• Capítulo 19 - Descoberta

       As primeiras impressões sobre uma pessoa são sempre enganadoras. Estas podem corresponder à realidade, como podem mostrar uma imagem errónea sobre o indivíduo em questão.

       Lorde Fallon mostrou-se isso mesmo, portador de uma primeira impressão que não correspondia em nada à realidade que se apresentava a seu respeito. Evangeline desconfiou das suas intenções quanto à aproximação do mesmo, mas agora via que em tudo, desde o começo, ele foi sincero. Ele queria somente a sua amizade, e a duquesa não estava minimamente arrependida de lhe ter concedido tal pedido.

       Passou-se pouco mais de uma semana desde o começo da interação dos dois, a segunda semana em que Evangeline permanecia em Chatsworth House. Durante esses dias ambos passeavam pela vila, e até passavam tardes a conversar em Chatsworth. Naquela manhã inclusive, ambos passeavam em agradável harmonia ao longo do espelho de água da propriedade.

       — Eu evito os bailes mais por medo do que por outra coisa. — Lorde Fallon prosseguiu com o assunto da conversa. — Na última vez em que compareci a um, tive tantas mães desesperadas a empurrar as filhas para mim, e outras tantas ladies a insinuar-se, que eu já estava em desespero e a interceder pela minha alma a Deus!

       Evangeline não conseguiu evitar rir perante tal relato.

       — Está a rir do meu desespero e má sorte, Lady Cavendish? — o conde fingiu estar ofendido.

       Mas a realidade era outra. Ele adorou a forma como o rosto redondo da duquesa se iluminou com o riso que proferiu.

       — Não me tome por malvada milorde, mas eu adoraria ter visto o senhor a fugir das matronas como se fossem uma praga. — confessou a duquesa ainda com um sorriso e a voz risonha.

       — Não pense que elas me perseguiam pela minha beleza, era pelo título. Aliás, sempre é assim. Os casamentos são todos na base do título do noivo e do dinheiro envolvido no acordo nupcial.

       — Nem todos são assim. Os meus pais casaram por amor, e o meu próprio casamento também foi. — retrucou Evangeline.

       Porém ali só havia meia verdade. No seu casamento, só ela casou por amor. Era o maior desgosto que ela tinha que suportar, e que a dilacerava mais um pouco a cada dia.

       Já George percebeu a mudança de humor no rosto da duquesa após a sua fala. Ele já tinha percebido que quando ela referia, embora muito superficialmente, o seu casamento, fazia-o com uma intensa amargura. Era como se o enlace lhe causasse um grande desgosto, ou como se algo tivesse ocorrido entre ela e o marido que viesse a causar tal sentimento.

       Era nessas alturas em que o conde sentia um enorme ímpeto de a abraçar e acalentar, lançando para longe aquela tristeza. Ninguém merecia passar por tal tormento, mesmo não sabendo qual a dimensão da tormenta que Evangeline suportava.

       Reprimiu um suspiro. Não era a sua intenção, e Deus é testemunha que dela só queria a amizade, mas não foi capaz de impedir o seu coração de desenvolver outro sentimento. Não era a sua intenção apaixonar-se por uma mulher casada, porque já era sabido que tal romance era impossível de acontecer.

       Ele apaixonou-se por Evangeline, mas isso seria um segredo que levaria consigo para o túmulo.

       Ela era casada e tinha uma filha, não teria coragem de destruir aquele lar e separar a duquesa do homem que ama, mesmo o que ali pelo meio haja mágoa e ressentimento nítido.

       Amará Evangeline em segredo, tendo dela aquilo que sempre quis: a amizade. O amor por ela, seria uma recordação doce que teria dela, pois a si bastaria a sua presença para ser feliz.

       Ela era graciosa, luminosa, bela, inteligente e quantos mais adjetivos pudesse encontrar para a designar. Ela era tudo isso e muito mais, mas um pormenor que ele se proibia de esquecer ou ignorar é que algures naquele país estava o seu marido, o homem que ela escolheu para casar, o pai da sua filha. Tinha mais do que motivos para ignorar esse sentimento, mas quem disse que seria bem sucedido nessa tarefa hercúlea de tão difícil que é?

