Chapter 1

Izuku levantou relutante, olhou para o relógio e choramingou por acordar as quatro da manhã em pelo final de semana já que sabia que seu sono não voltaria mais. Ele tomou uma ducha, colocou uma roupa para correr e saiu de casa silenciosamente a fim de não acordar sua mãe. Ficara tão empolgado quando a academia anunciara que os alunos poderiam visitar seus pais nos finais de semana que passou a noite inteira conversando com sua mãe, e mesmo assim acordou cedo.

Depois de algumas horas correndo ele decidira passar em uma padaria perto de onde morava para satisfazer seus desejos pelos doces que há tempos não comia.

- Será que o Kacchan chegou em casa? – Disse parando em frente à casa do "amigo" – Melhor nem saber – Estremeceu ao imaginar a reação do loiro ao ver Midoriya frente a sua residência – Talvez eu compre um bolo de morango, ou uma torta, mamãe gosta das mesmas guloseimas que eu então não será problema escolher – Riu empolgado logo voltando a andar, porém ele foi detido por berros vindos atrás de si.

- JÁ TÔ INDO, PORRA! – Aqueles gritos só podiam significar uma coisa – Oe, o que tá fazendo aqui Deku de merda? – O esverdeado virou dando de frente com um semblante irritado.

- E-Eu acordei cedo e – Foi interrompido.

- Deixa pra lá, não quero saber – Ele esbarrou no menor e seguiu caminho. Izuku engoliu a seco e seguiu atrás de Bakugou, ele sabia o que viria a seguir – Que merda você tá fazendo me seguindo?! – Ele agarrou o garoto e o imprensou contra a parede – Já é irritante o suficiente ter te encontrado na minha casa, você me seguindo feito patinho é pior ainda! – Gritou no rosto do menor.

- N-Não estou seguindo você, vou a padaria comprar algumas coisas – Disse nervoso.

- Não tem outra pra ir não?!

- É a mais perto de casa.

- Merda, porque tínhamos que ser vizinhos?!

- Kacchan?

- O QUE É?!

- P-Pode me soltar? – Depois da fala do menor, Bakugou percebeu que segurava a cintura de Midoriya firme enquanto outra mão era apoiada na parede, a proximidade não notada antes o fez corar e se afastar rapidamente.

- CULPA SUA SEU INÚTIL – Ele voltou a andar seguido por Deku que suspirou - E-Então, qual foi a reação da sua mãe quando chegou em casa? – O rapaz surpreendeu-se, afinal o loiro estava tentando falar sem gritar, ele realmente queria conversar? – RESPONDE IDIOTA!

- E-Ela ficou bem feliz – Sorriu nervoso – Histérica até demais – Riu – E seus pais?

- Aquela velha estúpida me bateu pensando que era um ladrão – Midorya tentou segurar a risada – Não tem graça nenhuma levar vassourada, Deku – Ele riu novamente – Se rir de novo quebro sua cara.

- Desculpe, desculpe – Riu novamente antes de sair correndo.

- DEKU, SEU MALDITO – Gritou o loiro alcançando o menor. Ele estava feliz por conseguir que o clima antigo que rodeava os amigos de infância retornasse, mesmo que por alguns minutos, afinal desde que Bakugou havia descobrido sua individualidade a relação deles nunca mais fora a mesma, e decaiu mais ainda com a entrada de Midoriya na U.A.

- Kacchan, se eu parar você vai me matar – Gritou em retorno antes de tropeçar e ir de encontro ao chão.

- Seu bastardo – O loiro caiu na gargalhada alcançando-o rapidamente, estendeu a mão para ajuda-lo – Continua o mesmo inútil de sempre – Ele aceitou a ajuda do loiro e sorriu – Vamos logo acabar com essa palhaçada – Apontou para a padaria, andando tão apressado que nem percebeu que continuava a segurar o menor.

Bakugou se sentia estranho. Desde o dia em que tivera uma briga com Deku tudo parecia estar mais esclarecido, lógico que seus sentimentos de raiva se faziam presentes, mas não eram mais direcionados ao verdinho, pelo menos não tanto. Ele entendera que não tinha tudo, mesmo possuindo uma individualidade ele não tinha alguns sentimentos dos quais seu amigo possuía como empatia, ou seja lá que merda fosse que All Might tinha lhe dito, e talvez por isso ele tenha sentido tanto ódio pelo garoto. Antes pensava que só ele poderia proteger Midoriya, e quando viu que o mesmo conseguia fazer isso sozinho se sentiu incapacitado e extremamente nervoso e furioso, descontando tudo no menor. Queria se aproximar novamente? Não, não! Ele não precisava mais, nem tinha como voltar a ser como antes depois de tudo o que passaram. E mesmo assim, inconscientemente, seu maldito cérebro teimava em lhe lembrar dos sentimentos impuros que nutria por ele.

- Kacchan? O que vai comprar? – O garoto o tirou de seu transe.

