Capítulo 1 - A família mafiosa
O alarme desperta e Igor me ataca com um bastão e eu desvio rolando para a direita, depois de cair da cama me levanto meio zonzo e atordoado, sem que eu tenha tempo de deixar meus olhos acostumados com a claridade, noto pelo som e a luminosidade que as cortinas foram abertas, minha visão se ofusca e Dimitri me ataca pelas costas, mas não iria me render tão fácil assim.
Golpeio com o ombro o deixando sem ar, já Igor usa o mesmo movimento, e seguro o taco como se ele fosse de espuma e forço uma leve torção em seu pulso, dou uma leve golpe em sua garganta o deixando sem ar é o imobilizando, pego meu colete no cabide e saio do quarto tranquilamente.
— Futuro Chefe, você foi mais rápido do que o de costume, será que esta melhorando.
— Eu acho que estou, acho que eu talvez deva ter quebrado uma das costelas do Dimitri, sugiro que de uma olhada — falo apontando com o polegar em sinal para o quarto que estava em minhas costas.
Comprimento o mordomo por respeito e continuo descendo as escadas. Na verdade eu estava com raiva, por isso eu peguei pesado com meus companheiros de família.
— Olá Chefe. Bom dia Futuro Chefe. Como você esta hoje? Já tomou seu remédio, senhor Martinelli.
Eu ignoro todos, tento dar um sorriso forçado e percorro todos os empregados que me cumprimentam e fico diante da mesa em uma ponta, meu pai esta comendo um file suculento logo de manha, ele levava a ideia de a primeira refeição do dia ser a principal ao pé da letra.
O encaro, e ele nem liga para minha presença, como se não importasse, e realmente ele não se importava.
— Eu quero saber que historia é essa que eu fiquei sabendo?
Ele limpa a boca com um pano de prato tranquilamente, e aponta para que eu me sente, e sem escolha me sento o mais longe possível do outro lado da sala de jantar.
— Filho, sua importância é crucial nesse negocio.
Me irrito e perco a paciência — " negocio "? como que minha vida pode ser decidida sem que eu saiba, eu nem faço ideia de quem é essa garota, não irei me casar com alguém que eu nem conheça.
— Isso não será problema, eu convidei ela e sua família para que venha nos ver hoje a noite.
— Não vou me casar com ela, e você sabe muito bem que não obedeço você pai.
Ele fica em silencio — seu irmão esta no internato, só não mandei você para aquele lugar por que é meu primogênito, mas se não cooperar eu o mandarei e trarei seu irmão e ele tomara meu lugar e se casara com a garota. Então pense bem qual será sua escolha.
Eu fico pensativo, pois meu irmão é uma pessoa horrível, igual o meu pai, ele é um sonhador e destruiria a cidade inteira para conseguir aquilo que deseja. Por isso eu devo assumir o lugar de Chefe da família e lutar para defende-la.
O mordomo enfim trás meu café da manhã, e coloca na mesa, eu provo o vinho e pergunto para meu pai.
— Mas pai, com quem eu irei me casar?
— Com a filha e herdeira da Família Valentino.
Eu quase cuspo o café quando escuto o sobrenome.
— Pai você esta ficando louco, há anos que nossa família esta em uma guerra com eles, e você acha mesmo que um casamento resolverá tudo.
Ele bebe calmamente o vinho o saboreando enquanto eu fico ali esperando uma resposta.
Vai durar por que vamos unificar as famílias e você meu filho será o Chefe da maior máfia que já existiu na Itália.
Engulo seco a torrada que acabo de abocanhar, só de pensar no risco de morrer todos os dias, toda vez que vou fazer coisas simples como tomar um café da manha.
Bato o pé firmemente, em desafio, mas ele é tranquilo demais, e quando coloca algo na cabeça ele nunca a tira de forma alguma. E nós dois como de costume, ficamos em silencio nos minutos seguintes.
Eu como minha refeição, me troco e após ficar pronto, vou para a escola.
Saindo de minha casa, a limusine preta me espera, e entro apos o motorista abrir a porta para min.
Quando entro me deparo com rostos familiares.
— Olá Chefe.
— O que vocês estão fazendo aqui, achei que a brincadeira de hoje cedo havia acabado?
— E acabou, mas não pense que ira se livrar de nos dois assim tão fácil — diz passando a mão em volta do pescoço.
— Como está o pulso?
Ele massageia fingindo que esta tudo bem, e percebo que esta mentindo.
— Olha Igor, sem muito bem quando algo esta torcido, então em vez de ficar me seguindo para cima e para baixo, sugiro que vá ao hospital hoje.
Ele protesta e admito que seria difícil de converse-lo, e então tenho uma ideia.
— Dimitri você esta com uma costela ferida não está?
— Não senhor, estou ótimo senhor.
Ele nunca fala, por sempre ficar nervoso em conversar com alguém superior a ele.
Quando chego enfim ao Colégio, saio do carro e todos os olhares são vidrados em min. Sou como uma celebridade entre os alunos, ninguém mexe comigo isso eu estava acostumado.
Todos tem medo, o problema é que eles não sentem medo de min, mas sim de meu pai, mas não ligo para essas coisas, e sempre fico na minha.
No final de mais um dia de aula, aliás amo estudar, quero ser medico um dia, é meu sonho. Largar essa vida de filho de mafioso seria a melhor coisa que eu faria, mas até lá tenho que terminar meus estudos básicos primeiro.
De minha sala de aula, vejo que meus guardas costas estão me esperando para variar, olho para o relógio e vejo que é fim de período, o sinal toca e coloco meu material em minha mochila, e saio da sala.
Depois de sair do banheiro, algo esta estranho e noto que não havia ninguém no pátio e sem tempo de reação, me sinto atordoado e cambaleio para frente e minha visão se escurece.
Abro meus olhos com uma certa dificuldade e percebo que alguém esta de pé em minha frente com uma lanterna em meu rosto, e a pessoa dá tapas em meu rosto, que deve estar ate vermelho.
Noto que estou em um tipo de armário de vassouras e utensílios de limpeza, e deduzo que ainda estou no colégio, penso friamente e respiro fundo, olho para meu agressor, mas a lanterna me cega e não vejo nada.
— Parece que você esta acordado. Precisamos conversar um pouco sobre nossas famílias.
A voz era fina e suave, mas em tom rígido, sua voz podia ter mudado, mas continuava a mesma que ele conhece.
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