       — Está distraído lorde Fallon. — acusou Evangeline com um tom de voz amigável. — Isso não é lá muito cavalheiresco.

       George sorriu com humor.

       — Peço perdão pelo meu deslize.

       A duquesa voltou o olhar para ele e sorriu com diversão. Lorde Fallon sustentou aquele olhar com um aperto no peito, pois à sua frente materializava-se a definição ideal de mulher impossível. Não que ela o rejeitasse, mas havia um gigantesco fator contra si. Seria tudo muito mais simples se ela fosse solteira.

       Ambos pararam na margem do espelho de água. Aquela manhã estava particularmente nublada, porém tiveram a sorte de não terem o passeio boicotado pela chuva, isto se de facto ela chegasse a cair.

       Ambos encontravam-se parados em frente um do outro, de perfil para o lago.

       — Parece angustiado. — observou Evangeline observando o rosto do conde atentamente. — Não quer partilhar comigo o que o incomoda?

       O que ele haveria de dizer? Que o motivo da sua crescente angústia era o facto triste de que nunca poderia vir a beijá-la, a tocá-la de modo audacioso, como certamente o seu marido já fez inúmeras vezes? Não podia dizer uma coisa destas, arriscava-se a afastá-la completamente, e isso jamais permitiria.

       — Creio ser algo demasiado pessoal para ser partilhado. Prefiro guardar só para mim. — olhou no fundo dos olhos dela, de modo a que ela conseguisse ver alguma honestidade ali.

       Se bem que o que disse não era totalmente mentira.

       Evangeline assentiu, resignando-se a aceitar a recusa dele.

       Segurou nas mãos dele e observou as mãos grandes do conde envolvidas pelas suas, pequenas e delicadas, escondidas em luvas de seda branca.

       Sentia uma estranha conexão com ele, como se ele a compreendesse e conhecesse por inteiro. George Fallon era boa pessoa, não julgava ninguém, era compreensivo e divertido. No geral, era uma boa companhia. Tinha as características que ela apreciava num homem. A gentileza e a honestidade eram as mais visíveis.

       Mas será que estaria mesmo a fazer uma apreciação das qualidades do conde, ou só estava em busca de certas características para compará-lo com Dorian? Não. Sentia lá no fundo, ou desejava que assim fosse, que não faria tal coisa.

       Faziam dias que não pensava no marido com tanto afinco, e isso devia-o a lorde Fallon, que com a sua presença marcante era capaz de fazer a sua mente desanuviar, libertar-se dos pensamentos negativos e das más recordações. Ali crescia uma duradoura amizade, ou assim esperava que fosse.

       — Aprecio demasiado a sua companhia milorde. — confessou erguendo o olhar para o rosto do conde. — Foi capaz de fazer toda a solidão que eu sentia dissipar-se, fez-me sorrir como pensei não voltar a fazê-lo.

       — Foi o vosso marido lhe vos trouxe essa tristeza que tenta disfarçar? — desconversou o conde, pois o que Evangeline acabara de dizer estava a mexer muito com as suas emoções, e não queria alimentar esperanças infundadas.

       Mas não foi uma estratégia muito boa, pois Evangeline rapidamente afasta as mãos das suas, e amaldiçoou-se por isso. Estava a apreciar tanto o toque dela...

       Um suspiro saiu dos seus lábios delicados, e o seu olhar foca-se nas águas cristalinas do espelho de água.

       — Existem certas coisas que queremos muito esquecer, mas elas permanecem na nossa mente independentemente do que façamos para expulsar tais memórias. Eu tento evitar pensar nisso, pois assim a minha angústia alivia um pouco. — explicou calmamente com as mãos unidas em frente ao corpo, sem desviar o olhar do seu foco. — Por isso peço-lhe, lorde Fallon, não volte a fazer-me uma questão desse âmbito, é mais doloroso do que milorde pode sequer imaginar. E, por favor, não me tome por ríspida, não foi essa a imagem que quis passar.

