Capítulo 6: O convite amigável
O quarto ficou em silêncio, os raios de sol daquela tarde iluminava aos poucos, às cortinas evitavam a total claridade e minha mão ainda estava em seu pulso.
Aperto um pouco com o coração e a mente perdida.
Bárbara:(Estava assustado... com medo de eu o deixar sozinho aqui... )
Escuto batidas na porta e entra meu pai.
Bárbara: Eu não consegui deita-lo.
Na verdade, eu nem tentei...
Pai: Ele despertou??- perguntou se aproximando analisa ele.
Bárbara: Por pouco tempo.- respondo.- Ele está assustado, pai. Tem medo.
Pai: Ele esteve na floresta e nas ruas , não teve ninguém de confiança.
Me lembro de sua pergunta para que eu não o deixasse sozinho.
Bárbara:(É estranho pensar nisso...)
Pai: Felizmente ele tem uma boa amiga. Mas é peculiar a forma que se machucou.
Bárbara: Tão pouco sabe da vida... o que poderia te-lo ferido...??
Pai: Tenho algumas perguntas para fazer a respeito do seu ferimento, se ele foi atacado por um bêbado deve ser imediatamente encaminhado a polícia para prendê-lo.
Bárbara: Sim...
(...)
Após ter olhado o rapaz uma última vez, eu começo a andar pelo hospital até chegar em um jardim vazio. Me sento em um combo banco balanço.
Bárbara:(Que confuso...)- pensei olhando o jardim vagamente. -(Parece que li um conto de fadas e agora parece real...)
Começo a me balançar levemente.
Bárbara:(Então ele é o que??)
???: Bárbara!
Paro bruscamente e quase cai no chão.
Bárbara: Mas...
A pessoa se senta do meu lado.
Bárbara: Bernard...
Bernard: Não está com uma cara boa.
Bárbara: Desculpa, não estou muito bem hoje.
Bernard: Posso ajudar??
Bárbara: Receio que não...- respondi.- Sua avó melhorou??
Bernard: Sim, está se recuperando.
Bárbara: Que bom, muito bom.
Bernard: Olha , me desculpa mas... você está muito pra baixo.
Bárbara: Um pouco...
Bernard: Por quê??
Bárbara: Um... amigo meu está doente... sua saúde agravou...
Bernard: Ele vai se recuperar.
Bárbara: Não tenho tanta certeza.- digo olhando as minhas mãos.
Bernard: Tem algo que possamos fazer??
Bárbara: Ter fé.
Bernard: Então farei isso.
Bárbara: Obrigada.
Bernard: Disponha, mas ele não gostaria de ve-la desanimada. Compreendo que parece inevitável, mas ele está lutando.
Bárbara:(Não sei não... ele não parecia determinado a lutar por sua vida...)
"Não se sinta mal... se não puder cumprir com a promessa..."
Eram palavras tristes e que significava que Dickson já estava conformado.
Aperto o tecido do meu vestido com medo.
Bernard: Minha mãe fará uma janta hoje, quer vir??- perguntou. - Isso pode anima-la.
Bárbara:(Uma boa refeição é um bom remédio... mas...)
Olho para a janela do quarto que ele estava.
Bárbara:(Não tem nada que eu possa fazer...??)- pensei. Suspiro.- Tudo bem, obrigada.
Bernard: Disponha, após o jantar te levarei para casa em segurança.
Bárbara: Obrigada, Bernard.
Aviso meu pai que iria na casa dos pais do meu amigo. Ele permitiu já que conhecia bem a família dele.
(...)
De forma gentil ele foi conversando comigo sobre várias coisas, seus sonhos, suas ambições, suas dificuldades e momentos engraçados que me fizeram rir.
Era um remédio para mim que estava com a cabeça nas nuvens por causa do que aconteceu com Dickson.
Bernard: Cai de cavalo e quebrei o braço. Ele era muito teimoso.
Bárbara: Você pediu por isso, foi confrontar um cavalo selvagem.
Bernard: Alguém tinha que doma-lo!
Bárbara: É, mas não foi dessa vez soldado!
Isso fez ambos darem risadas. Quando estávamos com seus pais eles me receberam como se eu fizesse parte da família.
Manuela: Soubemos o que aconteceu, estamos felizes por estar bem.
Bárbara: Eu não estaria bem se não fosse pelo Dickson.
Manuela: Dickson é o nome do rapaz que te salvou??
Bárbara: Sim, esse é o nome dele.
Bernard: Ele foi muito corajoso.
Bárbara: Sim...
Bernard: Mas por que ele estava lá??
Manuela: Certamente estava ajudando as irmãs.
Dener: Por um momento achei estranho a aparição dele, pensei que fosse um maluco atrás da senhorita. Alguns homens daqui são perigosos.
Bárbara: Esta tudo bem, não se preocupem.
Dener : E onde ele está??
Bárbara: Eu não sei.
Bernard: Ele foi embora??
Bárbara: Acho que sim, não conversei com ele.
Bernard: Compreendo.
Eu não tinha certeza se deveria falar dele e onde estava, eu queria conversar com ele sem intromissões, pelo menos até ter certeza de que tudo não foi um mal entendido entre nós.
Após a janta Bernard me acompanhou como havia dito no começo.
Bárbara: Obrigada por me acompanhar, Bernard.
Bernard: Não é incômodo algum. Meus pais me ensinaram a ter bons modos com uma mulher, e ele tem razão não é confiável que ande sozinha assim. Alguns homens representam perigo.
Bárbara:Mas eu posso confiar em você, não posso??
Bernard: Sim!
Bárbara: Obrigada!
Me sentia segura ao lado dele, as ruas não me assustavam , eu ainda tinha medo de andar sozinha mas não queria incomodar meu amigo, mas ao se oferecer para me ajudar não fez recusar.
O que passei foi horrível e ainda estou passando por um estresse por me preocupar demais com o Dickson.
Bárbara:(Espero que o amanhã possa ser melhor do que hoje... espero que você esteja bem... por favor...)
Continua...
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