(🥀) Restos de uma boa lembrança

Felix tentava regular sua respiração, que estava ofegante, ainda nos braços do Hwang, que continuava com uma de suas palmas frias em sua bochecha, ele parecia atencioso e gentil. Com sua mão direita pousada em cima do peito de Hyunjin, Felix sentia seus batimentos acelerados. A luz da lamparina mal iluminava o ambiente, mas seus olhos já acostumados com o ambiente escuro conseguia ver a expressão do Hwang, que parecia feliz, mas através da felicidade também havia outras camadas de emoções em seu rosto.

— Muito obrigado por não ter me queimado, Felix... — Hyunjin murmurou, encostando suas testas e fechando seus olhos.

— Hyunjin, não quero que acabe machucado no fim também — confessou, fechando seus olhos assim como o mais velho. Felix leva sua mão esquerda à mão do Hwang em seu rosto, a segurando. — Mas continuar aqui é o equivalente a se condenar à dor para sempre.

— Felix, você sabe o motivo de eu ainda estar aqui. Eu fui condenado a isso, minha família depende da minha condenação.

— E se eu procurar por eles? — Perguntou, esperançoso, abrindo seus olhos e percebendo que o Hwang havia feito o mesmo, afastaram seus rostos mas ainda continuavam muito próximos. — Confia no Herdeiro?

— Por que isto envolve Bang Chan?

— Ele me ofereceu ajuda, talvez possa me ajudar a encontrar seus pais — explicou, vendo a expressão descrente de Hyunjin. — Você precisa ao menos tentar mais uma vez. Hyunjin, agora não está mais sozinho! Não tem um lugar para voltar? Não importa, eu irei encontrar o lugar para qual você deve ir para estar com sua família novamente! Irei fazer o possível para devolver o seu lar.

— Sabe que isso é extremamente perigoso, não posso permitir mais tragédias vinculadas ao meu nome. — Felix abriu seus lábios para respondê-lo mas foi cortado pelo Hwang. — Todos esses anos em que passei preso aqui, diversas pessoas foram punidas severamente por minha culpa. Meus pais foram punidos por minha culpa também! Não quero que mais desgraças aconteçam com as pessoas ao meu redor.

— Eu vim trabalhar no castelo somente para vê-lo, mesmo odiando esse tipo de trabalho. Depois de tudo que me contou, não acho que conseguirei continuar trabalhando neste castelo normalmente. Hyunjin, Jeongin tem se aproximado do meu irmão! Esteja eu vinculado a você ou não, ainda continuarei com minha família em risco se Jeongin continuar a se aproximar. Se for para estar em risco, quero estar em risco o ajudando a ir para bem longe desse fatídico jardim. Me dê esse voto de confiança!

— Eu confio em você, Felix. Em todos esses anos, você foi a única pessoa que me ouviu, a única pessoa que conseguiu me trazer um pouco daquela felicidade que eu sentia quando estava em liberdade. Mas o que eu sinto agora é unicamente medo.

— Eu entendo o seu medo, também sinto muito medo. No entanto, mesmo que no fundo, você sempre viveu com medo durante esses onze anos, não é? Hyunjin, está na hora de poder ser livre mais uma vez, a hora de finalmente ficar livre desse medo.

Hyunjin ficou em silêncio, se sentindo hesitante. Após tantos anos não sabia nem mesmo se seus pais ainda estavam vivos, apesar de em seu interior rezar todos os dias para que estivessem saudáveis em algum local mais agradável do que ele se encontrava. Ele queria ter a chance de viver em liberdade novamente, a chance de ver sua família e viver como viviam antigamente. Queria ajudar a cuidar das flores que sua mãe plantava, ajudar seu pai a fazer o almoço de sua mãe que provavelmente estava bem ocupada na feira. Queria arrumar a mesa para esperar a chegada do seu pai já tarde da noite...

— Aceitarei a sua ajuda. Mas me prometa pelo menos uma coisa — pediu, parecendo apreensivo, sua sinceridade era transparente agora. Felix sentia que conseguia ler seus sentimentos melhor que do antes.

— Diga-me o que é.

— Se perceber que a situação não está favorável para você ou sua família, fuja para o mais longe que conseguir. Finja que nunca me conheceu. É por sua proteção. Nunca se esqueça de quem Jeongin realmente é.

— Prometo que irei ajudá-lo da melhor forma que conseguir e que, caso as coisas se compliquem, recuarei temporariamente. Mas não prometo que o esquecerei, não posso fazer isso.

