Capítulo 44: "Sangue Dourado"
Erick...
Eu estava sentido algo por Lira, que jamais senti por ninguém, era difícil admitir, mas acho que estou apaixonado por ela, isto é no mínimo bizarro ou talvez hipócrita da minha parte, nunca fui um cara que acreditou nessas coisas de amor, mas ela de alguma forma mudou isso.
Eu havia chamado ela pra sair e fui buscá-la na casa dela às 7:00 p.m como o combinado, mas o irmão dela disse que ela não havia aparecido em casa, tentei ligar, mas dava caixa postal, eu sentia que ela estava bem, bem até demais, no outro dia ela aparece pra estudar eu a barrei, surgiu em minha mente ela deitada em uma cama dormindo e do seu lado: Jace. Como ela pôde, justo com ele, quando a pedi pra se afastar, como ela conseguiu, mesmo sabendo que o pai dele era o cara que quase a estuprou. Isso me partiu meu coração, e, eu acho que ainda tenho um. Ela tem razão meu corpo pertence a Tais, mas minha mente e alma pertence a ela. Até uma carta eu escrevi, que coisa mais antiquaria, eu sei, mas foi a maneira que encontrei de dizer o que eu sinto por ela, pois pessoalmente eu seria um fiasco.
Tentaram me envenenar. Pensei, só podia ser Tais tentando fazer mal a Lira, mas não tenho tanta certeza, pois o veneno que eu ingeri, só afeta nossa espécie. A dor era tão intensa, mas não iria morrer, apenas agonizar , não sei como Tais sabe disto tudo, se nem eu mesmo sabia . Como pude pedir a Lira que me matasse, fui tão egoísta, mas eu não queria vê-la sofrendo ao me ver naquele estado eu não tinha noção de quanto tempo eu ia melhorar e se eu iria melhorar, mas ela não desistiu de mim.
Eu não sei o que ela fez, mas eu melhorei, ela não quis me contar, mas seja o que for, não é nada que se compra em farmácias.
Não poder ver aquele rosto lindo era mais torturante do que a dor que meu corpo sentia enquanto estava debilitado na cama.
Parecia tudo bem, pobre tolo fui ao pensar isso, Ainda havia Tais que era o nosso único impedimento de ficarmos juntos. Eu pensei mesmo que só por alguns tempo eu poderia ignorar esse perigo? Mas ignorei. Foi meu pior erro.
Havia levado Lira pra Faculdade, Tais apareceu como uma cobra no deserto. Eu estava farto de suas ameaças, decidido a não mais ceder a suas chantagens
—Vem vamos pra casa meu amor. —Ela agia como se fossemos um lindo casal.
—Não... eu estou respondendo, e a resposta é não, eu não vou com você. —Me recuso, a ordenando que descesse do meu carro.
—Ok, depois não diga que eu não te avisei. —Foi o que ela disse descendo do meu carro e vindo em direção de Lira enfiando uma faca na barriga dela.
—TAIS NÃO! —Gritei, mas era tarde ela já havia atingido Lira que chamou meu nome indo ao chão.
—Lira, Lira, Lira por favor fica comigo, está me ouvindo?
—LI ! Ai Meu Deus. —A amiga dela vinha desesperada e assim foram surgindo curiosos ao nosso redor, havia tanto sangue eu pressionei o ferimento dela, porém parecia não estar estancando o sangramento e ela estava perdendo a consciência.
—Você não desistiu de mim e eu não vou desistir de você, tá me ouvindo? —Não, ela com certeza não me ouviu, pois já se encontrava totalmente inconsciente.
Tais correu dali tão ligeiramente que ninguém a notou fugindo, mas eu a vi correndo tão rápido e se transformar em uma sombra negra desaparecendo como vulto, não sei o que ela era, mas não era nem de nossa espécie mais.
— É Mayra né? — Eu olho para a amiga da Lira.
—Sim. —A mesma me confirma.
—Vem comigo, preciso da sua ajuda. —A convoco, pegando Lira no colo e colocando- a na parte traseira do meu carro.
—O que eu faço. —Mayra pergunta afoita.
—Vai atrás com ela, pressiona o ferimento dela. —Peço e me dirijo para o banco do motorista dando a partida.
