Capítulo 14
Apesar de não estar apaixonado por Stephany, John gostava de sua companhia. Talvez isso pudesse mudar no futuro e os dois viessem a formar um casal, mas isso só o tempo ia dizer.
John voltou para seu apartamento e lembrou que não tinha comprado nenhum presente para Catherine. Trocou de roupa rapidamente e foi ao shopping comprar alguma coisa, logo em seguida foi para a casa de Richard.
— Olá, bom dia para vocês.
— Bom dia, John.
— Feliz aniversário, Catherine. Trouxe um presente, espero que goste.
Era um perfume.
— Adorei, obrigado John.
— Vamos sentar, o almoço ainda vai demorar um pouco — disse Catherine.
— Sua irmã não está aqui? — perguntou John.
— Não, hoje ela está em Nova York. Está participando de um evento sobre medicina — respondeu Catherine. Meu pai e minha mãe estão chegando... Olá papai e mamãe, que bom que vieram.
— Não poderíamos faltar no aniversário de nossa querida filha. Pena que Cristine não pôde estar aqui conosco.
— Onde está Harry?
— A empregada está terminando de trocá-lo — disse Catherine.
— Vocês lembram-se de John Sasters, meu colega de trabalho?
— Sim, claro. Como vai John?
— Tudo bem senhor e senhora Huds.
— Aqui está o Harry — disse Richard com a criança no colo.
Naquele domingo a família de Richard e Catherine estava reunida. John nem tocou no assunto de costume. Pensou que conheceria Cristine naquele dia, porém, mais uma vez houve um desencontro entre os dois.
O almoço foi servido e depois conversaram bastante sobre negócios. John comentou que sua irmã estava querendo mudar-se para São Francisco.
— Você não tem parentes em São Francisco. Seria bom para você — disse Richard Tasly.
— Sim! Se ela mudar para cá minha mãe virá junto. Assim ficamos todos na mesma cidade.
Depois de conversarem por um bom tempo, John foi embora.
Chegando ao seu apartamento John lembrou-se de um detalhe.
"Estes desencontros em minha vida estão virando rotina. Por várias ocasiões estive a um passo de encontrar aquela moça da lanchonete e a mesma coisa aconteceu com a irmã de Catherine. Só não me desencontro com Stephany. Espera aí! Catherine tem cabelos escuros e olhos verdes, além de ter a pele clara. Será que Cristine não é a mulher que estou procurando todo este tempo", pensou John.
Imediatamente John ligou para Richard.
— Alô, Richard. Preciso que me responda algumas perguntas.
— Sim, pode falar John.
— Qual é a cor dos olhos da irmã de Catherine?
— Ela tem os olhos verdes, iguais da irmã.
— E o cabelo, qual é a cor?
— Ela tem os cabelos castanhos escuros. Mas por que estas perguntas agora?
— Mais uma coisa. Certamente ela tem a pele clara, igual da Catherine.
— Sim! Isso mesmo.
— Estou pensando que a moça que tanto procuro pode ser a Cristine.
John não disse mais nada e desligou o telefone. Pegou o carro e sai dirigindo em alta velocidade.
"Será que fiquei todo este tempo procurando quando ela estava tão próxima de mim. Preciso descobrir se Cristine é a moça da lanchonete. Espero que ela retorne logo de Nova York", pensou John enquanto seguia para a casa de Richard.
John estacionou o carro em frente à casa de Richard e saiu correndo em direção a casa.
— Aconteceu alguma coisa, John? — perguntou Richard ao ver a sua expressão.
— Preciso saber quando Cristine retorna de Nova York.
— Ela só retorna no sábado. Mas por que você quer tanto conhecer Cristine agora? — perguntou Catherine.
— Estou pensando que sua irmã pode ser a moça que eu tanto procuro. Preciso vê-la o mais rápido possível.
— Infelizmente você terá que esperar.
— Você não tem nenhuma foto recente dela?
— Tenho algumas fotos, mas nenhuma é recente.
— Deixa eu ver — disse John na esperança de ver naquela foto a mesma moça da lanchonete.
