Capítulo 20 - Angels like you

Boa leitura! XoXo

[Capítulo sem revisão]

Na saída, quando o expediente acabou, Camila desceu apressada com seu sobretudo se cobrindo toda com medo da chuva apertar.

— Ei, Camila? -ela se virou para trás. — Não sei se lembra muito de mim, eu sou a Rebeca. Entrei como estagiária hoje.

Camila sabia quem era, e não engolia muito a menina recém adulta, achava vulgar e metida, tinha o pé atrás, mas jamais trataria mal alguém que não conhece bem o suficiente apenas por achismo.

— Oi! Claro que sei quem é você. -Camila sorriu largo, marcando bem seu batom vermelho.

— Gostei do batom. -Rebeca apontou de leve.

— Gostei do vestido. -mentiu.

— Obrigada!

— Então...? -Camila arqueou a sobrancelha.

— Ah, é... verdade! Desculpa! Então, sei que é bem próxima do senhor Hiddleston, é a assistente pessoal dele...

— Sim...

— Queria uma ajuda sua, será que posso contar com você?

— E qual seria essa ajuda? -Camila arqueou uma sobrancelha.

— Um passarinho me contou que ele só usa aliança por respeito, mas que não é casado, procede?

— Sim, isso é verdade.

— Queria ficar próxima igual você é com ele. -a morena engoliu em seco. — Sabe, nos trabalhos... Para saber se consigo sair com aquele gato.

Camila riu por dentro.

— Amanhã falo com ele, discretamente, claro. E te procuro um dia desses. -Camila ajeitou a bolsa e saiu em direção á sua casa.

[Quebra de tempo]

A cozinha estava sendo iluminada pelas luzes suspensas no teto, deixando um aspecto meio apagado. No balcão, tinha duas caixas de pizza e um bom vinho acompanhado de duas taças com duas garotas de roupão.

— Eu ainda estou tentando processar o que aconteceu entre você e seu chefe. -Lily mordeu sua pizza que estava em sua mão.

Camila ajeitou os óculos no rosto.

– Eu tenho até evitado Dylan.

— Fica tranquila, Camis. Vocês não têm nada série um com o outro, você deixou isso bem claro para ele.

— Sim...-Camila bebeu um gole do seu vinho. — Mas passamos todos finais de semana juntos como se estivéssemos namorando.

— Tá tudo bem você ter os dois casualmente, afinal, ambos sabem dessa sua intenção.

– Eu espero, porque eu não quero machucar ninguém.

— E não vai! -Lily piscou.

As duas continuaram conversando um pouco sobre diversas coisas, até se despedirem e cada uma ir para seus devidos aposentos. E, mais uma vez, Camila estava em sua janela. Com seus fones de ouvido e todo cuidado do mundo, sentou na janela e começou a pensar na conversa que teve com a amiga.

As horas foram se passando e cada vez mais ela ficava ansiosa, então preferiu conversar com a irmã pelo FaceTime pela noite até que caiu no sono.

O dia seguinte passou normalmente, Camila ficou tão ocupada no seu trabalho mesmo que mal teve tempo para falar com seus amigos, somente no almoço, onde foi combinado na sexta-feira que os colegas de trabalho iriam alugar um camarote em uma boate famosa em Nova Iorque, daqui dois dias.

O dia foi cheio, Camila não falou com Tom sobre a Rebeca, que pretendia falar com desgostos mas com toda sinceridade. Na saída do expediente, Camila estava ao telefone falando com uma concessionária. Finalmente ia ter seu carro novamente, porém um melhor.

— Ei, Dylan? -ela acenou do lado de fora para o homem que saía da empresa.

— E aí? -Dylan respondeu sem animação.

— O que aconteceu? Dia cheio?

— Não pergunta, Camila. Sério! -ele disse e saiu. Camila não entendeu e foi atrás.

Correu um pouco segurando a bolsa no ombro.

— Dylan, você tá estranho. O que eu fiz?

Ele riu ríspido. Camila sabia exatamente o que era, lá dentro ela sabia que estava distante do cara que prometeu que não iria se apaixonar novamente, mas as atitudes provaram ao contrário. Ela é intensa! Acabou enganando á si mesmo e deixou um rapaz machucado. As pessoas normalmente são confusas, olha o mundo caótico lá fora que vivemos. Nossas vidas não são perfeitas nem normais, principalmente quando chega em um determinado momento. Nada é igual para sempre. Algo sempre irá mudar outra, seja objetos, lugares ou pessoas, isso mudará sua vida sem você ao menos perceber. Nada é planejado, se planeja dará errado, e sabe por que? Pois é inesperado, é o destino agindo. E você, estará vivendo aquilo que sempre quis quando menos esperar e terá que saber lutar certo para não implicar com seu passado. E para Camila não foi diferente. Está vivendo uma vida sem planejar, mergulhando de cabeça, tendo um emprego incrível do qual não saberia que iria conseguir melhorar depois de ser despedida, recuperando sua vida aos poucos. Ficar com um cara senfo forçada pelas lembranças passadas não estava a fazendo bem, e ela não sabia lidar. Camila é livre e sempre foi, todos as suas voltar são livres, ela deixa as pessoas livre, ela não se prende á ninguém e nem deixa ninguém se prender nela, mesmo tendo relacionamentos. Não era agora que ela seria uma prisioneira de seu passado.