— Seu lado teimoso retornou — Hyunjin comentou, dando uma pequena risada divertida. — Admiro isso em você, os cavaleiros precisam ser um poucos teimosos para serem destemidos.

— Na verdade, precisamos ser muito obedientes se não quisermos acabar sendo punidos severamente — corrigiu.

— Mas ser totalmente obediente é um tanto sem graça, não acha? É interessante tirá-los do sério. Sempre sou chamado de camponês arrogante.

— O meu trabalho é ser obediente a eles, Hyunjin.

— Quando eu conseguir fugir, especulando que eu consiga, você não poderá continuar aqui. O que você e sua família farão?

Felix não podia simplesmente tirar todos da cidade repentinamente, teria que explicar a situação e ainda teria o restaurante e a loja de seu irmão que estava indo muito bem em vendas. O Lee não sabia se queria ir embora e deixá-los para trás, não sabia se seriam afetados diretamente pelo príncipe quando seu envolvimento fosse revelado, mesmo sua família sendo inocente. O Príncipe Jeongin não podia ser subestimado.

— Irá realmente depositar toda a sua confiança em Bang Chan? Mesmo que ele seja o Príncipe Herdeiro, até lá estaremos lidando com o atual monarca, e ele é totalmente negligente quando se trata de colocar limites em seu filho mais novo.

— Vamos pensar com calma primeiro, está bem? Só dei uma sugestão por enquanto, preciso pensar em como podemos atuar. O cenário atual ainda não é o melhor para uma fuga. Mas não se preocupe, irei pensar em um plano cuidadosamente, também não quero envolver inocentes nisso tudo. O Rei está um pouco doente nesses últimos dias, quem sabe não é uma boa oportunidade para você?

— Podemos falar de outra coisa agora? — Hyunjin sugeriu e assumiu um tom mais divertido novamente. — Como por exemplo, o fato de você estar destruindo minha roseira atrás de você.

Felix riu, deixando de se apoiar na parede fria atrás de si.

— Foi você que me obrigou a me apoiar aqui — retrucou.

— Não precisar se afastar, não pretendo deixá-lo sair daqui por enquanto. Acho que ainda não tive o suficiente do meu astro alcançável.

Hyunjin segurou os ombros do loiro e o empurrou levemente para trás para que voltasse a se apoiar na parede repleta de rosas. Aquela lhe parecia uma ótima visão. Lee Felix Yongbok era realmente belo, parecia um quadro repleto de detalhes minuciosos que miravam em uma beleza única. Nem mesmo as mais belas flores poderiam ser comparadas a ele, e Hyunjin amava flores, as achava perfeitas.

Aproximou seus corpos novamente, tomando os lábios já um tanto avermelhados para si. Sabia que para ficar viciado naquilo não seria difícil. Felix parecia viciante.

🥀

A noite, por mais perfeita que parecesse, não poderia durar para sempre. Felix ainda tinha suas obrigações como um Guarda Real, então só poderia permanecer ao lado de Hyunjin no jardim por algumas horas. A manhã sempre era o momento mais torturante do dia. Mesmo que as visitas pudessem ocorrer em outros momentos do dia, a manhã era o momento em que Jeongin mais utilizava para vê-lo, sempre deixava guardas de confianças postos próximos ao local em que estava, longe o suficiente para que tivessem privacidade, mas perto o suficiente para impedirem qualquer revolta do Hwang.

Ter que aguentar sua falsa simpatia lhe dava náuseas. Jeongin realmente acreditava ser uma espécie de dono, um dono que Hyunjin nunca poderia desobedecer ou contrariar. Para ele, Hyunjin era somente um rosto o qual ele apreciava, mas que deveria agir da exata forma que ele desejava, caso contrário, ele valeria o equivalente a uma mera folha caída de uma flor murcha. Inútil.

Em todos aqueles anos, era como se Hyunjin fosse exatamente aquilo para Jeongin, inútil. Ele nunca foi o que Jeongin idealizava. Em onze anos, ele nunca se rendeu às tentativas do mais novo. Em certo momento, o Hwang acabou virando somente seu troféu. Mesmo que não pudesse o ter da forma que desejava, ele ainda o manteria ali, unicamente para torturá-lo e fazê-lo perder o sentido aos poucos.

Por muitos anos foi exatamente assim, Hyunjin não via sentido algum em sua vida, mal conseguia contar os dias normalmente. Os corredores pareciam infinitos, como se andasse sempre em círculos. Ele não conseguia seguir em frente, e ele detestava isso.

— Nossos últimos encontros não foram os mais agradáveis que já tivemos, por isso vim trazer para você alguns presentes de desculpas.

