Alguém pare o Jonathan

"Já tiveste algum sonho do qual estivesses certo que fosse real? E se fosses incapaz de acordar desse sonho? Como conseguiria distinguir a diferença entre o mundo do sonho e o mundo real?
De um sonho magnífico,
certa noite despertei.
Olhei para o lado e lá estava a menina...
cabeça apoiada no meu peito, lábios finos apontados para mim como se quisesse um beijo.
Colada em mim, abraço apertado,
escondendo-se do frio.
De um sonho magnífico,
tornou-se tudo real.
Sorri e voltei a dormir."

-Hei, dorminhoco, está na hora de acordar.

-Ah não, me deixa mais um pouco aqui, por favor não seja má.

-Não me obrigue a fazer isso Jonathan.

Ao se virar da cama Jonathan a vê com as mãos sobre as cortinas da janela, um movimento se quer e toda aquela escuridão do seu lindo quarto estaria comprometida.

-Não faça isso Lyly, me deixe dormi só mais um pouquinho.

-Sem chances meu amor, essa foi sua última chance.

Sem avisar Lyly com um solavanco retira toda a cortina deixando o sol invadir por completo todo o quarto.

-Onde é que tem devolução hein.

-Como é?

-Nada não, amor da minha vida. Obrigado por me acordar, estava mesmo precisando de todo esse sol na minha cara.

Jonathan age ironicamente

-Eu Imaginei, não tem de quer razão da minha existência.

Lyly devolve com um belo de um
sarcasmo.

-Posso saber o porquê de toda essa animação em pleno sábado pela manhã?

- hoje é um dia muito, mas muito especial.

-Especial?

Jonathan coça a cabeça sem entender o que estava acontecendo, e ao mesmo tempo pensando se havia esquecido alguma data especial.

-Bom, hoje não é seu aniversário e muito menos o meu, e nem nossa data de casamento, o que está acontecendo amor? Tem alguma coisa que eu não estou lembrando?

Lyly revira os olhos ao ver que Jonathan havia esquecido mais uma vez.

-Não é possível que você esqueceu de novo Jonathan? Hoje é dia de irmos no mercado, e você prometeu ir comigo dessa vez, chega de fugir.

-ah meu Deus, o mercado. E eu já recusei várias vezes né?

-sim!

-Quantas?

-quatro.

-Não seria bom uma quinta não é mesmo?

-Não.

-Então diga ao mundo que eu vou.

-Yeeeeeeees.

Lyly corre até Jonathan e salta em seu colo o derrubando na cama novamente.

-Obrigada amor, você é um fofo.

- De nada meu nada amor, mas primeiro vamos passar no hospital pra olhar essa minha coluna que você acabou de quebrar aqui.

-Dramático ele.

                            ...

Na chegada ao mercado Lyly se mostrava bem animada como se estivessem indo a um parque de diversões, já Jonathan parecia ainda está dormindo.

-Venha amor, primeiro vamos nas verduras.

Impossível se lembrar de quantos quilos de batata se deve levar pra casa ao se deparar com essa cena no setor de hortifruti.

-Meu pai do céu, nunca vi tanta batata na minha vida.

-E o que combina com batata?

Lyly olha pra Jonathan esperando uma resposta.

-Não faço idéia amor, por que pergunta pra mim? Eu não criei a batata, não sei o que combina com ela e nem quem é o seu crush.

-Como você é bobo Jonathan.

Lyly segura a gargalhada ao perceber que o setor estava cheio.

-Toma, segure o macarrão.

-Então é você senhor macarrão, a alma gêmea da batata? Então venha e junte-se a sua amada.

-Já vi que vai ficar fazendo piadas o tempo todo.

- Você não queria minha companhia? Agora vai ter que aturar meu humor e minhas piadas.

-Jonathan sorri ao ver no rosto de Lyly que o que ela fez não foi uma boa idéia.

-Oh céus, no que eu fui inventar.

-como é amor?

-Nada não, vamos agora ver as carnes.

-Finalmente vamos começar a comprar de fato coisas gostosas. Essas coisas de boi e cavalo que você comprou não estavam me animado amor.

-Jonathan o ser humano precisa de salada e verdura pra sobreviver também, a não ser que queira morrer de infarto logo cedo.

-Se for saboreando uma picanha morreria feliz.

-Não fale bobagens, venha.

- Mas amor, "veja" só.

Jonathan para nas prateleiras de produtos de limpeza enquanto Lyly segue sem entender.

