- Seu cachorrinho?- O esverdeado repetiu confuso.

- Exato - Dabi sorriu malicioso e passou o braço envolta do ombro do menor - Você e eu - Ele mordeu a orelha do rapaz - Somos o que chamam de amantes.

- Então você é meu namorado? - O moreno ficou sem reação ao ver o sardento aceitar tão rápido a situação.

- Isso - Começou a andar sem rumo, levando o outro consigo.

- Me desculpe - Ele pareceu cabisbaixo - Por não lembrar de você - Os olhos verdes encararam o chão, tristes.

- Não importa - Dabi instintivamente segurou o maxilar de Midoriya e o aproximou o rosto do menor do seu, selando os lábios - Vou fazer você lembrar - Sorriu travesso o fazendo corar.

- Então, o que vamos fazer? - Disse constrangido, mesmo que fossem namorados e Izuku estivesse acostumado com aquele tipo de coisa, ele não lembrava.

- Primeiro, seu nome é Izuku, e eu sou Dabi - Começou casualmente - Você é meu namorado desde que me lembro - Riu perverso - Mora com a sua mãe.

- É isso? - Perguntou com receio, talvez o moreno soubesse pouco sobre a vida do esverdeado e por isso não disse muito.

- Aliás, é bom ligar pra sua mãe, mesmo ainda sendo 16:00 ela pode ficar preocupada - Os olhos azuis encararam o menor pegar o celular nervoso - Ela se chama Inko, eu acho - Ele resmungou -É só agir naturalmente e dizer que vai sair com um amigo.

- Ela não sabe sobre você? - Izuku perguntou.

- Sabe, mas ela pensa que estamos brigados - Disse terminando a conversa e observando-o discar o número. Dabi estava intrigado, ele nunca teve a oportunidade de se aproximar do garoto pela obsessão de Tomura em relação a ele. Mas agora, Izuku pensava que eram amantes, que situação mais divertida o moreno se encontrava. O que faria? Talvez o levasse para o bar da Liga, se bem que Shigaraki não o deixaria aproveitar, então para um motel? O que aconteceria se a U.A soubesse que um de seus alunos transou com um vilão? Ah, a cara deles seria impagável.

- Dabi? - As esmeraldas brilhantes cruzaram as safiras escuras - Você tá bem? Tá se sentindo mal? - O esverdeado segurou o rosto do maior preocupado, o toque gentil fez com que, por alguns segundos, o moreno se esquecesse que era uma alma cruel.

- Izuku - Sussurrou o nome do menor, sorrindo ao vê-lo arrepiar com o ato - O que acha de ir algum lugar?

- Bem - Ele corou - Aquela mulher no telefone - O maior o cortou.

- Sua mãe?

- Sim, ela disse que posso ficar até as 19:00 - Ele sorriu meigo segurando a mão do outro - Talvez se passarmos um tempo juntos, eu me lembre de algo - Dabi sorriu perverso.

- Vou mostrar a você o que nós fazíamos sempre - Ele roubou um beijo do menor e voltou a andar o levando.

-x-

Patética, era a situação na qual Dabi se encontrava, patética. Seu plano era levar Izuku a algum motel barato e o violar e manchar seu corpo inocente de todas as formas possíveis. Então, porque diabos ele estava em um parque de diversões? Bem, a caminho do objetivo principal, eles haviam passado por um parque. Dabi percebeu o porquê do menor atrair tantas pessoas, ele era simples, era fácil entender o que queria mesmo sem perguntar, suas expressões eram límpidas e seus sentimentos organizados, por isso Dabi soube na hora, Izuku queria passear com ele por aquele parque.

O tempo passou rápido, as horas voaram ligeiras a medida que os dois curtiam as atrações. O moreno se divertiu como á muito tempo não fizera, a atmosfera criada pelo esverdeado era confortável e leve, foi fácil ser levado por ela. Ele realmente pareciam estar em um encontro de verdade, indo em brinquedos, jogando nas barraquinhas de brindes e lanchando tranquilamente. Se foi tão divertido, porque Dabi estava irritado? Bem, ele havia sido influenciado por uma criança! Era um pirralho com apelo sexual extremo e fofo, mas mesmo assim! Ele não fora manipulado daquela forma nem por Shigaraki! Era humilhante o fato dele realmente estar aproveitando a companhia do menor. Ele precisava fazer alguma coisa.

