Capítulo 30: Promessa Cumprida
Erick...
Segunda de manhã.
Depois de levar Tais à faculdade. Passei perto de uma concessionária e me bateu uma idéia. Entrei na loja e procurei logo pelo vendedor.
-Oi, eu...
-Nao estamos contratando no momento. -Ele já chega dizendo antes mesmo que eu terminasse a frase, me olhando de cima a baixo.
-O que? -Pergunto ao não compreender sobre o que ele falava.
-Lavadores de carros... não estamos contratando.
-Eu não estou procurando emprego, na verdade quero saber quanto vocês me pagam neste carro aqui fora. -Eu digo apontando com o dedo o carro que eu cheguei e ignorando o seu desdém.
-Bom rapaz para isso ele teria que ser seu e duvido que isso seja provável. - Ele insinua com cara de desprezo e me analisando. -Se fosse uma moto eu poderia acreditar, Mas uma Maserati... Não mesmo -Ele completa com uma gargalhada.
Eu tentava forçadamente tentar expressar um rosto calmo e sereno, mas por dentro eu já estava perdendo a paciência, eu estava pensando drasticamente ao invés de vende o carro a ele usá-lo para para passar por cima dele, mas respirei fundo e fiz melhor... bem melhor.
-Bom não é isso que diz aqui. -Digo retirando o recibo do veículo do meu bolso junto com meu documento pessoal.
-Me perdoa senhor Erick... Bom ele vale uns duzentos mil.
Com certeza o veículo deve valer muito mais do que isso, mas não estava preocupado com isso, duzentos mil e mais do que o suficiente para o que eu planejava fazer.
- Perfeito... e quero o carro mais barato que você tem aí para abater nesse valor e o resto me dê em cheque.
-Claro, me acompanhe por favor. -O vendedor me pede enquanto já começa a caminhar.
-Ah... e... aquilo que está vestindo aquele boneco, eu quero de brinde.
- A fantasia de...
-Sim, exatamente. -Digo com um sorriso bem cínico antes mesmo que o vendedor me questione.
Eu percebia que o vendedor forçava um sorriso o tempo todo, é... realmente estava mais para um motoqueiro de gangue do que para um mauricinho mimado e com uns zeros cabulosos na conta, mas se pensando bem eu não tenho moto, mas tenho ao menos tenho uns três zerinhos... $0,00... Brincadeiras à parte... Tais, com certeza vai me fazer em pedaços por isso, mas realmente não me importo.
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No hospital .
Quarto do Christopher.
Mãe do Christopher...
Estava eu na beira da cama de meu filho, ele realmente é tudo pra mim, parece um anjo dormindo. Ontem aconteceu algo estranho, um rapaz ajudou o meu filho e acabei me desabafando com ele, nem o conheço, mas mesmo assim ele exalava confiança, não estou acreditando que contei meus problemas a um desconhecido, é como se ele fosse um imã que atraia tudo que eu estava guardando em meu interior, ele deve achar que devo ser louca, mas ele fez o meu filho sorrir coisa que o mesmo não fazia desde que teve que ser internado.
-O médico que falar com a senhora no consultório dele. -Uma enfermeira apareceu no quarto e me acompanhaou até a salinha do médico.
-Queria falar comigo Doutor? -Pergunto.
-Sim, infelizmente as notícias não são boas... o seu filho realmente vai ter que fazer a cirurgia o quanto antes, se esperarmos mais, vai ser tarde demais.
-Mas eu não tenho dinheiro nenhum doutor, eu já tentei empréstimo, mas o limite é muito pouco que me liberaram.
-Sabe que essa cirurgia é a única chance do seu filho, não sabe? -Ele continua.
-Eu sei... vou ver o que posso fazer. -Digo mentindo muito mais para mim mesma do que para o médico.
Não tinha nada que eu pudesse fazer, minha esperança estava se esvaindo assim como a vida do meu pequeno anjinho.
Quando retornei para o quarto tinha algo na mesinha que não estava lá antes, um embrulho de presente.
-Mamãe, o que é isso? -Meu filho desperta e me pergunta curioso.
-Nao sei Christopher... vamos abrir. -Digo ajudando a desembrulhar o presente. -Olha só! -Exclamo.
-A Fantasia de pirata mamãe, o moço trouxe.
Eu abri o envelope que havia dentro com pequeno bilhete.
"Promessa cumprida, assinado: Um amigo.
-É meu filho ele trouxe e... trouxe também o tesouro do pirata. -Digo com um sorriso esperançoso encarando um cheque que venho junto ao presemte com um valor exuberante , muito mais do que eu preciso para a cirurgia ancológica. Quem é esse rapaz? Ninguém em sua sã consciência faria tal ato de bondade assim, e eu nem sei quem ele é para agradecer, mas acho que nunca conseguria fazer isso como ele merece.
-Mamãe você está chorando? Não chora mamãe. -Meu pequeno Christopher me pergunta com uma feição preoculpada.
-Mamãe está chorando de felicidade viu meu filho? Você vai ficar bem. -Digo com lágrimas de alegria o abraçando intensamente..
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Erick...
12:00 p.m...
Fui buscar Tais, que já me encarava em desgosto ao me avistar.
-Amor, o carro quebrou? -Ela pergunta desconfiada.
-Não, não quebrou, eu vendi, e agora o nosso carro é esse, se quiser, e agradeça por eu ter ficado com esse.
-Mas esse é tão... aarg... velho.
-Para quem nunca teve nada, isso já é um luxo.
-Seu bisavô não vai gostar disto Erick. -Ela me diz de braço cruzados.
-Ele me deu aquele carro, se ele me deu é meu e se é meu... significa que podia fazer o que eu quisesse com ele... agora você vai entrar ou não? Porque estou indo com ou sem você.
