⚘️|Capítulo 02
Doce Promessa
- Aurora, eu não quero ir!
- Também não quero que vá! Porque tudo isso?
- Eles dizem que somos diferentes, mas não vejo diferença nenhuma entre eu e você.
- Quero ficar com você!
Segurou a mão do menino a sua frente, o calor do fim da tarde de verão, o por do sol já acontecia no céu, começando dar início a noite, logo em frente a casa o caminhão de mudança terminava de por as últimas caixas. Foi quando ecoou a voz do homem mais velho já entrando dentro do carro preto. Os olhos do menor entristecido miraram os de Aurora.
- Pegue. -Colocou sobre a mão dela, um objeto, fechou os dedos da mesma antes que ela pudesse ver. - Esse objeto será o selo de nossa promessa de amor. Eu acharei você de volta e ficaremos juntos, eu me casarei com você. Ninguém vai nos impedir.
-Miguel....
Ele se afastou da menina, saindo em passos rápidos para o carro, entrou dentro dele, dando um último adeus, ali estava a dura realidade, que não sabia o que o futuro reservava.
-Miguel!
Se virou antes de entrar no veículo de seu pai, soltou um suspiro.
- Nos vemos em nosso futuro.
Sussurrou sabendo que ela não iria ouvir, entrou no carro.
-Miguel!
Saiu de seus devaneios, quando percebeu que estava sendo chamado por sua mãe, a mulher estava em sua sala, seu salto batendo sobre o piso de seu escritório, estava tão bom estar em suas lembranças, mesmo ambas sendo tão cruéis a si. Soltou um longo suspiro, endireitou sua postura, apoiando os cotovelos sobre a mesa, e deixando seu queixo repousar sobre suas mãos, olhando sua mãe fixo com um olhar de desinteresse na conversa.
- Anda com a cabeça nas nuvens? Quantas vezes terei que repetir o mesmo assunto?
Miguel revirou os olhos, causando mais um pouco de ira na mulher a sua frente.
- Desembucha mãe. Que não estou com tempo para suas falas de pouco interesse meu. Sou muito ocupado.
- Quero que peça Sofia em casamento!
- Esse assunto novamente? Quantas vezes eu vou dizer que não quero me casar. Por que ainda insiste?
-Não pode nem fazer esse favor por sua mãe?
- Sabe, já fiz favores de mais, primeiro a minha vida inteira, deixei meu amor para trás por que tive que seguir suas regras e do papai. Agora, já chega.
Suas palavras soaram sérias, o semblante estava nítido que estava encomodado com tal assunto.
- O que está dizendo?
- Não irei me casar, investir minha vida em alguém que não possui futuro.
- Como pode dizer que a jovem Sofia não tem futuro? Ela é uma mulher bonita!- De fato, senhora Santiago, tinha total razão, Sofia era uma das mulheres mais lindas que já passou por sua frente, era detalhada sobre seu corpo, como uma bela escultura pintada e desenhada por Deus. Seus cabelos lembravam o chocolate, seu cheiro era floral e não era nenhum pouco delicado. Claro que para Miguel, não tinha interesse por que sua mente lembrava todo o tempo da promessa de amor feita a mulher que amou de verdade. Sogra para si era só mais uma mulher, já sua Aurora, era a mais pura e bela mulher já conhecida.- Além da família dela ser de estrema importância.
-De tudo, não me convém casar com ela, é uma vida eterna a alguém que meu coração não está batendo.
Sua mãe se ergueu com grande fúria, empurrando a cadeira em que sentava para trás, suas mãos bateram contra a madeira escura de sua mesa envernizada.
- Deixe de ser teimoso Miguel! Quando que vai abrir seus olhos?
- Não sei do que está falando.
A mesma soltou uma risada revirando os olhos, voltando a encarar seu filhos com o semblante ironico.
-Não sabe? Quer que eu lhe refresque a memória? Acha mesmo que vai voltar com aquela caipira?
Miguel não mostrou estatística encomodado, apesar que seu interior mandava gritar com a mesma a mandar calar a boca. Com tudo estava se mantendo na mesma posição, era melhor se manter em silêncio do que entregar o ouro ao bandido.
- Já terminou seu show, mãe?
- O que? - Seu olhar ficou perplexo. Miguel levou o dedo ao botão do interfone.
