Bea esperou pacientemente que Peter e Arthur voltassem da caminhada. Talvez, não tão paciente, já que verificava a caixa de mensagens a todo instante e nenhuma delas era de Joe. Ela se condenou. Não podia estar desesperada por conta de um homem. Principalmente se esse homem fosse Joe, aquele cowboy bruto que não deveria ter tanto espaço em sua cabeça. Mesmo beijando tão bem, sendo tão atencioso...

ela pulou da cama e, fugindo de seus pensamentos, decidiu que hoje era um dia pra se vestir bem, mesmo não tendo ideia do que a família preparava para o dia. Beatrice decidiu apostar no vermelho. Um body com detalhes sutis como uma lingerie, um short mom jeans claro, um cinto dourado da Gucci e seu coturno preto de salto. Após terminar o baby liss no cabelo longo, a campainha tocou.

- É pra você, Bea.- disse Nina. Tendo a curiosidade maior que a preguiça, a garota correu escada a baixo para descobrir de quem se tratava.

Hoje, ele não vestia xadrez. Usava uma camisa fina de manga longa, azul marinho, a cor que Bea dissera que nasceu para ele. Mesmo não abandonando a calça jeans e a botina, a pequena mudança diária de Joe o fazia ser o maior e melhor espetáculo de Ohio. Ela tentou, falhamente, disfarçar seu enorme sorriso ao vê-lo ainda na parte da manhã.

- Feliz aniversário.- Ele falou, abraçando-a, assim que ela se aproximou.

Apesar de não esperar pelo abraço, Beatrice demorou mais segundos do que o normal para solta-lo.

- Podia ter me avisado que vinha...- A Coleman murmurou, praguejando por não ter se maquiado ainda.

- Você tem algum compromisso agora?- Os olhos do cowboy pareceram se entristecer instantaneamente.

- Não.- Ela sorriu.- Claro que não. Só esperando por Arthur e Peter.

- Bem.- o olhar entusiasmado de Joe retornou.- Foram eles quem me deram a permissão de te sequestrar um pouquinho hoje.

- E para onde vamos, senhor cowboy?

Em um gesto engraçado, Joe fez reverência para a aniversariante.

- Me daria a honra de acompanhá-la em seu almoço, senhorita?

Beatrice riu alto.

- Por quanto tempo ensaiou isso?

Joe ofereceu seu braço enquanto Beatrice pegava sua bolsa.

- Algumas semanas.- ironizou.- Vamos antes que eu me ache patético.

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Para a surpresa da garota, Joe a levou para almoçar no The Top Steak House, um dos restaurantes mais renomados de Columbus, lugar qual Bea estava acostumada a frequentar desde novinha com os pais, mas nunca imaginou ver Joe Hammar pisando num local como aquele.

O homem confessou que quem havia dado a dica do restaurante fora Arthur, mas ele não havia decorado nenhuma das básicas dicas de etiqueta. Ao se sentarem na mesa reservada, Bea observava as expressões dele ao ler o cardápio, e não conseguiu disfarçar a risada. Acendeu em sua mente o quanto era incrível o que Joe estava fazendo, deixando, por um dia, seu orgulho de lado para adaptar-se ao modo de vida dela. Bea puxou o cardápio das mãos dele.

- Você gosta muito de carne, não é?- questionou. Ele assentiu. Beatrice olhou para o garçom.- Traga para o rapaz, por favor, um Filé à Chateaubriand e um Medalhão de Alcatra em crosta de pistache.

Joe olhava para a Coleman sem entender uma única palavra.

- Molho?- questionou o rapaz.

- Vinho tinto e aligot, por favor.

- E para a senhorita?

- O de sempre.

O garçom assentiu e saiu.

- Como tem certeza que isso é comestível?- disse Joe. A garota empurrou os cotovelos dele da mesa, e a expressão de desprezo de Joe foi engraçada.

- É o prato favorito do meu pai. Você vai gostar.- Ela afirmou.

- Sabe que eu não sei fazer cara de paisagem se eu não gostar, né?

Os dois riram.

