Deitado na pequena cama do quarto mal iluminado, Felix observava a frágil flor em sua mão sem conseguir dormir, tentava absorver mentalmente os acontecimentos da noite anterior. Não conseguiu concentrar-se bem pelo resto do baile, só conseguia pensar nele, Hwang Hyunjin. Tudo foi tão rápido que era impossível acreditar que era real.

Sabia que não podia contar para mais ninguém, não acreditariam em sua palavra, e se chegasse aos ouvidos do Príncipe que alguém havia conseguido ver o seu tão protegido Hyunjin, Felix tinha medo do que poderia acontecer consigo.

Mas Felix não podia negar que, apesar de estar assustado com o fato de que alguém poderia descobrir a sua breve visita ao jardim, ele estava feliz e maravilhado. No entanto, ao mesmo tempo em que estava maravilhado, também estava curioso sobre o Hwang, por que ele continuava lá? Gostava daquele lugar e considerava seu lar? Por que ele havia perdido tudo?

Ele soltou um longo suspiro e desviou sua atenção da rosa, a colocando em um pequeno vaso ao lado da cama.

Apesar da história dele ser conhecida, não havia tantos detalhes sobre Hyunjin, talvez tenha sido para esconder do povo o fato de que era um belo homem, evitando que soubessem muito sobre ele e descobrissem quem era, não podia subestimar o espírito curioso de um reino. Mas isso deixava diversas perguntas na cabeça do loiro, ele era tão fascinado pelo Hwang e agora percebeu o quão superficial era a sua história.

Porém, isso só servia para deixá-lo mais curioso, a ideia de ir visitar o jardim mais uma vez talvez não fosse ruim.

Ele estava abusando de sua sorte, Felix sabia disso, mas não podia deixar de se sentir tão atraído pelo Hwang.

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O jovem príncipe estava sentado na pequena e elegante mesa redonda no meio de uma das partes do enorme jardim, olhava para o caminho que levava para a parte em que Hyunjin ficava na maioria do tempo, onde continha uma pequena cabana de madeira. Esperava pela silhueta do mais alto, para que se juntassem para uma "agradável" xícara de chá, já que fazia tempo em que não agraciava o Hwang com a sua presença.

Demorou longos minutos para que visse Hyunjin caminhando em sua direção, sentando-se na frente do príncipe, com uma expressão impassível em seu rosto. Diferente do que o príncipe pensava, ele não se sentia nem um pouco "agraciado" com a sua presença, sinceramente, preferia nunca mais ter a presença dele em seu jardim.

— Está um pouco atrasado.

— Eu sei, porém, não achei que viria hoje, já que não vem há dias.

— Me perdoe por deixá-lo tão solitário aqui. — O rosto do Príncipe foi tomado por um sorriso amável — Sei que não se agradou com isso, já que fugiu por alguns minutos para apreciar o baile de ontem.

— Então você me viu?

— É impossível não percebê-lo, sua beleza se destaca entre todos os outros. Mas peço para que não faça isso novamente, muitos o cobiçam, então mantenha-se protegido aqui.

— Sinto muito por ter sido tão imprudente, vossa alteza, mas garanto que ninguém me reconheceria, já que espalhou falsos boatos sobre a minha aparência.

— Falsos boatos?

— Ouvi uma conversa agradável que por acaso citou meu nome, já que a conversa tinha direito ao meu nome, dei total atenção a ela e descobri que espalha por reinos a fora que Hwang Hyunjin é uma "dama". — Hyunjin bufou — Tens tanto medo assim de ser julgado por ter se apaixonado por um homem? Não tens receio de espalhar o que fez comigo, mas tem receio de contar algo tão simples?

— Não foi escolha minha espalhar esses boatos, mas por favor, me perdoe por isto, não achei que o ofenderia. — O Príncipe tentou pegar a mão do homem à sua frente em um sinal de perdão, mas não teve sucesso, já que o outro recusou-se a tocá-lo e afastou sua mão, como sempre fazia. — Sabe como todos os olhos estão sobre a família real, qualquer passo em falso viraria um tumulto, um assunto que passaria de boca em boca. Meus pais foram obrigados a encontrar um jeito de tentar abafar tudo isso.

O jovem príncipe de cabelo loiro levantou-se, servindo uma xícara de chá para o moreno à sua frente, o sorriso estampado em seu rosto mostrava como apreciava o momento com o Hwang, mas isso mostrava ser algo unilateral.