—Aguenta firme, Lira. —Digo mesmo sabendo que ela não vai me ouvir, quando já estou no caminho para o hospital.
—Vai Erick. Isso não corre mais não é?
—Estou acelerando no máximo. Como ela está? —Pergunto.
—Está viva, mas a pulsação está muito fraca.
Enfim chegamos na emergência. Peguei a no meu colo novamente e adentrei o local.
—Eu preciso de ajuda aqui. — Grito.
Enfermeiros vieram com uma maca até nós.
—O que houve rapaz? —Um deles me indaga.
—Ela foi esfaqueada na barriga. — Informo-o a colocando na maca.
Eles a levaram por um corredor, eu e Mayra acompanhamos até certo ponto.
—Vocês dois terão que aguardar aqui. —Uma enfermeira nos barrou.
Eu pensei em entrar à força junto, eu não podia ficar longe dela.
—Ei Erick. —Mayra me impede puxando o meu braço. —Eles vão cuidar bem dela agora.
—Liga para irmão dela. —Digo.
—Vou ligar. —Ela pega o celular do bolso. —Aí o Enzo vai ficar arrasado quando souber. —Enquanto ela avisava ele sobre a irmã, eu me sentava na cadeira.
—Oi, moça, a enfermeira Mary, onde ela está. —Pergunto sobre minha mãe.
—É folga dela hoje. — A moça me informa.
—Obrigado. —Eu a agradeço.
Maya desliga o telefone e se senta na cadeira do meu lado.
—É culpa minha. Se ela morrer eu nunca vou me perdoar. —Eu me lamento, ainda sentado com o cotovelo sobre a perna e com as mão na cabeça.
—Que pessimismo é esse cara? Bate na Madeira. —Mayra diz, sinto sua mão no meu ombro. — Ei , é sério, nossa Lira é forte, ela vá sair dessa e não é culpa sua, a culpa é só daquela bruxa louca da sua namorada. E falando nisso de qual hospício você tirou ela em? —Ela diz.
—É culpa minha sim, ela me avisou tanto pra eu ficar longe da Lira sabe... eu até fiquei no começo, mas chegou no ponto que eu não consegui ficar longe dessa garota, ela é tudo pra mim, Mayra. —Eu desabafo.
—Que fofo! Olha, se conheço minha amiga sei que ela não ia deixar você se afastar dela só pra mantê-la segura, tá na cara que ela sente o mesmo por você. —Mayra diz convicta.
—A minha mãe... —Lembro.
—O que tem sua mãe?
—Ela vai atrás da minha mãe agora, mas não quero sair daqui sem saber notícia da Li.
—Vai ver sua mãe, me dá seu número é toma o meu, qualquer notícia eu juro que te ligo, vai, pode ir. —Mayra insiste, eu lhe dou meu número pegando o dela é saio depressa.
Cheguei na minha antiga casa, bati na porta e quem aparece para me atender é Tais.
—Tais o que está fazendo aqui? Onde está minha mãe? —Sinceramente me dá medo só de pensar na resposta.
—Eu vim fazer uma visita à minha sogra, já que você não vem visitá-la. —Ela sorri cinicamente. —E onde ela está?Deixa eu pensar... ah lembrei, a última vez que a vi ela estava lá no banheiro.
—Sai da minha frente. —Vou em direção ao banheiro.
—Fique a vontade sinta-se na sua casa. —Tais diz enquanto passo por ela.
—Mãe ?! —Tento abrir a porta, mas está trancada.
Tais...
Ultimamente Erick estava saindo muito para o meu gosto, eu iria segui-lo, mas algo me chamou atenção avistei Milena entrar no edifício, o que aquela vadia ruiva está fazendo aqui, ela não foi expulsa pelo velhote! Erick podia esperar, minha prioridade era voltar para o interior do prédio e descobrir qual é a intenção dela, ela entrou no quarto do bisavô do meu namorado. E acabou fechando a porta de mal jeito que a mesma ficou com um vão aberto, eu vi ambos trocarem salivas, que nojo, eu sabia: a prostituta dele, não falei. Iniciou-se uma conversa, onde fiz questão de gravar.
—Me desculpe se fui grosso com você, mas Erick é difícil de enganar, eu tinha que ser bem convincente. —Ele se desculpa com Milena.