— Aqui está.
— É uma foto de quando Cristine tinha quinze anos e esta outra é do meu casamento.
John olhou aquelas fotos, mas não conseguiu dizer se era a mesma pessoa, mas também não descartou a possibilidade.
— Preciso vê-la pessoalmente, só assim conseguirei tirar esta dúvida da minha cabeça. Será que você consegue marcar um encontro entre nós dois.
— Preciso conversar com ela e verificar a possibilidade. Vou tentar ligar para minha irmã e depois lhe aviso.
— Obrigado Catherine. Agora preciso ir. Desculpe-me por aparecer assim, de repente, eu realmente acreditei que hoje poderia terminar a minha busca. Até amanhã Richard.
John entrou em seu carro e durante o percurso foi pensando naquilo que tinha acontecido. Cristine estuda medicina, será que é por isso que nunca a encontrei nos lugares onde procurei? Será que no sábado isso tudo chega ao fim? Será que Cristine vai querer me ver quando retornar de Nova York? As respostas para todas estas perguntas só seriam respondidas no decorrer daquela semana, e isso o angustiava.
Durante aquela semana John só saiu de casa para trabalhar. Stephany colaborou e não marcou nenhum encontro, e mesmo se tivesse tentado possivelmente a resposta seria negativa. John só pensava no encontro com Cristine.
Na sexta-feira o telefone tocou. John atendeu imediatamente, era Catherine.
— Alô, John.
— Olá Catherine.
— Conversei com Cristine e ela aceitou se encontrar com você. Ela prefere que seja aqui em casa mesmo amanhã. Tudo bem para você?
— Sim, tudo bem. Em que horário?
— Você pode as quinze horas?
— Sim, pode me esperar que estarei aí neste horário. Obrigado Catherine, até amanhã então.
John contava os minutos e o tempo não passava. Naquela noite nem conseguiu dormir direito. No sábado saiu do trabalho e foi se preparar para o grande encontro. Tirou a barba e vestiu uma roupa bem bacana. Quinze minutos antes do horário combinado já estava na casa de Richard e Catherine.
— Olá, acho que cheguei muito cedo, mas não aguentava mais esperar.
— Você vai ter que aguardar mais um pouco. Minha irmã ainda não chegou.
Eles ficaram ali conversando por longos minutos e quando John se distraiu por um momento escutou uma voz doce.
— Olá, desculpem o atraso. Tive uns contratempos — disse Cristine no exato momento em que John virou-se e teve a grande surpresa.
Cristine realmente tinha os olhos verdes e cabelos castanhos, além de ser muito linda, mas infelizmente não era a moça que ele tanto procurava.
— Cristine, este é o John. John, esta é minha irmã Cristine. Vou deixar os dois a sós.
— Olá John! Qual é o assunto que você tem para falar comigo?
— Sua irmã não falou nada?
— Não, ela apenas disse que você tinha uma coisa muito importante que só poderia dizer quando me visse pessoalmente.
— Então vou lhe explicar. Alguns meses atrás eu conheci uma moça. Na realidade eu a vi e me apaixonei imediatamente, mas nem ao menos cheguei a conversar com ela, nem o seu nome perguntei. Ela foi embora e não tinha nenhuma informação a seu respeito, desde então estou à procura desta moça. Por várias vezes estive a um passo de encontrá-la, a mesma coisa aconteceu com você. Por várias vezes quase te conheci. Isto me fez acreditar que você era esta moça que eu tanto procuro.
— E eu não sou esta pessoa?
— Infelizmente não é. Você é muito linda, mas não é a moça que estou procurando.
— Obrigada pelo elogio. Desculpe-me por não poder ajudá-lo.
— Desculpe-me você por tomar o seu tempo, mas eu estava muito confiante de que minha busca chegaria ao fim hoje.
— E se eu fosse esta moça, o que você faria?
— Eu contaria minha história e tentaria convencê-la do meu amor. E esperaria o mesmo por sua parte, ou seja, tentaria fazê-la se apaixonar por mim.
— Sabe que isto seria difícil de conseguir assim, logo de cara.
