Capítulo 44 - Dinner
Sentiram saudades da história? Pois voltei! Êêê \o/
Boa leitura! ♡
No dia seguinte do jantar, estava tudo acontecendo. Rebeca já tinha feito a sua entrevista com seu chefe, totalmente adequada e se sentindo apta para o trabalho. Já mostrou seu interesse e dedicação com a área, mostrou que dominava. Tom ficou impressionado, deveria admitir. Mas não era aquilo que ele queria. Ainda era Camila que estava em seus planos. Desde o início foi para ela sempre estar ao lado dele. Porém, dessa vez, por ela, iria fazer o seu pedido.
Carolaine, já sabendo de tudo, estava apenas esperando pelo telefonema de Camila para subir e pegar o lugar certo. A moça já tinha sido contratada, estava resolvendo cada detalhe dos compromissos de Tom, seu novo chefe. Quem não sabia disso era Rebeca, que só estava esperando pela sua chamada.
— Nossa! -reclamou a morena de cabelo curto, sentada esperançosa em uma das cadeiras da entrada. — Por que Tom pediu para que eu viesse aqui?
— Também queria saber o porque ele me chamou. -Camila respondeu cínica, em pé ao seu lado.
— Você deve tá aqui para ver ele passando seu bastão pra mim. -riu Rebeca. — Já que foi obrigada a pedir demissão.
Camila mostrou seu rosto de descontentamento, porém falso. Assim, Rebeca acharia que todo seu plano deu certo. A realidade por aqui é outra. Camila estava apenas esperando dar a hora certa para Carolaine subir, enquanto ela fazia os últimos progressos com os sócios de Tom, e Rebeca balançava a perna freneticamente, ansiosa.
Carolaine conseguiu aprender aos poucos as coisas. Não era difícil, afinal. Claro que, com o tempo ela vai aprender a dominar tudo melhor e aprender outras partes que ela não entendeu. Mas o básico ela soube e já começou a fazê-lo logo de início. Infelizmente, fez faculdade de marketing e isso não estava nos seus objetivos. Era jovem também, cheia de sonhos e muita caminhada pela frente. Seu primeiro estágio deu errado por conta de uma "amiga", mas graças essa amizade ela conheceu as pessoas certas que fará ela se vingar e seguir seus sonhos e metas.
"Camila, já liberei os sócios. Estou a caminho. Chego no prédio em quinze minutos."
Mensagem de Carolaine recebida e visualizada.
Tom apareceu minutos depois, Rebeca levantou o cumprimentando. Ele iniciou um assunto para enrolar a situação, e foi até a secretaria do hall de entrada, onde estavam. Ansiosamente as mulheres esperaram os minutos passarem, lentamente. O celular de Camila apitou. A loira estava no elevador.
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A porta se abriu, revelando uma única mulher no elevador segurando uma pasta na mão esquerda e um fone pendurado na sua orelha amostra, juntamente de seu celular segurado pela mão esquerda conversando com algum fornecedor.
Seu scarpin na cor bege reluzente, uma saia indo até o joelho, preta e midi, um blazer da mesma cor indo até a metade da coxa com uma blusa social branca para dentro da saia. Seu cabelo molhado totalmente para trás, revelando uma testa pequena. Poucos acessórios e lábios extremamente finos e rosados.
Carolaine levantou seus olhos azuis na medida que saía do elevador, encontrando os olhos castanhos de Rebeca, que estava com a boca aberta com a chegada da mulher. Tom não podia negar a beleza exagerada e de nascença da loira. Camila sorria como uma criança ao ganhar um doce que tanto queria.
— O que ela tá fazendo aqui? -perguntou Rebeca indignada, já que fez de tudo para a loira e nem ninguém pegar seu lugar, baixo para Camila.
— Não sei nem quem seja essa mulher. Por que a preocupação? -Camila olhou para a sua colega de trabalho, que agora estava em pé ao seu lado, respondendo com o mesmo tom de voz.
Rebeca seguiu os passos da loira até pararem em seu chefe. Poderia ver fumaças de ciúmes saindo de sua cabeça. Rebeca acreditara na mentira de Camila.
Tom se aproximou das duas mulheres que estavam de braços cruzados, esperando uma resposta. Bom, uma esperava, a outra fingia esperar.
— Senhorita Wilson, me desculpe, mas você não passou no teste. Essa moça é Carolaine Dexter, minha nova secretária pessoal.
— Eu sei quem é ela! -Rebeca revirou os olhos.
— Que bom! Assim facilitará a convivência de vocês aqui dentro. -sorriu de lábios fechados, o homem.
— Isso é coisa sua?
Ignorada pelas três pessoas presentes, Tom apresentou as mulheres.
