Capítulo 30
Lindsay Philips
Estou passada com as revelações da audiência. É muita crueldade envolvida e Taylor só era um inocente no meio disso tudo.
— Silêncio no tribunal! — O Juíz ordena. — O culpado se considera culpado? — Pergunta ao homem algemado.
Ele rir alto.
— Completamente. — Diz e olha pra Travor — nos veremos na prisão, Travor! — Ameaça.
O júri termina à audiência. Eu e Gau corremos até Taylor e damos um abraço duplo nele.
— Calma, Tay! Eu sei que é difícil. — Gau tenta o confortar. Ele está soluçando de tanto chorar.
— Olhe pelo lado bom, você está livre! — Tento ajudar.
Ele rir sem emoção.
— E destruído por dentro. — Diz.
...
Chegamos no apartamento de Taylor, ele vai tomar banho e fico conversando com Gau no sofá.
— Ele precisa de um tempo. Foi muita crueldade o que Carly fez com ele. — Gau diz com a cabeça em meu ombro.
Assinto.
Ainda estou chocada com tudo o que aconteceu. Taylor é forte. Descanso a minha cabeça na de Gau.
Ficamos alguns minutos assim. Olho para o relógio na mesinha e vejo que já está um pouco tarde. Olho pra Gau e ela está dormindo.
— Meninas, eu... — Taylor entra na sala, quando vê Gau dormindo me olha — vamos levá-la para descansar.
Nós dois colocamos ela no quarto e voltamos para sala. Gau está pesadinha com essa gravidez.
— E aí, como está se sentindo? — Puxo assunto.
Taylor me olha.
— Sinceramente? Em paz. Só que um pouco magoado com a história de Carly. Eu a amava sabe? — Desabafa.
— Entendo. Você achava que a conhecia e de repente essas coisas vem à tona. — Fico de frente para ele.
— Obrigado por ter me ajudado, viu? — Taylor me abraça e retribuo.
— Amigos são pra isso. — Nos afastamos e sorrio.
Meu celular toca e atendo sem ver quem é.
— Alô! — Digo.
— Lindsay! Onde está a minha filha? — A mãe de Amber pergunta.
Gelo. Taylor me olha preocupado.
— O que houve, Lindy? Você está branca que nem papel! — Se aproxima de mim.
Desligo a ligação e me levanto do sofá.
— Tenho que ir. Depois ligo pra vocês. — Digo e saio disparada.
...
Chego na mansão, vou para o meu quarto e tomo um banho de banheira.
Eu não posso ficar fugindo dessa mulher pra sempre, mas também não quero que ela leve Amber de nós.
Por que quando tudo está dando certo, algo ou alguém tem que estragar tudo?
Escuto risadas no meu quarto. Deve ser Sebastian e Amber. Termino meu banho, visto meu roupão rosa claro e saio do banheiro. Os dois estão pulando em minha cama como se ela fosse pula pula.
— Lily, tava ondi? — Amber pergunta.
Eu sento em minha cama.
— Na casa do Taylor. — Passo um creme hidratante nas pernas.
Sinto bracinhos no meu pescoço.
— Ele não vai voltar a trabalhar aqui? — Pergunta.
Eu a pego no colo.
— Sinto falta dele. — Sebastian vem para perto de nós duas.
Eu suspiro.
— Eu não sei. Depende dele. Agora — faço cócegas em Amber. — Vão brincar lá embaixo que eu vou fazer meu curso e trocar de roupa.
Eles assentem e saem. Troco de roupa e vou para tela do computador. Quando vou o ligar, uma Reyler nervosa entra em meu quarto.
— Não aguento mais! Aquela mulher não para de ligar! — Joga o celular em meu colo.
Vejo um tanto de chamadas perdidas.
— Temos que ignorar e assim ela vai nos deixar em paz. — Jogo de volta para ela.
Reyler bufa alto.
— Vamos deixar de ignorância e vamos entregar Amber logo!
Levanto em um pulo da cadeira.
— Nunca! Amber não é uma boneca para ser devolvida! — Aponto o meu dedo em sua cara e ela revira os olhos.
Reyler sai irritada.
Eu odeio ela por ser uma mãe de merda e ela ama fazer eu a odiar mais ainda.
Volto para o computador e tento focar minha atenção no curso e não nesse problema que a mãe biológica de Amber está me causando.
...
— Bom dia, gente! — Jogo a minha mochila na arquibancada.
Vim na escola pelo menos dá uma ultima forcinha, semana que vem já é a nossa formatura.
