01| Quando você apareceu.
'Cause all of me
Loves all of you
Love your curves and all your edges
All your perfect imperfections
…
Give your all to me
I'll give my all to you
You're my end and my beginning
Even when I lose, I'm winning
'Cause I give you all of me
And you give me all of you, oh-oh
Give me all of you, oh
…
Cards on the table
We're both showing hearts
Risking it all, though it's hard
All for me: by jonhh legend
Vegas.
Eu nunca pensei que minha vida mudaria tanto ao conhecer Pete. Nos conhecemos há quase dois anos na academia e, desde então, a "amizade" entre a gente cresceu rapidamente. Quando Pete confessou que era gay, isso não me surpreendeu, mas pelo fato de que não fazia diferença alguma. Isso não mudou nossa "amizade"; pelo contrário, só a fortaleceu. E sim, a palavra "amizade" está entre aspas, não porque Pete deu em cima de mim; pelo contrário, ele sempre me respeitou e respeita. Mas o fato aqui são meus sentimentos, sim, os meus, esses sentimentos que eu não entendo.
No início do ano, Pete estava morando sozinho, e eu não estava conseguindo continuar no meu apartamento. Então, ele ofereceu o quarto que tinha sobrando. O apartamento é relativamente grande; por mais que Pete diga que não, dá para três pessoas viverem aqui tranquilamente. Pete vive dizendo que não é rico, mas ele não entende nada sobre viver em um lugar pequeno. Ele tem uma empresa, uma editora, e vem de uma família de classe média alta. Talvez por isso ele diga que não é rico. Ele não tem contato com os pais por causa da sua sexualidade, e eu o admiro por ter construído uma empresa do zero sem ajuda de ninguém. Quando digo isso, ele sempre responde que não é nada demais.
Quando aceitei morar aqui, começamos a dividir as contas: luz, água e comida. Embora o apartamento fosse dele, eu queria pagar aluguel, mas Pete não deixou. No começo, éramos apenas dois amigos morando juntos, mas as coisas começaram a mudar há quase cinco meses, quando percebi que talvez estivesse gostando de Pete. Tudo começou com um frio na barriga quando esbarramos no corredor. Tanto eu quanto Pete trabalhamos de casa na maior parte do tempo, e muitas vezes nos encontrávamos no corredor indo pegar algo para comer.
Inicialmente, eu não prestava atenção a esses encontros, mas depois de um tempo, Pete começou a sair para trabalhar fora de casa. Era comum vê-lo de roupa social, o que me dava uma boa vista dos músculos e pernas dele. No começo, eu olhava para aquelas pernas e pensava: "ele tem pernas bonitas", mas depois comecei a pensar: "essas pernas devem ficar lindas marcadas com chupões". Isso me fazia pensar se algum dos ex dele já tinha feito isso, e acabava ficando com um embrulho no estômago. A situação piorou quando ele começou a sair de terno para trabalhar. Eu ficava imaginando que as pessoas olhavam para ele, e o embrulho no estômago voltava, ou pensava em como ele ficava bonito com aquela roupa.
Porém, mais uma vez, não era da mesma forma que eu achava meus outros amigos bonitos. Era sempre de um jeito não tão hétero, o que me deixava ainda mais confuso. E, como qualquer pessoa que já assistiu a filmes LGBT o suficiente para saber que a melhor forma de entender seus sentimentos é pesquisar no Google, fui fazer testes. Nenhum deles indicava claramente que eu gostava dele. Bem, nos últimos cinco meses, estive aceitando esses sentimentos. E agora, aqui estamos, em dezembro, perto do Natal. Não consigo ficar perto do Pete sem pensar em quanto quero beijá-lo ou ficar irritado quando alguém dá em cima dele.
Sei que preciso contar para tirar esse peso de mim, mas não faço ideia de como. Não tenho certeza se ele sente algo por mim ou se já percebeu meus sentimentos. Não sei se disfarço bem ou se só pareço esquisito. Fico completamente vermelho e constrangido perto dele a maior parte do tempo, especialmente em situações como a que acabou de acontecer. Eu tenho cabelos longos, até os ombros talvez, e tinha acabado de sair do banheiro com eles molhados.
Entrei na cozinha e Pete estava lá.