—Eu entendo perfeitamente. —Ouvia a dizer.
—Aqui está ele. —O velho lhe entrega um vidro. —Sabe o que fazer.
—Com certeza. Conheço uma cigana ela faz de tudo por dinheiro e pela filha. Mas isso não vai matar a garota?
—Não, isso não tem nenhum efeito sobre humanos, meu bisneto vai sofrer um pouco, mas ele não vai morrer mas se eu estiver certo na minha teoria e ela for a garota certa... nossa espécie nunca mais será a mesma.
—E se sua teoria estiver errada?
— Aí ele vai sofrer pra sempre. Pois isso não tem antídoto. —O velho revela
— O que está fazendo sondando o quarto do senhor Angelus? -Alguém aparece atrás de mim. Era o chato do Anderson. —O que a minha irmã está fazendo aqui. —Ele olha pela fresta da porta. —Vem, antes que nos vejam. —Ele me puxa para o quarto ao lado onde a porta estava aberta.
—Por que me ajudou idiota. —Eu o encaro.
—Milena foi expulsa e agora está aqui? Olha, eu a amo porque é meu sangue, mas vindo dela tem coisa ruim vindo. E sei que pensa que eu fui cúmplice dela. Com o tal alucinógenos, mas não fui, ela me enganou também, disse que foi pedido do nosso protetor, eu não sabia que ela tinha posto algo no suco.
—Que seja, tanto faz cara. —Respondo pouco me importando. —E o que está me olhando Ander. —Pergunto, pois ele fica me fitando com uma cara estranha.
—Você me chamou de Ander! —Ele sorri e me rouba um beijo e eu o afastei lhe dando um grande tapa na cara.
—Nunca mais faça issoou eu mato você, entendeu? —O Ameaço.
—Me desculpe. —Ignoro sua desculpa e saio do quarto.
Eu procurei Erick por tudo que é lugar, foi em vão. Só tinha um lugar onde ele podia está na casa daquela Lira, como eu a detestava Erick está na cama dela doente era tarde demais pra avisá-lo. Eu odiava vê-lo daquele jeito, ele iria ficar assim pra sempre bem nem ao menos poder morrer, eu tinha que fazer isso.
—Me perdoa meu amor, vou te livrar desse sofrimento. —Lira aparece no quarto e me pega no flagra com a faca na mão. Eu não consegui mata-lo eu o amo, mas ela, eu a mato depois.
Havia terminado minha aula e na saída dou de cara com os dois sadios e sorridentes.O que esta garota fez pra cura-lo, o importante é que ele está bem, pronto para voltar pra casa comigo.
Mas ele não quis, preferiu ficar com ela, então que fique com o cadáver dela.
A golpiei com uma faca e adorei isso, vê-la sangrar, era revigorante e me dava uma sensação de prazer.
Pobre Erick sinto muito que ele esteja tão desesperado, mas eu o avisei tantas e tantas vezes, por que ele não me ouviu, o próximo seria o bobo do irmão dela, mas deixa ele sofrer um pouquinho a morte da irmãzinha.
Fui pra casa da mãe dele, ele não precisa dela.
Bato na porta.
—Tais, o que faz aqui? —Ela me pergunta ao abrir a mesma.
—Oi senhora Mary, vim te fazer uma visita, espero que não se importe. Erick vai vim mais tarde. —Respondo.
—Claro que não, nossa que bom, achei que vocês tinham se esquecido de mim. —Ela diz muito entusiasmada. —Eu vou tomar um banho então.
— Eu vou preparar a comida então. —Enquanto ela vai pro banheiro eu fui atrás dela, pobre dona Mary, sinto muito.
—Tais?! —Ela percebe a minha presença atrás dela. —Nem ouvi seus passos atrás de mim.
—Desculpe te assustar, eu esqueci de perguntar, o quer que eu prepare pro jantar.
—Macarronada, Erick adora. —Ela diz E se vira de costa para mim.
A campainha tocava sem parar
—Tais querida pode atender por favor. —Ela me pede enquanto pega roupa ainda virada de Costa.
—Claro. —Respondo e vou atender.
Era Erick. Que estraga-prazeres, agora que estava ficando divertido.
Erick...