— Sim, eu sei disso. Mas comigo aconteceu o amor à primeira vista, então isso pode acontecer.
— Foi um prazer conhecê-lo John, agora eu preciso ir porque tenho um compromisso muito importante.
— Também foi um prazer conhecê-la. Desculpe pelo tempo que fiz você perder.
— Até mais Catherine.
John não conseguia esconder sua frustração pelo fato de Cristine não ser a moça da lanchonete. A sua busca continuava de onde havia parado. Sem nenhuma pista, sem qualquer informação. Triste com a situação retornou para seu apartamento.
"Como Cristine é linda, mas não senti nada por ela. Como pode uma coisa destas, com tantas mulheres fui me apaixonar justamente por alguém que nem conheço."
Neste momento o telefone tocou. Era Stephany.
— Olá John, estou com saudades de você.
— Olá Stephany, hoje eu não estou a fim.
— O que aconteceu John?
— Não quero falar sobre isso por telefone.
— Desse jeito você me deixa preocupada. Posso ir ao seu apartamento?
— Se quiser pode vir, mas como eu lhe disse, hoje não estou a fim.
Meia hora mais tarde a campainha tocou.
— Olá Stephany.
— Agora que estou aqui me conte o que aconteceu.
— Sabe a esposa do Richard? Ela tem uma irmã que se chama Cristine. Até hoje eu não a conhecia, pensei que ela fosse a mulher que estou procurando a tanto tempo, então consegui que Catherine marcasse um encontro entre nós dois. Para minha frustração foi apenas mais um engano.
— Por que você não desiste disso? Você não vai ficar sozinho por muito tempo. Tenho certeza disso.
— Se depender de você certamente que não, mas eu já lhe disse que não quero te enganar. Vou esperar até o final do ano, depois vejo o que faço da minha vida.
Stephany se aproximou e John sentiu seu perfume provocante. Por mais que ele dissesse que não estava a fim, Stephany não respeitava os seus sentimentos. Ela realmente estava querendo seduzi-lo. Abraçou-o e logo em seguida o beijou.
— Stephany, por favor, não.
— Não diga nada John.
Stephany sabia como seduzi-lo. Desabotoou a blusa e a tirou, em seguida deixou a saia cair no chão, ficando apenas de lingerie.
— Você tem certeza que não me quer John?
— Você não tem jeito mesmo Stephany. Já está quase nua e me pergunta isso?
Neste momento Stephany tirou o pouco de roupa que ainda restava e abraçou John. Fizeram amor mais uma vez e depois ficaram deitados sobre a cama.
— O que você está querendo Stephany? Eu já disse que não quero me envolver com você, mas estamos parecendo um casal de amantes. Acho que fazemos sexo muito mais vezes do que muitos casais que existem por aí.
— Isso está mais do que bom para mim, é isso que eu quero, apenas sexo. Se eu conseguir alguma coisa, além disso será ótimo, mas não se preocupe, não estou me iludindo.
— Stephany, fique aqui comigo esta noite. Não quero ficar sozinho.
— Tudo bem John, eu fico aqui com você.
— Fico imaginando como seria ter a mulher que amo ao meu lado todas as noites, você é a única mulher que passou a noite comigo até hoje. Nunca imaginei que diria isso, mas quero agradecer por estar ao meu lado mesmo sabendo que não te amo.
— Não precisa dizer nada John. Deite aqui em meus braços.
Os dois dormiram juntos naquela noite, mas não fizeram mais sexo. Stephany já estava satisfeita e dormiu abraçada a John.
No domingo, por volta das oito da manhã, John acordou, olhou para o lado e viu o corpo nu de Stephany, que já estava acordada olhando para ele.
— Bom dia John.
— Bom dia Stephany.
— Quer que eu prepare um café para você? — perguntou Stephany.
— Sim, mas antes quero você mais uma vez.
Os dois se amaram mais uma vez e depois foram tomar banho. Stephany preparou o café e depois que os dois comeram ela foi embora.
O que existia entre John e Stephany era apenas sexo, mas aquilo já estava ficando mais sério do que deveria.
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