-Ver o que Jonathan? Vamos logo antes que o supermercado fique lotado.

Ao se virar Lyly percebe mais uma vez Jonathan fazer piada com sua cara com um produto de limpeza em suas mãos.

-Nada não amor, só queria te mostrar esse desinfetante.

Jonathan não contem a gargalhada enquanto Lyly faz cara feia mas no fundo loca pra rir.

-Aí amor você está me atrasando, que idéia minha te trazer aqui, já estou me arrependendo.

-Relaxa amor temos tempo ainda. Agora que tal mudar essa cara de mal humor e me dar um "sorriso".?

E lá estava Jonathan segurando um pasta de dente bem sugestiva.

-Oh céus, você não vai parar mesmo não é?

-Depende de você meu amor, temos mais quanto tempo ainda?

-Eu só quero ir embora antes que você me faça passar raiva. Anda, vamos pro caixa.

-mas já? Estava me divertindo tanto.

Ao passarem por mais um corredor -Jonathan lembra de um produto que ainda estava em falta.

-Espera amor, você já pegou o açúcar?

-nossa que cabeça minha, verdade. Pega dois por favor.

-Viu só Lyly Dixon, o que seria de você sem essa nossa " União ", a gente se completa amor.

Dessa vez Lyly não conteve a risada e logo se viu com a cara toda corada.

-Essa foi fofo amor, te amo.

-Tá com vergonha é? Venha cá

-Tem gente olhando amor e vendo suas bobagens, como quer que eu não fique com vergonha?

Ignorando o público Jonathan a puxa para os seus braços e a rouba um beijo.

-Hei, já chega. Vamos para fila.

A diversão continou mas chegou no ápice quando Jonathan resolveu contar uma piada para a moça do caixa.

-Olá, bom dia. O pagamento vai ser no cartão.

-OK. Nome por favor.

-Lyly Dixon.

-Com licença moça, meu nome é Jonathan, marido dessa linda moça, você conhece a piada do supermercado?

-Jonathan Dixon Nilsen, por favor já chega por hoje. Me desculpe moça, ele está tentando me irritar hoje.

Sem entender nada mas curiosa a moça decide deixar Jonathan lhe contar a tal piada.

-ah, mas agora eu fiquei furiosa, e qual é a piada?

-Ah pronto, você acaba de criar um monstro.

-Não seja seca amor, é só uma piada. Havia dois mercados voando, de repente um deles falou: - Porque nós estamos voando? Mercado não voa! E sabem o que o outro respondeu?

-Não sei dizer.

-Sabe Lyly?

-Não amor, não sei. Que diabos o mercado falou?

-É que somos um  supermercado!

Jonathan parecia uma criança que não parava de rir, já Lyly não sabia mais a onde enfiar sua cabeça de tanta vergonha.

-Vamos Jonathan, pelo amor de Deus, vamos.

Lyly o puxa com sacolas de baixo do braço enquanto Jonathan ainda dava gargalhadas.

- "Supermercados" essa foi boa não foi amor.

-Estou rindo até agora.

                              ...

-Finalmente em casa.

-Eu adorei o mercado hoje amor, temos que fazer isso mais vezes.

-Mais vezes? Se for pra você me fazer passar vergonha que fique em casa.

-Não seja sem graça amor, todos riram da minha piada.

-Riram de pena isso sim.  Agora deixa eu ir pro meu banho que é o melhor que faço.

-Hunnnn, enche bem aquela banheira que logo logo vou pra lá te fazer companhia.

-Nem ouse Jonathan, me deixe em paz pelo menos no banho, xau.

Lyly sobe as escadas correndo mas é perseguida por Jonathan.

-Saia Jonathan, não venha atrás de mim

-Venha cá amorzinho, venha cá.

A perseguição continuou e só parou com com os dois enfim na banheira.

-Cuidado com os meus olhos Jonathan, não quero ficar sega.

-Não se preocupe, qualquer coisa serei seus olhos.

-E o que você ia querer com uma seguinha?

- Ah você não sabe as vantagens que isso me traria.

-Já está pensando em besteiras não é mesmo.

-Desculpe, essa banheira está bem sugestiva.

Lyly mergulha suas mãos na água repleta de espuma e despeja toda em Jonathan.

-Hei, meus olhos sua maluquinha.

-Pronto, agora seremos dois seguinhos apaixonados.

Entre beijos e espumas Lyly e Jonathan nunca deixavam morrer o amor e a cumplicidade.


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