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Era por volta das quatro da manhã quando Jungkook caminhou para fora da mansão e encontrou uma picape estacionada na calçada – provavelmente de algum universitário bem de grana. Com a ajuda de Taehyung, subiu na mesma, já bêbado mas não muito, e gritou para chamar a atenção de todos, tanto os que estavam dentro quanto fora das mansões, ambas – como ele conseguira, seria um mistério, mas claro que a ajuda dos jogadores dos Wolves e do grito de concentração do time tornou tudo mais fácil, mas ainda assim...

- Ei, atenção aqui! – gritando, Jungkook observou universitários bêbados erguendo garrafas pela metade para focalizar a atenção dos demais à frente. – Atenção! Me ouçam..! – ouvindo muitas conversas acontecendo ao mesmo tempo, Jungkook suspirou. – Aí, porra, dá pra me ouvir, caralho, é importante?! – perdendo a paciência, pôs se a fazer um escândalo como ninguém além de Jeon Jungkook sabia fazer, e finalmente chamou a atenção da maior parte da galera. Encostado na picape e olhando seu garoto de baixo, Taehyung sorriu orgulhoso. Ele sentira tanta falta daquele garoto, ô como sentira. – É o seguinte. Essa festa tem um propósito, uma... – mastigando a palavra, Jungkook sorriu em animação. – Brincadeirinha. – gritos animados e palmas ecoaram pelas mansões. – Não sei se perceberam mas pedimos que viessem com determinadas cores... as cores do cubo mágico. – alguns alunos já bêbados demais começaram a comemorar antes da hora, causando risadas na multidão. – Vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e branco. Se você não veio com essas cores, favor se retirar da festa, não te queremos aqui. – fazendo um tom extremamente sarcástico, Jungkook causou ainda mais risadas, deixando claro que era apenas uma brincadeira. Mas Taehyung sabia que não era. – E, quando eu gritar , queremos que troquem de roupa com os outros até ficarem com todas as peças de roupa de uma só cor. – o que Jungkook viu nos segundos que se seguiram foi jovens largando garrafas de bebidas alcoólicas e apagando cigarros, tudo em preparação para o que seria uma competição de strip tease. E seu próprio coração batia acelerado. – E... !

Foi mais insano do que imaginava.

As pessoas começaram a tirar todas as suas peças de roupa antes mesmo de definirem qual cor seria a escolhida para montar o conjunto inteiro – o que resultou em muita gente seminua na sala de estar da fraternidade dos Alpha Delta Chi. Conforme a música voltava a explodir pelos amplificadores, Jungkook desceu da picape e teve o prazer de ter sua camiseta retirada por Kim Taehyung, apenas para tirar a sua também.

E o resto tornou-se turvo.

O caminho para dentro da mansão foi repleto de peles expostas e tecidos sendo jogados por cima de suas cabeças, uma verdadeira bagunça de calor humano. E Jungkook nunca rira tanto assim na sua vida, nunca pulara e nunca gritara tanto.

Foram flashes – bem saturados, inclusive.

Ele se lembrara de virar alguns shots, de se pegar com Taehyung na beira da piscina, de trocar de shorts com um rapaz que nunca vira na vida, de participar de uma fila de Macarena (tinha quase certeza que Yoongi a começara), de tirar selfies usando filtro de corações com Barbara e gravar Eleanor cair de bunda no chão ao tentar um mortal em pleno corredor, de fumar um baseado ou dois, de rebolar ao som de Bubble Butt apenas para provocar Taehyung, de se pegar com Taehyung no gramado da frente da irmandade, de participar de uma competição de rap (ele foi o primeiro a sair mas ainda assim sentiu-se orgulhoso de sua performance de Born This Way da Lady Gaga, mesmo não sendo rap – e talvez seja o real motivo para sua desclassificação, mas com a justificativa de que "A Gaga é um estilo musical por si só", desistiu de continuar), e, ainda por cima, escorregara escada abaixo em um tapete, cantando a música tema do Alladin.