"Uau, olha só você", Pete disse, rindo.
"Qual é a graça?", perguntei, secando o cabelo com a toalha.
Ele não quis responder de primeira e ficou apenas rindo. Quando, já com raiva, o pressionei contra o balcão, Pete riu de novo.
"Nada, é só que seu cabelo fica bonito assim", ele respondeu, ainda rindo. "Cabeça de metal", ele brincou.
Fiquei tão vermelho que mal consegui responder.
"Ah, valeu", murmurei, saindo rapidamente da cozinha e indo para o meu quarto, meu coração disparado.
Me joguei na cama e deixei minha mente viajar. Estou apenas revivendo esse momento na minha cabeça faz horas, pensando em cada sorriso que ele deu e pensando que ele me acha "bonito".
"Nada, é só que seu cabelo fica bonito assim."
"Fica bonito assim", assim como? Molhado? Ele diz que eu fico bonito assim porque gosta de me ver assim? Eu deveria deixar meu cabelo mais solto e molhado? Ele vai reparar? Vai continuar me elogiando?
A cada dia que passa, eu fico mais louco, e meus sentimentos só se tornavam mais claros e intensos. Eu realmente queria contar a ele como me sentia, mas tinha medo da rejeição. Se ele não gosta de mim, tudo bem, vou lidar com isso, mas eu teria que deixar de ser seu colega de quarto, porque talvez ele ficasse desconfortável. Não sei mais o que pensar, nem sei se aguento mais pensar. Esses últimos meses me deixaram louco, e qualquer coisa que Pete faz me deixa desse jeito, igual a um adolescente apaixonado, parecendo um abestalhado, ou literalmente igual à Gina Weasley em A Câmara Secreta. Vamos passar o Natal juntos e eu pretendo falar para ele, ou tentar pelo menos.
[...]
Tinha se passado um dia desde o último acontecimento. Quando saí do meu quarto, Pete estava na cozinha mexendo no celular. Era sábado, então ele não trabalharia hoje. Como sempre, me aproveitei da oportunidade e coloquei a mão em seu ombro para assustá-lo. Mas quem ficou assustado fui eu, quando ele colocou a mão sobre a minha. Meu coração deu um salto; quase tive uma parada cardíaca.
— Você precisa parar de tentar me assustar. Sabe que não adianta. Você é muito barulhento. – ele disse, sorrindo, ainda segurando a minha mão.
Porra, homem.
Fiquei encarando-o por alguns segundos. Talvez você se pergunte como eu não me afastei ainda. Nas primeiras oitenta vezes eu fiz isso, achando que estava carente devido à falta de contato. Mas, depois de sair com outras pessoas, percebi que não era isso. Não vou dizer que não foi estranho para mim no começo. Eu achava que estava "virando gay", mas percebi que, por mais que dissesse que não era homofóbico, eu estava sendo, e o pior, comigo mesmo. Não sei quem eu estava tentando enganar, mas provavelmente eu sempre gostei de homens, só nunca me deixei sentir.
Percebi que estava o encarando há muito tempo, então decidi falar o que estava pensando há um tempo: — A gente vai ter uma árvore de Natal? – perguntei depois de minutos.
Ele não tinha soltado minha mão, então, num ato de coragem, entrelacei nossos dedos. — Você quer permissão para ter uma aqui, ou está perguntando se eu quero? – ele perguntou, sem demonstrar qualquer reação negativa ao contato.
— Os dois. Gosto da decoração de Natal e quero colocar aqui – respondi, agora sentando no balcão da cozinha ao lado dele.
— Nunca tive uma, nem pensei nisso, na real – ele afirmou meio desnorteado, e presumi que fosse por causa de sua família.
— Ótimo, então eu posso colocar uma, e você vai ter a sua primeira – levantei-me e soltei sua mão dessa vez.
— Vou me arrumar para a gente ir comprar.
— Você não vai comer primeiro? – ele perguntou, levantando também.
— Eu como na rua – corri para cima, empolgado. Talvez inconscientemente eu tenha decidido contar para ele quando fôssemos montar a árvore. Quando pensei nisso, decidi na hora fazer. Nunca fui religioso, mas seja o que Buda, Deus e o aniversariante Jesus quiser.
[...]
