Capítulo Quatro: Só o Que Quero de Presente de Natal é Você
Quando Peter pensava sobre a relação que havia acordado com Tony, ele muitas vezes oscilava sobre o que pensar, porquê estava claro que ela era uma coisa material, onde ambos os lados sairia ganhando.
Ele sabia que Tony precisava de alguém para lhe fazer companhia e até então para lhe ouvir.
Peter não esperava de forma alguma algo sobre sentimentos verdadeiros, era algo carnal, isso era a primeira coisa que ele deixou bem claro em sua cabeça.
O garoto não era idiota, ele via Tony como um homem atraente e isso era perigoso, ainda mais junto com a forma com que ele lhe tratava.
Eles haviam se visto duas vezes e o homem era todo carinhoso, sempre mandava mensagens de bom dia e boa noite, perguntava como havia sido seu dia e o que havia feito, Peter respondia normalmente, ele sabia que seu propósito também era entreter o Stark.
Obviamente que ele não havia dito a verdade para May, ela podia ser compreensível, entretanto, Peter duvidava que a reação dela sobre ele estar sendo bancado por um homem mais velho fosse boa. Então ele preferiu ocultar detalhes e dizer para ela que havia se tornado o assistente pessoal de Tony Stark para poder ajudar Pepper Potts, e May aceitou isso muito bem, inclusive o parabenizou pelo o ocorrido.
Então tudo estava bem.
Peter decidiu não ser extravagante com o dinheiro que Tony havia lhe dado; ele comprou um presente para May, um para Ned e algo para si.
Ele ficou muito em dúvida se deveria comprar algo para Tony, mas não fazia ideia do que comprar, afinal ele provavelmente já tinha tudo o que queria. Além do mais, seria com o dinheiro do próprio Stark, então não teria sentido.
Peter passou a virada do Natal somente com May, eles fizeram um ceia e trocaram presentes.
May lhe deu um livro de fotografia, que era algo que tinha haver com o que ele gostaria de fazer na faculdade, e o outro item foi uma camisa social nova para que ele pudesse usar quando estivesse trabalhando com Tony.
Já ele comprou uma blusa de alça rosa perolada para ela, May amava blusas de alça e aquela de cetim ficaria linda nela no verão. Peter pensou em comprar algo mais caro para a tia porque ela merecia, mas pensou que ficaria muito suspeito se ele comprasse algo muito caro, afinal nem havia começado a "trabalhar" com Tony ainda, então teoricamente não tinha um salário ainda, que ele deixou claro para ela que seria um bom valor, mas não foi específico.
Ele a May ficaram acordados até as duas da manhã vendo um especial de natal na tv, quando terminou cada um foi para seu quarto e Peter escovou seus dentes e colocou o pijama com estampa de estrelas que havia comprado ( com o dinheiro de Tony é claro), então antes de se deitar ele checou o celular e havia duas mensagens, uma de Ned e outra de Tony.
Ned Skywalker:
"Feliz natal Peter, que a força esteja com você ;)"
Peter respondeu:
"Feliz natal jovem padawan, que a força esteja com você ;p"
Ele ficou ansioso e logo abriu a mensagem de Tony.
Tony Stark (Daddy):
"Boa noite baby, feliz natal. Não vejo a hora de te ver amanhã, espero que tenha sido um bom menino e que tenha ganhado todos os presentes do papai Noel ;)"
Peter sorriu com a mensagem de Tony, então ele respondeu:
"Eu ganhei todos os presentes, até mais. Mas e vc Sr.Stark? O que pediu para o papai Noel? Você foi um bom menino?? ;P"
Depois de alguns minutos ele recebeu uma resposta do homem.
Tony Stark (Daddy):
"Eu ganhei o presente que pedi e ele é lindo!"
Peter Parker:
"E o que seria senhor Stark? "
Tony Stark (Daddy):
"Você ;)"
Peter não pôde deixar de rir com a resposta e também não pôde deixar de imaginar um Tony sentando no colo de um velhinho gordo e de barba branca pedindo por ele de presente de natal.
Peter Parker:
"Realmente é um presente muito bonito, Sr. Stark (emoji rindo)"
Tony Stark (Daddy):
"É sim, o melhor que já ganhei, mal posso esperar para brincar com ele (emoji do diabinho)"
Peter Parker:
"Imagino... Agora vou dormir, até amanhã Sr.Stark. Boa noite ;)"
Tony Stark (Daddy):
"Boa noite, garoto, durma bem."
Peter colocou o celular no criado mudo e se deitou, ele se cobriu até o pescoço e se deixou dormir enquanto pensava em como seria seu dia de natal com Tony.
~*~*~
Quando acordou, Peter se arrumou, tomou uma xícara de café e comeu duas torradas.
Ele havia dito para May que iria com Ned para uma estação de patinação em Manhattan e passaria o dia lá e provavelmente dormiria na casa do amigo. Ele não sabia se Tony iria querer que ele passasse a noite, mas preferiu já deixar avisado caso acontecesse. Peter sempre dormia na casa de Ned, então não havia motivo para a tia desconfiar de nada.