— Essa aqui é a senhorita Smith, minha antiga secretária. Por algum motivo desconhecido ela desistiu do cargo.
Thomas brincou com as palavras. A morena e a loira apertaram a mão uma da outra, cumprimentando com um sorriso. Rebeca se convenceu que não era obra de Camila aquilo, mas iria descobrir como Carolaine sabia que a vaga de secretária pessoal de Thomas estava aberta.
— Bom, agora eu tenho que ir. Muitas coisas para resolver. -Carolaine disse pela primeira vez naquele ambiente.
Carol saiu de perto das outras pessoas presentes no lugar e sumiu pelo andar 7 do prédio. Agora, a loira tinha uma mesa apenas dela onde ficam a maioria dos trabalhadores. Em uma sala enorme cheia de mesas, computadores, telefones e etc. A de Carol era mais no canto, um espaço maior onde o senhor McCoy ficava antes. Era extremamente sofisticado e bem mininalista. Tonalizados de branco e cinza cada canto. E claro, a loira já estava organizando seu pedaço.
Já na sala de entrada principal do andar 7, onde ficava a sala de Tom e a de Camila, continuava ambos conversando com Rebeca.
— Poxa, eu achei que realmente seria empregada. -Rebeca fez bico enrolando uns fios de cabelo em seus dedos.
— Seu currículo é bom, mesmo que esteja começando nessa empresa. Mas, essas coisas acontecem. -Tom dizia olhando a morena á sua frente. — Se houver uma próxima te dou prioridade. -disse por dizer, Tom.
— Tudo bem... Vou ter que aguentar a Chay sabe-se Deus até quando. -revirou os olhos.
— Se empenhe que você chega onde quer. Você não fez faculdade de marketing? -assentiu Rebeca com a pergunta do homem. — A senhorita Dexter também. Talvez aprenda algo com ela. -ele sorriu. — Bom, agora preciso assinar uns papéis. Não esqueça da reunião das três, senhorita Smith.
Tom saiu e atendeu seu celular que começou a tocar naquele instante. Camila sorriu de volta como resposta, e de braços cruzadas se virou para olhar Rebeca que a encarava feio.
— Você se deu bem nessa. Agora como a Carolaine descobriu a vaga desse emprego, eu não sei.
— Você a conhece?
— Isso é outra história. -Rebeca se posicionou para sair. — Fica ligada que assim que eu precisar de você, eu te procuro!
Camila acenou debochando para a mulher sair logo dali. Ao sair, soltou a respiração relaxando os músculos. Foi para a sua sala se preparar para a próxima reunião que seria daqui duas horas.
Já na mansão Hiddleston, Anne não tinha ido trabalhar. Normalmente sai mais cedo que Thomas e chega antes dele. O homem não reparou se ela tinha ou não saído para trabalhar, já que os quartos eram separados e longe um do outro.
Anne tinha uma micro-empresa de empreendedorismo na Ilha de Manhahattan, herdada pelo tio desde a sua aposentadoria. Era um prédio muito chique de apenas dez andares. Lá, ela era a presidente e única a comandar.
A mulher guardou todos os papéis que o advogado deixou na casa para ela assinar, no cofre do escritório dela. Anne e Tom tem escritórios dentro de casa, e cada um tem o seu. Segundo o advogado, será o último aviso prévio. Se ela não assinasse até o final do mês, ele e seu cliente, Tom, entrarão com uma ação de processo.
De início, Tom não queria isso. Iria ser um escândalo para ele. Mas naquela noite que levou Camila para jantar e expôr totalmente seu sentimento, ela disse uma coisa que não saiu da cabeça do homem até então.
"Você sabe o que fazer quando a pessoa não quer assinar."
E bom, como ele sabia, assim ele fez.
Anne já tinha seu plano para isso não acontecer. E ela jura de pés juntos que irá dar certo. Anne ama aquele homem com todas as forças que existe. Foram vinte anos de casamento, não vai deixar uma garota acabar com ele, mesmo que antes da suposta garota aparecer, o casamento já estava por um fio de acabar. Está sendo a insistência e manipulação da mulher que o casamento ainda está aguentando.
Depois de algumas horas em casa pensando no que fazer, Anne convocou um jantar na mansão. Chamou seus pais, já que os pais de Tom estavam do outro lado do mundo, não poderiam ser eles. Sem contar que foi de última hora. Seria surpresa para ele.
Com a ajuda de Mariette, fez compras e preparou algumas coisas para o jantar. A mesa estava maravilhosa como nunca antes. E tinha mais uma outra surpresa para seu marido, só que Mariette não sabia o que era. Pois se soubesse, com certeza avisaria seu patrão.