       George já tinha a sua resposta, mesmo sem uma confirmação clara por parte dela. Realmente lorde Cavendish havia feito algo que despedaçara o coração da lady prostrada à sua frente. Uma traição, talvez? Teria ele mesmo coragem de trair uma mulher como Evangeline?

       Podia estar a ser precipitado nas suas concessões, mas aquilo que sabia com toda a certeza é que foi Lorde Devon quem causou tamanha tristeza e amargura nela. E isso já fazia George antipatizar com ele sobremaneira.

       — Jamais farei tal coisa de novo. Tem a minha palavra.

       Isso atraiu o olhar da duquesa para o do conde, e um pequeno sorriso surgiu nos seus lábios. Um suspiro sôfrego escapou dos seus lábios quando a viu avançar alguns passos na sua direção.

       Céus, queria tanto beijá-la!

       Não podia fazê-lo, ao menos tentava convencer-se disso.

       Evangeline parou a uma curta distância de si, mas ainda assim permitia que George sentisse o seu perfume. Lavanda.

       Tão aromático, tão intenso, tão atrativo.

       — É uma mulher tão bela Evangeline. — deixou escapar num sussurro, tocando no queixo dela com o dedo indicador, erguendo o rosto dela ligeiramente.

       As faces da duquesa ruborizaram de imediato, mas notou com certa surpresa o olhar do conde pousar na sua boca, bem como o seu rosto começar a aproximar-se.

       Ele iria mesmo beijá-la!?

       Pousou uma mão no seu peito robusto para pará-lo, e o seu gesto, já com poucos centímetros a distancia-los, pareceu trazê-lo de volta à realidade. Afastou-se mais dele, e o próprio conde colocou distância.

       — Não seria adequado fazer tal coisa lorde Fallon, sabe muito bem que sou uma mulher casada, devo respeito ao meu esposo. — retrucou de modo sério.

       — Mesmo que o contrário não se verifique?

       A duquesa suspirou visivelmente esgotada. Afastou o olhar do dele de imediato.

       — Por favor, não diga essas coisas. Não sem saber se são verdade ou não.

       — Porque o defende? Acredita mesmo que o seu marido seja merecedor da sua clemência? — insistiu George num assunto que não lhe dizia respeito.

       Evangeline fitou-o séria. Porque ele insistia tanto? Porque simplesmente ele não deixava o assunto morrer ali?

       — Isso são assuntos de natureza conjugal, e a única pessoa com quem irei discutir tais detalhes é com Lorde Cavendish, mais ninguém.

       Lorde Fallon preparava-se para retrucar novamente, mas o diálogo foi interrompido pelo relinchar de um cavalo que se aproximava.

       E o olhar de Evangeline rapidamente se cruzou com o do cavaleiro.

       Desde que foi erguida a desconfiança do paradeiro de Evangeline, a inquietação controlava o corpo de Dorian. Naquele mesmo dia, depois dos amigos se despedirem, a sua vontade era de entrar na carruagem e ir logo até Chatsworth House, mesmo que durante muitos anos, o seu ímpeto fosse fugir daquele lugar como o diabo foge da cruz.

       Porém não conseguiu cumprir a sua vontade, ficou retido na capital por vários dias devido a assuntos de última hora que surgiram na Câmara dos Lordes. Isso fez a sua irritação aumentar assustadoramente.

       Aquilo foi um acréscimo à tormenta que a sua vida se tornou nas últimas semanas. Foram necessárias duas míseras semanas para voltar a sentir toda a dor que viveu após a morte da mãe.

       Aqueles dias foram testemunhas das lágrimas que o duque derramou na solidão do seu quarto à noite. Sim, ele chorou e não se envergonhava de o admitir. Os homens também choram, também sofrem por amor, não só as mulheres.

       Ele desceu até ao fundo do poço. Ele visitou o inferno e voltou.

       E isso não foi capaz de trazer nada de novo à sua vida.

       Evangeline foi capaz de cobrir o vazio que a morte da sua mãe abriu no seu peito, e agora que ela fugiu de si, esse mesmo vazio voltou em dose dupla. Sentia-se um monstro por ter conseguido afugentar a sua esposa, mas perante o sucedido, uma fuga era o ato mais inconsequente que alguém podia cometer.