Quando ia arrombar a porta do banheiro parei ao ouvir a voz da minha mãe.
—Erick?! —Sua voz parecia suave e serena.
—Mãe, você está bem? —Digo do lado de fora do mesmo.
—Claro filho, estou tomando banho, Tais havia dito que você viria mais tarde para o jantar.
—Acabei conseguindo vir mais cedo, Vou esperar na sala então, dona Mary. —Respondo e encaro Tais com furor.
—Eu vou matar você.
—Deveria ir trocar de roupa antes, não quer que ela tenha um treco ao te ver assim com esse sangue todo não é meu amor. —Ela diz tentando tocar meu rosto, mas eu seguro seus braços com força a encarando ainda mais com raiva, mas a soltei, não poderia fazer isso perto da minha mãe. Fui no meu antigo quarto ele estava do mesmo jeito que de quando eu fui embora, nada fora do lugar , achei que minha mãe venderia tudo, mas acho que ela tem esperança que um dia eu volte.
Tentei lavar minha roupa no lavatório do banheiro só mesmo para tentar dissolver a mancha de sangue para minha mãe não descobrir e tomei um banho .
Nada de Mayra me ligar pra dar notícia de Lira, isso estava acabando comigo.
Um jantar... de um lado a pessoa que eu daria minha vida, do outro a que eu queria matar. Não poderia estar melhor.
—Filho você nem tá tocando na comida. —Minha Mãe diz.
—É meu amor, eu fiz com tanto carinho, está deliciosa esta carne, ela está de lamber os beiços, eu gosto dela assim. —Tais diz forçando a faca para cortar o bife. —Em pedaços bem pequenos e amistosos.
O celular toca eu olho na tela. É a Mayra.
—Meu filho na hora da comida não né. —Minha mãe me repreende.
—É Erick, na hora da comida, não. —Pude ver no olhar psicopata de Tais que isso foi uma ordem.
Finalmente aquele jantar torturante terminou.
—Pode Deixar Mary eu e Erick lavamos a louça pra senhora. —Tais se opunha já pegando os pratos.
Minha mãe foi pra sala assistir TV, eu e Tais ficamos na cozinha o celular toca mais uma vez. E eu êxito em atender.
—Nem ouse. Se você atender esse celular já sabe. —Tais faz movimentos de vai e vem com uma faca em sua mão. -E... é... como está sua princesinha? -Ela sorri.
—Eu não sei, alguém não me deixa atender o celular para eu saber. —Digo seco. —O que você quer pra deixar Lira em paz de uma vez.
—Ah Meus amor sua pobre Lira já está em paz agora ... e Que o cara lá de cima a tenha. Bom mas se ela ainda estiver viva, quero que você se afaste de uma vez por toda faça ela te esquecer e eu te deixo em paz. Me mudo daquele edifício com cheiro de mofo e deixo você e sua mãe em paz.
—Não é assim tão fácil mais, muitas gente sabe sobre eu e Lira mesmo que a gente se esqueçam um do outro alguém mais mencionar de mim para ela.
—Já não é problema meu. Vou te dar três semana. —Ela diz séria.
Lorenzo...
Estou feliz com Mayra, eu só tive um relacionamento sério na minha vida, Emily, e já foi o suficiente pra não querer me relacionar com ninguém mais, até agora. Mas as vezes sinto-a distante.
Minha irmã parece feliz quando está com o Erick. Ele parece ser um cara legal, fico meio receoso por ele não ser humano, isso é muito louco mesmo né? Pode ser perigoso também, mas se ele com aquele poder todo, não conseguir protegê-la, ninguém mais pode.
Ela foi pra Faculdade e eu fiquei no tédio da minha sala assistindo filmes.
Senti uma coisa ruim de repente, uma pontada na barriga, mas foi momentâneo acho que foi algo que eu comi. O celular tocou olhei no visor, era minha namorada.
Ligação on
Eu: Oi May, tá matando aula é?
Mayra: Enzo! Sua irmã...
Eu: O que que tem minha irmã, por que você está chorando? Fala May, aconteceu alguma coisa com a Lira?
Mayra: Ela foi esfaqueada, a gente trouxe ela para o hospital Santa Helena. Mas não temos notícias.
Eu: Estou indo.
Mayra: Cuidado na estrada amor.
