• Capítulo 27 - Como o casal que eram
Naquele momento Dorian sentiu-se sem ar. Era difícil conseguir reprimir os seus anseios e instintos quando já fazia tanto tempo que não faziam aquilo que ela exigia em troca da reconciliação, mais precisamente desde a época do quinto mês de gestação de Evangeline, quando ela sofreu um grave sangramento que, segundo Portia, se não tivesse sido evitado a tempo podia resultar num aborto e graves sequelas para Evangeline. Devido a isso desistiram de ter qualquer interlúdio sexual entre os dois, não dispensando os carinhos mais ousados, mas sem a consumação do ato. Tudo por uma questão de segurança e bom senso. Porém de há umas semanas para cá, até os carinhos foram dispensados.
Mesmo que essa fosse a sua vontade, não podia fazê-lo sem esclarecer alguns pontos, por isso, com delicadeza, pousa as mãos nas ancas da esposa e ergue-a, num pedido silencioso para que saísse de cima dele. Com a testa franzida, Evangeline faz isso mesmo, vendo Dorian a pegar no copo e dirigindo-se ao aparador, pousando-o lá.
- O que se passa? - inquiriu, cortando o silêncio, estranhando a atitude dele.
- Antes de mais nada, preciso de saber algo. - Dorian volta-se para ela, que ainda estava parada ao lado da poltrona onde ele estava sentado. - O que te levou a mudares de ideias?
Evangeline baixou o olhar em direção ao chão, e quando o voltou a erguer, caminhou até ele, mantendo-se a dois passos de distância.
- Os teus motivos. - revelou, com a atenção do marido inteiramente para si. - Se os motivos fossem outros, provavelmente não perdoaria, mas fizeste tudo isto pela tua mãe, pela memória dela que queres preservar. Finalmente fui capaz de te compreender, de perceber que se fosse eu no teu lugar faria exatamente o mesmo. O desespero leva-nos a fazer coisas que não queremos, assim como a fazer sacrifícios em nome de um bem maior.
- Vê lá tu que para isso tudo, quase sacrifiquei o meu amor. - disse o duque com um sorriso triste, levando a mão a acariciar o rosto da esposa. Desta vez, Evangeline não se afastou. - Mas o que é verdadeiro, ninguém destrói.
Evangeline suspirou, sentindo o polegar dele acariciar a sua face com carinho.
- Eu sei.
- Mas ainda assim duvidaste, mesmo depois de eu dizer-te que te amo.
Foi capaz de detetar deceção e mágoa na sua voz. A mão dele afastou-se do seu rosto, e Evangeline abriu os olhos que instintivamente havia fechado.
- Sim, eu duvidei, mas estava magoada contigo, sentia-me enganada.
- Perdoa-me, por tudo.
Deu-lhe um sorriso singelo e reaproximou-se dele calmamente, envolvendo o rosto dele com as suas mãos.
- Eu já te perdoei, meu querido, a partir do momento em que percebi que o nosso casamento sempre foi real. Que como tu me amas, eu também te amo. - confessou sincera, e Dorian suspirou tremulamente. Baixou as mãos para os ombros dele. - Mas também tenho que te pedir perdão, por ter fugido daquela forma com Grace. Eu não tinha o direito de fazer uma coisa daquelas.
Dorian pousou o dedo indicador nos lábios dela, silenciando-a.
- Isso já passou. Chega de guardar rancores e mágoas.
Evangeline concordou.
- Existem coisas bem mais importantes do que a raiva e outros sentimentos negativos, temos um casamento para viver, uma filha para criar, e uma noite para aproveitar.
Um sorriso malicioso começou a surgir no rosto do duque, que se viu refletido no rosto dela. Dorian aproxima-se mais da esposa e agarra-a pela cintura puxando-a para si, fazendo com o corpo dela se chocasse contra o seu com brutalidade. Ela arfa desconcertada, isto antes de o marido levar uma mão à sua nuca, puxando-a para um beijo avassalador.