— Infelizmente você foi embora do baile e não conseguiu presenciar o principal motivo por trás dele, — o príncipe continuava manter algum assunto — meu irmão teve a mão da Princesa de Hamlim prometida a ele em casamento.

— Sinto muito por Chan — Hyunjin proferiu em um murmúrio que não passou despercebido.

— Como?

— Não é nada de importante, somente parabenizei Chan pelo noivado.

— Levarei suas parabenizações a ele. — O príncipe sorriu, sentando-se novamente. — A princesa Dahyun é verdadeiramente estonteante, tenho certeza de que meu irmão ficou satisfeito.

Hyunjin não conseguiu segurar um pequeno sorriso de lado, característico dele de quando achava algo risível demais, mas preferia não contar o porquê. Apesar de permanecer trancafiado no jardim pela maioria do tempo, as vezes em que saia, conseguia informações que só podia descobrir na calada da noite.

Como por exemplo, o dia em que flagrou o Príncipe Herdeiro, Bang Chan, se esgueirando até os aposentos do Capitão da Guarda Real, e não presenciou somente uma vez, mas sim várias, todas as vezes em que dava suas pequenas fugidas do jardim durante a noite se deparava com as visitas do Herdeiro.

Porém, seu irmão não precisava saber, não é?

Ele preferia que Jeongin e toda a família real tivesse uma pequena surpresa, Hyunjin sinceramente não se importava, só ficava com um pouco de pena do Príncipe Herdeiro. Enquanto o príncipe mais novo fazia tudo o que queria, até mesmo prendia um simples camponês na propriedade do castelo, o Príncipe Herdeiro tinha que sempre seguir na linha, não podia ter suas próprias vontades e opiniões.

Hyunjin tinha raiva de toda família real, com exceção do Herdeiro, não teve muitos contatos com Chan, porém, a única vez em que conseguiu conversar com ele no jardim, percebeu como ele desaprovava seu irmão, inclusive foi ele que mostrou a pequena rachadura que tinha no muro para que ele pudesse fugir e deu informações sobre a patrulha dos guardas. Mas como era do conhecimento de todos, Hyunjin nunca conseguiu fugir, talvez por não querer, ou talvez por não ter conseguido.

Mas o fato era que Chan sempre teve que viver da forma que lhe foi prevista, os olhos sempre caiam diretamente nele, os assuntos sempre se desviavam para ele, todos tinham altas expectativas e ele não podia decepcioná-los. Por isso, o único momento em que podia ser ele mesmo era durante a calada da noite, dentro dos aposentos do Capitão Seo, que ficava nos fundos da propriedade real, enquanto todos estavam dispersos em sonos profundos.

— Infelizmente não posso fazer companhia a você por muito tempo hoje, o castelo está cheio dos convidados do baile de ontem, preciso exercer bem o meu papel como Príncipe. — Jeongin suspirou — Mas retornarei assim que possível.

Hyunjin acenou levemente com a cabeça, sem fazer esforço para que o Príncipe ficasse, o que parecia ser algo que ele desejava. Jeongin esperou por alguns segundos, até se levantar. Há muito tempo o Príncipe tinha perdido esperanças de conquistar o Hwang, mas isso não faria com que ele desistisse, se não podia tê-lo da forma que desejava, pelo menos o manteria por perto. Hyunjin ainda despertava interesse em si, e não desistiria dele até que seu interesse se dissipasse.

Quando o príncipe via a figura do mais velho à sua frente, só conseguia assemelhar à figura daquele jovem sorridente que conheceu por acaso durante um incidente na estrada. Há muito Hyunjin tinha perdido aquela pose tão adorável, se tornando impassível e impossível de transcender as barreiras que ele criou, sequer parecia a mesma pessoa. Ele só deixava as pessoas conhecerem o lado que ele queria mostrar, nunca era completamente verdadeiro em suas ações ou palavras.

O único afeto que ele demonstrava após esses onze longos anos era pelas suas tão amadas rosas, que o lembravam de sua bela mãe, sendo até mesmo muito protetor. Eram as únicas coisas que ele podia chamar de seu, o jardim era seu, junto com as rosas e a sua pequena cabana, tudo naquele lugar ele considerava seu. Sempre ficava estressado quando alguém ultrapassava os limites que ele criou para o local.

