Capítulo 31: De onde conheço você?

Lira...

Sim, eu havia concordado em deixar pra lá, mas simplesmente não posso, sou teimosa demais para isso, e também é horrível essa sensação de quebra-cabeça faltando peças, tem algo muito importante que eu deveria me lembrar eu sei, eu sinto, mas o que? Alguém me salvou daquele nojento, mas quem? Eu preciso saber, e vou fundo nessa história ou não me chamo Lira Symons.

Algumas semanas depois...

Na faculdade...

Eu já estava recuperada, ao menos do trauma físico, mas não do psicológico, finalmente comecei a faculdade de medicina, a tão esperada faculdade de medicina que eu estava tão ansiosa para começar, mas agora que comecei, sei lá, não me sinto tão animada, achei que ia começar já fazendo milhares de amizades, mas estou receosa com aproximações, eu era pra ser a nerd da sala, aquela que se senta na primeira carteira bem próximo do professor e da lousa, e não a aluna da ultima carteira na ultima fileira, querendo se esconder do mundo.

Eu estava acabando de chegar na calçada do facul, quando uma menina loira, se aproximou de mim toda animada e íntima.

-Ei, aquele cara não é lindo de morrer!?. -Ela me diz como se fossemos melhores amigas.

-E você é? -Eu a encaro com cara de: da onde tu surgiu garota?

-E isso importa!? -Ela dá de ombros. -Acho que estou totalmente na dele. -Ela me responde suspirando de paixão.

-Quem?... Aquele que está com a namorada ou seí-la o que ela seja dele? -Digo sendo sarcástica.

-Não me desanima assim não, para que ser tão pessimista? E a propósito... sou Mayra- A garota finalmente se apresenta.

- Sou Lira, e na verdade eu sou realista... ele estuda aqui? - Pergunto e logo penso porque estou perguntando isso.

- Não, infelizmente não, mas a namorada dele sim, ela é do período da manhã.

-Hum...Legal...-Respondo com desdén.

Aqueles dois pareciam que iam se engolir, o tal rapaz estava encostado num carro preto e a suposta namorada agarrada nele, eles param por um momento e de repente ele direciona o olhar dele para mim, eu viro para o chão tentando disfarçar de todas as maneiras que eu podia.

-Ele é lindo mesmo né?-Mayra me disse suspirando profundo.

-Nem reparei. -Desdenhei.

-Não reparou, sei, e ficou olhando ele daquele jeito porque?

-Não fiquei. - Tentei convencê-la.

-Ficou sim, e ele também te deu uma olhada que até me arrepiou, parecia que estava vendo a sua alma e depois deu um sorrisinho tão divino. -Mayra dáuma piscada para mim.

-Deu?...quer dizer... vamos entrar logo, senão vamos nos atrasar. -Tento disfarçar e seguir para a aula.

No outro dia...

Eu estava esperando Mayra, minha nova amiga ou diria primeira e única, por enquanto, para entrarmos juntas, quando de repente um carro preto se aproxima em alta velocidade quase subindo na calçada e dando uma freada brusca na direção onde eu estava, quando o dono desce.

-Ei cara, está tentando me atropelar por acaso ? Tirou sua permissão pelo correio só pode. -Insinuo enfurecida.

-Acho que a dama de ferro ai sobrevive. -O garoto rebate sem esboçar nenhum sorriso.

Agora o vendo tão próximo pude identificar suas caracteristicas cabelo negros medio e olhos cor âmbar conheço esse olhos de algum lugar.

-Imbecil.-Eu bufo.

Finalmente Mayra chega, essa é a minha deixa pra sair dali.

-Ei amiga! meu primo vai dar uma festa hoje à noite, quer ir? -Ela diz enquanto caminhamos para a aula.

-Melhor não. -Me recuso.

-Você vai dispensar a festa do meu primo?... o garoto mais popular dessa faculdade? Por favor vamos não quero ir sozinha.

-Tá bom, eu vou. -Aceito o convite.

Finalmente a noite chegou, vesti uma sapatilha preta e um vestido da mesma cor até o joelho,estavam quase todos da nossa faculdade e algumas pessoas desconhecidas também.

-Dama de ferro? - ouvi uma voz soar atrás de mim e me virei rapidamente.

-Essa não...o barbeiro. -Digo em tom de deboche.

-O que a princesinha faz em uma festa assim... como seu pai e mãe autorizou?

-Você não sabe nada sobre minha vida. -Rebato.

-Deixa eu adivinhar... metida e cheia da grana, que sempre teve tudo de mão beijada, seus pais te dão tudo né?

-Seu idiota. -Digo e acho que deixei uma lágrima escorrer por meu rosto, espero que ele não tenha visto.

Eu ia ir embora da festa, mas decidi ir só até o banheiro me recompor, nao ia deixar um idiota arrogante estragar minha noite, quando alguém se aproximou de mim me pegando pelo braço.

-Por que uma garota gostosa dessa está chorando, vem cá, vou te consolar.

-Não...me solta por favor. -Digo antes do cara pôr a mão sobre minha boca me impedindo de gritar e abriu uma porta me levando a força, quando alguém apareceu no quarto se aproximou e lhe deu vários socos.

-Tire suas mão dela. -A pessoa dizia enquanto o socava já caído no chão depois do segundo soco.

- Você quebrou meu nariz. -O agressor choraminga enquanto está com as mão no nariz tentando conter o sangue que escorria.

-Tem sorte de eu não te matar... agora se manda daqui, antes que eu termine o serviço.