Evangeline rodeia o pescoço do marido com os braços e cola-se a ele o mais possível, acompanhando os movimentos exigentes e frenéticos da boca dele sobre a sua. Todo o seu corpo se arrepia quando sente a ponta da língua dele tocar nos seus lábios pedindo passagem à qual cede de bom grado, entreabrindo os lábios e gemendo quando ele começa a percorrer a sua boca com a língua, ao mesmo tempo em que a mão que a segurava pela cintura desce em direção ao seu traseiro, apertando-o com força.
- Quanta falta senti disto. - confessou Dorian assim que se afastaram para recuperar o fôlego, vislumbrando com deleite os lábios avermelhados e inchados de Evangeline.
Ela exalou um longo suspiro, ainda tendo como apoio os ombros dele. Acreditava que se não fosse por isso e por ele estar a segurá-la na cintura, ela cairia estatelada no chão devido aos tremores nas suas pernas.
Dorian pareceu perceber isso pois sorriu de modo audacioso, antes de começar a distribuir beijos leves pelo seu rosto. Lábios, queixo, rosto, nariz, testa, continuando a descer até ir parar ao seu pescoço. Arrastou o dedo indicador ao longo da extensão levemente numa carícia suave, assistindo com deleite Evangeline arrepiar, isto enquanto aproximava o rosto e esfregava lá o nariz antes de começar a espalhar beijos e pequenas mordidas.
Evangeline não se tinha apercebido de quanta falta sentia de tudo aquilo até àquele momento, até ao momento em que o marido começou com as carícias provocadoras que a faziam tremer da cabeça aos pés. Uma das suas mãos abandonou o seu pescoço e começou a deslizar ao longo do tronco desnudo do esposo, serpenteando pela zona e sentindo os peitorais definidos e o abdómen bem trabalhado, parando quando sentiu a barra dos calções de linho. Sentiu Dorian arfar contra o seu pescoço, e aquilo incentivou-a a prosseguir. Com a agilidade de uma serpente esgueirou a mão para dentro dos calções, alcançando o membro dele e tocando-o, esperando que até ao fim da noite este acabasse dentro dela. Era um desejo e uma necessidade. Sem pudor algum envolve a voluptuosidade dele na sua mão diminuta e aperta, sentindo-o estremecer.
- Oh... Deus!
Evangeline sorriu vitoriosa ao ouvir o gemido do marido, seguido de outros tantos quando a sua mão começa a movimentar-se, realizando um movimento suave de vai e vem.
Dorian aguenta mais alguns instantes, até segurar Evangeline pelos braços, girá-la e empurrando-a contra a parede, prendendo-a com pouca delicadeza e afastando a mão dela. Segurando no seu queixo ataca a boca dela novamente, enquanto desamarra a fita do penhoar.
Aparta o beijo e ajoelha-se à frente dela, erguendo o rosto e fitando-a com um olhar escaldante a transbordar de luxúria e desejo. Evangeline sustenta aquele olhar bravamente, até Dorian começar a erguer a sua camisa de noite.
- Segura. - disse assim que o tecido amontoado alcançou a cintura da esposa, e ela assim o fez, sentindo-se exposta.
Dorian acaricia as pernas macias de Evangeline lentamente desde o tornozelo até à coxa, rejubilando-se ao ouvir o seu arfar quase inaudível. Com determinação e pouca delicadeza ergue a sua perna esquerda pousando-a no seu ombro, começando a beijar a parte interna da coxa bem torneada, intercalando com pequenas mordidas, até alcançar o seu alvo principal.
- Dorian. - suspira a duquesa quando vê o rosto do esposo aproximar-se da sua intimidade.
Treme quando o sente puxar o ar cada vez mais perto da zona, levando-a a arfar.
- Loirinha em todas as partes. - murmurou Dorian em apreciação, levantando o olhar em direção à esposa. - Prepara-te para arranhares a parede.
Evangeline nem teve tempo de formular uma resposta, quando deu por si, a boca do seu marido já a atacava novamente com fome e desejo, sentindo aquela língua devassa percorrer a sua intimidade de cima a baixo sem piedade e pudor.
