Parte 2
Moça...
A sensualidade de uma mulher não se mede pelo que ela mostra, mas ao que ela sabe mostrar!
Sonia Solange da Silveira
Aquela noite foi chocante para Bianca, a perversidade daquilo tudo travava uma batalha sangrenta em seu subconsciente. Pensou que esqueceria tudo e salientou que as coisas seguiriam normalmente como sempre seguiu, mas esse fato se fixou em sua memória como uma cicatriz ou uma tatuagem, ela sentia cada frame dessa lembrança, cada detalhe estremecia seu corpo, mas a resistência ainda estava lá e ela tentou se apegar a isso.
Enquanto fazia seus habituais agachamentos na academia ela podia esquecer; voltaria pra casa, pro seu filho e pros braços de Fred, seu amor, seu único amor. Se sentiu ansiosa por isso.
Ao chegar em casa tomou um banho, jantou com seu filho e Fred, tudo voltara ao normal, ela riu com as piadas de Fred, perguntou sobre as novidades do filho na escola e quando ele dormiu ela fez amor com Fred.
Fred estava em cima dela, ofegante, gemia alto, mas Bianca não sentia nada, enquanto ele a penetrava ela olhava pro teto do quarto e se distraía com a sombra vinda da janela, "mas as mãos de Fred não eram grandes e ásperas" pensou. Ela não conseguia entender o que havia de errado nisso, ele era dócil, gentil, e amoroso, amoroso até demais, era o homem que sempre sonhou, então o que havia de errado?
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Sentada em seu escritório Bianca observava o quadro na parede, já se passara três dias após o incidente no metrô, às vezes em seu quarto, sozinha, com Fred dormindo, ela ficava acordada sem conseguir dormir, virava de um lado e de outro na cama mas não sabia como escapar daquela insônia. Aquele quadro no escritório talvez represente o seu sentimento de agora, ela não percebera tal quadro até então, mas agora, aquela pintura cheia de deformações e sombriedade se tornou a sua favorita, parecia representar seu desejo estranho de estar novamente em uma situação como aquela do metrô.
No jantar daquele dia, ela perguntou para Fred:
-Você nunca me levou pra conhecer sua empresa, porquê?
Fred pigarreou.
-Ora meu amor, porque eu nunca imaginava que isso fosse do seu interesse. Quer conhece-la?
-Adoraria, quando posso ir lá?
-Amanhã, eu estarei lá o dia todo.
-Então eu irei amanhã, de manhã, está bem?
-Tudo bem, me ligue quando você for.
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Deitada na cama, ela pensava no porquê de se interessar por aquele funcionário, ela nunca saberia quem era, poderia haver tantos ali na produção com aquela característica, negro e alto, com uma média de 24 anos, nunca se sentira atraída por homens mais novos, mas esse em especial foi diferente, ela foi empurrada, foi obrigada a experimentar o novo, foi obrigada a negar seus princípios "e que obrigação deliciosa foi essa". E se ela o encontrasse? E se visse ele? Lhe arrepiava só de pensar nisso, sentiu excitação com esse pensamento, imediatamente levou as mãos ao meio das pernas. Como ela queria ele dentro dela... Foi interrompida de seus pensamentos com Fred se mexendo na cama.
"O que está havendo comigo? Isso é tão errado, eu sou casada e fiel ao meu marido, porque eu quero tanto isso?"
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Às nove da manhã Bianca dirigia seu BMW em direção a empresa, Fred estaria esperando ela, provavelmente ele ia lhe apresentar a empresa, "mas irei dispensa-lo, obvio".
E lá estava ele, elegante como sempre, quando o porteiro anunciou a sua chegada ele se certificou de recebê-la pessoalmente. Então Fred te apresentou a empresa, todos os setores do andar superior, apresentou cada funcionário e descreveu a característica de cada um, não era tão incomum a esposa conhecer a empresa do marido, todos a olhavam como uma chefe e ela estava gostando disso.
Cada setor era uma cor de uniforme, e os de uniforme cinza que o infrator usava no metrô era o pessoal da produção, no andar de baixo.
Quando Fred ia apresentá-la o andar de baixo ela virou se para ele:
-Amor não precisa vir junto comigo meu bem, eu posso conhecer a produção sozinha, não precisa vir, você tem coisas mais importantes.
-Está certa disso? Ah Não tem problema, eu vou com você.
-Tudo bem amor -Ela o beijou -Tudo bem, eu vou sozinha, me espere no escritório, está bom?
-Okay amor, tome cuidado.
Então Bianca desceu a escada, a adrenalina tomava conta de si agora.
"e lá vou eu fazer merda, lá vou eu brincar com o perigo, lá vou de encontro com tudo o que abomino"
Se sentiu tímida, não tinha ideia de como reagir, mas o desejo acumulado naquelas insônias eram maiores que todo o seu sentimento de momento, era muito mais poderoso; poderosíssimo.