O cara se levanta e sai pela porta afora..

-Dama de ferro você está bem? -O meu salvador se aproxima de mim e nessa hora eu me encontrava encolhida sentada entre o chão e a parede chorando, só acenei com a cabeça negativamente

-Quer que eu te leve pra casa dama de ferro? -Ele me oferece.

-Pára de me chamar de dama de ferro -Digo entre raiva e lágrimas.

-Qual seu nome então? -Ele parece perder a paciencia .

- Lira. -Respondo.

-Sou Erick... o "barbeiro". -Ele se apresenta com um um sorriso de canto e estende a mão pra ajudar a me levantar.

-Obrigada Erick, nunca vou poder te agradecer.

-O estranho é que sinto como se não fosse a primeira vez que te salvo de alguma coisa assim, esquisito né? bom, mas quer que te levo para casa sim ou não?

-E sua namorada? -O questiono com receio de aceitar a carona.

-Depois me entendo com ela.

Eu aceitei e fomos até o carro dele, quando cheguei em casa desci do carro e o agradeci mais uma vez, entrei em casa meu irmão estava dormindo e fiz o mesmo.

Erick...

Eu havia ido buscar Tais na faculdade como sempre, aguardava a sua saída encostado em meu carro quando finalmente ela chegou com um sorriso malicioso em seu rosto, me beijou e me agarrou, se eu a conheço bem ela está marcando território, mostrando para as outras garotas que ela é minha dona, eu retribui seu atos carinhosos.

-Isso é pra você. -Digo pegando algo no painel. -Comprei no caminho vindo para cá, sei que talvez você não goste, porque não é nenhuma pulseira cravejada de diamantes. Completo, entregando-o em tuas mãos.

-Nossa amor! Quem te ver falando assim pensa que sou uma garota fútil e gananciosa. -Ela diz pegando o presente. -Desculpe se eu e minha mãe vivemos contando os centavos para sobreviver a cada dia da nossa vida e agora só queria ter uma vida melhor, queria que a gente tivesse uma vida melhor, eu so consegui entrar numa faculdade por que sou inteligente e consegui a bolsa. -Ela continua.

-Só não vai virar um senhor Piter da vida igual o meu pai.

-Ei amor, olha pra mim. - Tais coloca a mão em meu queixo fazendo com que eu a encare. -Eu não sou como o seu pai... está com medo de eu te abandonar por um mauricinho cheio da grana? Sabe que eu nunca faria isso com você, eu te amo,muito, muito e muito.

-Você não vai abrir o presente? Pergunto.

Era uma pulseira gravada com nossos nomes .

-Legal... ela não escurece fácil não né?

-Se não molhar, ela não escurece. - Dou um riso debochado.

-O que vale é a intenção, Coloca no meu braço amor, Foi fofo da sua parte... já falei que te amo.

Eu coloquei o adereço no pulso de Tais e ela me deu um abraço e mais um beijo longo.

Quando paramos parecia que uma garota estava me olhando, ela até que é bonita, mas deve ser filhinha de papai.

- O que você está olhando Erick, Tais me interroga com a voz séria.

-Nada... vem, vamos embora. -Digo e me dirijo para o lado do motorista e Tais fica me encarando desconfiada por alguns segundos, mas faz o mesmo se diringindo para o banco de passageiro.

Ambos ja havíamos entrado no veículo,  liguei o mesmo e fomos para casa.

No outro dia...

Eu quase atropelei a dama de ferro, porque a chamo assim? Sei-lá, ela é grossa e irritante, mimada filha de papai, mas ela tem os olhos mais azuis que eu vi na minha vida.

Minha namorada me chamou pra ir numa festa hoje à noite, eu não sou fã de festas, e ela também não era, mas ela mudou tanto depois de tudo que nos aconteceu. Bom... enfim, eu encontrei a dama de ferro lá, parece perseguição, nossa ela está linda, e se minha namorada pudesse ouvir meus pensamentos ela seria uma garota linda em pedaços, literalmente. É melhor essa garota me odiar, é mais seguro para ela, mas acho que exagerei, nossa como sou imbecil mesmo, acabei fazendo ela chorar, fui procurá-la para me desculpar, quando vi um cara a levar a força para um dos quartos, nossa que dejavu que me deu. Ela parecia tão frágil e assustada agora, dama de ferro não combinava com ela, a ofereci para leva-la pra casa, sinto como se já tivesse estado lá, mesmo assim ignorei esse pensamentos e retornei para a festa. "Lira Lira Lira" da onde conhecia esse nome? Ah claro! Era o nome que estava na bolsa preta em meu carro? não sei de onde, uma noite simplesmente me vejo no meu carro e achei que fosse de alguma de minhas vítimas, eu não me lembro dela e nem ela de mim, significa que eu a fiz esquecer,e isso só significa uma coisa...não Erick... tira essa garota da sua mente cara, mas Lira? já ouvi esse nome antes, parece como conhecesse a muito tempo atrás...mas de onde? Não nos falamos o caminho todo. Na volta eu mais pensava do que dirigia, mas consegui chegar a festa para pegar Tais eu dei uma desculpa que não me sentia bem e fiquei aguardando no carro ela sabe do meu problema com lugares cheios, o quanto fico desconfortável com tantas imagens e explosões de sentimento. Odeio mentir, mas com ela eu preciso.

(Qual seu persornagem favorito e qual que vocês não gostam? Esse capitulo vai especialmente pra minha querida leitura GioTai que estava com saudade da Lira )

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