- Oh! - soltou um gemido alto quando ele tocou no seu ponto mais sensível.
E a advertência dele revelou-se real, pois quando deu por si já cravava as unhas na parede enquanto soltava imprecações e outros termos pejorativos que uma dama jamais devia dizer, ou sequer saber, provocando o riso em Dorian, cujo som reverberou pelo seu corpo, enlouquecendo-a mais. Levou a mão livre aos cabelos do marido, segurando-os com firmeza.
- Dorian... - choramingou sentindo-se em combustão.
Mas em nenhum momento ele afastou a cabeça, continuou a beijá-la ali enquanto apertava a sua coxa, levando a mão livre a auxiliar no trabalho que fazia com a boca, massajando primeiro, depois introduzindo um dedo devassamente, seguido de outro e movimentando-os com velocidade, levando a duquesa a contorcer-se contra a parede e soltar um grito.
Aquela imagem, do duque ajoelhado entre as pernas da sua esposa com a camisa de noite dela recolhida na altura das suas ancas e uma perna apoiada no ombro dele, enquanto esta ofega com o rosto banhado numa pura expressão de luxúria, compunha com maestria o perfeito retrato da indecência.
E quando sentiu o seu corpo tremer com mais veemência Dorian acelerou os movimentos, lambendo-a com ainda mais vigor e mordendo bem de leve, levando-a a cravar novamente as unhas na parede, a apertar o cabelo dele e a soltar um grito de puro arrebatamento, enquanto se desmanchava num prazer abrasador.
Quando Dorian se ergueu à sua frente, sedutoramente despenteado, fitando-a com um sorriso de lado, Evangeline, de modo ofegante, só conseguiu dizer:
- Abençoado sejas, meu amor.
Dorian não foi capaz de conter a gargalhada, segurando no rosto da esposa e beijando-a de modo casto assim que a crise de riso passou.
O duque afasta-se da esposa e caminha até ao aparador, servindo uma dose de whisky em dois copos. Ouve os passos dela a aproximar-se e os seus braços esguios abraçarem-no por trás, encostando-se a ele.
- Alguma vez provaste whisky? - perguntou quebrando o silêncio.
- Não. - respondeu Evangeline com o rosto encostado às costas largas o marido. - Mas uma vez eu e o meu irmão Elliot assaltamos o stock de bebidas que o meu pai tem no escritório e acabamos com duas garrafas de conhaque.
Acabou por rir novamente, virando-se de frente para ela, que o abraçou novamente.
- Conta-me melhor essa história.
- Não tem muito para contar, foi depois de um espetáculo de ópera em Covent Garden, chegamos a casa, esgueiramo-nos para o escritório do meu pai e surripiamos duas garrafas de lá. Acordamos de manhã no meu quarto, eu por cima das cobertas da cama, ele a dormir no tapete. E o pior, fomos apanhados pela minha mãe.
O duque até imaginou a cena da sogra a espumar de raiva ao ver os filhos naquele estado deplorável. Acabou por rir novamente.
- Mas nunca mais volto a fazer uma destas. Já me bastou a dor de cabeça que tive quando acordei, nunca mais.
Dorian entendeu-a, pois ouve um tempo em que ele também sentia a dor de cabeça da ressaca, e infelizmente, com alguma regularidade.
- Mas hoje vais provar whisky, só na experiência. - decretou pegando nos copos e estendendo um a ela.
Evangeline afastou-se dele um passo e observou o conteúdo do copo desconfiada. Abanou o copo fazendo o líquido girar, e aquela apreciação, na visão de Dorian, era extremamente tentadora.
Dorian leva o copo aos lábios e toma um gole despreocupado enquanto observa a esposa, e após fulminar o copo de modo desconfiado, Evangeline toma um gole, fazendo uma careta e um esforço para não cuspir a bebida logo a seguir. Aquela atitude levou a que o duque sorrisse de modo divertido, pois já esperava aquilo dela.
- Nossa Senhora! Tenho a garganta a arder! - exclamou deitando a língua de fora e começando a abanar a mão perto dela, tentando aliviar o ardor.
