Carne Para Mim

Alexis abriu os olhos com dificuldade, ainda estava grogue devido a pancada que havia levado. Um zumbido infernal perturbava seus ouvidos e sua visão embaçada a dificultava ver o local em que se encontrava.
Ela ouviu alguns passos, mas não conseguiu identificar de que direção eles vinham.

— Tudo vai acabar logo — Disse Ester.

A visão se Alexis aos poucos foi voltando ao normal e ela pode ver que Ester estava parada bem a sua frente. Apenas a observando.

— Maldita — Alexis tentou se mexer mas isso foi em vão. Ela estava amarrada a uma cadeira, no centro de uma sala de estar. A iluminação era pouco e um cheiro de morte perambulava pelo local.
— Não seja rude.
— Nós te ajudamos sua vadia.

Ester começo a gargalhar.

— Me ajudaram?
— Diz logo o que você quer.
— Você sabe o que eu quero — Ester aproximou-se do rosto de Alexis — eu quero o seu bebezinho.
— Deixe o meu filho fora disso sua vagabunda — Alexis debateu-se na cadeira, tentando se soltar das cordas que a envolviam.
— Seu filho vai fazer parte da minha coleção — ela sorriu — a minha bela e linda coleção de bebês.
— Do que você está falando?
— Vou te mostrar, não saia daqui, esta bem?

Ester entrou em um cômodo que ficava próxima a um jogo de escadas e Alexia começou a fitar cada canto daquela sala. A procura de uma maneira de se soltar e fugir. Sabia que não devia ter confiado naquela mulher doente. Começou a ouvir o som de algo solido se arrastando contra o piso e esses sons vinham do cômodo onde Ester havia entrado.

— Estamos indo, espere só mais um pouco!

Alexis ignorou aquilo e continuou a planejar sua fuga. As cordas estavam bem amarradas, mas se ela se movimentasse o suficiente talvez conseguisse fazer com que ficassem frouxas.
Uma estrutura de madeira emergiu do cômodo a esquerda, onde Ester estava, sem dar tempo de Alexis por o plano em prática.
A estrutura continuou a emergir, sendo empurrada pela mulher. Alexis logo identificou o que era, se tratava de um berço e o mais assustador ainda estava por vir. Dentro dele havia uma criança que aparentava ter a mesma idade de Ben, mas esta estava infectada.

— Meu Deus — Alexis não conteve o espanto. Os olhos do garoto eram brancos, possuía poucos cabelos e sua pele estava em podridão absoluta.
— Você gostou dele? — perguntou Ester.
— Você encontrou uma criança infectada e a trouxe para a sua casa. Você é mais doente do que eu imaginava.
— Não fale assim do meu bebê. Ele é lindo da maneira que é. Você entendeu? — Ester ficou seria.
— Vai tomar no seu cu, maldita.

Ester andou até Alexis e parou bem na sua frente.

— Não — Ela desferiu um tapa forte no rosto de Alexis — Fale — e outro — assim — e outro — do — e mais um — meu — enfim terminou com um soco — bebê

Um pouco de sangue escorreu pela boca de Alexis.

— Desgraçada.
— Cale a boca — Ester deu mais um tapa — a partir de agora você só vai falar quando eu deixar — ela se afastou — e corrigindo o que você falou, eu não encontrei uma criança infectada. Ah não, eu encontrei uma família, matei todos para poder pegar a criança e em seguida eu mesma fiz ela ficar infectada. É isso que eu vou fazer com o seu adorável Ben. Ele vai entrar para a minha incrível coleção de bebês carnívoros. Este que você esta vendo é apenas um dos vários que tenho espalhados pela casa.

— Você nunca vai conseguir chegar perto do meu filho outra vez, sua psicopata. Matou uma família inocente para poder saciar seu desejo doentio. Psicopata.
— Na verdade não foi só uma família, como eu disse, tenho mais bebes espalhados pela casa. Sendo assim, precisei matar outras pessoas também. Havia uma menina, mas ela não servia mais como bebê, então infectei ela e adivinha — Ester inclinou-se sobre a cadeira de Alexis — eu comi ela — falou, gargalhando.

— Sequestra os filhos dos outros e come carne humana. Você não passa de um ser desprezível e doente. Eu mesma vou te matar.
— Ah vai, mas isso sera antes ou depois que eu transformar seu filho.
— Não tem mais volta para você, não depois de tudo isso que eu descobri. Se encontar um dedo no meu filho...

Alexia foi interrompida por mais um tapa desferido por Ester.

— Vai fazer o que? Você é fraca e inútil. Eu estava pensando, acho que vou transar com o seu marido, quem sabe não fazemos um bebezinho juntos.
— Sinto muito mas o meu marido não gosta de aberrações.
— Ele pareceu gostar quando mostrei os peitos para ele.
— Não vai conseguir me irritar contando essas mentiras baixas.
— Ele me olhou com desejo, aposto que se masturbou pensando em mim  — Ester voltou a rir — estou com fome, você esta? Acho que vou preparar um pouco de carne para comer. Você provou da carne desses infectados? Tem um gosto tão delicioso — ela lambeu os beiços, provocando Alexis.

— Isso só pode ser uma pegadinha. Não tem como alguem ser tão doente a ponto de fazer isso.
— Essas aberrações tiraram tudo de mim e agora eu me alimento delas todos os dias. Existem consequências, é claro — ela levantou a blusa, expondo a parte podre de sua barriga — mas quem liga. E também teu suas vantagens, observe.

Ester andou até o berço onde estava a criança infectada e levou a mão até a boca do menino. Que ignorou aquilo e continuou a encarar Alexis, faminto.
— Você vê? Ele não me vê como comida. Nenhuma daquelas coisas vê. Eu posso andar entre eles, eu praticamente sou uma deles — ela sorriu.
— E logo vai estar completamente podre como eles.
— Talvez. Mas antes disso vou escutar um obrigado de todos os malditos sobreviventes que ainda existem nessa cidade.

— Um obrigado pelo que? Por sair matando famílias? Infectando crianças e comendo a carne dos mortos? Por isso?
— Eu criei o meu açougue pessoal, vocês  viram como o número dos infectados diminuiu mais da metade lá fora.
— Agora vai dizer que também tem participação nisso.
— Oh se tenho, eu tenho uma legião inteira destas coisas, todas presas e prontas para saciar minha fome. Eu passei cinco meses aprisionando uma por uma e se a sua maldita família não cooperar comigo e me entregar o seu bebê. Bom — ela riu — vou guiar todos os mortos até lá e as pessoas que você ama se tornarão parte do meu açougue.

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