Durante o almoço, Bea e Joe conversaram e se divertiram como ela nunca havia feito antes naquele lugar. Ela quase não apreciou o sabor da comida, o que a fez perceber que não importava o lugar: A companhia de Joe valia mais do que tudo aquilo. Ela fez e disse coisas que Judith e suas regras de etiqueta nem de longe aprovariam.

Ao saírem, Beatrice perguntou se Joe queria passar em um fast food para comer um hambúrguer e fritas, mas ele afirmou que estava satisfeito, e, se aquilo era uma mentira para agradá-la, ela nunca saberia.

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Beatrice recebeu uma mensagem confirmando que Arthur e Peter foram para a fazenda. No caminho para a mesma, Bea e Joe decidiram ter algumas aulas extras de direção, que apresentava resultados melhores nas últimas semanas.

Chegando na sede da Pejari, Bea encontrou suas melhores amigas reunidas com os moradores da fazenda, que juntos a parabenizaram.

- Trouxe cupcakes de chocolate.- Disse Lilli, entregando os doces para a amiga.- Eu quem fiz.

As amigas se entreolharam. Teria Lilli se esquecido que Bea não comia chocolates ou a bolinhos?

- Obrigada.- Bea abraçou sua amiga ruiva.- Devem estar deliciosos. Eu acabei de almoçar agora, mas daqui a pouco como!

Sem perceber, Lilli assentiu, sorridente, se afastou das amigas e pediu, mais uma vez, que Levi a levasse para ver os coelhinhos.

- Por um segundo, pensei que fosse fazer desfeita com a Lilli.- Confessou Briella.

- Ei!- Beatrice entregou os bolinhos para a amiga grávida, Andrea, que pareceu ter ganhado na loteria com essas gostosuras.- Eu nunca faria isso. Ela só esqueceu que eu não posso comer.

- Percebeu que isso é automático? - Falou Scarlett.- Você sempre diz que não pode comer. Nunca que não quer. Isso se tornou um roteiro. Já se questionou se gostaria de experimentar?

A garota hesitou.

- Me parece ótimo, mas eu realmente não posso. - Pensar naquilo fez com que o sistema de Bea se confundisse. Scarlett poderia ter razão. Mas ela não queria pensar nisso agora.- Vocês viram aquela barulheira ali atrás?- ela olhou através da janela da cozinha.- O que estão fazendo ali?

- Uma reforma!- respondeu Diane, mais do que imediatamente.- Peter nos disse.

- Não estou sabendo de reformas....

- Parece que é a ala dos...- começou Scarlett.

- Caminhoneiros.- terminou Andrea, sem tirar os olhos da sujeira de chocolate em suas mãos.

- Bea...- Blake adentrou a sala, e as meninas pareceram aliviadas.- Joe pediu para te chamar. Ele disse que as surpresas de aniversário ainda não acabaram...

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Seguindo para fora da casa, Beatrice não pode acreditar que Joe a esperava com duas bicicletas onde as cestas eram carregadas de flores perfumadas de todos os tipos.

- Você está brincando?- ela riu- O que é isso, J?

- Bem...- ele encheu o peito.- Você não é uma boa motorista, não sabe andar a cavalo, mas um passarinho me contou que sabe andar de bicicleta.

Ela cruzou os braços, querendo rir. Finalmente se sentiu a garota mimada e fracassada que era.

- Metido.- ela mostrou a língua para Joe.- Parcialmente.

- Parcialmente metido?

- Sei andar, parcialmente.- ela encarou as bicicletas.- Mas o que vem ao caso aqui é... Essa outra bicicleta, é pra você?

Joe coçou a nuca.

- É claro que sim! Já se cansou de mim hoje?

- Não é isso. - ela se defendeu- Você só está quebrando toda a sua masculinidade nesse mesmo segundo.- Após retirar o coturno de salto, Beatrice subiu em uma das bicicletas, não conseguindo conter seu sorriso.

- Minha masculinidade nunca foi frágil.- mentiu o cowboy.

- aham.

- Vou te provar isso agora mesmo.- ele montou na bicicleta com florezinhas. Rapidamente, Bea retirou seu celular do bolso e tirou uma foto. Joe fingiu não se importar.- Viu o que eu faço por você, Beatrice Coleman?