E ainda estava amanhecendo – iriam para aula em algumas horas e estariam de ressaca.

Por que não aproveitar agora enquanto o corpo estava quente, o sangue fluía rapidamente e o álcool surtia efeito imediato?

Jungkook encarou Taehyung com um sorriso malicioso e em seguida, observou ao seu redor. Estavam no centro da sala de estar da irmandade das Kappa Nu, haviam muitas pessoas por todo lado que olhava, algumas seminuas, outras vestidas parcial ou completamente, mas o mais importante, estavam todos bêbados.

E então, gritou.

Em questão de segundos, todo mundo pulava, o mais alto e o mais descontrolado que podiam, joelhos para cima e braços para os lados, os pescoços girando e os cabelos balançando, seus lábios gritavam as letras mesmo a música sendo puramente batidas eletrônicas. Havia um só corpo em um só ambiente ouvindo a uma só melodia e desejando uma só coisa.

Mais nada além daquele momento.

Jungkook pôde ver em êxtase enquanto Taehyung fechava os olhos e saltava do chão, como se a cada pulo pudesse encostar nas nuvens e acariciar as estrelas, apenas para retornar ao chão novamente e aproveitar o calor que emanava ao seu redor. Seus braços seguiam o movimento com afinco, ao mesmo tempo que erguiam-se livres acima de sua cabeça, acompanhando seus cabelos soltos em uma dança energética e calma, simultaneamente.

Já estavam suados, mas não havia uma gota de cansaço em seus corpos – Taehyung sentia-se movido por adrenalina desde que entrara em campo, há muitas horas atrás. E aqueles shots e talvez um baseado ou outro tenham aumentado sua carga de energia mas a atmosfera daquele momento impossibilitava o desânimo.

Ele sentia cada batida em seus ossos, seus músculos tensionando conforme o DJ tocava e seus nervos pulsando de acordo com as luzes em flashes. Nunca sentira-se tão vivo na vida. Nunca.

E então, um par de olhos jabuticaba o encontrou na multidão de corpos saltitantes, e lábios mexiam-se para si conforme a batida acalmava.

(Coloquem Without You do Avicii, juro que vai conplementar muito a experiência, vale a pena 100%)

You said that we would always be, Without you I feel lost at sea

Jungkook sorria tanto que seus olhos estavam esmagados por bochechas e seus dentes brilhavam no escuro – e Taehyung nunca o achou tão bonito.

Through the darkness you'd hide with me, Like the wind we'd be wild and free

Conforme todos reconheciam a música, um coro alto, desafinado e excitado ecoava junto com os amplificadores, e Taehyung sentiu seus pêlos arrepiarem. Mesmo com a garganta fechada em emoção, ele permitiu-se cantar, Jungkook já perto o suficiente para juntar suas mãos.

You

Said you'd follow me anywhere

But your eyes

Tell me you won't be there

Houve um segundo de silêncio onde nada se ouvia, apenas existia Jungkook e Taehyung e Taehyung e Jungkook; só via a imensidão da luz à sua frente e só permitia que visse a vivacidade a escuridão através de si. E o mundo era perfeito, justo e amável.

I got to learn how to love without you

I got to carry my cross without you

Stuck in the middle and I'm just about to

Figure it out without you

Ele cantava palavras que diziam o oposto que vivia no momento, e foi aí que percebeu que nem todas as histórias são iguais às suas, que nem todos os romances seguem a mesma linha de pensamento e que, talvez, haja um tipo de amor para cada ser capaz de amar.

And I'm done sitting home without you

Fuck I'm going out without you

I'm going to tear this city down without you

I'm going Bonnie and Clyde without you

Somente quando a batida caiu, tão alta quanto poderosa, seu sangue bombeando tão rapidamente por suas veias que sentiu sua bochecha dormente, é que Taehyung puxou o garoto que refletia as estrelas através dos olhos e o beijou.