— O que você fez? Camila, você entrou na minha vida de novo, é isso que você fez. E eu não te culpo, ok? Eu acredito no destino e vou entender isso como uma obra inesperada dele. Mas uma coisa que eu não entendo é você dizer estar confusa e não me querer nesse exato momento da sua vida, e passar um mês direto comigo como se me amasse.

Camila engoliu em seco.

— Podemos conversar isso em outro lugar? Vou te ouvir e ter toda a compreensão do mundo para te responder. Eu só preciso ir pegar meu carro, estou indo comprar e estão me esperando, quase na hora da concessionária fechar. -Camila subiu um pouco a manga do sobre-tudo e checou a hora no relógio ao seu pulso.

— Tá vendo? É sempre sobre você. Realmente, depois a gente conversa. -Dylan virou ad costas.

Camila observou ele sair lentamente pelas ruas até sumir de sua vista, sentiu sua garganta queimar. E assim ela foi atrás de seus compromissos.

[Quebra de tempo]

Depois de chegar em casa, esfriar a mente e tomar um belo de um banho, Camila teve uma ideia. Calçou seus tênis e uma roupa qualquer, e foi comprar umas comidas na rua e ir fazer as pazes com seu amigo ou susposto par romântico.

Chegando na rua do rapaz, abriu a portaria e subiu as escadas. Foi ali uma vez só, mas lembrava das partes do lugar como se fosse ali todos os dias. Tirou umas coisas da sua bolsa e montou uma mesa bem fofa, colocou uma caixinha de som e deixou tocando. Saiu dali e foi até a porta de Dylan, batendo na mesma.

— Camila?

— Põe isso! -ela estendeu um paninho.

Ele a olhou estranho.

— Para que?

— Só põe, por favor.

E assim ele fez. Camila ajudou Dylan a subir as escadas, e lá ela tirou suas vendas e ele se deparou com toda a surpresa feita por ela.

— Comida tailandesa, preferida do Dylan. -sorriu.

— Você que fez?

— Não sou tão habilidosa assim na cozinha. -riram.

•••

Sentadas após o jantar em umas espreguiçadeiras, colocaram os pés no parapeito do prédio observando a cidade lotada em plena luz da escuridão da noite embaixo deles, brindaram a longneck.

— Obrigado pelo o que fez, eu te desculpo. E para ser sincero, eu já entendi que não temos mais dezoito anos.

— É... Você sabe que sou de forçar sentimentos.

— Sei bem! Lembro da Karen catapora. -riram bastante ao lembrar. — Ela queria ser sua amiga e você com medo de uma pré adulta com catapora.

Riram até sair lágrimas. Imitaram os passos e andares, falas e jeito que era a garota.

— Não vamos forçar isso mesmo que eu passe todo o tempo do mundo com você, tá bom?

— Você tá aqui por mim, não é? Você não é uma pessoa má, sempre pensando nas pessoas.

— Não começa, Dylan. Vamos aproveitar.

— Não, Camila. Fala a verdade, você tá aqui por mim ou por você gostar de mim?

Ela abaixou a cabeça e brincou com o pé direito no chão.

— Por você... -sussurrou.

— O que? Eu sabia... -ele virou limpando a boca de molhada de cerveja.

— Ah, qual é, Dylan? Você mesmo estava me entendendo e não estava me forçando a gostar você. Não podemos viver de passado. Será que isso tudo não é saudade das lembranças? Como disse, não temos mais dezoito anos. Para de bancar a criança, você não é assim.

Ele derrubou a cerveja e assustou Camila indo rápido em direção dela, segurou seus braços.

— Eu te amo, Camila. Meu amor reacendeu quando você apareceu, para você para pensar como vai ser maneiro nós juntos novamente lembrando do passado e vivendo coisas novas no futuro.

— Eu não quero lembrar do passado, eu vivo o presente, Dylan. Eu também gosto muito de você e juro que ainda estou confusa... Quando eu vim para essa cidade não tinha ninguém na minha cabeça, e quando te vi fiquei confortável mas eu não sentia nada, entenda! As coisas está vindo aos poucos...

— Tem outro cara, não é? Tudo bem não gostar de mim, mas estávamos vivenco coisas legais esse mês que passou.

— Você tá me machucando.

— Quem é o outro cara que te deixou assim? -Dylan apertou mais o braço dela.

— Dylan, você tá me machucando.

— QUEM É ELE?

Cada vez ele apertava o braço da Camila olhando dentro dos olhos dela chorando.

— Você tá bêbado, me solta!

— Não enquanto não falar!

— Eu mandei você me soltar. -Camila falou calma e virou de costas juntos com seus braços, se soltando e se afastando. — Você não é assim, tá doentio.

Dylan limpou suas lágrimas.

— Você realmente nunca disse que me amava, mas me tratou como se eu fosse tudo para você.