- E para onde vamos hoje, vassalo?- ironizou.

Joe apontou para um vale distante, além dos rios, onde as flores mais belas da fazenda reluziam o sol.

-A não ser, é claro, que a madame tenha medo de sujar as pernas, ou de doer os pezinhos, ou de perder tempo com um cowboy como eu...- vitimizou o rapaz.

- Bem, eu acho que... quem chegar por último faz o que o outro quiser...- Falou Beatrice, e pedalou rapidamente, deixando Joe para trás.

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- Sabe que você foi muito ingênua em apostar corrida comigo sem saber o caminho, não sabe?- Joe se deitava ao lado dela, em baixo de um ipê rosa. A corrida de bicicleta em torno do rio até aqueles campos durara vinte e cinco minutos. Bea demorou para responder, aproveitando a vista. Era quase pôr do sol.

- Eu só estava blefando.- Ela se defendeu.

- Não estava não.- Joe riu alto, tocando no nariz dela. Bea empurrou a mão dele, sorrindo.

- Bem, como combinado... vou fazer o que você quiser...- Ela tirou uma orquídea azul da cesta e colocou no cabelo.

O cowboy não conseguia olhar para outra coisa se não para a beleza dela. Não conseguia entender como Beatrice Coleman era mais bonita a cada dia que passava. Ele tocou na orquídea e depois, na pele macia dela.

- Embora eu tenha ganhado a aposta, não vou te cobrar nada por ela. Eu não sei explorar você Beatrice. E tenho certeza que você seria muito maldosa comigo se tivesse ganhado.

Ela riu.

- Mesmo não ganhando, eu tenho o bônus de que hoje é meu aniversário.

Joe revirou os olhos.

- E o que vai desejar?

- Apenas uma resposta.- Ela se aproximou e sorriu.- Me diga, cowboy, quantas vezes você já me beijou hoje?

- Nenhuma.

- E o que está esperando pra isso?

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Depois de Bea ter cobrado dezessete beijos de Joe, eles esperaram anoitecer. Com a desculpa do frio enquanto o céu escurecia, a garota se aconchegou nos braços do rapaz. Ele contou um pouco sobre a história daquele imenso campo, que era apenas uma área vazia antes da chegada deles. Foi vendo que Jordan apreciava o cultivo que Peter cedeu aquele local para ele. Beatrice se surpreendeu ao saber que era o irmão mais velho de Joe que, sozinho, havia cuidado daquele local desde os dezesseis anos.

Ao voltarem para casa, Bea precisou de um banho, e suas amigas aconselharam que ela não se vestisse para dormir. Mesmo sem entender, ela aceitou, afinal, um aniversário permitia surpresas.

A Coleman vestiu uma blusa preta de manga longa e gola, uma saia xadrez e uma bota cano longo, também preta. Com preguiça de fazer uma maquiagem para noite, Beatrice fez apenas o básico. Ao descer as escadas, encontrou apenas  Arthur e a meia luz do abajur da sala.

- Onde está todo mundo?- ela questionou.

- No lugar em que vamos estar em alguns minutos.- Seu irmão sorriu.- Agora, vamos ao clichê.- O rapaz mostrou uma venda preta para Bea.

- Não.

- Sim.- Ele não deu muito tempo de escolha.- Venha logo.

Arthur vendou-a e a conduziu pela fazenda. Ele ignorava todas as perguntas que a garota fazia, e dizia que ela saberia em breve.

Bea escutou o crepitar de chamas no caminho, mas, depois, o frio voltou e ela sentiu que passava por uma cortina de fitas.

- Bem, esse, é o meu presente de aniversário. - O loiro depositou um beijinho na bochecha dela.- Feliz aniversário, Beatrice.

Ao retirar a venda, ela escutou os gritos de ''feliz aniversário'' com muitas pessoas. Eles estavam diante de um palco e, quando as cortinas caíram, ela não conseguia acreditar.

