Capítulo 41

(CAPÍTULO NÃO REVISADO)

Aceno para os meus amigos que estão dentro dos carros, infelizmente eles precisam voltar para as suas vidas, eu amo a companhia deles. Betina e Nina ficaram, pois estão correndo atrás da adoção das duas crianças, mas as duas vão ficar em um hotel próximo ao orfanato.

_Apenas nós três novamente_Samuel abraça a Vera e a mim.

_Eu quero chorar_Me abano sentindo o impacto da partida deles, agora a Vera vai ficar atolada no trabalho, o Samuel viverá em reuniões, assim como os seus pais e eu vou ficar novamente sob a pressão da mídia e daqueles burgueses chatos.

_Boneca_Samuel me abraça e respiro fundo_Esta tudo bem.

_Dengosa_Vera murmura com ar de riso e dou risada_Eu vou entrar, preciso falar com o Timothy.

_Pai_Samuel corrige a irmã que revira os olhos_Eu te amo maninha.

_É, eu até gosto de você_Faz um biquinho e se virá em direção a entrada.

_A competição de boxe está próxima, apenas mais duas semanas_Balanço minhas mãos animada, já o Samuel fica tenso_O que foi querido?

_Estou ansioso_Olha para os lados e seguro em suas mãos.

_Vamos conversar em outro lugar_O puxo em direção ao jardim_Eu vou usar uma peruca loira, assim não vão me reconhecer e você vai pintar o rosto quando for lutar, assim passará despercebido.

Me sento no banco de madeira que fica de frente para a fonte, apoio minhas mãos em meus joelhos e a respiração pesada do Samuel preenche o lugar.

_Não irei mentir, estou morrendo de medo_Confessa dando uma risada sem humor_Terei que enfrentar muitas pessoas, e acho que não estou preparado para isso, provavelmente sou o pior.

_O que? Não Samuel, eu vi seus treinos, você se dedicou muito, é o melhor que eu já vi_Passo minha mão por sua bochecha em forma de carinho, é estranho ter tanta intimidade assim com um homem, coisa que eu sempre desprezei, mas com ele é diferente_Eu acredito muito em você, e sei que irá ganhar todas.

_Você me apoia em tudo, torcida assim não vale_Abre um sorriso e aperto suas bochechas_Acha mesmo que consigo?

_Lógico, eu vou estar na primeira fileira gritando por você, não desista por ansiedade Samu, vamos está juntos_Segura em minhas mãos e beija os dorsos_Você irá vencer, duque.

_Obrigado_Me aproximo dele que me abraça de lado_Estou tranquilo agora.

_Que ótimo, oque acha de irmos para o chalé?_Pergunto com animação e ele me olha com um olhar de confirmação.

_Pegue suas coisas, vamos ter que sair escondidos, outra vez_Me levanto dando alguns pulinhos.

_Isso aí_Pego em sua mão e o puxo para que ele fique de pé_O que vamos ler?_Pergunto enquanto o puxo comigo.

_Você decide_Dá de ombros e comemoro_Mas não se acostume.

_Pode deixar, senhor_Dou uma risada quando me tira do chão_Temos que aproveitar, amanhã a semana começa, não vamos nos ver por dias.

_Vamos sim, pois eu vou fugir das minhas reuniões e você fará o mesmo_Apoio meus pés no chão enquanto estou a sua frente.

_Tem razão_Finjo que vou lhe beijar e me viro sobre meus calcanhares dando passos até a entrada_Você anda muito rebelde, vossa graça_Digo um pouco alto enquanto subo os poucos degraus.

_Influência de uma certa pessoa_Diz com ar de riso e passo pelo limiar, entro no hall e paro meus passos quando vejo dois policiais.

_Duquesa_Retiram seus chapéus quando me vêem.

_Olá, algum problema?_Pergunto e sinto duas mãos em meus ombros, olho para cima vendo o Samuel encarar os dois policiais.

_Sim, um problema muito sério_Desvio o olhar do Samuel até os homens que nos estende um papel.

Seguro o papel deixando visível para o Samuel, começo a ler a perícia do incêndio, pisco algumas vezes vendo que no final está escrito em negrito, incêndio criminoso.

_Não pode ser_Tampo minha boca com a minha mão, abaixo minha cabeça sentindo um mal estar.

_Heloísa_Puxo uma respiração longa em busca do ar_Tudo bem?_Samuel pergunta e assinto.

_O laudo acabou de sair, achamos que gostariam de saber, alguém colocou fogo intencionalmente, o incêndio começou em uma pequena barbearia_Os problemas não acabam, quando penso que as coisas vão começar a dar certo, uma notícia ruim chega, não sei mais o que fazer.