Dorian riu com vontade perante a reação da esposa, terminando de beber o seu e tirando o copo das mãos dela. Ela não iria terminar de beber de qualquer forma, nem que implorasse.
- E eu a pensar que a ressaca que apanhei com o meu irmão tinha sido a pior experiência da minha vida. - resmungou ainda com os olhos a lacrimejar. - Se isto era só para a experiencia, então foi a pior experiência dos meus vinte e um anos de vida. E tu, para de rir!
Ele esforçou-se para conter o riso, enquanto a puxava para um abraço.
- Esta foi uma vez sem exemplo, prometo. - jurou com a voz risonha.
Evangeline aninhou-se contra o peito dele, brincando com os pelos negros que salpicavam a zona.
- Odiei a experiência. - resmungou com o rosto encostado ao peito do marido.
- O que posso fazer para te compensar por isso, querida? - perguntou Dorian prestativo.
Só que enquanto ele perguntava isto, já estava a afastar o penhoar e a camisa de noite de um dos seus ombros, desnudando-o e aproximando a boca da zona, plantando lá um beijinho. Um suspiro em apreciação foi a primeira resposta que o duque recebeu.
- Depende. O que tens em mente? Eu sei que és um homem de muitas ideias.
Dorian solta uma risada baixa, grave e gutural, que provocou um novo arrepio no seu corpo. A resposta não veio e palavras e sim em gestos, quando ele retira o seu penhoar totalmente, afastando-se ligeiramente e despindo o próprio robe, observando a esposa com uma das alças da camisa de noite tentadoramente descaída num dos ombros.
- Posso ser um homem de muitas ideias, amor da minha vida, mas somente uma delas se vai concretizar esta noite. - aproximou-se novamente empurrando a alça ainda mais para baixo, descobrindo um dos seios fartos da esposa, que se tornaram o seu sonho de consumo.
- E qual é? - interpelou Evangeline, vislumbrando o esposo a envolver a mão no seu seio, apertando o mamilo levemente.
O sorriso devasso que ele lhe forneceu já confirmava as suas suspeitas. Ele aproximou o rosto do seu peito sem pressa, analisando tudo com extrema minúcia.
- Eu, entre as tuas pernas, em cima daquela cama. - pronunciou-se por fim abocanhando o seio que o aguardava, abraçando Evangeline e apertando-a contra o seu corpo.
Evangeline procura apoio agarrando nos braços do marido com força enquanto suspira com os beijos, mordidas e chupões provenientes da boca devassa do esposo que torturava o seu pobre seio, estimulando-as de todas as formas.
Ele afastou-se, mas somente para poder desnudar o outro seio e dar-lhe a mesma atenção, lambendo o mamilo retesado, arrastando a língua por toda a extensão até o meter na boca mais uma vez.
- Humm... - gemeu Dorian deleitado.
Durante dias a fio após encontrá-la, um dos seus desejos era poder tocá-la daquela forma, poder amá-la como ela merecia e tal como ele tencionava fazer. Uma promessa que fez a si mesmo na manhã do dia do casamento.
Evangeline arfava e gemia de modo descompassado, rodeando a cintura do marido com uma perna e dando impulso com a outra, tendo Dorian compreendido as suas intenções e afastando o rosto do peito dela, isto para a pegar no colo com ela a rodear a cintura larga dele com as pernas.
- O senhor enlouquece-me, lorde Cavendish. - murmurou perto dos lábios do duque.
- Formalidades, meu amor?
A duquesa sorriu largamente, antes de o beijar preguiçosamente.
Sem desgrudar os seus lábios dos da esposa, Dorian caminha até à cama, pousando-a no chão sob o protesto velado dela.
- É por uma boa causa. - explicou humorado e ela riu.
O duque terminou de retirar a camisa de noite que a esposa ainda envergava, fazendo com que esta se amontoasse aos seus pés, e arfa desconsertado ao vislumbrar o corpo completamente despido da esposa. Como há muito não a via em tal sublime forma.