As horas foram se passando e cada vez a sala de jantar estava ficando impecável. Com vários talhares, diversos tipos de copos e bebidas. Uma verdadeira classe, como Anne sempre aprendeu a ser e a ter.
Os convidados chegaram e já estavam postos a mesa. Às cinco da tarde a porta foi aberta, um sorriso foi desmanchado e formando uma expressão de surpresa nos seus lábios. Tom chegou, e teve que sorrir forçado.
— Querido, você chegou! -Anne sorriu se levantando da mesa. Selou o marido. — Vai tomar um banho, meu amor. Meus pais vieram para jantar conosco.
Tom estranhou, afinal, eles não jantam juntos. Não mais. Assentiu o que a esposa disse e subiu, mas não antes de cumprimentar os pais da mulher loira.
Ao descer após se aprontar, Mariette serviu o jantar. Tudo estava uma maravilha, assim como Anne queria. Os pais dela não sabiam da novidade, que não era mais novidade. O processo de divórcio. E Tom sabia perfeitamente disso, por isso os sorrisos e risadas com Anne na mesa. Um ótimo ator.
Um suco de limão e hortelã foi oferecido á Thomas, por Anne, que estendeu para ele. Trazido da cozinha por ela nesse minuto, assim fez com todos. A única diferença é que para o homem tinha algo, algo que o comprometeria dali para frente.
Enquanto isso, Camila estava andando nas ruas nova iorquina com um copo de coca-cola gigante e um canudo vermelho. Rindo horrores da piada de um companheiro. O sol quase na hora de se por e ambos tiveram a ideia de subir no topo da cidade para ver ela do alto e ter uma imagem perfeita do Sol.
A perfeita golden hour.
— Uma imagem bela! -Camila estava maravilhada com o sol. Nunca se cansara da imagem. — Vai tira uma foto minha!
Camila, apaixonada por fotos, fez uma pose. Além de fotogênica, sabia todos os macetes para fotografias maravilhosas. Embora não seja muito ativa no Instagram. Além disso, é apaixonada por paisagens, e sempre que pode fotografa elas. Como fez agora, assim que sua foto foi tirada por Cameron, Camila pegou o celular da mão do rapaz e virou a tela da câmera, mirando no céu com os prédios aos lados.
— Você devia tirar uma foto também.
— Não sou de tirar fotos. -Cameron respondeu.
— Pois devia!
Camila sorria para ele. Cameron estava sério por fora, mas por dentro estava feliz por estar ali com ela. Camila só aceitou sair com ele para ele parar de encher o saco dela.
— Se eu aceitar sair com você, você vai parar de vir à minha sala? -Camila olhou sem paciência o rapaz a sua frente, sentado.
Ele assentiu sorrindo, largando a caneta colorida dela que prendia a atenção dele.
— Então tá, eu aceito. Hoje depois do meu expediente. Agora sai!
Cameron saiu satisfeito sem dizer uma palavra, sorrindo.
— Talvez valha a pena. Tira para mim?
Camila pegou o celular de Cameron da mão dele, ergueu o óculos escuro para cima. Posicionou e enquandrou a foto, deixando o foco no rapaz, dando um destaque para o sol também.
O cabelo da garota voava com o vento repentino de seis da tarde, e ela sorria com a foto que tirava. Era automático dela nessa situação. Cameron observava a mulher, como se ele que estivesse tirando uma foto dela. Sorriu com a imagem que via encantado.
— Gostei do sorriso. -disse Camila entregando o celular.
Cameron observou a foto.
— É, eu também! -ele disse sorrindo para o celular e depois para ela.
Camila estendeu seu braço para Cameron, para ele entrelaça-lo. Assim fez. Ela sorriu, e ambos saíram dali para continuarem a andar á toa pela Time Square. Esse horário costumava ficar mais cheio que o normal. Horário de pico. Muitos saem de casa, do serviço, da escola e de todos os lugares.
A garota, muito viciada em compras, aproveitou para entrar em algumas lojas. Insistiu o garoto para ir junto, mesmo protestando sua vontade de não ir.
Na saída do expediente, Camila deixou claro que eles sairiam na amizade. Mesmo sabendo que não era isso que Cameron queria. Ele aceitou, já era um avanço. Até agora, Cameron não tentou nada além de amizade no passeio e se convenceu de que não ultrapassaria essa linha.
— O que achou dessa roupa?
Cameron esperava por Camila do lado de fora do provador, onde havia vários sofás e puffs gigantes. Estava entediado, mas quando viu Camila sair do provador, arrumou sua postura enquanto seus olhos brilhavam.
Camila vestia um vestido tobinho com dois tons de verde, com desenhos em ondas e retos. Um estilo meio Kylie Jenner, que vez ou outra ela gostava de se vestir assim. Tinha um elástico em volta do pescoço para se ajustar conforme o tamanho e as costas era nua. Camila amava esse detalhe de costas aparecendo, valorizava ela e suas curvas.
