14 - A baleia e os humanos antigos
Ana acordou na cama de seu quarto, ela fez suas necessidades matinais e andou até a cozinha.
Lindsay já havia feito o café da manhã, Jena e Panda acordaram, elas também fizeram suas necessidades matinais.
A família inteira se sentou à mesa para comer, era pão com vegetais, e também leite, estava delicioso.
Depois disso, elas andaram até a praia e se sentaram em cadeiras de área, esperando pela comida ser processada, foi bom relaxar na sombra.
Então, Ana pensou sobre ir para uma ilha para praticar suas habilidades de sobrevivência, ela disse isso para Jena, sua mãe.
Lindsay disse que ela queria ir também, Panda disse que ela iria ficar na ilha, brincando, e ajudando Jena em seu trabalho.
Ana e Lindsay andaram para os quartos, elas vestiram uma mochila e pegaram alguns blocos de notas.
Então, ambas andaram para fora da cabana, andando até a praia, Jena e Panda estavam lá na sombra.
Elas disseram tchau para Jena e Panda, Ana começou a voar alto, Lindsay seguiu ela.
Ana começou a voar para uma ilha que ela não visitou ainda, e não construiu coisas primitivas.
Depois de um tempo voando, ambas chegaram lá e pousaram na costa da ilha.
"Ei, o que você acha que a gente precisa primeiro, maninha?" perguntou Lindsay, olhando para Ana.
"Acho que a gente precisa de um machado primeiro, pra cortar algumas árvores", respondeu Ana.
Lindsay procurou por uma pedra que era boa para usar como a lâmina do machado, uma retangular.
Ana procurou por uma pedra afiada, ela encontrou uma e pegou uma pedra grande, encharcando ela com água do oceano.
A garota começou a afiar a pedra, Lindsay já havia encontrado uma pedra retangular.
Ana se levantou e pegou um galho grosso de árvore, ela começou a bater em uma árvore com a pedra afiada que era como um faca.
Lindsay andou até a pedra grande e sentou-se no chão, ela começou a afiar a pedra que iria ser a lâmina do machado.
Depois de um tempo, Ana terminou de cortar a árvore, ela andou para onde Lindsay estava e cortou a árvore ao meio.
Lindsay pegou a metade de tronco que iria ser o cabo do machado, ela fez um buraco nele com a pedra afiada de Ana.
Ana então pegou o cabo do machado e colocou a pedra retangular nele, batendo nele com o galho grosso de árvore.
"Pronto!" disse Ana, sorrindo.
"Hehe, a gente é boa", disse Lindsay.
Depois disso, elas pensaram em fazer copos de lama, uma jarra, e uma fornalha.
Lindsay pegou o machado e começou a cortar alguns troncos para o fogo.
Ana pegou um pouco de água do oceano com suas mãos, ela andou até o pequeno lago na floresta da ilha.
Então ela jogou a água na terra, fazendo um pouco de lama, ela pegou a grande pedra da praia e trouxe ela para a floresta.
Lindsay pegou algumas folhas e gravetos e começou a fazer fogo na floresta, perto de onde Ana estava.
Ana fez dois copos de lama e uma jarra, Lindsay já havia terminado o fogo, Ana colocou as coisas perto do fogo.
Depois de esperar por algum tempo, os copos e jarra já estavam secos, Ana fez um grande balde de lama para pegar água.
Ela também colocou ele perto do fogo e esperou por ele secar, então ela pegou ele e andou para a praia, pegando um pouco de água.
Ana então voltou para a pedra grande, ela se sentou no chão e jogou a água na terra, fazendo um pouco de lama.
A garota começou a fazer tijolos de lama para fazer a fornalha.
"Enquanto você faz isso, vô fazer uma lança pra pegar peixes e também encher a jarra com água", disse Lindsay.
"Ok mana", disse Ana, sorrindo.
"Só quero perguntar, você ainda tem aquele cristal amarelo que o Tetracovix te deu?" perguntou Lindsay.
"Sim, eu sempre levo ele comigo, eu não sei quando vou precisar dele, então gosto de ter ele comigo o tempo todo", respondeu Ana, que segurou seu colar, o cristal amarelo apareceu.
"Ah, ok", disse Lindsay, que se levantou e andou até uma árvore com o machado, ela começou a cortar ela.
Ana terminou de fazer alguns tijolos de lama, ela deixou eles perto do fogo para secar.