Hyunjin não respondeu, sentado em uma das cadeiras ao redor da mesa. Jeongin havia entrado em sua cabana durante a manhã, deixando alguns pacotes finos em cima da mesa. O Hwang não se atreveu a pegá-los, muito menos a abrí-los e ver o motivo para ter sido agraciado com a presença daquele príncipe.

Jeongin abriu os pacotes por si mesmo ao perceber que o mais velho não iria mover-se, tampouco agradecê-lo. Tirou de lá, roupas novas, mais sofisticadas e bem feitas, a qualidade poderia se assemelhar ao que era entregue aos príncipes. Eram peças deslumbrantes e bem-feitas. Mas, vindo de Jeongin, qualquer presente lhe era inútil.

— Por que me presenteia com roupas que não terei nem uma oportunidade para usar?

— Você apareceu no último baile com roupas medíocres, apesar de ser muito belo. Assim eu percebi que deveria estar tão bem vestido quanto nós, já que é tão importante para mim.

— "Roupas medíocres"? Esqueceu que eu sou somente um camponês medíocre? Não espere cortesia alguma de mim.

Jeongin sorriu, apesar de estar ficando impaciente mais uma vez. Queria somente que o Hwang lhe demonstrasse gratidão uma única vez. Ele havia lhe dado uma vida no castelo! Roupas luxuosas! Jóias preciosas! Tudo que um plebeu jamais teria sequer a sorte de ter.

— Eu transformei esse camponês medíocre em parte da família real.

— Se sou parte da família, por que sou mantido preso? Vocês não são aprisionados como eu aqui.

Jeongin respirou pesadamente, jogando a roupa em suas mãos na direção do Hwang que pouco se abalou. Se aproximou e segurou o queixo do mais velho com brutalidade, forçando-o a olhar em seus olhos. Hyunjin manteve seu olhar impassível.

— Seu olhar sempre contém ódio de mim, nunca muda! — Exclamou, soltando seu rosto com tanta brutalidade quanto segurou. — Se odeia tanto, por que não foge então? Você me odeia mas permanece aqui? Tem certeza que me odeia ou só quer me ver enlouquecer por sua culpa? Realmente me odeia ou só aproveita a vida no castelo?

— Acha que permaneço aqui simplesmente pelo capricho de fazê-lo enlouquecer ou por gostar de viver no "castelo"? — Perguntou, incrédulo. — Gosta de fingir que não sabe o motivo pelo qual ainda aguento essa tortura de anos? Bang Jeongin, você destruiu a minha vida! Destruiu a minha família! — Gritou, se levantando da cadeira com seus olhos avermelhados, sua voz carregando uma alta tensão de emoções suprimidas. — Minha família depende do que eu faço, isso não é o suficiente para você? Não queria me ver sofrer quando me jogou aqui dentro? Pois eu sofro, todos os dias.

— Eu deveria ser mais importante que a sua família! Eu sou sua família agora, pois você é meu. — Enfatizou, segurando o colarinho da roupa do Hwang, o aproximando de si. — Eles nunca poderiam lhe dar tudo o que eu lhe dei de boa vontade.

— É verdade, eles não poderiam. Pois seria impossível sentir tanto ódio dos meus pais quando eu sinto de você. Pois foi isso que você me deu, sentimento de ódio e nojo.

Jeongin riu.

Segurando com força o tecido da roupa do Hwang, seu corpo mostrava sua raiva, sua tensão, mas seu rosto parecia uma completa bagunça de sentimentos. Se fosse há anos atrás, quando Hyunjin tinha medo o suficiente para nunca ousar desobedecê-lo, ele estaria nesse exato momento se desculpando por suas falas impensadas e tentando apaziguar sua fúria. Mas agora, mesmo com medo do príncipe, Hyunjin continuava firme, segurando seu olhar com a mesma intensidade. Nenhum dos dois iria recuar.

— Hyunjin, sabe o motivo pelo qual eu resolvi deixá-lo aqui, preso longe dos seus pais? — Perguntou repentinamente, agora mais sério, mas ainda com uma expressão divertida. — Eu poderia muito bem ter o aprisionado aqui junto com a sua família, eu poderia ter feito esse mínimo por você. Eu alimentei seus interesses. Rosas são suas flores favoritas? Ótimo, eu lhe dei um jardim cheio delas para você. E pintura? Dei tudo o que precisava para seguir esse novo interesse neste lugar. Roupas novas e de boa qualidade? Eu te dei isso.