Lá estavam Brad Simpson, James McVey, Connor Ball e Tristan Evans. Mais conhecidos, entre os adolescentes, como ''The Vamps'' ou, para a família Coleman, como "a boyband favorita de Bea."

Ela colocou as mãos na boca, surpresa, enquanto os garotos cantavam e os convidados, que consistiam em amigos da escola de Bea e amigos do clube de futebol de Arthur, gritavam.

As melhores amigas da aniversariante a abraçou, e ela, boquiaberta, escutava ''Are You Gonna Be My Girl?''

Ao final da primeira apresentação, pediram para que ela subisse ao palco.

Após receber os parabéns de cada um dos integrantes, ainda surpresa, Beatrice agradeceu a presença de todos.

Enquanto a festa continuava, ela cumprimentou os colegas da escola e amigos de Arthur, além de receber os presentes. Descobriu pelo irmão, também, que um dos jogadores do clube era amigo de Connor, e não foi tão difícil tê-los ali. Ela encheu seu irmão de beijinhos, mas ele logo avisou que queria beber. As amigas de Beatrice contaram que já sabiam há uma semana e ajudaram a arrumar o salão, e a decoração havia mesmo ficado a cara dela.

Trinta minutos depois, ela finalmente encontrou Joe, sentado distante no balcão.

- Eu achando que você estava sendo carinhoso, na verdade só estava sendo pago para me distrair enquanto montavam um palco e um salão atrás da casa.

- Um pouco dos dois.- Joe sorriu, levantando o chapéu.- Mas, se eu soubesse que eram quatro jovens bonitos, eu não teria ajudado.

- Idiota.- Ela sorriu, se aproximando dele. Neste momento, a música '' Just My Type'' começou e mesmo não conhecendo a música, Joe prestou atenção na letra. Ironicamente ou não, a música falava muito sobre o que os dois viviam.

- E o que vamos beber?- perguntou a garota.

O cowboy até tentou não desfazer da festa, mas não conseguiu.

- Na verdade, não vou beber nada. Agora que já tenho certeza que seu dia terminou de forma excelente, acho que já está na hora de me retirar.

Os olhos de Bea não brilhavam mais.

- Não é porque não cantam country que você precisa ir embora.- disse a garota.

- Haha.- ele respondeu.- Aproveite sua noite, Beatrice.

Joe se virou mas, antes de sair, Bea segurou seu braço.

- Espera...- ele a olhou.- Obrigada por hoje, cowboy. Obrigada por todos os dias, na verdade.

Ele assentiu, mas, antes que pudesse se virar novamente, Beatrice o puxou para um beijo.

Confete caiu sobre os dois, enquanto podiam escutar os gritos de algumas pessoas em volta, provavelmente as amigas de Bea.

No fim do beijo, Joe sorriu de lado.

- Vai pegar mal se eu sair agora, não vai?- Ele sussurrou.

- Vai.

- Maldita.

Beatrice pegou o chapéu da cabeça dele e saiu para a pista de dança, vencedora.

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Mais tarde, enquanto dançava e bebia com suas melhores amigas, Beatrice percebeu o olhar de desconforto de Briella e, ao acompanhar esse olhar, viu o que ela observava. Uma colega da escola da Coleman dava em cima de Arthur, e seu irmão estava tão incomodado quanto.

- Ela sempre teve um crush por ele.- confessou Bea.- Me perguntava sobre quando ele ia me buscar na escola.- Ela tentou falar, mais alto do que a música.

- Eles já ficaram?

- Não, Arthur não suporta ela. Ele só é bem educado com todo mundo. Quer dizer, menos comigo.- Beatrice bebeu mais um pouco do líquido de seu copo azul neon. Percebendo que Briella ainda encarava a cena, decidiu perguntar.- Mas qual é o problema, Brie?

- Você devia contar logo!- Scarlett falou, na pausa de uma música e outra.

- Contar o quê?

- Ok, Bea, lá vai!- Briella segurou as mãos de sua melhor amiga.- Você me ama, não é?

- Sim, por quê?

- Bem, o seu irmão também! Feliz aniversário, somos cunhadas!- Briella virou o copo de bebida, com um olhar de medo.