Saímos para comprar nossa árvore. Confesso que estava tão animado que mal consegui dormir na noite anterior. No caminho até a loja, a conversa fluía fácil, como sempre. Pete e eu discutíamos sobre as melhores decorações e ele riu das minhas sugestões exageradas.
— Sério, Vegas? Luzes piscantes de arco-íris? – ele riu, olhando para mim com aquele brilho nos olhos.
— Por que não? Se vamos fazer isso, vamos fazer direito – brinquei, dando um empurrãozinho nele.
Chegamos à loja e começamos a procurar a árvore perfeita. Eu me senti como uma criança em uma loja de doces, e Pete parecia se divertir com minha empolgação.
— Essa! – exclamei, apontando para uma árvore alta e cheia.
— Boa escolha – Pete concordou, pegando a árvore e colocando-a no carrinho.
Voltamos para casa carregados de decorações. Passamos a tarde inteira montando a árvore, rindo e compartilhando histórias. Na verdade, eu era quem mais falava, acho que era por conta do nervosismo.
Enquanto colocávamos os últimos enfeites na árvore, meu coração disparou. Pete estava pendurando um enfeite e eu me aproximei, tentando reunir coragem.
— Pete, preciso te contar uma coisa –disse, minha voz um pouco trêmula.
Ele se virou para mim, uma expressão curiosa no rosto.
— O que foi, Vegas?
Respirei fundo e soltei tudo de uma vez.
— Eu tenho sentimentos por você. Não sei como aconteceu, mas percebi que gosto de você mais do que um amigo.
Pete me olhou por um momento, enquanto processava o que eu tinha dito. Em seguida, um sorriso suave se formou em seu rosto.
— Vegas, eu também gosto de você – ele disse, dando um passo à frente e segurando minhas mãos. — Mas isso é complicado. Eu nunca deixei meus sentimentos se desenvolverem porque achava que você era heterossexual, e nós sabemos como terminar uma paixão unilateral, principalmente com um hétero.
— Eu também pensei que era – respondi, rindo nervosamente. — Mas percebi que meus sentimentos por você são reais, não quero colocá-lo em uma situação desconfortável ou até mesmo te esconder.
Pete apertou minhas mãos suavemente.
— Estou feliz que você tenha dito algo. Achei que estava ficando doido, achando que você gostava de mim. Podemos levar isso no seu ritmo. Não precisa se apressar.
— Você achava? – perguntei indignado.
— Você não é a pessoa mais sutil do planeta. Você fica vermelho com qualquer coisa que eu digo e faço relacionado a você.
Com um bico nos lábios, respondi: — Achei que estava disfarçando. – Abaixei a cabeça.
Então, ele me puxou para um abraço. Foi um momento cheio de alívio e alegria. Nós dois sabíamos que as coisas seriam diferentes a partir daquele ponto, mas estávamos prontos para enfrentar isso juntos.
— Vamos terminar de decorar essa árvore – ele disse, sorrindo. — E depois, podemos conversar mais sobre tudo isso.
Eu sorri de volta. — Combinado, mas... – não consegui terminar o que queria.
— Mas o quê? – Pete perguntou, voltando e segurando minhas mãos.
— Eu quero te beijar – falei com medo.
— Fofo – foi a única resposta antes de me puxar para um beijo.
Era um selinho, mas eu não me contentei. Puxei Pete para mais perto pela cintura e aprofundei o beijo. Senti seu corpo relaxar contra o meu, enquanto nossas bocas se moviam em perfeita sincronia. O beijo começou suave, exploratório, mas logo se tornou mais intenso. Nossas línguas se encontraram e senti um arrepio percorrer meu corpo.
Pete deslizou as mãos até meu rosto, segurando-o gentilmente, enquanto uma de minhas mãos continuava firme em sua cintura e a outra subia pelas suas costas. Podia sentir seu coração batendo rápido, em ritmo com o meu. Cada segundo que passava, o beijo se tornava mais urgente, mais cheio de desejo. Nos separamos apenas o suficiente para respirar, nossos rostos ainda próximos, nossas testas encostadas. Seus olhos brilhavam, e havia um sorriso suave em seus lábios.
— Uau – ele sussurrou, sem fôlego.