- Obrigado pelo sorvete, Dabi - Midoriya subiu um pouco na ponta dos pés e beijou a bochecha do maior, tendo cuidado para não o sujar com o gelado que segurava.

- É só um sorvete - Disse satisfeito com o ato de agradecimento.

- Agora sei porque gosto de você - Ele sorriu bobo - Você é tão gentil e atencioso - Dabi sendo gentil? As coisas realmente estavam estranhas. O mais impressionante foi o fato de ninguém o reconhecer nas ruas, talvez pelo fato de ter atacado apenas o acampamento dos alunos, somente a escola tivesse conhecimento sobre si, bem, ele não se importava.

- Depois daqui vamos pra sua casa - Ele sorriu e bagunçou os cabelos rebeldes, teria continuado o carinho se seu celular não o interrompesse - Espera aqui - Ele se afastou quando viu o nome de Kurogiri na tela do aparelho, logo em seguida o atendendo.

- O que foi? Ah, sobre aquela droga queria perguntar uma coisa, ela tem validade? - Ele suspirou ao ouvir a resposta - Que chato, quer dizer que ela só dura 3 horas? - Olhou para o esverdeado que lambia o sorvete com vontade - Humm... Kurogiri, conhece aquele parque perto do centro comercial? Pode criar um portal pra mim, precisamente ás 19:00? - Ele sorriu maliciosamente ao ouvir a resposta - Perfeito, quando eu estiver no bar conto pra você sobre os resultados daquela droga que me pediu pra testar - Sem rodeios ele desligou o celular e voltou sua atenção para o sardento, que estava quase acabando o gelado branco.

- Era importante? - Izuku perguntou limpando o canto da boca lambendo-a, fazendo o sorriso do outro apenas se alargar.

- Nada com que tenha que se preocupar - Ele beijou o canto da boca de Midoriya e segurou sua mão - Izuku - Chamou a atenção do menor - Preciso muito da sua ajuda com uma coisa.

- O que?

- Vem comigo - Ele puxou o garoto para longe da sorveteria.

- Dabi, o que estamos fazendo no banheiro? Dab - Ele foi cortado por um beijo. O maior entrou dentro de uma cabine qualquer, trancou a porta e se focou no garoto a sua frente. Ele imprensou Izuku contra a parede, levantou as pernas do menor na altura do tronco envolvendo-as em seu quadril. A língua quente de Dabi entrou na boca do sardento, era possessiva e selvagem, os movimentos rápidos e ágeis deixaram o esverdeado tonto. O moreno entrelaçava a língua na dele, o beijo molhado e cheio de luxúria fez com que Izuku perdesse a razão, se havia alguém capaz de levar uma pessoa a loucura apenas com um toque, seria Dabi.

- Eu disse a você - Ele separou os lábios do sardento, que respirava descompassado. O peito subindo e descendo, o rosto vermelho e sexy. Ah, aquele pirralho realmente tinha um puta apelo sexual - Mostraria a você o que fazemos juntos - Ele levou a mão do garoto a região rígida em sua calça.

- O-O que... - Izuku corou intensamente ao sentir a ereção do moreno.

- Você vai me ajudar, como sempre faz? - Ele sorriu.

- Como eu... sempre faço? - Izuku engoliu a seco quando Dabi o desceu, ele soube no segundo em que seus pés tocaram o chão, ele teria de fazer algo estranho. Mas Dabi era seu namorado, certo? Se isso era rotineiro, então talvez eles já tenham até.... Dormido juntos... Ele estava nervoso, não lembrava como fazer aquilo e não queria magoar o namorado...

- Se você não quiser não tem problema - O moreno estava jogando, ele sabia o tipo de personalidade que o esverdeado tinha, com certeza não o deixaria sair naquele estado.

- Não! Eu faço - Midoriya respirava nervoso, ele se abaixou em frente ao moreno e desceu lentamente o zíper - Eu... faço com as mãos..?

- Com a boca - Dabi sorriu malicioso - Você sempre me leva a loucura, Izuku - O maior não esperava muito, já que assumiu que o sardento era o tipo que só faria aquele tipo de coisa com "a pessoa certa", mas seria divertido contar a ele depois que a primeira boquete que fez foi em um vilão.