Aquele era seu tipo de amor – e sentiu-se grato por ser capaz de amar um ser tão magnífico como Jeon Jungkook.

E continuou cantando uma música sobre corações partidos, não porque compartilhava do sentimento e sim porque simpatizava com aquele sentimento. Em respeito à todos os corações partidos, Taehyung agarrou sua outra parte completa e dançou ao som das histórias de amor até que seu corpo estivesse drenado de energias.

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I know, caught up in the middle

I cry just a little when I think of letting go

Oh, no, gave up on the riddle

I cry just a little when I think of letting go

Cantando essa música à plenos pulmões é que Jungkook conseguiu, finalmente, trocar de peças de roupa o suficiente até ficar inteiramente vestido de laranja – neon, inclusive. E, saltitante, saiu à procura de Taehyung para mostrar seu ótimo desempenho.

Somente foi o encontrar perto da TV e ficou feliz em tê-lo feito.

Taehyung estava contra Namjoon no Just Dance – e dançavam Circus da Britney Spears.

Com os primeiros raios de sol surgindo pela porta da frente, Jungkook permitiu-se sentar ao lado de Bebe e torcer por Namjoon, que realmente arrasava no Just Dance – mesmo que isso significasse caretas chateadas de Taehyung em sua direção, mas isso ele compensava depois.

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Faltando pouco mais de meia hora para sua primeira aula começar, Jungkook se viu dividindo uma mesa no Balls&Blues com Jimin, Hoseok, Eleanor e Barbara, além de Taehyung, é claro. Ele nunca parara para pensar em como aquela lanchonete funcionava 24horas por dia e que jamais estava vazia – e sempre haviam hambúrgueres quentinhos à sua espera. Ele sentia-se grato à dona Rose por ter aberto aquele lugar – principalmente por deixar a enorme TV ligada nos desenhos animados àquela hora da manhã. Já haviam devorado seus lanches e colocado algumas garrafas de água para dentro quando Eleanor levantou a seguinte questão na mesa, contudo:

- Ei, Gukkie. No final das contas, qual era o propósito das roupas da mesma cor?

Jungkook, entretanto, apenas sorriu e voltou a deitar a cabeça no ombro de Taehyung, que o embalava de prontidão conforme terminava seu segundo copo de refrigerante. Ele não iria estragar a surpresa logo agora, e Eleanor pareceu impaciente em relação à isso.

Aproveitando o momento de distração na qual Jimin ensinava Barbara a arrotar a melodia de Jingle Bells, Jungkook pôde perceber tranquilamente que quase todos que estavam no Balls&Blues naquele momento tinham suas roupas coordenadas pela mesma cor – o que foi um alívio. Ele ficara preocupado com essa parte do seu plano mas agora que a festa já havia acabado, só havia uma coisa a se fazer, e ela já não era mais de sua responsabilidade.

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Em algum momento da manhã, Jungkook estava em sua aula de Teoria da Música Contemporânea quando o apito de avisos soou e o professor calou-se. A voz do reitor ecoou segundos depois pelaa caixas de som espalhadas em toda uni, lendo corretamente as palavras que Jungkook o entregara mais cedo na manhã, acrescentando um ou outro comentário pessoal:

"Caros alunos e alunas, bom dia! É de conhecimento geral que a festa de comemoração da vitória dos Wolves no jogo de ontem aconteceu durante essa madrugada. Meus parabéns por mais uma conquista, rapazes! E... ahn, antes de continuar com as formalidades, gostaria de parabenizá-los, todos vocês, pela organização e respeito que tiveram, tanto antes como após a festa. Claramente ganharam pontos com a universidade após limparem toda a bagunça que fizeram e ainda, comparecerem às aulas esta manhã, sem tumultos ou confusões. Serão fatores a serem levados em consideração em uma ocasião futura. Bem, hm, dito isso... gostaria de falar um pouco sobre o tema da festa. Cores, certo? Mais especificamente, as cores do Cubo Mágico. Vocês provavelmente estavam foras de si para perceberem no momento mas... o que fizeram após o sinal de largada é exatamente o que todos nós tentamos fazer durante nossas vidas. Nós nascemos e crescemos com roupas de cores diferentes, um verdadeiro arco-íris. Estamos na pré-escola e aprendemos que o amarelo reflete felicidade, e quando alcançamos a sexta série, o mundo ao nosso redor nos convence de que roxo talvez seja uma cor melhor. E então, passamos nossa próxima fase tentando diversas misturas para transformar o amarelo em roxo, que acabamos esquecendo de aproveitar a fase do verde. Quando nos damos conta, estamos entrando na fase adulta e tudo o que temos são cores acinzentadas e mal misturadas. Lá se vai nosso lindo arco-íris. E agora?

Essa festa, essa... brincadeira de trocar as peças de roupa até ficarem apenas de uma cor – é a vida. E as vezes, na seriedade dos momentos, esquecemos de aproveitá-la ao máximo. Não nos permitimos ter tempo de compreender que talvez, um conjunto inteiro na cor azul não é tão legal assim, e que talvez não valha abrir mão do branco que marcara tanto nossas memórias. Ou talvez valha a pena sim, e seja seu objetivo. Mas o importante, é não deixar uma meia vermelha estragar todo o seu progresso até aquele momento. Compreendem? Façam de conta que as últimas horas representem a sua vida. Agora pensem em como foi divertido escolher as roupas mais coloridas que tinham e ir ao jogo, participar de uma multidão de mini arco-íris? E em como se divertiram na festa, tanto antes quanto depois de começarem a mudar de roupa? Agora olhem para si mesmos, neste exato momento, com essas exatas roupas. Alguns conseguiram ficar com a roupa de uma só cor, outros não. Mas me digam? Todos não aproveitaram a noite da melhor forma possível? Não se divertiram, afinal de contas? Independentemente das cores que usam agora, todos não eram um só arco-íris há apenas algumas horas atrás?

É isso que querem que reflitam. É assim que queremos que vejam suas vidas. Não abram mão das suas cores por misturas opacas – toda nova cor começa com cores primárias. O que significa que todos vocês já tem o que é preciso para alcançar seus objetivos, nunca se esqueçam disso.

A UAL agradece por tê-los aqui, todos os dias, tornando nosso céu um pouco mais colorido. Tenham um ótimo final de período, bom dia."

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- Você é um gênio, e eu te amo por isso. – Eleanor tagarelava sem parar enquanto ajeitava seu almoço na mesa. Jungkook sorriu, as bochechas coradas enquanto sentia Taehyung beijando a região carinhosamente.

Seus amigos estavam parabenizando-o pela ideia das cores desde que o reitor desligara o microfone – só Taehyung já havia deixado algumas lágrimas caírem ao comentar sobre o ocorrido, e Jungkook nunca esqueceria do olhar orgulhoso que recebeu.

Até mesmo Yoongi havia direcionado um sorriso satisfeito para si no corredor um pouco mais cedo – e Jungkook sentiu-se bem.

Ele sentiu-se parte de um todo, pela primeira vez em muito tempo. Ele sentiu-se dentro de um dos seus muitos sonhos na UAL. Com certeza fizera memórias que levaria para sempre em seu peito e amizades que permaneceriam vivas eternamente, contanto que as nutra. Fora uma das melhores noites da sua vida, e parecia ainda continuar, mesmo sob raios de sol.

Mas ainda havia uma coisa perturbando sua cabeça e causando-o dores – além da falta de sono e do excesso de álcool e drogas nas últimas horas.