— Uau mesmo – concordei, rindo suavemente.
— Isso foi... incrível.
— Hum hum – ele respondeu, ainda me olhando nos olhos. — Mais, por favor.
Nos beijamos novamente, desta vez mais devagar, saboreando cada momento. Finalmente, depois de alguns minutos que pareceram uma eternidade e ao mesmo tempo um instante, nos afastamos, sorrindo.
— Acho que nossa árvore está oficialmente abençoada – brinquei, apontando para a árvore de Natal ao lado.
— Com certeza – Pete respondeu, rindo.
— Vamos terminar de decorar e depois podemos conversar mais.Terminamos de decorar a árvore. O clima nunca foi tão bom como agora. Eu realmente estou feliz; os últimos meses foram um completo caos.
Agora celebramos oficialmente nosso primeiro Natal juntos, e sei que amo esse homem.
[...]
Conversamos. A conversa foi bem curta, na verdade. Pete achou impossível falar enquanto eu tentava beijá-lo, mas também não me afastou. A conversa foi resumida a coisas bem simples. Pete não queria ser um "gay assediador" ou me fazer passar por problemas, e eu entendi. Na verdade, estando do lado da pessoa que poderia sofrer homofobia, era mais fácil de entender.
Ele contou muitas coisas que passou quando se assumiu e falou que eu tinha sido mais forte de aceitar isso do que ele. Ele mesmo passou quase uma década mentindo para si mesmo, sendo a pior pessoa homofóbica contra ele mesmo. A sua primeira decepção amorosa não foi nada perto disso, e eu apenas concordei e falei que passei por algo parecido.
"Nem acredito no inferno, mas fui o primeiro a me mandar para lá." Isso resumia quase tudo o que ele disse, e eu concordei.
A conversa foi curta e esclarecedora. Pete riu quando eu contei que fiz testes no Google para saber o que eu era e o que sentia, e a reação dele foi engraçada.
— Você não está falando sério? — ele ria. — Achei completamente fofo isso, mas você é oficialmente estranho.
Estranho ou não, eu sabia o que sentia. Pete me explicou que a sexualidade era um espectro, então não havia necessidade de me rotular tão cedo.
"Você pode ser tantas letras: B, P, G. Você tem o alfabeto inteiro."
[...]
5 meses depois.
Dia 23 de dezembro foi o dia que tudo mudou para mim, a véspera da véspera do Natal. Hoje é dia 20 de maio e faltam dois dias para fazer cinco meses juntos. Esses cinco meses foram os melhores possíveis; Pete é um anjo na minha vida. Para resumir os últimos meses, fizemos coisas de casal: saímos para jantares, cinema, viagens grandes e pequenas, e apresentei Pete a uns quatro amigos meus que ele não conhecia. Tivemos crises de ciúmes da minha parte e muitas outras coisas.
Mas algo que ainda não alcançamos foi o sexo. Passamos esses cinco meses sem transar. A razão é um pouco complicada. Pete nunca me forçaria a fazer isso, por mais que ele quisesse muito. Durante nossas pegação durante o dia, que não era pouca, eu sentia Pete querendo mais, porém se segurando muito. O fato é que eu não estava pronto, mas agora estou. Já faz um tempo, mas não sei como falar. Não quero que pareça forçado, nem mesmo desesperado, mesmo que eu esteja. Já tem mais de um ano que não estou com ninguém na cama, então já tem teia de aranha no meu pau.
Um dos motivos pelo qual eu não estava pronto foi o fato de ser a minha primeira vez com um homem. Por mais que sexo anal exista com mulheres, é diferente, eu acho, pelo menos. Eu estava adiando a conversa sobre isso com Pete, mas o destino resolveu atrapalhar, e com destino eu quero dizer Porchay, o lindo e maravilhoso diabo na minha vida, que resolveu brigar com Kim, até então seu noivo, e simplesmente decidiu sair de casa. Meu namorado, como um bom amigo, ofereceu o nosso quarto extra. Nosso quarto extra porque eu durmo com Pete todo dia; parecemos que estamos casados há sete anos, o que é maravilhoso na minha visão.
— A briga foi por quê? – perguntei indignado.
— Aquele vagabundo deixou uma biscate dar em cima dele e ainda disse que eu estava errado por bater nela – o capeta diz com raiva.