Aproxima-se dela, espalma a mão no seu ventre e empurra-a para a cama, e Evangeline vai se arrastando até se aproximar da cabeceira, observando com interesse o marido retirar os calções de linho, mordendo o lábio inferior em apreciação quando ele fica inteiramente nu. Era uma visão do paraíso. Uma visão que, embora não sendo ela a primeira, agora era a única mulher a vislumbrar e a usufruir.
Dorian sobe para a cama e engatinha sobre o corpo glorioso da esposa, que dobra e afasta as pernas de modo sedutor, pronta para o acolher ali, apreciando a visão da bela ninfa que agora tinha debaixo de si, com os longos cabelos loiros espalhados sobre as almofadas. Ao alcançar o seu rosto corado e com os olhos verdes brilhantes, baixa o rosto em direção ao dela beijando-a com ferocidade.
As pernas de Evangeline apertam-se ao redor da cintura de Dorian enquanto as suas mãos se espalmam nas costas largas dele. Ela geme baixinho ainda durante os beijos do esposo quando uma mão dele desliza ao longo do seu ventre, esgueirando-se até à sua intimidade, fazendo com que as suas pernas amoleçam de imediato. Ele toca-a com carinho, deleitando-se com o corpo dela a contorcer-se debaixo de si.
- Estás desejosa de me teres aqui, não estás? - questionou com os lábios colados aos da esposa, que respirava de modo entrecortado a cada movimento dos dedos dele na sua intimidade.
- Hum-hum... - balbuciou Eva enquanto meneava a cabeça de forma afirmativa debilmente. - Por favor...
- Não precisas de implorar meu amor. - retrucou Dorian posicionando-se como deve ser, provocando um gemido mais alto em Evangeline assim que a ponta da sua virilidade se encaixou na sua intimidade. - Eu concedo esse desejo de bom grado.
E sem perder mais tempo, Dorian arremeteu profundamente e sem delicadeza, indo até ao fundo até estar completamente enterrado nela. Ambos gemeram bem alto após a invasão, levando Evangeline a cravar as unhas nas costas do marido. Dorian começou a mover-se lentamente numa tortura mútua, num mover de ancas gradual até ela se habituar novamente ao seu tamanho.
- Amor... - choramingou Evangeline, e Dorian ergueu o rosto que havia escondido na curvatura do pescoço dela. - Mais rápido.
- Assim? - arfou o duque após uma arremetida que fez o corpo de ambos estremecer. Iniciou uma sequência de arremetidas profundas e fortes, levando Evangeline a ficar sem ar.
- Sim... oh!
Dorian não se coibiu de lhe fazer a vontade, arremetendo com vontade incansavelmente, esbaldando-se no corpo da sua mulher como há meses não fazia, não com aquela intensidade, fazendo a cama balançar com a força da sua impetuosidade. O quarto era tomado pelos sons tanto da colisão dos corpos unidos, como dos sons dos gemidos e dos gritos de puro arrebatamento.
Evangeline arranhava as costas de Dorian e mordia-lhe o ombro, isto enquanto ele beijava o seu pescoço e lhe apalpava um dos seios de modo devasso. Evangeline estava quase a chegar ao limite, quando ele se afasta de modo abrupto.
- Dorian! - exclamou irritada, tentando puxá-lo de volta.
Ele riu e afastou as suas mãos afastando-se a seguir, e quando Evangeline fez menção de se levantar, ele empurrou-a de novo para a cama.
- Quieta. - ordenou e com um bufo descontente, ela obedeceu.
Dorian divertiu-se com a expressão sisuda dela, mas sabia que rapidamente aquilo lhe passaria. Com agilidade, surpreendendo-a, ele agarra na sua cintura e gira-a na cama, colocando-a de barriga para baixo, de cara para as almofadas. Arfou desconsertada pelo movimento inesperado, mordendo o lábio inferior quando sentiu o corpo grande do esposo pairar sobre o seu, até senti-lo colar o abdómen nas suas costas, esfregando-se em si de modo pervertido.
- A paciência é uma virtude, milady. - murmurou perto do seu ouvido, e Evangeline sorriu. - Agora, abre mais as pernas.