Depois disso, Lindsay terminou de cortar a árvore, ela pegou a faca de pedra e começou a afiar o tronco para colocar uma pedra afiada na ponta.
Ana viu que Lindsay estava um pouco ocupada, ela pegou a jarra de lama e andou até o oceano, enchendo ela de água.
Ela voltou ao fogo e deixou a jarra perto dele para a água ferver.
Lindsay terminou de afiar o tronco, ela procurou por uma pedra pequena para usar como a lâmina da lança, ela encontrou uma.
A garota pegou o balde de lama e encheu ele com água, ela se sentou perto da pedra grande e colocou água nela, então começou a afiar a pedra pequena.
Ana moveu a jarra para longe do fogo porque a água estava fervendo, ela encheu os dois copos com água e deixou o copo de Lindsay perto dela.
"Obrigada, maninha", disse Lindsay, sorrindo.
"De nada, hehe", disse Ana, sorrindo também.
Então Ana pegou tijolos de lama, ela andou até um lugar na floresta, fazendo uma fornalha.
Ana pegou alguns gravetos, folhas, e troncos, ela fez fogo dentro da fornalha, para secar os tijolos.
Lindsay havia terminado de fazer a lança, ela andou até o oceano e pegou dois peixes.
A garota voltou para a floresta, Ana havia terminado de fazer a fornalha.
Lindsay tinha muito conhecimento sobre plantas e natureza, ela deixou os dois peixes na pedra grande.
Então ela procurou pela floresta por algumas plantas, ela queria encontrar alguns temperos.
Enquanto procurava ao redor, Lindsay encontrou manjericão, folha de louro, cebolinha, noz-moscada, orégano, e colorau.
Lindsay então descamou os peixes, removendo suas escamas, espinhos, e ossos.
Ela temperou eles com os temperos que ela encontrou, parecia delicioso.
A garota pegou três gravetos, fez um espeto em cima da fornalha, e colocou ambos os peixes nele.
Os peixes começaram a cozinhar, Ana estava gostando do cheiro.
Ana bebeu um pouco de sua água, Lindsay também, as duas sentaram-se perto da fornalha, esperando pelo peixe cozinhar, Lindsay voou acima das árvores, olhando para o oceano.
Então, Ana ouviu algo na água, ela sentiu algo estranho, as ondas do oceano estavam estranhas e pesadas.
De repente, uma grande baleia pulou para fora da água e cruzou a ilha, pulando acima e ao redor dela, ela murmurou tristemente.
Ana estava com medo, Lindsay olhou para a baleia, ela tinha escamas douradas, pareciam metal, e tinha um cristal em sua narina, ela tentou comer Lindsay, que estava voando.
Depois disso, a baleia entrou dentro da água novamente, ela voou de volta para a direita da ilha e pulou para fora da água novamente, tentando comer Lindsay, ela desviou.
"Nunca vi uma baleia pular tão alto assim, a gente tá em perigo mana!" disse Ana.
"Sim!" disse Lindsay.
Então a baleia entrou dentro da água, ela pulou para fora novamente, Ana segurou seu colar e tentou mover a baleia para longe com sua mágica telecinética.
Ana pensou que elas roubaram a comida da baleia, por isso que ela estava irritada daquele jeito.
A garota conseguiu mover a baleia para a esquerda, jogando ela na água novamente.
Depois disso, os peixes terminaram de cozinhar, Lindsay pousou na areia, pegou uma pedra grande, e tirou os peixes do graveto, colocando eles na pedra.
A baleia saltou para fora da água novamente, pegou Ana com sua boca, e então entrou novamente dentro da água.
"Ana!" gritou Lindsay, preocupada com sua irmã.
Ana estava dentro da baleia dourada, ela não tentou mastigá-la, Ana achou aquilo estranho.
Ela estava dentro do estômago da baleia, era muito grande, maior do que parecia de fora.
Seu interior era iluminado por luzes amarelas, e as paredes da baleia eram feitas de ouro misturado com pele.
Ana ouviu a baleia cantando, ela segurou seu colar e entendeu o que a baleia estava cantando.
Ela estava pedindo ajuda para resgatar seu filho, ela disse que ele estava em uma ilha com algumas criaturas estranhas tentando comê-lo.
Lindsay voou acima da água, olhando para os peixes dentro do oceano, tentando salvar Ana.
Ana disse para a baleia que ela iria ajudar ela a resgatar seu filho, a baleia começou a nadar para dita ilha.
Depois de algum tempo nadando, a baleia chegou na ilha, ela pulou na areia e abriu sua boca para que Ana pudesse sair.