— Ele tem razão, você está errado – digo rindo.
— Me erra, Vegas. Por que você não vai chupar um pau e me deixa em paz? – nunca fiz isso, mas eu queria.
— O que você quer que eu diga?
— Quero que você pare de ser um idiota e me dê apoio – Porchay rebateu, cruzando os braços.
— Apoio? Você quer apoio para o quê? Para bater em alguém? – retruquei, levantando uma sobrancelha
— Pelo menos eu defendo quem eu amo. Não fico só olhando, igual a você! – ele gritou.
— Ah, claro. Porque bater nas pessoas é a melhor forma de resolver problemas, não é? – retruquei sarcasticamente.
— Pelo menos eu faço alguma coisa, ao contrário de você, que só sabe reclamar e implicar com todo mundo! – Porchay respondeu, a raiva crescendo em sua voz.
— Reclamar? Eu? Você é que chegou aqui trazendo seus problemas e esperando que todo mundo se alinhasse ao seu drama! – respondi, sentindo minha paciência se esgotar.
Porchay bufou, irritado. — Você é impossível, Vegas. Não dá para conversar com você.
— E você é dramático, Porchay. Não dá para te levar a sério – rebati, cruzando os braços.
Antes que a discussão pudesse escalar ainda mais, Pete entrou na sala, com um olhar cansado mas calmo. — Meninos, chega. Vamos nos acalmar. Porchay, você pode ficar aqui o tempo que precisar, mas vamos resolver isso sem brigas, ok? – Pete disse, sua voz suave mas firme.
Eu e Porchay nos encaramos por um momento, ambos ainda irritados, mas acenamos com a cabeça em sinal de concordância.
— Tudo bem, Pete – respondi, tentando acalmar meu tom de voz.
— Certo – Porchay murmurou, virando-se para pegar suas coisas.Enquanto Pete ajudava Porchay a se instalar no quarto extra, eu fui para a cozinha, precisando de um momento para respirar. Porchay e eu éramos amigos, sim, mas não da forma normal. Na maioria das vezes, só brigávamos.
Pete voltou sem Chay dessa vez e me abraçou por trás. Ele beijou meu pescoço e me virou para ficar de frente para ele.
— Amor, você está com um bico gigante – ele disse.
— Estou não – retruquei, cruzando os braços.
— Está sim, Vegas – Pete insistiu, sorrindo levemente enquanto acariciava meu rosto.Suspirei, deixando um pouco da tensão sair.
— É só que... Porchay me tira do sério às vezes.
Pete riu suavemente e puxou-me para mais perto.
— Eu sei. Mas ele é seu amigo e está passando por um momento difícil. Vamos tentar ser compreensivos, ok?
Eu olhei nos olhos de Pete, sentindo o carinho e a paciência dele me acalmarem.
— Ok. Eu vou tentar. – Ele sorriu e me deu um beijo suave nos lábios.
— É assim que se fala. Agora, vamos lá ver se o Porchay precisa de mais alguma coisa.
Assenti e segui Pete de volta para o quarto extra, onde Porchay estava se instalando. Pete foi conversar com ele, enquanto eu observava à distância, ainda tentando acalmar meus nervos.
Porchay olhou para mim e, pela primeira vez naquela noite, seu olhar não estava cheio de irritação. — Desculpa, pregar. Acho que estou um pouco sensível hoje.
Eu dei de ombros, tentando parecer casual. — Tudo bem, diabo. Só não precisa ser tão dramático o tempo todo.
Ele riu, o que foi um alívio. — Vou tentar.
— Meu Buda, vocês só sabem se xingar. – Pete diz indignado.
— Sim. – eu e Chay respondeu rindo
Pete nos observou, e riu . — Agora, vamos jantar e tentar ter uma noite tranquila, ok?
Concordamos e seguimos para a cozinha, onde começamos a preparar o jantar juntos. A tensão diminuía a cada momento, substituída pelo conforto.
[...]
Eu oficialmente odeio o Chay. Alguém tira esse cara de perto de mim! O relacionamento dele terminou de vez, mas a relação dele com o MEU namorado não quer acabar.