       Ela preferiu deixá-lo a ouvir o que tinha para dizer, ou para tentar dizer. Isso feria-o de mil maneiras, cada uma mais dolorosa do que a outra. Ela guardava mágoas por sua culpa, mas agora o oposto também ocorria.

       Agora ele também guardava mágoas por culpa dela.

       Chorou quase até à desidratação. Chorou como uma criança abandonada encolhido no leito, enquanto a sua mente contribuía para a sua dor, fazendo-o relembrar dos melhores momentos passados ao lado dela, e foram muitos.

       O primeiro beijo que deram, o casamento, a noite de núpcias, o nascimento de Grace. Tudo isso passava pela sua mente nesses momentos. Era desesperante. 

       Agora estava determinado a trazê-la de volta, isto se ela estiver em Derbyshire. Ele acreditava que sim.

       Ele acabou por ir com James na carruagem dele, já que o mesmo planeava voltar para Nottingham nessa mesma altura. Dorian acabou por aceitar já que Nottingham fazia fronteira com Derby.

       Demoraram cerca de quatro dias, após poucas paragens em estalagens, chegaram à residência de James, localizada em Sherwood. Ele quis oferecer a carruagem a Dorian para ele percorrer o restante caminho, mas de tão afoito que estava, recusou a carruagem e levou apenas um cavalo, percorrendo numa corrida louca o restante do caminho, parando numa estalagem já em Derby.

       Sentia-se nervoso pela proximidade do momento do reencontro de ambos. Não sabia como a esposa iria reagir quando o visse, e também já não sabia como ele mesmo iria reagir quando a voltasse a ver. Um grande desejo seu era voltar a pegar a sua filha ao colo, enchê-la de beijos e carinhos, pois a maneira como foi separado dela foi cruel e injusta. O seu amor por Grace era feroz, era imenso, e isso que ninguém se atrevesse a duvidar.

       Transpôs os portões de Chatsworth House de forma intempestiva, apanhando de surpresa alguns criados que transitavam por ali no momento. Também convenhamos, ver o patrão, que não punha os pés ali há anos, a entrar pelos portões adentro a cavalo como se fosse um guerreiro sanguinário a cavalgar em campo de batalha, não era propriamente uma situação comum de se ver no dia a dia.

       — Onde se encontra lady Evangeline? — inquiriu de modo austero para o cavalariço que se aproximou para arrumar o cavalo assim que ele desmontasse.

       — A última vez que vi milady, ela estava perto do espelho de água acompanhada da visita que chegou faz algum tempo. — explicou o cavalariço de cabeça erguida, para poder ver o duque que ainda se encontrava montado no garanhão puro sangue inglês.

       Dorian nem esperou para saber quem era a visita. Sabia que Evangeline tinha amigas que moravam aqui, como por exemplo lady Olivia Abernathy, condessa de Alcourt. Sabia que a condessa encontrava-se nas redondezas pois cruzou-se com o marido dela, o conde de Alcourt, que comentou a respeito.

       Bateu as rédeas e cavalgou até ao espelho de água da propriedade ao encontro da esposa, porém quando ambos apareceram no seu campo de visão, sentiu como se uma bala lhe tivesse atingido em cheio no peito. Dorian via com perfeita nitidez Evangeline, e ela não estava sozinha, assim como não estava acompanhada de uma mulher, como ele estupidamente julgou.

       Evangeline estava acompanhada de um homem, e ele estava demasiado próximo dela, a debruçar-se sobre ela, preparando-se para beijá-la!

       Mas que palhaçada vem a ser esta?!

       De onde ela o conhece? Quem é o desgraçado que anda a beijar a boca da sua mulher?!

       Uma dor aguda rebentava o seu peito. Que aquilo não significasse o que a sua mente traiçoeira queria idealizar, por favor, não!

       Viu Evangeline afastar-se dele e dizer-lhe algo, e por muito aliviado que se sentisse por não haver um beijo, aquilo não diminuía o seu ódio. Se ele a ia beijar, é porque possuíam intimidade suficiente para ele sentir que tinha liberdade para o fazer.