-Gabriela, por favor. Poderia acompanhar a senhora Santiago até o elevador? Obrigado.
Terminou assim que encerrou a chamada, sua mãe irritada, se virou bruscamente, pegando sua bolsa que estava sobre o sofá, assim que a porta se abriu, ela passou como vento em frente a mulher que encarou confusa, seus olhos castanhos encaram Miguel, tentando entender o que havia acontecido, porém viu seu chefe dar de ombros, como se não entendesse o vexame de sua mãe. Convencida a mesma fechou a porta e guiou a mulher até o elevador, apesar da mesma ter andado a sua frente, após ela entrar no mesmo, soltou umbsuspiro negando.
- Tem tanta gente de mau humor. Eu tentando ganhar na loto.
Voltou a sua mesa, sentando e voltando a espera dos resultados aparecerem, estava ela tentando a sorte. Miguel, quando se viu sozinho, pode respirar fundo e soltar o ar, estarna presença de sua mãe era muito tenso. Sempre tudo acabava em briga, e a mesma saindo com ódio por ele ser tão teimoso. Se ergue da cadeira, queria esticar os ossos, em passos lentos caminhou até ua janela, tendo a vista privilegiada de tudo embaixo. Pessoas e carros, tudo passando em velocidade rápida, todavia, algo chamou sua atenção, em passos rápidos pela calçada em direção a sua empresa, uma mulher dos cabelos longos loiros, caminhava para dentro com algo em suas mãos.
Na entrada da recepção, Aurora entrava acompanhada de uma melodia sobre seus ouvidos, e nas mãos um lindo boque, se aproximou do balcão, chamando a atenção das atendentes.
- Bom dia, essas flores são encomendas para o senhor, Santiago.
A recepcionista devagar, desceu seus olhos por todo o corpo feminino de Aurora, a fazendo ficar constrangida.
- Siga a direita, passe pelos guardas, e pegue o elevador. Décimo quinto andar.
Aurora agradeceu, após se sentir numa revistoria, além de ser tratada com insignificância, passou pelos guardas após dizer que foi liberada, depois seguiu ao elevador, quando a porta do mesmo se abriu, uma mulher, tão elegante quanto um pavão, caminhava sobre seu salto, suas vestes elegantes em tons azul escuro, mas seu semblante não dera tempo de ver, parecia estar nervosa, ou até mesmo irritada. Deu de ombros já entrando no elevador.
Durante o percurso aos andares, sua mente se viu passear enquanto delicadamente tirava em seu pingente de pena, sorriu ao lembrar de Miguel, em seu tempo de infância, tudo era tão magic9, e se perdeu naquela despedida. Seguindo sua vida para conseguir achar ele, havia desistido quando entrou na faculdade, e se decepcionou por não o achar lá. Pensou que ele já pudesse ter se mudado para outro país, e ela tola ainda esperava pacificamente a volta dele.
As portas se abriram, dando a visão da recepção onde a mulher estava sentada, delicadamente saiu e se aproximou da bancada. Percebeu que a mesma não tinha nem sentido sua presença, já que seus olhos estavam tão focados no jogo de seu telefone.
- Desculpa.
- Oi? Minha nossa, perdão. O que eu posso ajudar?
- Vim entregar essas flores para o senhor, Santiago.
- Ah, claro. Só um instante. - Apertou o botão do interfone e tom baixo, não muito escandaloso avisou a presença da mesma. - Senhor Santiago, tem uma encomenda de flores para o semhor. Posso mandar entrar?
Miguel ouvindo aquela pergunta, pensou que poderia ser a moça louro que entrou no seu prédio, ainda estava focado em sua janela, tentando perceber se a mesma saia, porém não teve resposta quando aquela pergunta surge.
- Sim, Gabriela.
Respondeu após se aproximar da mesa e apertar o botão, para que a mesma ouvisse. Aurora ao ouvir a voz do homem pela linha sentiu um leve arrepio na coluna, ele tinha uma voz forte, como um homem bem formado, não pensava como ele poderia ser. Na sua cabeça queria saber quem era o famoso CEO Santiago, dono da LIFE uma empresa de alimentos saudáveis.
- Pode entrar senhorita.
- Obrigada.