— O que foi? O gato comeu sua língua? -ela riu.
Cameron piscou os olhos e pensou um pouco.
— E-eu gostei. -respondeu o rapaz gaguejando e ela riu novamente. — Mas é meio juvenil, não?
— Não sei. -Camila disse se olhando no espelho. — Vou levar, possa haver uma ocasião para usá-lo. -Camila o olhou.
— Então acabamos? -surgiu uma esperança para ele.
— Não! Tem muitas roupas ainda. Quero ir em mais lojas depois.
Cameron reclamou, ouvindo Camila o insistir. Ele aceitou, não tinha muitas opções. A mulher voltou ao provador e Cameron jogou a cabeça para trás do sofá, fingindo chorar de desespero. Uma sorria e outro choramingava.
Entre Tom e Anne estava uma maravilha. Os pais dela foram embora há algumas horas atrás. A lua e a escuridão já tinham tomado a noite para si. A cozinha estava uma bagunça. Mariette não teve tempo de arrumar, só aquilo que eles consumiram como comida. O homem estava bêbado e a mulher apenas levemente. A mesa tinha várias garrafas de vinhos jogadas por ela, uma taça quebrada e duas sujas. O por que disso? Anne colocou um remedinho na bebida de Tom quando foi buscar o suco na cozinha mais cedo. Juntando esses remédios e bebidas não dá muito certo no organismo.
Seguindo os rastros pela casa, tinha alguns pingos da bebida no chão. Na escada os sapatos dos dois soltos. Na porta fechada do lado de fora, a calça jeans dela jogada. Já do lado de dentro se encontrava o restante das roupas dela pelo chão, como as dele também.
E pela cama do quarto dela, se encontrava os dois. Fazendo algo que ela sentia falta de fazer com ele. Amor. E estava rezando que com aquilo, ela engravidasse. Não sabia reação dele ao amanhecer e muito menos quando haverá uma chance como essa novamente.
Ao se despedir de Cameron ao deixar a mulher em casa, Camila sentiu uma onda de energia no seu corpo naquele momento. E foi impulsionada a selar Cameron por um breve momento. Desacreditada e sem entender essa breve sensação, subiu as escadas do seu prédio com o cenho fechado e confusa. Antes da porta se fechar sozinha, a morena se vira para trás, uma única e ultima vez, vê o rapaz entrando no carro. A porta, que tem uma mola em cima, se fecha. Camila vira-se para frente, olha para cima contando os degraus que ainda faltavam para chegar em seu apartamento e volta a subir.
O que será que foi isso? Essa energia... Uma falha na matrix? Algo a ver com o destino? Isso não estava nos planos de ninguém, foi uma onda intensa passando pelo corpo dela, a fazendo arrepiar-se.
No dia seguinte, quando o relógio do celular de Tom despertou, ele custou abrir os olhos ao tatear o celular e cancelar o despertar com um dos olhos meios abertos. Uma dor de cabeça e tontura tomaram conta do homem. Após enrolar alguns minutos para acordar, percebe que aquela não era sua cama.
Tom vai abrindo os olhos lentamente, obedecendo seu cérebro. Põe a mão na cabeça por conta da dor, que infelizmente, é efeito da droga que misturou com a bebida, implatada por alguém. E percebe que está acompanhado. Ao ver que era Anne, arregala os olhos.
— Bom dia, meu amor! -ela abre um sorriso amarelo.
— O que estou fazendo no seu quarto? -ele se desespera.
— Fomos abençoados, meu amor. -Anne disse se aproximando de Tom. Seus olhos arregalaram novamente, mas não teve capacidade de se mexer. — Bebemos mais do que devíamos ontem e você se declarou para mim. Foi lindo! -Mentira. Anne sorria. — Acho que não preciso mais assinar o divórcio. Pede o advogado para rasgar.
— Os seus pais vieram aqui? -Anne assentiu após a pergunta de Tom. — E você não me avisou?
— Foi algo de última hora, estava com saudades deles. Afinal, obrigada pela noite. Foi perfeita!
Tom revirou os olhos não acreditando naquilo. Olhou debaixo das cobertas e estava sem roupa. Anne riu do modo que ele reagiu ao se olhar nu. Os olhos do homem percorreu pelo quarto e achou sua cueca boxer. Se levantou com o lençol, e pegou achando o restante das roupas.
Foi para seu quarto com raiva tomar banho, tentando lembrar da noite passada. Pensando seriamente em ir para Miami novamente, e ao voltar, pensou que queria o divórcio assinado ou iria para o tribunal. Isso já estava decidido por ele!
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