Lindsay pousou na areia, "Mana, você tá bem..." disse ela, preocupada.
"Sim, tô bem, mas a gente tem que ficar em silêncio, essa baleia dourada me disse que o filho dela tá aqui ela quer que eu o resgate", disse Ana.
"Ah, ok", disse Lindsay, a baleia voltou para a água, ela começou a nadar ao redor da ilha.
Ana e Lindsay andaram mais adentro da ilha, elas seguraram seus colares e ficaram invisíveis, uma esfera azul de luz cercou Ana, uma amarela cercou Lindsay.
Elas continuaram a andar na floresta, depois disso, elas encontraram dois humanos antigos fazendo algo, haviam algumas caixas pelo lugar.
Havia também uma cabana lá, as duas garotas olharam ao redor do lugar, elas viram uma baleia dourada pequena em um balde de água, pulando um pouco, as duas ouviram a grande baleia murmurar.
"Peixe? O que você vai fazer com o peixe, Mark?" perguntou um homem, as duas garotas seguraram seus colares para entender o Português que os homens estavam falando.
"Não sei, talvez vender ele?
Não sei o que aconteceu com o mundo lá fora, mas a gente conseguiu sobreviver aqui, graças a Deus", respondeu o homem que provavelmente era Mark.
"Bom, não sei se tem um mundo pra gente retornar, talvez eles morreram em uma guerra, ou se extinguiram, humanos são assim", disse o outro homem.
"A gente tem nosso barco consertado, talvez a gente possa tentar explorar o mundo, e, sobre esse peixe, e se a gente comer, John?" perguntou Mark.
"Comer? Você quer comer uma rara como essa?" perguntou o outro homem, que era John.
"Bom, não, talvez colocar ele em um aquário, para fins de demonstração", disse Mark.
"Concordo", disse John.
Ana então segurou seu colar, ela invocou o cristal amarelo e pegou ele com sua mão.
Ela se levantou e desfez sua invisibilidade, apontando o cristal para os dois humanos antigos, "Liberta esse peixe, agora!" disse Ana.
Havia uma flor amarela na ponta do cristal amarelo, o topo estava aberto, o cristal começou a girar em seu próprio eixo, fazendo um barulho.
"Quem é você? E por que quer que a gente liberte esse peixe?
Você tem asas... Você não é humana né?" perguntou Mark.
"Não, sou uma fada, e eu quero que vocês libertem esse peixe porque é o filho de uma grande baleia dourada", respondeu Ana.
"Ah, e se a gente não quiser, você vai nos machucar com esse cristal pequeno?" perguntou John, rindo um pouco.
Então Ana moveu sua mão e mirou em uma árvore, ela segurou seu cristal amarelo e moveu sua mão novamente, cortando a árvore com um laser amarelo.
"A-Ah... Ok, desculpa..." disse Mark, um pouco assustado pelo laser.
"Não peça desculpas Mark! Eu quero esse peixe!" disse John, que pegou uma lança e jogou ela em Ana.
Ana segurou o cristal amarelo e pegou a lança, virando ela e jogando ela perto de John, cortando um pouco de seu cabelo, mas não o machucando.
"Não vou deixar vocês humanos gananciosos destruírem o mundo de novo, e fazer coisas ruins aos animais!" disse Ana com um rosto bravo.
"M-Mas a gente não vai maltratar o peixe, ou comer ele, a gente só quer colocar ele em um aquário", disse John.
"Esquece, John, a gente não precisa disso pra sobreviver", disse Mark.
"E como vocês vão alimentar ele? Com bagas e maçãs? Vocês não tem a tecnologia pra fazer vidro ainda.
Esse peixe precisa viver no oceano, com sua mãe e outros peixes.
Vocês podem pegar outros peixes, dois homens não são suficientes pra extinguir o oceano inteiro.
Mas essa baleia dourada é rara", disse Ana.
Lindsay desativou sua invisibilidade, ela se levantou, "Sim, eu concordo com ela, ela é minha irmã", disse ela.
"Tem duas delas?" perguntou John, surpreso.
"Solta o peixe!" disse Lindsay.
"Ok, ok, tá bom, a gente vai soltar o peixe, caramba", disse John, que pegou o balde com o peixe.
Ele andou para perto de Ana, ela fez um escudo amarelo ao redor dela e Lindsay com o cristal amarelo.
John deixou o balde perto de Ana e Lindsay, ele andou de volta para seu acampamento.