Tímida, caminhou até as portas marrom, eram tão perfeitas que tinha até medo de tocar com suas mãos sujas de terra, apesar que tinha as unhas lindas e delicadas. Recebeu a permissão assim que bateu, empurrou a mesma pondo o boque antes de seu rosto e corpo. Miguel sentiu um pouco de ansiedade quando apenas viu o boque, porém como uma onda de sentimentos, sentiu que seu mundo dispencou, era uma ladeira a baixo na paixão, como não ia conseguir segurar seus olhos e seu coração, quando o ser que estava em sua frente era mais belo que qualquer tipo de mulher, e isso incluía Sofia.
Seus cabelos loiros longos, estavam em um rabo alto, presos por um tecido vermelho decorado, suas vestes eram delicadas e deixava seu corpo muito atraente, apesar que eram roupas de trabalho. Uma jardineira um tênis branco e uma camiseta rosa fraquinho dando um ar da graça a moça a sua frente. Seu rosto era encantador, seus olhos eram penetrantes.
- Bom dia senhor, Santiago.
Aurora buscou fôlego para tentar falar, parecia que seu ar tinha sumido quando viu o belo homem a sua frente, um porte físico lindo, que deixava seu corpo quente e com desejo de tirar em cada detalhe daqueles músculos, além do terno elegante, o rosto do homem era simplesmente perfeito, a barba feita era um CEO invejável, além de ser um loiro dos olhos azul vibrantes como a noite de lua cheia.
-Bom dia senhorita. São para mim?
- Sim! - Ditou em um tom de urgência, entregando na mesa dele as belas flores num papel azul escuro. -O remetente esta dentro do boque.
Miguel abriu as flores pegando o envelope, abriu o mesmo sentindo uma vontade de jogá-las na parede, Sofia havia lhe presenteado com aquele buque, sua raiva era por isso, aquela mulher era persistente.
Deixou o cartão sobre a mesa aberto, Aurora não viu o cartão, nem tanto a mica que escreveu tinha fechado e posto dentro do buque, sem que ela tivesse tempo de ler, porém seus olhos conseguiram ler o testo em letra cursiva.
"Quer ser meu marido?"
Aurora sentiu uma onda de risos preencher seu peito, ela tinha visto a madame que havia encomendado o buque, e sabia bem que aquele tipo de mulher só se interessava por dinheiro, nem tanto rainha muitos cartões e roupas de grife sobre o corpo. Miguel sentia uma vontade de destruir as flores, quando viu a mesma segurando o riso, a doce jovem que havia chamado sua atenção, havia lido o papel mesmo em uma distância de sua mesa.
- O que acha engraçado, senhorita?
-Perdão senhor. - Desmanchou o sorriso, vendo ele negar.
-Está tudo bem, eu não ligo de rir. Si queria saber o que a fez achar graça.
- Bom, o fato da ousadia desse mulher, de ter feito o pedido de um homem. Era para de fato o senhor pedir.
-Seus pensamentos então são conservadores. - Ela pensava igual a ele. - Interessante. Quem montou o buque?
- Foi eu senhor. Fiz com tanto carinho, mas não imaginava que fosse de uma mulher sem escrúpulos. Perdão.
- Vou por em um vaso, só por que foram suas mãos que fizeram.
Aurora olhou pasma, sentiu seu peito palpitar, Miguel sorriu ao ver seu olhar, e quando desceu suavemente pelo pescoço de Aurora, viu o pingente. Foi quando tudo parou na volta, seu ar falhou, seu coração acelerou.
"Não pode ser, não pode ser que seja ela. Minha doce Aurora?"
Se perguntava, seus lábios seabriram quando a mesma sorriu e se curvou de leve.
- Que bom senhor. Tenho que ir. A gente se vê na próxima encomenda.
- Me deixe seu cartão. Por favor.
Pediu rápido, não querendo que ela sumisse novamente de sua vida, agora aue a encontrou depois de tanto tempo. Ela não o reconheceu, pelo visto ele estava diferente dos tempos que era uma criança, porém não iria deixar de reconhecer sua amada por conta daquele colar.
-Ah, sim. Aqui.
Depositou sobre a mesa dele o cartão da loja que trabalhava, ali tinha o endereço e o número de telefone dela, além do da dona e da loja. Pegando o papel, após ver ela se despedir alegre e sair pela porta, percebeu que estava correto. Suas procuras por sua amada estava acabada, ela estava ali, bem pertinho dele.
- Aurora...
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