-Mais que merda. -Taís diz fazendo birra como uma criança mimada. -Bom ao menos agora você tem um bom dinheiro na sua conta.
-Na verdade, eu não tenho.
-Erick Angelus... O que você fez com o dinheiro?
-Fiz o que era o certo a se fazer. Respondo sério.
-O certo a se fazer é ter depositado metade na minha conta, eu acho que é o mínimo que eu mereço, olha só para minhas roupas, estou precisando urgente de peças novas.
- Pra que roupa nova, se quando você for usa-las, elas se tornarão usadas do mesmo jeito? Não há problema nenhuma com suas roupas, você está ótima, não faz assim vai. -A imploro.
Mas ela vira a cara me deixando sem reposta e fica assim o caminho todo.
Eu estava satisfeito com minha decisão, queria poder dizer que o pai daquele garotinho não os abandonou, mais é melhor deixar como está , o que está feito está feito, não se dá para mudar o passado e olha que já comprovei isso. Ah! E, meu bisavô ficou indignado de eu ter vendido o presente dele.
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Eu aprendi a controlar minha agressividade e descobri coisas sobre a minha espécie e o meu verdadeiro universo. Tais? Bom... ela não se adaptou tão bem quanto eu, parece que ao invés de melhorar ela piora cada vez mais. Acho realmente que se eu a abandonasse não sei o que ela seria capaz de fazer, porém por mais que ela esteja do jeito que está , ela não me machucaria , mas machucaria quem estiver à minha volta, ainda bem que não tenho com que se preocupar, não me socializo com ninguém mesmo, não que eu seja antissocial, é que é mais seguro pra eles se ficarem longe de mim.
Alguns tempo depois...
Descobri mais um poder, posso fazer as pessoas me esquecerem. Isso é realmente é muito útil, assim mesmo que por acidente elas me verem como realmente sou, não precisaria matá- las, não sei se utilizei muito isso, pois eu esquecia delas também.
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Hoje tive um lapso de memória, é provável que precisei fazer alguem me esquecer pois uma hora estava na lanchonete e depois me lembro de estar na rodovia voltando pra casa, não me lembro o que houve nesse meio tempo.
Eu encontrei no assoalho do meu carro, na parte de trás, uma pequena bolsa preta com um documentos em nome de uma tal de Lira. Nem me lembro o sobrenome...bom... sorte dela.
-Azar seu Liza, é esse o nome? Tanto faz ... Como ia dizendo azar seu não se lembrar de mim, ou azar meu de não se lembrar quem é você -Digo com um sorriso debochado , arremessando a bolsa pela janela, espero que era uma velha caindo ao pedaços. - Completo, arrancando com o carro.
Algumas semanas depois...
-Você viu a que não para de correr as varias semanas nos jornais e Tv's Erick? -O velho Jeferson entra no quarto me pegando desprevenido me dando um susto.
-Prefiro novela meu bisavô querido e... o senhor não bate mais na porta?
-Não me venha com irônia... Você matou um médico justo aqui e ainda me pediu pra eu te ajudar a se livrar do corpo.
-Espera volta a fita que estou perdido nessas historia... eu não me lembro disso e também se está no noticiário é. Porque não o escondeu tão bem não mesmo. -Insinuo com um sorriso cinico.
-Ele foi encontrado na floresta. -O veho acrescenta.
-E quem o levou para lá ? -Eu pergunto.
-Acho que tenho uma leve ideia.-Ele diz se dirigindo a porta vagarosamente e eu o acompanho com o olhar. -O que está fazendo a porta nos espionando Milena?... ou devo dizer traidora.
-Não sei do que o senhor está falando. -Ela se faz de desentendida.
-Nao subestime minha inteligência Milena.
-Fui eu,confesso, o senhor disse pra enterrar o corpo no subsolo, mas eu levei para a floresta, e faria tudo de novo. Eles precisam saber que não são os únicos aqui. Esse universo é nosso também agora. -Milena confessa.
-Se o universo é nosso, não sei, mas o edifício não é mais seu lar, então você escolhe, volta para Setealém ou sai por esse mundo afora, tanto faz não me importo. -Ele diz frio e sério.
-Está me expulsando? -Ela o indaga.
-Preciso desenhar também.
-Ok, vou pegar minhas coisas.
-Não, você não vai pegar nada , se vira assim do jeito que está.
-Tudo bem... se é assim que deseja, só... por favor não expulse meu irmão, o Ander não teve participação nenhuma nisso.
-Não se preocupe, ele não será.
Milena sai enfurecida passa por mim com um sorriso malicioso tentando passar o dedo emem meus labios e eu me desvio rapidamente. Com isso continuou a andar para a saída com extrema raiva.
-O senhor foi duro com ela não acha não? Se ela é tão perigosa para o nosso segredo deveria mantê-la aqui embaixo de seus olhos?
-Não se preocupe, eu tenho olhos em cada canto desse mundo.
-Ok! não esta mais aqui quem falou... fui. Digo me direcionando para a porta também.
-Onde você na vai. Ele me questiona.
-Não que eu te deva satisfação... Mas vou buscar Tais na faculdade.
-Claro a namoradinha. -Ele fala a contra gosto.
Durante o caminho todo eu fiquei remoendo sobre o tal médico que eu supostamente matei e ficava me perguntando porque eu fiz isso, quando prometi a mim mesmo que nunca mais machucaria alguém, ao menos não conscientemente, ele deve ter me irritado muito ou feito algo de muito ruim, pesquisei sobre o corpo encontrado, Mas não havia muita coisa só que era médico que se chamava Carlos Silveiras e que fora encontrado por campistas no meio da floresta.
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