Izuku baixou a roupa do moreno devagar, apenas para ver o membro latejante de Dabi saltar duro e excitado. Estremeceu ao ver o tamanho do maior, como ele colocava aquela coisa na boca diariamente?! Ele não deixou se intimidar, estava nervoso pelo fato de não lembrar ao certo o que fazia antes, mas dizem que o corpo nunca esquece. Começou lambendo a glande, as mãos acariciavam os testículos enquanto ele roçava a língua envolta do pau duro do moreno. Izuku percebeu que estava no caminho certo quando ouviu Dabi gemer baixo, ele começou movimentos mais corajosos.

Porra, onde aquele pirralho havia aprendido aquelas coisas? E que expressões eróticas eram aquelas? Ver o esverdeado engoli-lo enquanto olhava para si foi o paraíso, não sabia que ele podia fazer isso. A língua rodeando-o era quente e tentadora, a boca de Izuku era molhada e apertada, os movimentos lentos estavam torturando Dabi de uma maneira insuportável, e Midoriya parecia fazer propositalmente. Quando o moreno resmungou uma súplica ele aumentou o ritmo, saindo e entrando na boca dele rápido daquela forma selvagem, nem parecia o garoto meigo e inocente de alguns segundos atrás. Dabi se perdeu, se deixou tomar pela luxúria daquelas esmeraldas brilhantes, de novo, aquele garoto havia o feito esquecer quem era, ele ao menos sabia seu nome. Naquele momento era apenas ele e Izuku. Não eram inimigos, um vilão e um herói, eram apenas dois amantes.

Quando Dabi sentiu seu ápice ele não resistiu em segurar os cabelos verdes e empurrar o pau contra a boca do menor, derramando dentro da garganta dele todo o prazer que sentira, só o deixou se afastar quando percebeu que ele havia engolido tudo. Ele puxou o rosto de Izuku para um beijo, sentindo o próprio gosto, logo em seguida sorrindo descarado.

- Você lembra até demais, pra quem perdeu a memória - Ele riu ao vê-lo corar envergonhado.

- Fico feliz de poder te ajudar - Ele ajeitou a roupa do moreno e o abraçou, ainda constrangido - Vamos pra casa? - Por uma fração de segundos Dabi pensou em como seria se realmente namorasse Midoriya, seria muito agradável... Mas ele era um vilão, e buscava vingança a todo o custo, não se daria ao luxo de imaginar como seria uma vida a qual seria inalcançável para ele. Bem, pelo menos poderia usar aquela droga sempre que quisesse uma assistência especial da parte de Izuku, mais precisamente de sua boca. E ele com certeza queria repetir a dose, mas faltavam menos de três segundos para o efeito passar.

- Foi divertido, enquanto durou - Sorriu bobo olhando para o semblante confuso do esverdeado. Quando seu relógio apitou indicando 19:00, Midoriya segurou a cabeça e fechou os olhos tentando organizar a mente.

- Você... Dabi?! O que tá fazendo aqui?! - Ele encarou o lugar - O que eu tô fazendo aqui?!

- Izuku - Ele sussurrou o nome do sardento, ficando feliz quando o vira estremecer como antes. Realmente o corpo não esquece. Ele sorriu se aproximando do portal que surgiu repentinamente na cabine - Muito obrigado pelo serviço - Ele levou a mão até a boca, fez um círculo e colocou a língua para fora, deixando o menor confuso e corado - Prometo que pago uma sobremesa da próxima, pra não ficar com o meu gostinho - Foi a última coisa que Dabi falou antes de desaparecer junto ao portal escuro.

Midoriya estava atordoado, quando ele percebeu que sua boca realmente tinha um gosto estranho ele explodiu constrangido. Não, não era possível! Ele nunca faria isso, ainda mais para um vilão! A ultima coisa que se lembrava era de estar no beco, e depois nada mais... Com certeza Dabi deve ter o apagado, e o levado até aquele lugar. Mas porque ele se daria o trabalho de só o deixar no banheiro? Bem, ele não queria saber. No entanto, a ideia de ser sequestrado e deixado em um banheiro em, sei lá onde, era bem mais agradável do que aceitar ter feito um boquete.