— Porque eu amei, no passado. Quando chegou, você permaneceu e eu deixei, você faz parte da minha vida, eu estava confortável. Me privei de amores quando terminamos, você estava ali e eu aproveitei, me desculpa. Eu deixei claro que estávamos apenas ficando e você concordou, aceitou. Foi incrível o que vivemos, não dificulta. Eu gosto de você, só não é da maneira que você.

Dylan analisava cada palavra que saía da boca de Camila, e a cada palavra dita as lágrimas caíam.

— Me perdoe, tá? Eu não sou assim, posso aceitar isso até certo ponto e te entendo, eu forcei mesmo. Vamos dar uma volta, assim esquecemos isso.

Camila riu fraco e foi até Dylan, o abraçando forte e depositando um selinho longo.

— Vamos dar um tempo, para ver se é isso que você quer. Seus sentimentos vão te machucar mais do que eu iria te machucar. Nos vemos sexta na boate. -Camila tentou sair.

— Espera...

Camila se virou.

— Só preciso que me perdoe.

— Senta aqui, Dylan. -Camila foi até o sofá e Dylan se sentou ao seu lado. — Eu sei que está bêbado, não estraga isso. Estávamos falando da Karen catapora, do Caio Caspa, até dos professores que eram legaos na época da faculdade. Não precisamos apagar a magia que vivemos no passado mesmo não dabdo certo agora, antes foi tudo incrível e perfeito, mas agora não é como antes. Entende?

— Sim, mas é que do nada nos separamos amigavelmente quando terminamos a faculdade e agora nos reencontramos. Eu acredito que seja o destino, só pode.

— Você se relacionou com alguém depois que terminamos?

— Sim, claro. Mas nunca amei alguém como amei você.

— Viu? No passado. Olha, Dylan, eu te coloquei de joelhos, porque dizem que sofrimento adora companhia e não é culpa sua se eu estragar tudo. Não é culpa sua que eu não sou o que você precisa. Teremos que dizer Adeus!

— Antes de dizer, só mais uma vez. Finja que está tudo bem! Um pouco mais de dor não vai me matar essa noite. Eu sei que sou errado para você, vou desejar que a gente nunca tivesse se conhecido no dia que você partir, só não precisa ser hoje.

Camila levantou.

— Não precisamos dar Adeus hoje, só vamos refletir as coisas. Se aceitar ser tudo casual. Não quero lhe dar esperanças, mas quem sabe tudo não se ajeita?

Ele sorriu. Ela saiu.

-Sexta-feira á noite-

Todos estavam no camarote dançando e bebendo, alguns dos funcionários da empresa que eram bastante amigos estavam ali, até Lily que virou queridinha de Angel. Dylan preferiu não ir. Camila ficou triste por deixar ele assim, privando sua vida, mas seguiu tentando esquecer e se divertir.

No meio da noite, na madrugada, com o coração batendo de acordo com a música, Camila viu de longe um homem entrar sorrindo com outros dois colegas. Ficou hipnotizada, vê-lo sem terno era um milagre da vida. Não era normal ver esse homem com uma calça jeans preta rasgada próxima ao joelho marcando sua região, sem contar a camisa de manga longa colada. Camila quase teve um delírio ao olhar.

— Vai lá falar com ele. -Lily disse chegando por trás dela.

— Ai que susto, menina! -Camila pôs a mão no peito.

— Eu sei que você tá doidinha para falar com ele.

— Ele acabou de chegar, espera um pouco. -Camila bebeu um gole de sua cerveja observando ele de longe. Lily deu de ombros. — Ai, que se dane, vou agora.

Camila saiu do camarote e andou plena entre as pessoas na pista de dança. Chegou ao bar fingindo não ver Tom e seus amigos, se escorou no bar deixando seu decote marcando e chamou a atenção do garçom.

— Meu bem, você pode me trazer sua bebida mais forte? -Camila disse um pouco alto por conta da música e Tom virou seu rosto, riu baixo pela coincidência.

O garçom entregou.

— Senhorita Smith... -Tom retribuiu o tempo debochado dela. Ela se virou.

— Senhor Hiddleston. Você por aqui...

— É, pois é. Meus funcionários fecharam um camarote nessa boate e não se preocuparam em chamar o seu chefe. -o deboche continuava. Ambos perceberam e pensaram em continuar com aquela brincadeira.

— É que todo mundo sabe como chefes são chatos. -Camila fez careta com a língua.

Tom passou a língua nos lábios.

— Bom, azar é deles. Sou super legal! -ele brindou com o ar o shot e bebeu.

— Sei. Estou de saída! -Camila pegou a bebida e parou atrás dele, sussurrando algo em seu ouvido. — Eu vou ao banheiro, quer vir?

— Estou logo atrás de você!


**************

Me desculpe pela demora, era o estudo, fim de ano é tudo corrido. Mas bom, estou de férias e livre para escrever. Os capítulos estão cada vez mais para frente, aumentando e a estória nem no meio está, estou cheia de planos e amando escrever. Eu, particularmente, amei esse capítulo, e espero que quem está lendo também goste. Um beijo! ♡

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