- PÃO – gritou instintivamente- A-A velha mandou comprar merda de pão – Soltou a mão dele e se direcionou a sessão de pães – Não demora, idiota – O esverdeado assentiu e correu até os doces.

Em poucos minutos já voltavam para casa, a conversa entre os dois fluía tão livremente que nem perceberam o tempo da volta, o clima era leve, exceto por alguns berros que o loiro deixava escapar as vezes.

- Não acredito que comprou tantos doces assim, você é o quê? Uma criança? – Deku corou e resmungou emburrado – Parece que sim – Riu bagunçando os cabelos do mestiço.

- Chegamos – Disse o menor pegando algumas sacolas que o maior insistira em carregar para ele – Até... Amanhã? Na escola? – O loiro se aproximou repentinamente – K-Kacchan? O que – Ele soltou um baixo gemido quando Bakugou de repente mordeu seu pescoço de maneira possessiva.

- Deku de merda – Sussurrou antes de entrar em sua casa ignorando totalmente o que acabara de acontecer.

- K-Kacchan... Mas o que... – Izuku corou violentamente logo correndo para sua residência. Deixou a comida na cozinha e se apressou para o banheiro, encarando o espelho envergonhado. A marca da mordida estava lá, e pelo que parecia ela não sumiria antes do término do final de semana – Céus, o que ele estava pensando?!

-x-


- O QUE CARALHOS EU TAVA PENSANDO?! – Surtou em seu quarto enquanto socava as paredes.

- KATSUKI, INFERNO! PARA DE FAZER BARULHO!

- ME DEIXA EM PAZ VELHA! – Merda, como ele reagiria quando se encontrasse com o menor na sala?

Não sabia o que tinha acontecido! Ficou impaciente ao pensar em Deku na sala rodeado de várias pessoas, e uma delas era irritante o suficiente para fazê-lo querer marcar o menor como um aviso de que Izuku pertencia apenas a ele, assim afastar o maldito Todoroki, ou pelo menos espanca-lo tentando.

-x-


- Izuku, querido – Sua mãe o chamou fazendo com que ele rapidamente colocasse um curativo qualquer em cima da marca e trocar de roupa em uma velocidade assustadora – Você comprou todos esses doces?

- S-Sim mãe! – Disse descendo as escadas rapidamente quase caindo – V-Vamos comê-los juntos? – A mulher assentiu e o garoto tratou de sentar na mesa.

- O que foi isso no seu pescoço? – Ele pulou assustado – Um corte?

- A-ah, eu estava brincando com um lápis afiado sabe – Riu sem graça – E me descuidei a com a ponta.

- Tome mais cuidado, meu bem – Ele começou a provar as guloseimas – Aliás, pode fazer um favor para a mamãe? – Ele assentiu – Obrigado, querido!

- Mas do que se trata?

- Sabe, uma amiga vai deixar uma lembrança antiga do nosso colegial para mim e pediu que eu a encontrasse em um certo lugar, mas vou estar um pouco ocupada com a casa e – Ele a interrompeu.

- Tudo bem mãe, só precisa me dizer a hora e o local.

- Bem, ela entregaria para mim neste endereço – Ela entregou um papel – E sobre a hora – Ela sorriu – Daqui a cinco minutos – Ele arregalou os olhos – Pensei que com seus poderes você chegaria em cinco segundos e – O menino não deixou a mulher terminar, calçou seus sapatos novamente e saiu porta a fora apressado.

- Mamãe vai me matar desse jeito – Resmungou enquanto corria em um ritmo acelerado. Ela poderia ter lhe dado o aviso pelo menos meia hora antes, não em cima da hora!

Depois de encontrar o lugar, Midoriya pegou o que devia e voltou andando tranquilamente. Mesmo estando curioso sobre o que teria dentro da sacola ele não olhou, eram pertences de sua mãe e ele não podia ser invasivo.

Quando estava prestes a entrar e seu bairro ele fora detido por alguém que o puxou para um beco escuro, imobilizando-o rapidamente contra a parede.

- Quem é você?! O que quer comigo?! – Disse nervoso – Se não falar nada vou gritar e – Ele foi interrompido, mais precisamente seus lábios. Uma língua áspera invadiu sua boca sem aviso, forçando um contato molhado e intenso.

- Cala a boca – Um sussurro.

- V-Você – Izuku não sentia suas pernas, mas sabia que tremiam – O-O que está fazendo aqui – Seu corpo congelou – Overhaul...?

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Olá flores fujoshis! Esta foi a minha primeira fanfic de Boku no Hero Academia, espero que tenham gostado do capítulo um! Cada capítulo irá conter um ou dois shipps, focando sempre nestes! O cap foi curtinho porque queria saber se a ideia seria aprovada primeiro por vocês :3

Dando um pequeno spoiler! O próximo cap será entre Overhaul e Shinsou!

Um beijo pra quem quiser! 

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