- Mas... – Barbara murmurou enquanto tirava seu canudo de metal da bolsa e o usava para tomar seu refrigerante. – Prometeu pro reitor que faria um projeto social, certo? – Jungkook assentiu, os olhos fugindo da atenção ao que sabia na onde aquilo iria dar. Taehyung pesava o olhar em si. – Gastamos todo o dinheiro na festa. Como vamos arrecadar as coisas agora?

- Não sei. – foi a resposta de Jungkook.

- O reitor vai ficar furioso se não entregarmos o primeiro projeto até o final do dia!

- Eu sei. – foi a resposta de Jungkook.

- Isso pode te colocar em sérios problemas, Kook.

- Eu sei. – foi a resposta de Jungkook.

- E o que vamos fazer?

- Não sei. – foi a resposta de Jungkook.

Ele estava ferrado.

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Pelo menos era o que pensava.

Eram quase seis horas da tarde quando Jungkook levantou-se da cama de solteiro de Barbara e pôs-se a caminhar em direção ao prédio da administração da UAL. Ele teria que contar ao reitor que toda a confiança que implorara na frente da uni inteira havia sido quebrada e jogada no lixo junto com todo o dinheiro que usaram para comprar bebida e salgadinhos para a festa.

Que cara de pau, Jeon, que cara de pau, ele dizia a si mesmo.

Havia proibido Taehyung de acompanhá-lo até a diretoria – ele precisava encarar aquilo sozinho. E sentia-se grato pelas horinhas de sono que tivera durante a tarde, precisava de energia para quebrar a cara naquele momento.

Somente quando cruzou os dormitórios, flashes da festa ainda zunindo em sua mente, e alcançou a praça central da uni é que se deu conta.

Até mesmo o reitor estava ali.

Quando havia feito a primeira tentativa da arrecadação de roupas para caridade, ali mesmo naquele local, e ninguém apareceu, mesmo tendo divulgado a ação em todas as salas de aula de todos os cursos, sentiu-se um lixo.

Mas ali, naquele momento, ao ver a caixa de arrecadações transbordando de roupas, sentiu-se realizado. Haviam tantas roupas, tantas, que formavam montanhas nos chãos ao redor da caixa, algumas em sacos plásticos e outras em mais caixas. Alunos doavam naquele mesmo instante, sacolas e pilhas de roupas em boas condições – alunos vestindo roupas coloridas, não necessariamente da mesma cor, mas ainda assim coloridas. As pessoas que compareceram à festa doaram aquelas roupas.

Seu plano funcionara afinal - quem diria que mostrar para alguém que ela faz parte do mundo seria a estratégia perfeita para inventiva-la a ajudar o mundo?

Egoísta, de certa forma, mas Jungkook os compreendia. No final do dia, todos queremos sentir que fazemos parte de algo. E Jungkook os deu isso - um lugar para pertencer e lutar por.

E os vendo ali, em suas roupas coloridas, provavelmente sem dormir quase nada e de ressaca, após uma série de eventos cansativos como jogos, festas, aulas e atividades, ainda tirando um tempo para doar para caridade, Jungkook sentiu seu coração inchar no peito e o sangue correr doce por seu corpo.

Eles pareciam mini arco-íris.

Paralisado no lugar, Jungkook observou enquanto o reitor se aproximava dele e colocava a mão em seu ombro. As palavras ecoaram em sua mente, embora não as ouvisse propriamente, o corpo em êxtase.

- Parabéns, sr. Jeon. Realmente motivou essa universidade a viver novamente. Mal posso esperar pela próxima festa e o próximo projeto.

E foi assim que Jeon Jungkook conseguiu patrocínio para suas festas de fraternidade, sem ter uma fraternidade ou participar realmente de uma, com péssima frequência e quase nenhuma nota exemplar, zero atividades complementares e recomendações do corpo docente – e de quebra, ainda ajudava a comunidade.

Ah, o mundo da voltas, hm?

:)

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