Ele e o MEU namorado saíram juntos, sozinhos. Não sei em que momento eu perdi meu namorado, mas perdi. Eles saíram há três horas, e já faz três semanas que eu quero falar com o meu namorado e não consigo, PORQUE O PORCHAY NÃO DEIXA O MEU NAMORADO SOZINHO NEM POR UM SEGUNDO.
Eu estava sentada no sofá, batucando os dedos impacientemente no braço estofado. Havia esperado tanto por uma noite tranquila com Pete, mas, mais uma vez, Porchay apareceu do nada, monopolizando o tempo do meu namorado. Suspirei, olhando para o relógio pela décima vez. Três horas se passaram desde que Pete e Porchay saíram para "uma conversa rápida". Eu sabia que Porchay estava passando por um momento difícil, mas me sinto frustrado por nunca conseguir um momento a sós com Pete.
Peguei o telefone e digitei uma mensagem para Pete, mas apaguei antes de enviar. Não queria parecer egoísta ou insensível, mas precisava encontrar uma maneira de expressar meus sentimentos. Decidi esperar Pete chegar, e de hoje essa conversa que precisávamos ter não passava.
Talvez eu esteja exagerando. Talvez seja porque eu preciso fazer sexo e não sei como dizer isso para o meu namorado. Talvez. Mas, na verdade, não é só isso. Talvez Chay esteja monopolizando a atenção do meu namorado e eu só esteja com ciúmes. Porque estou acostumado a ter Pete só para mim. Desde o começo do nosso relacionamento, foi assim, então por que agora seria diferente? Também é o fato de uma conversa simples, tipo, "como foi seu dia, meu amor?" Eu não consigo ter porque Chay está sempre presente.
Eu não consigo conversar intimamente na frente dos outros. Não é como se eu fosse tímido, porque eu beijo Pete na frente de todo mundo, mas sentimentos... Sentimentos têm que ser tratados de forma particular, e eu sempre fui assim.
Tanto que quando Porchay terminou, há menos de três dias, com Kim, no meio da minha sala, eu me senti estranho. Mas, sim, porque não era o tipo de coisa que deveria ser feita na frente de pessoas que não têm nada a ver com um relacionamento, como eu e Pete. Eu sei que as pessoas não são assim, mas eu só queria que meu namorado conversasse comigo tranquilamente, poder dizer o que está acontecendo.
[...]
Mas uma hora depois Pete chegou, eu já tava na cama porque minhas costas estavam doendo no sofá, apenas escutei a porta sendo destrancado, Pete entrou e como sempre o homem tava lindo, entrou sorriso para mim como sempre.
— Amor. – ele vem me chamando com os braços abertos.
— Oi baby. – eu me sentei na cama passando os braços na sua cintura, ele me abraçou de volta mas se afastou quando meu rosto bateu no seu peito.
— Que foi, baby, não quer me abraçar? –
falei triste.
— Não é isso, bobo. – Pete sorriu.
— Então me abraça, passou o dia fora e nem me abraça direito vai?
Ele ri e diz: — dramático, e só que...
— E só que o que Pete?
— Eu fiz uma coisa. – ele continua sorrindo, mas acha que a minha cara de assustado diz mais.
— Eu coloquei um piercing.
— Sério, cadê? – responde olhando para o nariz, orelha, mas não encontrando nada.
— Foi nos peitos. – ele tira a camisa me dando um linda visão do seu corpo, com os piercings no peito, um piercing prata contrastando com a pele branca dele.
Ai meu coração.
Eu apenas fiquei ali encarando os peito dele, só percebi que tem me levantado e tava pressionando no corpo do pete quando escutei um leve gemido dele.
— Baby, posso colocar na boca? — sussurrei, olhando nos seus olhos com desejo enquanto o puxava para mais perto. Eu senti meu coração disparar enquanto encarava aqueles olhos cheios de desejo.
Pete não respondeu com palavras, mas afirmou com a cabeça, me inclinei para frente e o beijei profundamente, sentindo a textura dos piercings em seus lábios. Pete gemeu suavemente, eu apertava dia cintura, enquanto beijava o mamilo esquerdo e mexia no direito com a mão, depois de alguns minutos troquei, eu tava tão perdido no corpo e nos gemidos de Pete que não ouvi nenhum dos meus pensamentos.
