de palavra, prometi que ia sair com você e vou cumprir. Onde você quer ir?

— Tem um local aqui perto que costumo utilizar, podemos ir lá.

— Tudo bem!

Os dois chegaram ao local, era um hotel de quinta categoria. Ela então pegou a chave na portaria e foram para o quarto.

— Não nos apresentamos, mas acredito que assim seja melhor — disse John.

— Por mim tudo bem. Afinal isso será apenas uma transa.

— Você tem preservativo? — perguntou John.

— Infelizmente não!

— Não tem problema, eu tenho um aqui no meu bolso, sempre carrego um comigo.

A mulher então tirou a roupa e John também se despiu. Claramente aqueles seios não eram verdadeiros, não pareciam reais. O corpo era bonito, mas nada comparado ao de Stephany e nem das prostitutas com que já havia saído anteriormente. Apesar disso, ela sabia muito bem como satisfazer um homem. Os dois transaram e logo depois tomaram banho. Depois ele pagou o valor combinado e foi embora.

"Não sei o que há comigo. Parece que tenho um sinal ou alguma coisa que atrai as prostitutas. Todos os lugares que frequento elas vêm me procurar. Já imaginou se um dia estou com uma mulher dessas e aquela moça aparece, como vou dizer que a amo se estou transando com prostitutas? Vou parar com isso. Mesmo que elas pensem mal de mim vou dizer não se isso acontecer de novo. A única mulher com quem ainda sairei será Stephany e mesmo assim não quero que ninguém fique sabendo", pensou John enquanto refletia sobre mais um de seus encontros.