De fato, Bea tinha ciúmes de Arthur mas, olhando para tudo que fizeram, não conseguiu ser tão cruel. Afinal, não é melhor que Arthur seja apaixonado por uma de suas melhores amigas, que ela conhece e confia, do que por qualquer outra?

Todas as cinco olhavam para Bea.

- E você estava só esperando a minha permissão para poder ir lá tirar o seu homem das garras daquela garota?- Bea fez sinal para que Briella fosse logo. Ela sorriu e saiu correndo. Ao perceber a satisfação das outras quatro amigas, Bea fechou o semblante.- Quanto a vocês, me pagam por não ter contado isso antes.

Ao sair de perto do grupo, ela se encontrou com Peter e Joe conversando, no fundo do salão.

- Está se divertindo?- questionou Peter, abraçando a filha.

- Sim. A melhor festa de todas. Não é uma discoteca ou algo do tipo, então nunca imaginei que te veria numa festa como essa.

- Ela é abusada, não é?- O Coleman perguntou para Joe, que sorriu.

- E você, bonitão, não ia embora?- Ela perguntou ao cowboy.

- Fiquei para fazer companhia ao Peter.- explicou Joe.

- Eu o obriguei.- confessou o patrão.- De nada.

Todos riram.

Após alguns minutos de conversa, Beatrice colocou a mão sobre a boca, surpresa, olhando para a pista de dança. Não conseguia acreditar que Diane e Charles finalmente se beijaram. Era lindo como o álcool resolvia algumas questões pendentes há anos.

Quando Peter se virou para ver o que a deixava boquiaberta, Bea o puxou rapidamente.

- Nem adianta, eu vi.- O pai deu de ombros.- Aquele com a Diane não é o estagiário da Dra. Mabel?

- Sim. Sei que vocês estão amiguinhos. Não conta pra ela!- pediu a filha.

- Eu não posso contar o que não lembro. Estou bêbado.- O homem bebeu algo de um copo e Bea tomou da mão dele, confiscando. Era água. Joe e Peter riram dela.

-  Ótimo.- Beatrice depositou um beijo no rosto de seu pai.- Bem, eu vou dançar. Até convidaria um de vocês dois mas, vocês estão meio, caretas...- Ela zombou e então saiu.

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O show durou por cerca de mais duas horas, porque os garotos de "The Vamps" precisavam estar em New York no dia seguinte. Beatrice agradeceu mais uma vez a apresentação e os presentes, e, aos poucos, os convidados foram embora.

Na madrugada fria, os sobreviventes da festa estavam sentados em volta da fogueira, relembrando o arraial que tiveram há algumas semanas atrás.

- Agora que os jovenzinhos já desfrutaram da minha companhia durante toda a noite, eu já estou indo dormir.- Peter se despediu.- Tenham uma boa noite.

Ele adentrou a casa.

- Eu não quero ir dormir agora. O sol nem tá ali.- Disse Scarlett, apontando para o céu que ainda estava parcialmente escuro. Ela tinha a cabeça encostada no ombro de Jordan, que não movia um músculo para deixa-la confortável, apesar de estar bêbada.

- É, mas eu e meu bebê estamos indo.- afirmou Andrea, tendo tempo para se despedir com um abraço em cada uma das amigas.- Fiquem bem.

Blake, que não conseguiu dizer nada por também ter bebido algumas doses, apenas acenou para todos e seguiu para dentro da casa com a namorada.

- O que vamos fazer?- questionou Lilli, as mãos no queixo, sem demonstrar um sinal de sono. Levi mexia nos cabelos ruivos dela, distraído.

Bea olhou para Joe, sorrindo de canto, mas ele não entendeu.

- O cowboy e eu temos uma brincadeira bem legal que garantimos bons resultados...- Ela se levantou, entusiasmada.- Pique esconde! - sem dar tempo, Bea tocou o ombro do irmão e saiu correndo.- O Arthur conta!

Todos eles se levantaram e, entre risadas, correram pelos campos da fazenda Pejari.

Publicado em: 30/09/2017
Atualizado em: 23/01/2023