Passou por vários funcionários, de todos os tipos de aparência, todos demonstravam respeito por ela, "Sra Bianca", Bom dia senhora", "Olá Senhora", Bem vinda senhora", mas nenhum era ele, ela tinha certeza, ela sentiria quando realmente fosse.
Enquanto caminhava para a próxima seção ela avistou a frente alguém de costa com as características dele, seu coração gelou, Bianca era tão consistente, segura de si, mulher de cabeça erguida, perspicaz e sagaz, mas sentiu que suas pernas não suportaria aquela ocasião, procurou se manter inexpressiva, e com uma fisionomia fria.
O rapaz alto parou o que estava fazendo e a encarou, seus olhos eram profundos e vividos, tinha um olhar de quem era mais esperto que qualquer um dali, olhar planejador, criativo, um olhar muito semelhante ao do rapper P. Diddy, era arrebatador, se sentiu arrebatada naquela hora, ela sentiu o desejo em seus olhos.
"É ele, não tenho dúvidas de que é ele, o maldito que tem atormentado minhas noites"
-Madame, deseja alguma coisa?
"É claro que eu desejo seu idiota, eu desejo você, se soubesse o quanto desejo..."
-Não, estou olhando a empresa, sou esposa do Fred
-Eu sei, quer que eu te mostre o almoxarifado? -Perguntou ele
"Eu sei? Ele sabia, que droga ele sabia, oh não, estou no chão, como teve coragem de me tocar sabendo quem eu era?"
-Quero sim, por favor. -Respondeu Bianca
Caminharam até os fundos em silêncio, ele tinha o mesmo cheiro, metálico e nebuloso, mas não pareceu em nenhum momento apreensivo ou tenso com ela ali, no seu local de trabalho.
Era enorme o almoxarifado, parecia uma biblioteca repleta de galerias, armários e corredores longos e escuros.
Ao entrarem em um dos corredores ele a empurrou mediante a um armário, Bianca surpreendeu-se, mas não tanto quanto deveria, ele a apertava contra o armário com o seu braço completamente tatuado.
-O que está fazendo aqui? Quer me intimidar né? Você não me intimida sua vaca.
Ela ficou em silêncio, te olhando nos olhos, ele estava muito próximo agora, mais próximo que no metrô, seu rosto furioso se manteve com essa mesma expressão, então ele a soltou e beijou sua boca, Bianca já estava pronta, a espera dessa boca. Sentiu seus braços brutos pegarem sua cintura e te jogar novamente contra o armário, ela estava toda arrepiada, queria ele ali, queria ele depois, queria ele sempre e ele também queria, tanto quanto ela.
Se sentiu devorada por aqueles beijos, ela colocou as mão por baixo do uniforme dele e começou a acaricia-lo, desde o peitoral até o seu abdômen bem definido, ele parecia feito de pedra, não tão sólido, mas com uma solidez provocante, era maravilhoso, suas mãos encontrara diversas cicatrizes embaixo daquele uniforme e enquanto era devorada, devorava também a boca daquele deus grego.
Ela sentiu ele apertar suas nádegas e te puxar pra cima, depois ele se afastou, olhou para ela de cima pra baixo e então se entregou aos encantos dela novamente. Com isso seu vestido ficou pra cima te deixando nua da cintura para baixo, as mãos ásperas e frias dele passeavam por toda a sua cintura, em seguida suas mãos adentraram sua calcinha, tocando sem devaneios a região entre as suas pernas, ela delirou, apertou suas costas com a unha, com a outra mão ele puxou os cabelos de sua nuca, ela consequentemente desceu suas mãos até sua calça, soltou o botão e encontrou o seu membro que latejava, ele a puxou para mais perto de si e abaixou sua calcinha, o membro duro, palpitava nas mãos dela, estava quente e pulsava.
Então ele a pegou no colo e penetrou ela com seu membro, Bianca foi levada ao céu, tinha aquele deus grego todo dentro dela, (na empresa do seu marido), ele saia e penetrava, saia um pouco e penetrava novamente com maestria, Bianca buscava desesperadamente encontrar seus lábios e sugá-lo como nunca, estava mergulhada num oceano de prazer e excitação e ela queria se afogar nele.
Ele percorria seu pescoço com os lábios enquanto estava dentro dela, ela deitava a cabeça para trás oferecendo-lhe, tome, me possua por completa, pois poderia repetir aquilo 50 vezes, ela iria enlouquecer com a mesma intensidade.
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Após aquele sexo selvagem e intenso Bianca arrumava os cabelos, não tinha pensado direito, onde ela estava com a cabeça? Aquele episodio ia contra todos os conceitos e convicções dela, se envolver com um desconhecido, na empresa de seu marido que estava um andar acima, seus pais iam preferir a morte. E se alguém a descobrisse? E se tivesse câmeras naquele setor?
"Eu já sabia o que ia acontecer, foi exatamente para isso que vim aqui. Que droga, o que foi que eu fiz?"
Ajeitou os cabelos pela última vez, ele abotoava a calça de costas para ela, ao sair pelo corredor, ela se virou para ele e perguntou;
-Qual seu nome?
-Thiago.
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