_Obrigado por terem vindo pessoalmente, mas se me dêem licença, preciso levar minha esposa para descansar_Samuel os agradece e permaneço em silêncio, sinto uma tremenda dor no peito esquerdo, muitas pessoas morreram, outras perderam tudo, como é possível alguém fazer isso.

_Claro, com licença_Os dois policiais passam por nós, mordo as partes internas das minhas bochechas e o Samuel para a minha frente.

_Heloísa, eu sei oque está pensando, você nao vai se envolver em investigação, isso é o trabalho da polícia, a nossa parte estamos fazendo, ajudando todos os moradores e as crianças estão sendo adotadas por boas pessoas_Nego com um balançar de cabeça e ele me olha em repreensão.

_Tem um assassino a solta, ele fez uma chacina, merece ser preso, ou até coisa pior_Respira fundo e apoia suas mãos em meus ombros_Não vou para o chalé, preciso falar com a Mia.

_Heloísa_Tento passar por ele que segura em meu braço_Não vai se envolver nisso, se lembra oque aconteceu com a Zoe, Olívia por terem se envolvido de mais nos casos da polícia.

_Samuel.._Nega com um balançar de cabeça e reviro meus olhos_Preciso falar com o Lucas.

_Não me faça prender você no castelo, não vou deixar você mergulhar de cabeça nesse crime brutal_Puxo meu braço da sua mão e passo por ele.

_VOCÊ NÃO É O MEU PAI_Grito enquanto caminho em direção a escadaria, o Lucas provavelmente está na sua aula de piano.

Subo os degraus sentindo a raiva e indignação tomar conta do meu sistema, eu não posso me meter na investigação da polícia, que droga.

Bato na porta e a melodia para, ouço um entre, giro a maçaneta e entro na sala de música ampla, iluminada pela luz do sol, os instrumentos posicionados e um sofá branco ao centro do lugar, um enorme lustre decora o teto da enorme sala.

_O incêndio foi criminoso_Digo de uma vez fazendo o Lucas apoiar as mãos nas teclas causando um barulho incômodo.

_O que?_Pergunta e praticamente corre até mim_O incêndio do oeste?

_Sim, o fogo começou em uma barbearia_Entrego o papel para ele que o pega lendo com calma_A pessoa que fez isso, desejou matar e causar uma grande confusão.

_Não pode ser, muitas crianças morreram naquele incêndio_Olho sobre meus ombros vendo o Timothy, Vera e Samuel_Eu vou buscar respostas.

_Estou com você_Timothy chama nossa atenção com um pigarreio.

_Vocês dois não vão fazer absolutamente nada, quem fez isso deixou claro que está disposto a qualquer coisa, não vou perder nenhum de vocês, então apenas espere pela investigação da polícia_Samuel me olha com sarcasmo e tenho vontade de o enforcar.

_Timothy..._Lucas começa e a Vera balança a cabeça em negação.

_Não Lucas, chega desse assunto_Timothy passa as mãos por sua barba e cruzo meus braços.

_Serão dobrado os números de seguranças para a Heloísa e a Vera, não vão sair de casa sem proteção_Tento dizer algo e o Samuel se aproxima_Sem discussão.

_Senhora Angelle_Olho em direção a porta e vejo a Mia_A senhora tem uma mensagem de voz pendente.

_Claro, venha aqui_A chamo com um balançar de mãos e ela olha para os lados.

_Acho que não vai querer ouvi-la aqui_Franzo o cenho e ela se aproxima a contra gosto.

_E por que não?_Samuel pergunta desviando o olhar da Mia para mim.

_Ciumento_Vera murmura e o Timothy tampa a boca dela, pego o tablet da mão da Mia e vejo a foto da minha mãe.

_Eu..hum..depois eu ouço_Dou uma risada nervosa sabendo que a minha mãe está querendo vim para Dijon, mas eu não quero ela aqui_Com licença.

Saio da sala de música junto com a Mia, fecho a porta e me viro para a Mia que arqueia as sobrancelhas.

_Eu ignorei todas as ligações, mensagens, mas hoje ela está ligando muito, talvez tenha acontecido alguma coisa.

_Apague as ligações, mensagens, eu não quero minha mãe aqui_Entrego o aparelho para a Mia que assente_Bloqueia, se for preciso.

_Sim senhora_A porta da sala de música é aberta pelo Samuel e olhamos para ele com as sobrancelhas arqueadas_Com licença.