"E obrigado pelo tronco grátis", disse John, que estava de costas para Ana e Lindsay, olhando para trás, ele andou para perto da árvore que Ana cortou com o laser amarelo.
Mark andou para perto da dupla, "Peço desculpas pelo John, ele é um pouco ganancioso, e gosta de mostrar as coisas, ele é um artista, mas ele tem um bom coração", disse Mark.
"Ah, não, tá tudo bem", disse Lindsay.
Ana pegou o balde e andou até a praia, ela jogou o peixe no oceano, ele nadou de volta para sua mãe.
A grande baleia dourada nadou para perto da costa da ilha, Ana acariciou sua cabeça, a baleia disse obrigada e deu um murmúrio feliz.
Ana estava feliz de ajudar a mãe, ela andou para onde Lindsay estava.
"Então, vocês são fadas né?" pergunto Mark, John estava cozinhando outros peixes que eles pegaram.
"Sim", respondeu Ana.
"Vocês sabem o que aconteceu com o mundo fora dessa ilha?
Antes de naufragarmos aqui, eu ouvi sobre alguns experimentos em criar novas raças que os humanos tavam fazendo, ouvi isso no cruzeiro.
Vocês são um deles, né?" perguntou Mark.
"Sim, bom, a maioria da raça humana foi extinguida por si mesma, através de guerras e bombas nucleares, é por isso que nós fadas chamamos eles de humanos antigos.
E sim, a gente é um deles, também tem os Kódeks, Vespas da Alma, e Ogros de Pedra.
Eles esquentaram muito a superfície da Terra com químicas poluentes, e também morreram por causa de poder e ganância", respondeu Ana.
"Sim, e a gente não fala Português, é isso que você tá falando agora, a gente fala a língua das fadas.
Mas a gente pode entender o Português e fazer nossas palavras saírem em Português por causa dos nossos colares mágicos", disse Lindsay.
"Ah, sério?
Podem falar um pouco na língua das fadas pra mim ouvir?" perguntou Mark.
Então as fadas falaram na língua delas, Mark não entendeu uma palavra, mas ele estava intrigado.
"Parece um pouco com Japonês", disse Mark.
"Então, vou voltar a fazer algumas coisas de sobrevivência aqui na ilha, se não o John vai ficar bravo comigo, hehe", disse Mark, sorrindo.
"Ok, obrigado por soltar a baleínha", disse Ana, sorrindo.
"De nada, hehe", disse Mark, que voltou para seu acampamento.
Então Ana fechou o cristal amarelo, ela o desativou.
"Eles foram muito pacíficos, né?" perguntou Lindsay, olhando para Ana.
"Sim, hehe, foi legal conversar com outros humanos antigos além do Tom.
A gente tem que contar isso para as fadas historiadoras, que nem todos os humanos foram extintos por si mesmos pela grande guerra", disse Ana.
"Sim, hehe, então, vamo voltar pra casa ou pra aquela ilha?" perguntou Lindsay.
"Bom, a ilha, a gente ainda não comeu os peixes, né?" perguntou Ana, que riu um pouco.
"Ah, sim, hehe", disse Lindsay, estava de tarde.
As duas garotas voaram alto no céu, acima da ilha, Ana invocou o cristal amarelo, ela o segurou.
"Ei mana, quero testar algo", disse Ana, que segurou o cristal amarelo, ele se transformou na forma de uma turbina.
Então ela moveu o cristal atrás das duas e ativou ele, as duas fadas fizeram um salto de pulso e chegaram na ilha em um segundo.
"Uau, isso foi rápido mana, como você fez isso?" perguntou Lindsay.
"Eu só pensei em viajar rápido pra ilha, e o cristal se transformou em uma turbina de cristal, então eu coloquei ele atrás da gente e ativei", respondeu Ana.
"Ah, isso é legal, hehe", disse Lindsay, as duas fadas pousaram na ilha.
Elas se sentaram perto da pedra grande que era como uma mesa e comeram os peixes, estavam deliciosos.
Depois disso, Ana definiu uma marcação na ilha com seu colar, ela o chamou de "Ilha perto dos dois humanos antigos, Mark e John".
Ana pegou o cristal amarelo novamente, e fez uma flecha invisível na costa da ilha, apontando ela para onde a ilha dos humanos antigos estava.
Somente Ana e Lindsay podiam ver essa flecha, as duas fadas voaram alto no céu e começaram a voar de volta para as Terras de Cristal, seu lar.
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