Evangeline obedeceu de prontidão, ansiosa pelo que viria a seguir. Sentiu-o posicionar-se atrás de si e a sua voluptuosidade entrar em contacto com a sua intimidade novamente, e ao sentir a respiração entrecortada do esposo contra o seu pescoço arrepiou-se por inteiro. Estremeceu violentamente assim que ele a invadiu novamente, iniciando uma cadência de movimentos frenéticos e profundos, rosnando de modo selvagem enquanto lhe mordia a orelha e se deleitava com o prazer que a esposa estava a sentir.
Os seus gemidos eram abafados pelas almofadas, o suor salpicava a pele de ambos pelo esforço e pelo prazer, e de modo a prolongar tudo aquilo o mais possível agarrou no lençol de seda azul e procurou controlar-se o quanto podia, mas era difícil quando sentia cada uma das investidas do membro dele para dentro de si com fúria e luxúria, assim como os rosnados selváticos dele contra o seu pescoço, como se ele fosse um animal enjaulado que se rejubilava com a liberdade.
De repente o peso dele sobre si diminuiu, fazendo-a perceber que ele se havia afastado, isto para depois erguê-la e puxá-la contra o seu peito, ficando ambos de joelhos na cama. Cobriu os seus seios com as mãos e mordeu o seu pescoço recomeçando a mover-se com a mesma intensidade, batendo contra ela com o mesmo vigor que era a sua marca registada. Os joelhos de Evangeline começavam a ceder ao cansaço e aos tremores que se espalhavam pelo seu corpo, erguendo o braço e fincando as unhas na nuca dele, enquanto que com a outra mão agarrava na coxa dele.
- Dorian... não aguento mais! - rosnou com a cabeça caída no ombro dele, dando mais abertura para ele morder e beijar o seu pescoço.
- Aguentas sim. Só mais um pouco amor. - pediu Dorian de modo arrastado e ofegante.
A duquesa choramingou, e Dorian prosseguiu com a invasão furiosa. Era cada vez mais difícil permanecer firme, sendo que já perdeu a força de vontade há muito. Aos poucos sentia como se uma descarga elétrica percorresse o seu corpo e reconheceu que estava perto do seu limite. E pela maneira como ele acelerou os movimentos, começou a ofegar de modo mais intenso e o seu corpo começou a tremer, ele mesmo já estava perto.
- Agora amor!
E não foi preciso dizer mais nada para Evangeline deixar-se vir, amolecendo nos braços do esposo após um grito de puro arrebatamento, sentindo quando ele se derramou dentro de si com um longo e satisfeito suspiro.
Aquele foi um dos momentos mais intensos de ambos, e o que tornou tudo mais incrível foi o facto de um período negro na história de ambos ter sido finalmente extinto. Não havia mais nada a macular aquela união, tornando aquele casamento o que sempre devia ter sido: uma união feliz.
Ambos aninharam-se um no outro, demasiado esgotados para pensar no que quer que fosse. Apenas saborearam o silêncio e a companhia um do outro, assim como o calor que podia acalentar o outro.
- Vais voltar a dormir comigo?
Evangeline levantou a cabeça que repousava no peito dele, fitando-o com atenção.
- Tencionavas deixar-me sair do quarto? - interpelou humorada, e Dorian sorriu divertido, acariciando as suas costas.
- Não estou a falar somente esta noite, estou a falar daqui para a frente. Sinto a tua falta também durante a noite, mesmo que seja só para dormir.
A duquesa riu com a insinuação embutida naquela frase. Observou-o em silêncio e curvou-se para lhe dar um beijo de leve nos lábios.
- Agora sou eu que não quero ir a lado nenhum. Dormirei contigo todas as noites, pois também sinto a tua falta à noite. - confessou com um sorriso e Dorian beijou-a, agora com mais intensidade.
E pela primeira vez em semanas, ambos dormiram uma noite inteira em paz, nos braços um do outro, como o casal que eram.
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Isto foi um capítulo ou um cabaré? 🔥🔥🔥🤣🤣
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