Eu: vou ter.
Ligação off.
Mayra parecia muito nervosa e desesperada no outro lado da linha, me dirigi até o hospital, ela estava na sala de espera, sua camiseta estava manchada de sangue provavelmente era de minha irmã.
-May?! -Chego até ela, e a mesma me abraça.-Tem notícia da minha irmã. -Continuei.
-Não Enzo, eles a levaram para dentro e até agora não saíram.
-Quem foi que fez isso com ela? -Pergunto me soltando do abraço e lhe olhando nos olhos sério.
—Foi... Foi a namorada do Erick. Ele trouxe a gente para gente pra cá. —Me diz receosa pela minha futura reação.
—O que? E cadê ele? —Digo com uma raiva enorme dentro de mim.
—Ele teve que ir urgente ver a mãe. —Ela me explica.
A cada movimento do ponteiro daquele relógio na parede me deixava angustiado, estava ficando cada vez mais impaciente ninguém nos dava notícias diziam que o Doutor já vai sair pra falar conosco, mas não aparecia ninguém, foram três horas esperando até o infeliz do médico decidir dar as caras.
—Familiar da senhorita Symons? —Sua cara não era nada boa.
—Sou o irmão dela, Lorenzo. —Eu me apresento.
—Bom....senhor Lorenzo, conseguimos conter a hemorragia, mas sua irmã ela está muito instável ela perdeu muito sangue.Ela tem o "sangue dourado".
—Dá pra parar de falar em enigmas cara. —Digo não compreendendo o que ele dizia.
Bom pra ser bem específico o sangue —dela é o Rh nulo um tipo muito raríssimo mesmo. Por isso chamado de sangue dourado .
—Deve ser o mesmo que eu meu eu vou doar a gente tem o mesmo sangue. —Me ponho a disposição.
Fiz os testes para saber qual o meu tipo sanguíneo, mas não bate com o mesmo da minha Irmã.
—Mas isso não é possível doutor a gente é irmão.
-Isso é normal por ser um sangue raro mas é provável que o pai de você mais especificamente a mãe tenha o mesmo por ser algo hereditário, mas não garanto.
A vida só pode estar de sacanagem comigo e com minha irmã, onde eu acharia esses dois cretinos depois de tantos anos. Ter que olhar na cara desses dois de novo, que escolha eu tenho? Lira está entre a vida e a morte.
—Pra quem que vai ligar? —Pergunto vendo Mayra pegar o celular.
—Para o Erick, eu prometi a ele que dar notícia da Li. —Ela diz.
—Não você não vai ligar pra esse cara, está me ouvindo? Eu te proibido, o quero longe da minha irmã.
—Mas Enzo, não foi culpa dele e ele precisa saber.
—Talvez não diretamente, mas tem culpa indiretamente.Você está avisada May se ligar pra ele eu nunca vou te perdoar. —Eu dou lhe um aviso, enquanto ele se aproximar da minha irmã ela sempre vai correr risco com a namorada dele.
—Tudo bem, mas quero que saiba que não concordo com isso. Mais e aí quer que eu vou junto com você amor?
—Eu preciso fazer isso sozinho May, mas valeu, você tem que ficar aqui para me dar notícias da Li. —Respondo e Mayra compreende.
Eu sabia de alguém que podia me ajudar, assim espero, o sol já estava quase se pondo bati várias vezes na porta ouço a mesma se abrir.
—Enzo ? O que foi? que cara é essa?
—É minha irmã, Dolores. —Respondo me segurando pra não chorar. —A lira está entre a vida e a morte no hospital. —Ela me abraça e não consegui mais segurar as lágrimas. —Ela precisa de uma transfusão urgente de sangue mas o tipo dela é muito raro chamam de sangue Dourado.
—É o que pretende fazer agora. —ela se solta do abraço e me pergunta.
—Vou atrás daqueles cujo um dia tive que chamar de pai e mãe queria saber se você pode me ajudar com o endereço.
—Que tá acontecendo aí ? —O sobrinho aparece na sala. —Mas que cara de velório é essa em?
—Jace! —Dolores o repreende.
—Que é? —Ele da de ombros
—É Lira. —Dolores diz.
—O que tem Lira ? —Ele muda sua expressão pra preocupado.
