Capítulo 5

🌸3 meses depois🌸

Taylor Perry

Já tem três meses que estou trabalhando na mansão dos Philips, felizmente. Quase nada mudou, os três irmãos estão diferentes, percebi distância entre os três. A Senhora e o Senhor Philips não voltaram ainda dá viagem que fizeram. Acho que a única novidade é que eu estou namorando. Conheci Allysson em um supermercado, foi algo engraçado e de repente. Não tenho certeza se gosto dela, mas ela me pediu em namoro publicamente, fiquei sem graça na hora e resolvi aceitar. Sei que é errado, mas não sei dar nãos desse jeito.

Nesse momento me encontro em casa, deitado com Allysson em cima do meu peito. Alexandra me dispensou esse fim de semana, disse que os irmãos não iriam sair.

Como todo fim de semana.

Eles não se divertem, parecem viver por apenas viver. Deve ser horrível ter uma vida assim. Ao mesmo tempo que ter tudo, não aproveitar nada.

— Amor! O que está te fazendo ficar avoado desse jeito, hem? — Ally dá um celinho em mim, me tirando de meus pensamentos.

A observo.

Posso não gostar de Allysson amorosamente, mas tenho afeto pela a mesma, ela seria uma grande amiga.

— Estou pensando nos irmãos Philips. — Foco meu olhar na televisão, pois Ally foca o seu em mim seriamente.

— Ou em apenas uma Philips? — Levanta irritada e vai pra cozinha pisando alto.

Ally cismou que eu gosto de Lindsay. Ciúmes não é o meu forte, espero que ela descubra isso algum dia.

— ALLY! — Respiro fundo. — PARE DE PARANÓIA! — Grito para a mesma escutar da cozinha.

Ela aparece na porta do quarto chorando. Franzo as minhas sobrancelhas.

Está chorando por uma besteira sem cabimento!

— A questão não é essa. — Fala em um sussurro. — Tay, acho que estou grávida. — Vem se sentar ao meu lado na cama.

Arregalo os meus olhos assustado.

Não... Não posso ter filhos agora.

— Te... Tem certeza? — Pergunto e Ally me lança um olhar magoado.

— Não, mas... Minha menstruação nunca atrasou tanto. — Limpa as lágrimas dos olhos.

Respiro aliviado.

— Ufa! Ainda tem a possibilidade de não, amanhã vamos no hospital e... — Ally me interrompe perplexa.

— Você não quer ter filhos? — Arquea uma sobrancelha, levantando da cama com irritação.

— Não. Somos novos... — Reviro os meus olhos.

Isso é óbvio pra mim.

Estou fugindo do meu passado, não quero ter uma família em meio a esse turbilhão que a minha vida está, e não quero ter filhos com quem não amo. Eu e Ally não vamos muito longe.

— Mas... Ok. Eu vou embora, depois te ligo. — Pega sua bolsa em cima do meu criado mudo, me dá um celinho rápido e sai.

As vezes Ally me cansa. Agradeço ela ter seu próprio carro e nesses momentos a gente não precisar ficar perto um do outro. Seus ciúmes é o seu único defeito.

...

Pego meus boletos na caixa de correio e volto pra dentro de casa. Olho um por um, mas nada além de contas. Pelo menos dessa vez não preciso mudar. Minha vida falsa durou, espero que continue assim.

Meu celular toca, olho no indentificador de chamadas, vejo que é um número desconhecido.

Penso um pouco meio receoso, mas resolvo atender.

— Alô? — Seguro o meu celular com a cabeça e o ombro.

Como um amigo pode ser tão sem atenção! Oi pra você também TAYLOR! — Responde com ironia e rapidamente reconheço essa voz sem papas na língua.

Gláucia!

— Gauu! Você sumiu! — Coloco os boletos em cima da mesinha de centro.

— Você que sumiu. — Imagino a mesma revirar os olhos e rio. — Vive mudando de vida e cidade! Já pensou na possibilidade de enfrentar isso que você está passando? — Chega a minha vez de revirar os olhos.

Se eu não cortar esse assunto, ela vai pegar em meu pé até o resto da ligação.

— Já achou alguem aí? — Mudo de assunto.