Não quero incomodar o Samuel com os meus problemas familiares, e também não gosto que sintam pena de mim por causa da minha mãe bruxa.

_Esta me escondendo algo_Aponta para mim, dou um passo para trás e ele dá dois para frente_Quem anda ligando para você?

_Cobranças_Balanço minha cabeça e ele nega_Eu tenho um plano funerário e acabei esquecendo de o pagar.

_Heloísa_Diz meu nome como um aviso e dou de ombros_Estou confiando em você.

_Pode confiar de olhos fechados_Tampo seus olhos com minhas mãos e ele dá risada_Que saber, vamos sim para o chalé.

_Meus pais vão nos matar_Avisa e desço minhas mãos até os seus ombros_Vai pegar suas coisas.

_Ok_Se inclina me dando um selinho, passo por ele dando alguns pulinhos animados_Vou arrumar suas coisas também_Aviso ainda de costas para ele.

_Tabom, vou pegar a moto_Olho por cima dos ombros, vejo o Samuel andar pelo lado contrário.

Arrumo nossas coisas em apenas uma mochila, seguro outra bolsa em minha mão direita e saio do quarto. Passo por alguns empregados que franzem o cenho ao me verem com a mochila e a bolsa.

Entro na cozinha, encho a bolsa com comida, água e duas cervejas, porque eu não sou de ferro, vou até a garagem e o Samuel está analisando sua moto.

_Peguei tudo_Aviso e ele vira-se para mim, coloca o capacete na minha cabeça.

_Quando o campeonato passar, vou ensinar você a pilotar_Aponta para a moto e abro um sorriso imenso.

_Sério?_Pergunto e ele assente_Eu vou amar Samuel.

_Mas você não vai abandonar igual ao boxe né?_Pergunta e monta sobre a moto preta, exatamente lustrada.

_Lógico que não, eu ainda vou aprender a dar um belo soco de esquerda, assim como você faz_Apoio minha mão em seu ombro e monto na moto.

_Estou doido para ver isso acontecendo_Diz com ar de riso e liga a moto.

_Senhor Angelle_O chefe da segurança chama pela Samuel, ele está na entrada da garagem_DUQUE_Grita quando o Samuel acelera a moto indo em direção ao portão de saída.

_Tchauzinho_Sorrio para os seguranças que correm em nossa direção, dou risada quando saímos da garagem em alta velocidade_Eu amo isso.

Vou tentar não pensar em problemas hoje, quero curtir a cabana, ler alguns livros com o Samuel, conversar e andar um pouco por aquela floresta que é assustadora.

O vento bate em meu rosto me fazendo fechar os olhos, o barulho da moto preenche a estrada, respiro fundo e posso sentir o cheiro da colônia amadeirada do Samu.

Desço da moto, respiro fundo e abro meus braços dando uma voltinha, esse silêncio, sou apaixonada por ele. Dou uma risada quando sou tirada do chão.

_Como você pode ser tão linda?_Samuel pergunta e dou de ombros.

_Obrigada pelo elogio, senhor Angelle_Passo meus braços por seus ombros_Você também é muito bonito.

_Eu sei_Diz com ar de riso e destranca a porta comigo ainda em seu braço_Bem vinda de volta.

_Eu amo esse lugar_Apoio meus pés no chão e corro até a estante dos livros_Achei a nossa leitura do dia.

_Qual?_Ouço a porta ser fechada e pego o livro e o estendo no ar_O pequeno príncipe?

_Sim, literatura brasileira_Arqueia as sobrancelhas e se senta sobre a poltrona de couro marrom_Não gostou?

_Claro, eu nunca tinha ouvido falar, apenas isso_Acena para mim e dou passos lentos até ele_Sente aqui.

Me sento em seu colo, abro o livro e o fecho novamente, ele me olha confuso.

_Vamos as regras_Me coloco de pé novamente e aponto para ele_Nada de pular páginas, ou vamos acabar vendo spoilers.

_Ok senhora Angelle, agora venha_Me puxa novamente e cola nossos lábios em um selinho demorado.

_Começando, agora_Abro o livro e me aconchego em seu colo enquanto ele acaricia os meus cabelos lentamente.

Sinto meu peito esquerdo se esquentar a cada toque seu, solto um breve suspiro quando me abraça lentamente, minhas mãos soam e posso ouvir sua respiração calma e serena.

HELOÍSA, OQUE VOCÊ ESTÁ SENTINDO?

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*Votem e comentem meus amores 🩵
*Quem vocês acham que colocou fogo no quarteirão?
*Beijos até o próximo 😘

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