— Ela foi esfaqueada e está entre a vida e a morte no hospital Santa Helena. —Eu o informo e ele parece mais preocupado ainda.
—Eu tô indo pra lá. —Ele pega uma chave e passa por mim.
—Olha cara, não sei se vão te deixar entrar , não deixaram nem a mim, mas vai lá. — Lhe aviso.
Dolores me venho com endereço do meu país, o da minha mãe ela disse que não sabia pois a mesma havia se mudado do casarão a algum tempo depois.
Peguei meu carro, deu uns 100 quilômetros de distância, fiquei em dúvida se era ali a casa era meio velha e pequena pra alguém que eu lembrava que tinha muitas empresas.
Eu bati a porta saiu um homem acabado magro e com expressão de cansado.
—Você não não é o garoto da pizza é? Porque não tô vendo pizza nenhuma aí. —Disse entre soluços.
—Eu queria falar com Jonathan, Jonathan Symons.
—Pois aqui está meu jovem. —Ele abre os braços e quase cai de costas. —Em carne, osso e muito whisky barato. —-Ele mexe a garrafa em suas não se desequilibrado e quase caindo. —E qual sua graça? —Ele aproximou a cara perto de mim me dando nojo, seu cheiro era de quem não tomava banho há dias e o hálito de álcool era quase que insuportável.
—Lorenzo Symons papai, ou devo dizer senhor?
—Enzo meu filho pode me chamar de pai. —Ele diz tentando me dar um abraço.
—Não me toque você, nunca agiu como um pai nem comigo nem com minha irmã.
—Então o que venho fazer aqui garoto? —Ele se altera arremessando a garrafa na parede. —Porque se veio pedir dinheiro tá perdendo seu tempo, meu bolso está tão vazio quanto a penúltima garrafa que tomei ontem a noite. Eu perdi tudo, dinheiro, empresa, aquele sócios sangues-sugas me apunhalaram pela costas. —Então não tem herança não.
—Não me interessa o seu dinheiro ou a porcaria da sua herança ou saber o quão merda está sua vida agora. Só quero que você faça algo decente da sua vida ao menos uma vez e salve a vida daquela que um dia você chamou de filha. —Digo e ele começa a rir sem parar. —Do que está rindo seu imbecil? Sua filha está na beira da morte e você fica tirando sarro.
—Filha?! Lira nunca foi minha filha. — Ele fica sério.
—Você é um desgraçado mesmo. —Eu me viro pra sair dali.
—Ela não é minha filha de sangue Lorenzo. Eu paro e me viro de volta pra ele. -sua mãe vinha me traindo a muito anos com aquele falido do Piter. E pensar que já tivemos nossa empresas associadas.
—Piter?
—É pai do pestinha que começou ir em casa brincar com sua irmãzinha, eu devia ter comido a mãe dele, chumbo trocado não doí.
—O pai do do Erick? —Pergunto.
Me sentei no sofá praticamente sem reação.
—Os dois são irmãos por parte de pai dá pra acreditar? Quem poderia desconfiar de uma coisa assim. —Ele diz e abre outra garrafa e começa a beber. —Mas você é meu filho então vamos comemorar. — Ele me oferece a garrafa e eu A afasto com a minha mão.
— Prefere algo mais forte, quem sabe? — Ele vai até uma gaveta e tira algo que eu conhecia bem o que era: Pino de cocaína.
— Eu só quero o endereço da minha mãe você sabe ou não? — Me levanto evitando olhar pra pra aquilo.
— Ah! Eu sei sim, e como sei, e tenho extremo prazer em saber. -Ele sorriu de um jeito psicopata. — E olha,nessa idade tão juvenil recusando drogas... a chicotadas que eu te dava serviram de alguma coisa parece que você virou homem. — Ele continua falando se jogando no sofá.
— Meu avô se estivesse vivo não poderia dizer o mesmo de você não é mesmo? Retribuo o cinismo. — E quer saber?... vai se ferrar, cara. — Mostro lhe o dedo do meio e finalmente me retiro daquele lugar.
Me fiz de forte o tempo todo, mas meu coração já estava estraçalhado, nunca pensei em ter que passar por isso, esse reencontro infernal, e duvido que seja diferente com Grace Symons, nossa mãe.
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