Capítulo 10 - O Fogo Azul
Sim, era estranho a sensação de não ter como falar, expressar a saudade que tinha do velho rato. Uma vez me lembro que fui humilhado em sala de aula por uma menina corpulenta, ao chegar em casa fui surpreendido pela minha mãe com um bolo de aniversário antecipado, sim, não existe, tenho certeza que ela sabia o que havia acontecido.
-Por pouco ele não matou você-olhou nos meus olhos o homem-lebre.
-O que era aquilo, afinal?
-Um Imperador de Portal, são os protetores dos portais, ninguém entra, que não seja por ordem do outro mundo.
-E por que ele queria me matar?-não entendia.
-Porque você é algo novo, ou algo antigo, mas nada acontece pelo simples fato de ter que acontecer-concluiu ateando fogo em uma lenha.
Muitas chamas surgiram, mas não eram tão quentes, suas cores variavam, mas o azul prevalecia.
O homem sentou ao meu lado e olhou para o céu.
-Lindas, não são?-apontou para as estrelas.
-É, mas não podemos tocar em nenhuma delas...
-É verdade, mas não fique assim, qual seria a graça de termos tudo o que não temos?-perguntou retoricamente-A vida é um fruto maduro, de sonhos e metas.-começou-Você precisa deixar a sua cabeça ser o seu guia nas horas sombrias, somente assim poderá entender que as pessoas morrem e não podemos morrer juntos-foi duro comigo.
As horas se passaram e nada ficou tão extraordinário. Tudo estava sendo muito surreal para mim.
-O que me espera futuramente?-perguntei.
-Nada que não seja capaz de resolver-disse ele.
Um barulho veio aos meus ouvidos, tentei disfarçar, mas novamente veio. Algo cacarejando, mas não havia nenhuma galinha naquele lugar.
-O que está acontecendo?-perguntou ele.
-Não sei, acho que estou ficando maluco-disse e me levantei.
Olhando para os lados, ao olhar para o norte lá estava ele, um dragão branco, do mesmo tamanho de um elefante bebê e de sua boca saíam algumas faíscas azuis.
-Que magnífico, um fogo azul!-bradou o homem.
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