Só tinha pequenas exceções quando ele se interessava por alguém, mas esses momentos nunca acabavam de uma boa forma. Como o dia em que um rico comerciante conseguiu adentrar secretamente o jardim enquanto seguia uma estadia breve no castelo, roubando uma rosa azulada como recordação e prova de que esteve naquele lugar. Ele havia sido imprudente o suficiente para deixar esta rosa visível no castelo e mais imprudente ainda ao deixar o Príncipe ver, o final da história não foi uma das melhores. Hyunjin não se interessou por ele, mas sim pela sua imprudência e arrogância que o levou diretamente para a forca.

Até esse momento, ele já estava acostumado às coisas ligadas a si levar a algum final trágico, então não ficou chocado ou estressado, mas por dias reclamou pelo invasor ter bagunçado as suas tão adoráveis rosas. Agora ele estava arriscando diretamente aquele guarda real, ele tinha direito a um pouco de diversão depois de mais de uma década vendo somente o rosto daquele Príncipe. O Lee era interessante, poderia se dizer que atendia aos seus padrões, e não era a primeira vez que Hyunjin o via. Quando dava suas pequenas fugidas noturnas, via de relance esse guarda de vigia fora do jardim.

Agora era somente esperar e ver se sua abordagem havia sido bem sucedida.

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Felix continuava um pouco sonolento, mas não iria negligenciar seu trabalho por causa disso, podia odiar, porém, não iria negligenciar suas obrigações. O Lee caminhava rapidamente no corredor, dirigindo-se à entrada principal do castelo, onde alguns nobres se despediam, já de partida e preparados para voltar para seus respectivos reinos. No meio do corredor, Felix encontrou a figura de Changbin, o Capitão da Guarda, parado em frente a uma das janelas.

— Capitão Seo? — Felix chamou um pouco hesitante, mas com formalidade em seu tom, isso pareceu acordar Changbin de um transe interno, voltando seu olhar para o subordinado na sua frente — Sinto muito se o assustei.

O Capitão pareceu confuso por alguns instantes, até que se endireitou, voltando à sua pose normal.

— Era para você estar na entrada principal! — Ele ciciou com um tom mandão, e então se virou, indo na direção da entrada principal.

Felix se aproximou da janela e olhou, procurando pelo que havia prendido tanta a atenção do seu superior, encontrando a figura do Príncipe Herdeiro e a sua, agora, noiva, caminhando juntos próximos ao labirinto da propriedade.

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O clima não era um dos melhores entre os dois noivos que caminhavam juntos, não pareciam confortáveis ou demonstravam qualquer mínimo sinal de estarem satisfeitos. Dahyun arranhava sem parar a costa da sua mão esquerda, seus olhos não conseguiam manter um ponto fixo como foco, sequer parecia estar naquele local. O Herdeiro ao seu lado não estava em uma situação muito diferente, talvez tenha piorado ao ver a figura do capitão na janela do segundo andar do castelo.

— Você não está satisfeito com o noivado, está? — A Princesa perguntou após um tempo, tendo o silêncio do outro como a sua resposta.

— Sinto muito — o Bang se desculpou, verdadeiramente sentido.

— Não sinta, também não estou. — Ela sorriu com tristeza. — Você já ama alguém?

— O que? — Ele olhou para ela um pouco assustado, tentando formular uma boa frase em sua mente, mas no final só foi sincero. — Sim, meu corpo, coração e mente já pertence a outra pessoa.

— Fico feliz em saber, meu amor também já pertence a outra pessoa, mas infelizmente, é impossível.

— Por que é impossível?

Dahyun riu e olhou ao redor, percebendo que não havia ninguém ouvindo e murmurou com a destra na frente dos seus lábios como uma concha, como se fosse um enorme segredo que não se podia contar a ninguém.

— É filha de uma Baronesa do Japão. — Seu sorriso se alargou ao lembrar-se da jovem. — Ela teve uma longa estadia no Castelo de Hamlin, foi quando a conheci. — Ela deu um longo suspiro. — Sabe quando sua cabeça parece sempre ir para uma única figura, sempre a mesma pessoa? Quando tudo parece não ter importância quando está em sua presença? Quando tudo que envolve essa pessoa te deixa em êxtase e com nervos à flor da pele? Eu achei que estava enlouquecendo por sentir algo tão grande pela filha de uma Baronesa, mas isso parecia não significar nada quando nos encontrávamos.