Eu parei que estava fazendo e olhei para Pete. — Desculpa, acho que me empolguei. – digo com a minha voz tava rouca.
— E-eu não r- reclamando. – ele diz gaguejando completamente envolvido, seus peito estavam vermelhos, e seu rosto também, ele me olhava como se eu tivesse cometido um crime por para.
Vendo ele assim tão necessitado, eu não vou esperar por uma conversa não, digo de uma vez: — Honey, eu quero transa com você. – e agora ou nunca, eu não vou esperar nem mais um segundo.
— Você tem certeza, é sua primeira vez com homem. – ele pergunta meio desnorteado.
— Tenho a muito tempo, mas não tava tendo como falar, por que Porchay não para de te monopolizar. – eu falo de forma ríspida, e ele percebeu o meu ciúmes.
— O Porchay não está em casa, então acho que você não precisa se preocupar.
Com o calor do momento e a confissão de desejos há muito tempo reprimidos, não havia mais espaço para hesitação. Pete olhou nos meus olhos com uma mistura de excitação e nervosismo, mas sua resposta foi um simples aceno de cabeça, indicando sua concordância.
Sem mais palavras, nos entregamos à paixão que havia sido contida por tanto tempo. Minhas mãos percorreram seu corpo, explorando cada centímetro com desejo ardente. Os piercings em seus mamilos adicionavam uma sensação extra de prazer à medida que eu os acariciava suavemente. Pete gemeu em êxtase enquanto eu explorava seu corpo, entregando-me completamente ao momento. Cada toque, cada beijo em seu corpo, era uma expressão do amor e desejo que sentíamos um pelo outro.
Eu beijava o corpo dele, como se fosse engoli-o, não tinha espaço entre nós, eu sentei na cama, e puxei ele para o meu colo, ele não demorou a começar a rebolar seu bunda sobre meu pau que nessa altura já estava duro feito pedra, Pete me empurrar sobre a cama e começou a beijar meu pescoço, a boca dele era quente e molhada ele abriu os botões da minha camisa sem nenhum esforço e começou a descer mais e mais, meu coração dispara quando ele se ajoelhar no meio das minhas pernas, e me olha, ele queria a minha permissão, então eu dei, enquanto me sentava de volta cama. Ele abriu meu short e colocou meu pau para fora, enquanto me olhava nos olhos. Ele começou a passar a língua em círculos na minha glande, que nesse ponto estava inchada e vazando pré-gozo. Ele passou os lábios inferiores antes de abocanhar toda a ponta. A língua dele continuava na ponta, e sua boca quente envolvia meu pau. Eu estava no paraíso. Ele começou a se movimentar e, instintivamente, eu apertei minha mão sobre seus cabelos. Meus próprios gemidos e o som do meu pau batendo na sua garganta eram os únicos barulhos que se podia ouvir.
— Pete, eu vou... – Antes que eu pudesse concluir a frase, ele retirou meu membro de sua boca.
De repente, ele se levantou e despiu-se completamente. Quando terminou, puxei-o de volta para o meu colo.
— Lubrificante e camisinha, Pete. – perguntei e vi enquanto ele se esticava em direção à cômoda, pegando apenas a camisinha.
— Não temos lubrificante – ele respondeu.
— Isso pode machucar você, baby. – preocupei-me.
— Foda-se, só me come de uma vez. – ele insistiu.
Abri a camisinha com os dentes e coloquei-a em meu membro. Antes mesmo de eu poder prepará-lo, Pete montou em mim.
— Porra, Pete, você é fodidamente apertado. – deixei escapar, mais como um gemido.
— E você é fodidamente grande. – ele retrucou, com um misto de dor e prazer em sua voz.
Eu deitei com Pete, ficando sobre ele, e beijei seus peitos para aliviar a dor enquanto começava a me movimentar. As estocadas eram fortes e firmes, e pude sentir Pete relaxar sob mim, seus gemidos aumentando enquanto balbuciava palavras sem muito sentido. Meu rosto estava escondido em seu pescoço, perto de seu ouvido, enquanto repetia o quanto ele era gostoso a cada vez.