Izuku não pensou mais no assunto, apenas saiu do local e deixou lá seus pensamentos perturbadores. O pior foi chegar em casa e dar com sua mãe perguntando como fora o passeio com seu "amigo", só tornou a situação mais estranha, afinal o que havia acontecido?! Ele não sabia e não queria saber, depois de fazer a breve visita que prometera a sua mãe ele voltou a escola derrotado, não teve forças para falar com ninguém seguindo direto para seu quarto. Ultimamente sua vida tinha virado uma daquelas comédias românticas, sem a parte cômica, talvez fosse mais para um drama misturado com terror? Chega de pensamentos infortúnios, ele dormiria um pouco.

Dormir? Bem, Izuku não dormiu nem um pouco, sua mente estava uma bagunça e repleta de cenas eróticas que aconteceram no decorrer dos dias, as coisas estavam tensas, ele quase pregou no sono no meio da aula, mas tinha medo de que caso o fizesse sonhasse com algo esquisito. Quando ele se viu livre da sala, correu em direção a única pessoa que poderia o ajudar, sua fiel amiga cientista Mei. Ele tinha pedido a ela ontem a noite por algo que o fizesse ficar mais tranquilizado e calmo, felizmente Mei possuía um tipo de aromatizante para o problema que o ajudaria a relaxar não deixando sua mente vagar por memórias imaginárias, como o sonho com Aizawa ou Dabi...

Midoriya sorriu aliviado quando finalmente conseguiu chegar ao seu quarto, a amiga havia o instruído a liberar a fragrância apenas quando trancasse as portas e janelas, caso o contrário não faria efeito. Ele obedeceu, trocou o uniforme por uma roupa mais suave e quebrou a pequena bolinha que tinha recebido, vendo o perfume rosado se espalhar pelo quarto.

- MIDORIYA! - Duas vozes saíram de dentro do guarda-roupa, em seguida revelando seus dois amigos que pularam em cima de si.

- O-O que?! Kaminari, Kirishima? O que estão fazendo aqui? - Os dois riram caídos no chão em cima do sardento.

- A gente queria perguntar se você topava jogar o novo console que saiu do All Might - Kirishima começou explicando.

- Mas como você não tava no quarto ainda, decidimos fazer uma surpresinha - Kaminari completou.

- Vocês me assustaram - Ele inflou as bochechas emburrado.

- Desculpa, desculpa - Kirishima bagunçou os cabelos verdes enquanto o loiro apertou as bochechas sardentas.

- Não queríamos deixar você irritado - Kaminari mostrou a língua brincalhão. Os dois levantaram do chão e ajudaram Izuku a fazer o mesmo - Então, vamos? O console tá lá no meu quarto!

- Não, não! Vocês não podem sair agora - O esverdeado se colocou na frente da porta. Por uma fração de segundos Izuku se sentiu tonto e quente.

- Por quê? - Kaminari perguntou curioso.

- Midoriya esse quarto tá um inferno - Ele tirou a camisa ofegante - Como consegue ficar aqui?

- O quê? - Ele estava confuso, sua mente parecia dissipar a razão - Enfim, Mei me deu uns aromatizantes e disse que não posso abrir a porta até que façam efeito!

- Oe, Midoriya - O loiro disse balançando a camisa, ele parecia estar com calor - Tem certeza de que foram aromatizantes?

- O que quer dizer, brô - Kirishima se encostou na parede tentando manter a sanidade.

- Isso não é um perfume qualquer, Midoriya... ISSO É AFRODISÍACO!

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Olá flores, gostaram do capítulo?

(Ainda não foi revisado ein!)

Espero que sim ;^;

Beeemmmm, já sabemos que o próximo capítulo será Kirikamideku ;3

Mas quem vai ser o próximo? O que vocês acham? Já sabem como funciona né? Deixem nos comentários o próximo alvo/vítima do nosso abençoado brócolis com, como diz o Dabi, apelo sexual?

P.S: Não esqueçam que a prioridade é dos personagens que ainda não foram citados na história! Ou seja, ships ainda não realizados tipo Tomudeku, ou Monoma e o deku, essas coisinhas...

Um beijo pra quem quiser!