Aah, já sim! A minha vida, o meu amorzinho! — Suspira apaixonada — mais não mude de assunto, Taylor... Qual é o sobrenome da vez? — Me pergunta em um tom sério.

— Perry. — Respondo sucinto.

Tanto faz. Diga se já pensou ou não. — Insiste em sua idéia anterior.

Me jogo no sofá.

— Já! Porém você sabe que tudo prova que fui eu. Provas injustas. — Suspiro ao lembrar de tudo o que me aconteceu.

É difícil acreditar que no mesmo dia que perdi o amor da minha vida, perdi a minha liberdade, o amor dos meus pais e...

— Tente pelo menos, a vida é baseada em riscos! Tenta me incentivar.

Suspiro cansado, sabendo que ela não vai parar de falar disso tão cedo.

Gau, tenho que desligar, estão tocando minha campainha. — Minto.

Te ligarei mais tarde, Tchau! — Desliga antes de eu falar mais alguma coisa.

Conversar sobre minha vida, não é algo que eu goste. Minhas escolhas são baseadas no que eu penso e não em que as pessoas pensam.

E hoje é domingo, meu dia de descanso. E amanhã é dia de trabalho.

Não acho cansativo, mas, acho que se eu pelo menos conversasse com aquelas crianças, não seria tão desmotivante ir pro trabalho.

...

— Motorista —Lindsay me chama antes de sair do carro e a olho.

— Sim, Senhorita?

Desde que os peguei na mansão, tenho percebido ela distante e com olheiras fundas nos olhos. Ela não gosta de mim, porém percebi que isso é apenas uma fachada que ela usa pra afastar as pessoas de si. Então deixei de lado a raiva que tinha dela.

— Não irei hoje pra casa. Diga a Amber e Sebastian que os amo! — Pede triste em um suspiro e sai do carro.

Ao olhar para os seus olhos, vi uma grande dor ali. Mas...

Como assim "Diga a Amber e Sebastian que os amo"?

Essa garota está com algo ruim em mente, acho melhor ficar de olho. Quando eu estudava tive muitas palestras sobre suicídio, pra saber reconhecer uma suicida. Posso não ter essas aproximidades com ela, mas ainda sim é uma pessoa e merece ajuda, seja qual for a luta interna dela.

Meu celular vibra, me tirando dos meus pensamentos. Vejo que é uma mensagem de Ally.

Allysson 🖤

Estou aqui na clínica, TE ESPERANDO!

06:50AM

Tinha esquecido, mas espero que dê negativo. Não seria ruim ter um filho, só não quero agora e nem com ela. Ligo o carro e sigo até o hospital.

Em 9 minutos chego no hospital e já avisto Ally. Ela está na entrada do hospital, batendo freneticamente o pé direito no chão.

Sinal de impaciência.

Estaciono o carro e saio dele, indo em direção a ela.

— Dez minutos atrasado! Acha que uma mulher grávida é obrigada a esperar a boa... — começa, mas logo interrompo ela.

— Você não sabe se está grávida e eu tenho um trabalho a cumprir, se não gosta, então problema seu! — Digo irritado.

Ally me olha chateada e entra no hospital, me deixando pra trás.

Respiro fundo me acalmando.

Entro no hospital, vejo Ally terminar de conversar com a moça da recepção e entrar em um corredor, corro até a mesma decidido. Chego ao seu lado e a seguro pelo braço, com cuidado pra não a machucar.

— Para com isso Ally! Eu não queria fazer isso, mas você está passando dos limites! Eu te entendo e você sempre dá um jeito de me xingar, eu não vou ficar mais calado e nem aguentar sua infantilidade, quando sair o resultado você avisa, se der positivo eu assumo, mas não vou ficar com você mais! Terminamos aqui Ally! — Tiro as minhas mão dela.

Solto a minha respiração, pois eu tinha falado tudo muito rápido.

— Por favor, Tay! — Ela começa a chorar.

Tenta segurar o meu braço, porém me afasto.

— Tchau, Ally! — Dou meia volta e saio do hospital.

Posso ter sido ignorante, mas Ally estava sendo uma pessoa chata e minha paciência está esgotada.

Meu deus, que Ally não esteja grávida. Seria o melhor pra nós dois.

...

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