       Será que ele sabia que ela era mulher casada? Provavelmente sabia, mas tendo em conta o que presenciou, não ficaria surpreso se ela tivesse escondido tal pormenor.

       Foi-se aproximando com um trote barulhento o suficiente para o impedir de ser discreto, o que era bom, porque ele não queria ser discreto. Queria que ela o visse a chegar, que tivesse a noção alarmante de que ele podia ter presenciado aquela cena deplorável.

       O cavalo ainda relinchou, auxiliando na sua ideia de os fazer perceber a sua presença antes de os alcançar.

       Obrigada parceiro!

       Não são só os cães os melhores amigos do Homem afinal, os cavalos também.

       Foi com o relinchar da sua montaria que os olhares deles se voltaram para si, e o olhar da esposa rapidamente se encontrou com o seu. Esperava que nos seus olhos ela pudesse ver toda a raiva que sentia no momento, porque não era pouca.

       Rapidamente os alcançou e desmontou, caminhando até eles com a postura austera digna da sua posição. Ao chegar até eles viu Evangeline prender a respiração e o olhar curioso e confuso do conde sobre si. 

       — Dorian... — arfou Evangeline quase inaudivelmente, nitidamente surpresa.

       — Nós falamos depois. — interrompeu-a ríspido, fitando-a de modo incisivo.

       Evangeline fitou-o com espanto, pois ele nunca falou daquela maneira consigo. Será que ele viu a tentativa de lorde Fallon a beijar? Meu Deus!

       — Desculpe, mas quem o senhor pensa que é para falar com lady Evangeline dessa maneira?! — vociferou lorde Fallon desafiadoramente, aproximando-se de Dorian.

       O olhar do duque voltou-se para o do conde, e faíscas saíam de lá diretamente para o rosto dele. Evangeline estava em desespero silencioso, pois temia o que estivesse a passar pela cabeça do marido.

       — Lady Evangeline? Foi isso mesmo que disse? — Dorian devolveu a pergunta com uma falsa serenidade.

       O que queria era desfazer aquele desgraçado ao soco.

       — Foi exatamente isso que ouviu, e eu fiz-lhe uma pergunta, se bem se recorda. — retrucou George Fallon.

       — E irei responder com todo o gosto. Prazer, Dorian Cavendish, o marido de lady Evangeline.

       O homem calou-se e fitou Evangeline, que não tirava os olhos do esposo.

       Dorian continha-se para não explodir e gritar naquele exato instante. Passou duas malditas semanas a tentar encontrá-la, passando noites em claro a sofrer por ela e a tentar encontrar um local para onde ela pudesse ter ido, e durante todo esse tempo ela esteve com este homem? Qual seria o nível de relação dos dois? Nem queria cogitar a ideia de ambos serem amantes.

       — Porém, deixe-me dizer-lhe que quem devia fazer essa questão era eu, mas sinceramente nem quero saber de quem se trata o senhor. O que me interessa aqui é a minha esposa, mais nada. — retrucou Dorian, ignorando a boa educação. Isso era a última coisa com que se preocupava naquele momento. Fitou Evangeline de modo frio e impassível. — Vamos entrar? Uma longa conversa nos aguarda. Milorde pode vir também, a sala de estar encontra-se mais próxima à saída.

       Começou a caminhar em direção à casa, entregando as rédeas do cavalo ao cavalariço, sempre seguido dos dois. Respirava fundo tentando manter a calma, mas tendo bem ciente de que Evangeline podia até ter motivos para gritar, mas agora ele também tinha.  

⚜️⚜️⚜️

Opa! Olhem quem voltou! 🎉🎉

Eu tinha a ideia de concluir o livro em offline e só depois prosseguir com a publicação aqui, devido ao problema que ouve esta semana com a questão de os livros terem ficado catalogados como "Domínio Público". Mas como apareci aqui com um capítulo novinho, acho que é nítido que não fui capaz de ficar sem postar não é?

Digam o que acharam do capítulo. Deixem aqui as vossas teorias. Vem treta por aí? Uma discussão talvez?

Bjs e boa leitura.

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