Eu queria mais, queria sentir cada parte dele, cada gemido, cada suspiro. Meu corpo ardia de desejo, ansiando por mais contato, mais prazer. Pete estava entregue a mim, seus movimentos se sincronizando com os meus, os corpos encaixando-se perfeitamente, ali era apenas luxúria e paixão.
Cada toque, cada roçar de pele, era uma explosão de sensações, levando-nos a um êxtase compartilhado. Os gemidos de Pete ecoavam pelo quarto, misturando-se com os meus, criando uma sinfonia de prazer. Eu me perdi naquele momento, perdendo-me em Pete, em nossos corpos entrelaçados. Não havia mais nada além de nós dois, no mundo; transar com esse homem era a nona maravilha do mundo, a nona porque a oitava era ele em si.
E então, em um clímax perfeito, mas algumas estocadas, Pete gozou e com isso acabou melando meu rosto. Ele sorriu para mim, e aquilo foi o meu aval para gozar também. Meu corpo caiu por cima de Pete e ele me abraçou, ficamos ali por alguns minutos, até eu retomar a consciência e sair de dentro dele. Deitei ao seu lado e tive a melhor visão da vida, Pete suado, corado e relaxando. Isso vai ficar para sempre na minha cabeça, e eu vou amar lembrar.
[...]
Senti algo no meu rosto. Quando abri os olhos, vi Pete abraçado a mim, mas um movimento me fez olhar para o lado da cama, onde vi uma figura em pé.
— Acordou finalmente, a noite foi boa mesmo – o diabo disse, olhando para mim e para Pete, que se encontrava sem blusa. Imediatamente, cobri o tronco de Pete.
Eu ia gritar, mas Pete estava dormindo, e depois de ontem e das rodadas de sexo, ele precisava descansar.
— Porchay, quem deixou você entrar aqui? – falei quase sussurrando.
— Ninguém, nunca precisei de permissão para fazer o que eu quero.
— Agora precisa, esse é o meu quarto, o lugar onde eu durmo com o meu namorado.
— Claramente não só dorme, não é? – Eu vou matar esse cara.
— Porchay, sai daqui, por tudo que é mais sagrado – falei baixo, mas a minha vontade era gritar.
— Calma, só vim avisar que estou indo embora.
— Precisava entrar aqui para dizer isso? Podia esperar a gente acordar – falei indignado.
— Eu estava esperando, mas depois das 10 horas, percebi que vocês não têm nenhum plano de acordar cedo.
— 10? Que horas são? – Meu Buda, a gente dormiu demais.
— Chay? – A voz sonolenta de Pete diz. — O que está fazendo aqui? – Acredite, eu quero saber.
— Oi, Pete. Eu apenas vim avisar que estou indo embora. Obrigado pela hospitalidade, casal. Vou deixar vocês sozinhos para curtirem a manhã pós-sexo.
— Eu odeio ele – falei.
— Bom dia, meu amor. – Pete sorriu.
— Bom dia, baby.
Depois que Porchay saiu, a tranquilidade voltou ao quarto. Pete se virou para mim, ainda sonolento, e me abraçou com carinho.
— Que bom que ele foi embora. — murmurei, e Pete se esfregou um pouco no meu peito.
— Ele provavelmente voltou com o Kim, ontem Kim ligou bêbado para ele, ele estava lá até agora provavelmente. – Pete comentou.
— Que volte e fique por lá mesmo. Vamos trocar a senha da porta? – disse rindo.
— Você não presta. – Ele disse, e eu beijei.
— Realmente, mas você me ama mesmo assim. – respondi, e Pete gargalhou.
⟩✿⟨
Oneshots se resume essas imagens.
Espero que tenham gostado, ficou longo, eu sei, foram mais de 5100 palavras.
O hot ficou meio capenga, porque eu não sabia o que fazer, nem era pra ter hot, na real.
Beijos de uvaaa. 🩷🍇
Bem, os créditos aqui não é totalmente meu, eu escrevi, porém a ideia surgiu no grupo (grupo para autores e fãs que eu e mais algumas amigas criamos) uma das meninas mandou um vídeo e disse que seria legal criar uma história em cima, então aqui está, sabes aquelas histórias de Reddit do tik Tok, então foi dessas.
Está aqui o seu pedido: Ghost_Black2
Posta capítulo de gravidez, pelo amor de Deus.
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