— Nunca cogitou a ideia de fugir com ela?

— Claro que já, mas o que seria do meu reino? Sou a única Princesa, quem herdaria o trono? E infelizmente, isso só pode acontecer se me casar ou se acontecer algo extremo com os atuais Reis. — A Kim parou de arranhar sua mão esquerda. — Mas, e você? Quem tem seu coração?

Chan arranhou a garganta com algumas tossidas nervosas.

— Vamos, diga! Eu contei sobre a jovem baronetesa, conte você também.

— É o Capitão da Guarda Real — o Bang disse quase em um sussurro, arrancando uma expressão surpresa da Kim.

— Deve ser por isso que ele não desviou os olhos de ti durante o café da manhã. Ele estava do outro lado da sala de refeições, mas seus olhos não desviavam em nenhum momento! — Ela falava com a destra na frente da boca, em completa surpresa. — Como ele está com tudo isso?

— Infeliz, o que já é de se esperar — o Bang disse segurando um suspiro de frustração em seu peito.

— Seria mais fácil se nós não precisássemos nos submeter a isso. — Dahyun disse, voltando a um estado mais melancólico. — Casamento por interesses políticos podem ser bons ao olhar político, mas não vejo nenhuma outra felicidade que venha dele.

— O povo precisa disso, acordos podem durar por anos, mas um dia podem ser quebrados, mas isso é diferente com um casamento, isso junta os dois reinos. — Chan sorriu de forma triste. — Querendo ou não, vivemos pelos nossos respectivos reinos.

— Quero proteger e cuidar do meu reino, mas não de uma forma que faça minha felicidade como prisioneira para o resto da vida.

— Eu também não, Princesa Kim.

🥀

Quando a noite chegou, Felix se encaminhou para o Jardim privado para trabalhar na patrulha do lugar, estava nervoso, sabia que não deveria estar fazendo isso, porém, sentia que algo mais forte chamava por ele, por isso estava se arriscando tanto. Mas por algum motivo, se via na necessidade de retornar àquele local, passou tantos anos imaginando Hwang Hyunjin, ansiando por encontrá-lo, agora lhe parecia certo continuar conhecendo-o.

Respirava pesadamente quanto mais próximo chegava o horário do jantar. As coisas se seguiram da forma que foi dita pelo Hwang, um enorme furo da segurança, claro, mas era o momento imperdível. O Lee seguiu as palavras de Hyunjin, logo chegando na enorme rachadura perfeitamente camuflada do muro alto, entrando sem hesitar e, como na noite anterior, teve que abandonar sua armadura.

Assim que adentrou, viu a figura do Hwang próximo à fonte, sentado na beirada de forma relaxada, sua perna esquerda estava apoiada da beirada junto com seu corpo, enquanto a direita estava no chão. Sua mão esquerda segurava uma rosa que aparentava estar murchando, suas pétalas eram poucas e estavam ficando completamente escuras e fracas.

— Vejo que você veio. — Hyunjin abaixou a sua perna esquerda, a colocando no chão e virando-se para o loiro enquanto colocava a rosa murcha ao seu lado — Fico feliz que tenha aceitado meu convite.

— Eu... — Felix não conseguiu falar nada sendo encarado pelos olhos escuros que pareciam o traspassar como raios — É, eu voltei...

— Por que está nervoso, Guarda? — Sua voz assumiu um tom divertido. — Eu já causei muitos sentimentos estranhos nas pessoas, mas achei que um guarda real seria mais destemido.

— Está me chamando de covarde, Hwang? — Felix disse um pouco ofendido.

— Ora, não seja assim, Lee Felix Yongbok.

— Não fale o meu nome assim.

Hyunjin pareceu confuso, levantou-se e se aproximou do mais baixo. Em nenhum momento, mesmo quando a confusão apareceu, sua expressão abandonou a diversão e interesse.

— Então como quer que eu o chame, Guarda?

— Só Felix, por favor.

— Está bem, chame-me de Hyunjin, ou como preferir, portanto que abandone a cortesia.

Felix se sentiu nervoso, a cada palavra que saía dos lábios do Hwang ele se aproximava mais de si, seus músculos estavam tensionados e naquele momento esqueceu o porquê de ter voltado, a presença de Hyunjin realmente era algo diferente, algo que o pressionava, mas de uma boa forma. Seus olhos se desviaram e acabaram parando no mesmo lugar da noite anterior, no canteiro de rosas azuladas, fazendo ele repentinamente se lembrar do que foi fazer.