— Eu nunca pedi que fizesse isso por mim. Lembro-me perfeitamente dos meus únicos pedidos, que foram que me deixasse em paz e que me deixasse voltar para a minha família.

É exatamente isso que me enlouquece, Hwang Hyunjin! — Gritou, empurrando-o. — Eu o deixei assim aqui pois eu queria que você pensasse somente em mim! Deixasse de pensar na sua família frívola que nunca poderia fazer tudo o que eu fiz! Sabe o motivo pelo qual eu o prendi aqui mesmo depois de ter me rejeitado? Porque eu não suportava a ideia de, no futuro, vê-lo com outra pessoa. Quem seria melhor do que eu? Eu sou um príncipe! Você, um mero camponês, sequer poderia imaginar ter um príncipe à sua disposição.

— Eu não só não imaginava isso como eu também não queria. Você fez coisas que eu nunca pedi. Você nunca será mais importante do que a minha família e eu posso sim imaginar muitas pessoas melhores do que você, não é muito difícil — zombou, afrontando diretamente o príncipe. — Quer surtar agora? Sempre faz isso quando não faço exatamente o que quer. Vá em frente! Não tenho medo!

— Minha esperança era que algum dia passasse a me ver da forma que eu o vejo. Qual é a dificuldade de fazer isso? — Perguntou, em um tom muito mais baixo do que antes, se afastando da mesa e de Hyunjin, mas o que ele fez em seguida o deixou chocado.

Hyunjin não havia percebido, mas Jeongin havia se aproximado da tela em que ele havia pintado ele e seus pais, sua pintura favorita. Antes que o Hwang pudesse intervir, o príncipe rasgou a tela da pintura diversas vezes e a jogou no chão, todos os outros materiais de pintura foram jogados contra Hyunjin quando este avançou para tentar recuperar o pouco que podia da sua obra mais antiga, a que mais lhe tinha significado. As tintas se espalharam pelo chão, deixando rastros de cores bagunçadas que mancharam as imagens da pintura e a deixaram distorcida.

— Irei confiscar todos estes materiais, mandarei meus guardas de confiança buscarem tudo o que puderem. Eu estava fazendo vista grossa quanto à sua rebeldia e ainda estava o mimando, até mesmo fiz vista grossa para que continuasse a sair pateticamente daqui para vagar pelo castelo à noite. Como castigo pelo que me disse hoje, irá passar um tempo em um local mais apropriado, passará essa semana em uma cela nas masmorras; e, quando voltar, sua cabana estará limpa, sem os meus presentes ou qualquer outra coisa inútil.

Hyunjin se levantou e, com toda a coragem e raiva que conseguiu reunir, socou o rosto do Bang, que recuou vários passos e, por ter sido pego desprevenido, quase foi ao chão. Ele se firmou e riu, zombando do Hwang.

— Se continuar agindo desta maneira, irei cogitar deixá-lo nas masmorras por um ano — advertiu. — Guardas!

A pequena cabana logo abrigou mais três guardas, que entraram rapidamente sem cerimônias. Hyunjin continuou com sua aparência inabalável, ele nunca mostraria um lado frágil para ele.

Jeongin não merecia.

— Levem-no para as masmorras, ele ficará lá por alguns dias. Não será permitido visitas do meu irmão mais velho. Avise o Capitão da Guarda para manter a vigia da cela e para selecionar guardas confiáveis para isso.

Hyunjin não resistiu aos braços brutos que o levaram para fora da cabana à força, mantendo-se o mais composto que conseguia. Foi levado às pressas para as masmorras, passando na frente de alguns guardas desconhecidos que protegiam o castelo, não o reconheceram, obviamente não sabiam que ele era o verdadeiro morador do jardim.

Ele era algum intruso do jardim?

Aquela visão não era inédita, muitas pessoas foram arrastadas para a masmorra por terem invadido o jardim.

Mas eles não poderiam imaginar que ele não era um intruso, ele era a pessoa que residia lá.

Quando foi finalmente largado em uma das celas, encarou o lugar que ficaria durante aquela semana. Sua mente estava vazia até aquele momento, perdeu as forças em suas pernas, na verdade, perdeu a vontade de fazer qualquer tipo de esforço, se sentia esgotado de todas as formas.

Ah! Não poderei ver o meu Sol aqui. Pensou, encarando a pequena janela com grossas grades, vendo o Sol que esquentava conforme o meio-dia se aproximava.

Esse Sol é extremamente sem graça se comparado à Felix.