— Lindsay! — Infelizmente o engomado do filho da diretora me vê.
Será que joguei pedra na cruz?
— Como está indo a decoração? — Passo por ele quando vem me abraçar.
— Está tudo em ordem, linda. — Responde e o deixo para trás. Garoto chato.
Está tudo muito bonito. Luzes por toda a escola. O palco enfeitado com tecidos brancos na parede e com fotos das turmas que estão formando. Tem de todos os alunos também. Infelizmente eles colocaram uma foto minha com Josh e outra com ele beijando Olivia, achei um desrespeito com o namoro deles. Vejo os dois pintando a parede do banheiro entre brincadeiras, resolvo ir lá.
— Oi casal! — Cumprimento sem graça.
Olívia me olha surpresa. Pois é, eu não sinto raiva deles, até porque não me deram motivos pra isso. Eu fui imatura em ficar com raiva de algo que não tinha nem nexo.
— Oi Lindy! — Josh se levanta e me abraça.
Retribuo. Nos afastamos e puxo Olivia para um abraço à assutando.
— Não precisa ficar assim, eu não tenho raiva ou algo do tipo por vocês! — Nos afastamos. — Eu super apoio vocês juntos, são um casal perfeito!
Josh e ela se entreolham com um sorriso bobo.
— Obrigado, Lindsay! É tão mais fácil você de bem com a gente. É que eu me sentia como se tivesse tomado Josh de você. — Diz e eu sorrio de lado.
— Antes eu achava isso, mas hoje estou mais madura e sei que não. Josh foi respeitoso e terminou antes comigo. — Pego em sua mão. — Seja feliz Olivia e jamais importe com as opiniões alheias.
Olivia sorrir emocionada.
Deixo eles terminarem seus deveres e vou ajudar o outro pessoal recortar letras para fazer frases. Fico até depois do almoço na escola terminando de recortar as letras. O pessoal da tarde chega, os cumprimento e continuo a fazer o meu afazer. Tenho que recompensar porque ajudei muito pouco.
— Você ama o turno vespertino, né!? — Diz uma voz muito conhecida por mim.
Me viro para ela.
— Oi, Karina! Eu não gosto, só quero recompensar por que ajudei muito pouco aqui. — Explico tranquila.
Não quero briga com ela, a gente errou feio no fundamental e eu fui a mais culpada.
— Quem vê até pensa Lindsay. Eu conheço você, algo está querendo para está aqui uma hora dessa. Você não é disso. — Continua.
Suspiro me irritando.
— Eu NÃO ERA disso. Eu mudei Karina. — Digo sincera e ela rir alto debochando.
Nego.
— Não acredito em você, Lindsay! Você é mentirosa e gosta de passar por cima dos outros! — Me acusa se exaltando e a olho desacreditada.
Cansei.
— Vai à merda, Karina! Eu não te devo nada. — Suspiro me acalmando. Eu sou culpada, não tenho moral. — Me perdoa? Eu estou arrependida pelo pré, eu era fútil. — Peço a olhando nos olhos.
— VOCÊ É UMA PATRICINHA NOJENTA E MIMADA! SÓ SABE VER SEU LADO E NÃO PENSA NAS OUTRAS PESSOAS. SEU FINGIMENTO COMIGO NÃO COLA! — Grita e passa por mim dando um empurrão forte.
Que saco! É tão difícil ver que eu mudei e quero ser diferente com ela?
Meu celular toca, o pego e atendo sem ver quem é.
— Alô!
— Oi, Lindsay! Tudo bem? — Taylor pergunta e suspiro.
Seria bem mais facil se eu fosse perdoada.
— Estou. Aconteceu algo? — Organizo as letras que recortei.
— Não — rir — é que eu queria te pedir um favor se não estiver ocupada. — Diz sem graça.
Guardo as letras em um saquinho. Eu não fiz por mau no fundamental com Karina. Meus pensamentos estão nisso agora.
— Estou na escola, mas já terminei meu dever aqui. — Guardo as tesouras.
A gente era criança e estúpidas.
— Ah, tá. Será que você pode me pegar aqui em casa, para eu resolver um problema de um amigo? — Pergunta.
— Sim. Chego aí agorinha. Me espere em frente a porta da sua casa! — Aceno para o povo da tarde e saio da escola.
Karina está certa em sentir raiva de mim, mas ela já teve sua vingança. Ela só não deve se lembrar.
Entro no carro e respiro fundo antes de sair. Tenho que me acalmar, dirigir estressada não dá.
...
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