Felix desamarrou rapidamente as cordinhas da bolsa de couro presa em sua cintura, tirando a frágil rosa e a estendendo para o Hwang à sua frente, que parou seus passos e encarou a flor, não parecendo que ia pegá-la.

— Eu vim devolver, peço para que não tente se envolver comigo, não importa de qual forma seja. — o Lee dizia rapidamente, sem dar espaço para o outro respondê-lo — Se qualquer notícia ou suspeita de que eu estive aqui se espalhar, temo por mim e meus familiares. Sinto muito, mas quero que pegue a rosa de volta.

— E você espera que eu tente colocá-la de volta com as outras rosas depois de ter sido arrancada? — Hyunjin riu, mas parecia um pouco ofendido, mesmo que tentasse esconder isso. — Não se pode devolver presentes.

Hyunjin esticou a mão somente para abaixar a do loiro, dando um leve aperto nela e aproximando seu rosto, fazendo Felix recuar levemente para trás por causa do movimento repentino. Os dois pareciam presos em uma batalha de olhares sem fim, fitando as orbes um do outro como se lá estivesse tudo o que eles não falavam em voz alta.

— Segundo às histórias que contaram, você só dá as caras para aqueles que lhe despertam interesse, às vezes nem mesmo o Príncipe o vê. — O Hwang escutou pacientemente — Mas você apareceu para mim quando entrei no jardim e ainda pede para que eu volte, por quê?

— Você mesmo disse o motivo, você despertou o meu interesse, pequeno Guarda — Felix sentiu arrepios por todo o seu corpo quando sentiu a mão direita do Hwang pousar em sua nuca.

— Você é um conquistadorzinho barato! — O Lee proferiu quebrando a batalha de olhares com o ato do maior. — E eu lembro claramente de dizer que não queria nenhum tipo de envolvimento com você.

— Tem certeza disto? — Hyunjin aproximou-se ainda mais do Lee à sua frente — Acho que só é algo dito boca afora, mas tem total certeza de que no fundo você não deseja nenhum tipo de...

O resto da frase foi abafada pela mão do menor, que voltou a o encarar, mas com claras faíscas que fizeram seu olhar parecer mais feroz do que antes, como se de repente a presa tivesse se revelado forte o suficiente para servir como um caçador.

— Não pense que sou uma presa fácil, Hyunjin. Pode achar que encanta a todos facilmente só porque conseguiu fazer um príncipe ficar loucamente apaixonado a ponto de fazer uma loucura como a de onze anos atrás, — agora o Lee que aproximou seu rosto, murmurando de forma vitoriosa para o Hwang — mas comigo tem que fazer um esforço maior. Eu não me contento com palavras vazias ou jogadas ao vento, então esse joguinho de sedução pode acabar por aqui, pois sinto que é muito vago, só está fazendo isso por diversão.

Felix conseguiu sentir quando os lábios carnudos do Hwang se transformam em um sorriso, atendendo ao tom desafiador do Lee. Levantou sua destra, puxando a mão de Felix para baixo, a afastando de seus lábios.

— Então não se preocupe, Felix, deixarei as palavras vazias de lado.

Agora, os rostos de ambos continham um leve sorriso, mesmo que ainda estivessem extremamente próximos, não parecia mais algo que assustava o Lee, mas sim algo que o atiçava ainda mais.

Está bem, talvez começar a fazer visitas mais frequentes não fosse uma má ideia.

(🥀)

Capítulo grande, hein, mais de 3k de palavras :)

Resolvi publicar esse capítulo mesmo no meio da pequena pausa das fics do perfil porque recebi essa capa MARAVILHOSA! Juro, estou super apaixonada.

Pobre Bin 😭

Como acham que vai se desenrolar essa história do dos 2chan? Vocês têm boas esperanças para eles dois?

Desculpa tacar o Jorginho como vilão, okay? Não me matem T-T mas ele de vilão pra mim é tipo... 🛐

Caralho, tô muito ansiosa enquanto escrevo isso aqui, meu senhor Chan amado... Já teve tantas mudanças e já reescrevi tantas vezes!

Não me matem, mas não sei quando sai o próximo, tá? Vou primeiro terminar GF e depois dela vou dar mais foco nessa short e em Serafins. Aguardem mais um pouquinho e não me matem 💔