🥀

A notícia do que havia acontecido mais cedo chegou rapidamente aos ouvidos de Bang Chan, mesmo que não soubessem quem era o homem jogado nas masmorras, o Bang sabia bem. Procurou por Felix no castelo, mas não o encontrou no turno da manhã, sem ter a quem recorrer – sabendo que seu pai não iria repreender o Jeongin –, ele foi atrás da pessoa que menos queria pedir ajuda naquele momento, Seo Changbin.

— Temos que movê-los de lá o mais rápido possível, Vossa Alteza Real ordenou que novos guardas fossem postos no local. Os que estão lá no momento devem retornar assim que os novos guardas chegarem. — A voz autoritária do Capitão comandava seus subordinados em sua sala. — Vocês irão ajudar na escolta e também participarão da guarda da casa. Os escolhi pessoalmente e logo irei mandar uma recomendação ao Príncipe.

Bang Chan entrou na sala sem cerimônias, atordoando os presentes na sala, que logo o reverenciaram. Changbin ordenou que saíssem da sala, deixando os dois sozinhos.

— O que Jeongin está fazendo está passando dos limites! Na verdade, ele já havia passado dos limites há muito tempo! — Bang Chan exclamou assim que os guardas saíram da sala do Capitão. — Ele não só trancafiou Hyunjin nas masmorras como também ordenou que mudassem a posição dos pais dele? Ele teme que tenham descoberto o lugar em que eles estão?

— É só uma prevenção — respondeu simples, se sentando em frente à sua mesa. — O que faz aqui?

— Não se sente nem um pouco incomodado com essas ordens de Jeongin?

— Não importa o que eu penso, Alteza, eu só sigo ordens da Família Real.

— Obedece mais às ordens de meu irmão do que as minhas, e eu sou o herdeiro dessa nação.

— São ordens diretas do Rei.

— Claro, meu pai não se importa com o que meu irmão faz ou deixa de fazer. Sempre passa a mão na cabeça dele e permite que faça tudo o que desejar.

Changbin suspirou. A verdade era que realmente era insuportável ter que lidar com as birras e a obsessão de Jeongin, mas como tinha o apoio do próprio Rei, não tinha o que fazer, obedecê-los era o seu trabalho. E, mesmo que as suas tropas decidissem se retirar do apoio de Jeongin, ele não estava sozinho, dentro da Guarda Real havia muitos ali que eram fiéis a ele e fariam tudo o que ele ordenasse.

— Já foi visitar o Rei? — Changbin perguntou repentinamente.

— Não, fiquei ocupado nos últimos dias e ele estava um pouco indisposto.

— Nossa Majestade ficou doente e está piorando segundo os médicos reais — avisou. — Sabe o que isso pode significar? Se ele continuar piorando e os médicos continuarem sem saber o que fazer, você deve se preparar para marcar sua coroação.

Bang Chan não o respondeu, Changbin se levantou e se aproximou do mais velho.

— Se quer tanto impedir seu irmão de continuar suas atrocidades e seu pai de apoiá-lo, a única coisa que pode fazer é torcer para que o Rei continue piorando. Mas, sendo seu pai, você será capaz de pedir por isso?

— Como pode esperar que eu deseje tal coisa?! — Exclamou, se sentindo extremamente ofendido.

— Então como pretende parar tudo isso? Ser o Rei é o melhor que você pode fazer, não acha? Ter a maior autoridade dentro do castelo, já sem outra pessoa poderosa para apoiar seu irmão, isso não faria você realizar tudo o que deseja?

Bang Chan ignorou a fala do Seo, que o encarou por alguns instantes, esperando qualquer reação sua.

— Faça somente uma coisa por mim. Isso não é um pedido, é uma ordem minha como Príncipe Herdeiro. Isso não irá interferir diretamente na ordem de Jeongin, logo, não pode negar essa ordem.

— Qual é a ordem? — Perguntou com uma expressão séria em seu rosto.

— Recomende um guarda chamado Lee Felix Yongbok para a escolta dos pais de Hyunjin e autorize a entrada deste nas masmorras.

(🥀)

Tudo está se preparando para o fim da fic eeeeeee o que acharam do capítulo?

Nesse exato momento, já estou me preparando para fazer minha one da saga mixtape e também me preparando para o retorno das outras fics que estavam paradas.

O que acharam do mv de JJAM?

Eu adorei! Amo conceito mais puxado para terror e JJAM me serviu um prato cheio 🛐 isso sem contar que contribuiu para algumas fics de terror futuras que tenho em mente. Falando em fics futuras... minha mente está uma completa bagunça por causa da minha ansiedade 🥲

Até semana que vem 👋

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