Seu celular vibrou e ele leu a mensagem de Tony avisando que havia enviado um motorista para pega-lo e que ele o esperaria a uma quadra de sua casa. Peter preferia assim, pois sabia que seria estranho se May ou alguém da vizinhança o visse entrar em um carro luxuoso quando ele havia contado outra estória.
E de fato ele iria para Manhattan, só não iria patinar.
Mentiras deixavam Peter desconfortável, ele não era disso, mas infelizmente estava mentindo muito aqueles dias, principalmente para May, que era a pessoa que ele mais odiava mentir, mas não havia muito o que fazer, se ele quisesse manter aquela relação com Tony, teria que ser daquele jeito.
Peter se despediu da tia e saiu.
Ele caminhou até onde o Volvo preto o esperava, então entrou e cumprimentou o motorista, não era Happy, ele devia estar de folga por ser natal.
Aparentemente o motorista não era de falar muito, então Peter ficou mexendo no celular e jogando até que chegar na torre Stark. Ele se despediu do homem, saiu do carro e foi até o elevador do estacionamento.
Como Tony ficava na cobertura, apertou o último botão.
Aos poucos ele foi sentindo um friozinho na barriga, não fazia ideia de quais eram os planos de Stark para aquele dia, e podia imaginar que boa parte dele envolvia atividades sexuais, mas Peter já estava preparado para isso.
Quando a porta do elevador se abriu e ele entrou na cobertura, a música ecoava alto pelo ambiente, era algum rock clássico.
Peter logo viu Stark próximo ao bar, ele estava descalço, usava calças de moletom e uma camiseta de manga cumprida do Black Sabbath. Eram praticamente onze da manhã e Tony segurava um copo com alguma bebida alcoólica nas mãos enquanto verificava algo em um projeção holográfica de alguns dados que eram refletidos do balcão do bar, Peter ficou surpreso com aquilo, devia haver tecnologia em toda a cobertura.
-Bebendo a essa hora da manhã, Sr.Stark? -ele falou caminhando em direção ao homem.
Tony lhe lançou um sorriso.
-Que bom, meu presente chegou. -ele falou se levantando e indo de encontro a Peter. -E bom, eu não dormi ainda, então é permitido beber.
-Você não dormiu essa noite? -ele indagou surpreso.
O homem deu de ombros e se aproximou mais dele.
-Como dormir quando as ideias fervilham em sua cabeça? Porque ficar deitado na cama quando posso ser produtivo na oficina? -ele tocou o braço de Peter. -Fico feliz que tenha vindo, obrigado.
Peter sorriu para ele.
-De nada, mas não mude de assunto, você devia dormir um pouco.
Tony balançou a mão fazendo pouco caso, Peter crispou os lábios.
-Eu não conseguiria dormir agora nem se eu quisesse, ainda mais com você aqui. -O homem falou levando a mão a cintura do rapaz o puxando mais para si.
-Não seja um garoto levado, Sr. Stark... -Peter falou com um sorriso travesso.
E ali estava o faiscar nos olhos de Tony.
-Hey, babe, não roube minhas frases. -ele falou se aproximando ainda mais de Peter, já colando seus corpos, encarou os lábios do menor com desejo. -Posso te beijar?
-Você não precisa me pedir isso. -falou Peter se inclinando e beijando o homem calmamente, era gostoso o leve sabor de bebida alcoólica que parecia sempre estar presente em Tony, era um toque só dele.
-Prefiro perguntar sobre o beijo, não quero te assustar ou algo assim. -falou o homem separando os lábios.
Peter passou os braços sobre os ombros de Tony.
-Não precisa me perguntar, nós sabemos o que tem que ser feito, além disso, eu gosto de beijos. -ele falou olhando Stark nos olhos.
-Gosta é?
Peter assentiu e o homem selou os lábios dele mais uma vez, porém mais rápido dessa vez.
-O que vamos fazer hoje? -ele perguntou.
-Eu estava pensando em fazer um almoço especial para nós e depois podemos ficar no sofá vendo algum filme ou alguma série que você goste. -falou Tony de modo simples.
Era só aquilo? Peter se perguntou, nada de chicotes ou correntes?
Olhou curioso para o homem, então Tony devia se sentir solitário mesmo para chamá-lo para fazer coisas banais como aquelas.
Peter realmente acreditava que sua presença havia sido requisitada ali somente com intuito sexual.
-Tudo bem. -ele concordou.
-Ou você prefere sair? Se quiser almoçar fora ou sei lá. -ofereceu o mais velho.
Peter sorriu com o esforço que Tony fazia para agrada-lo, ele questionava de onde vinha aquilo, porque aquela preocupação toda com o seu bem estar.
-Eu estou bem, Sr.Stark, é sério, vamos ficar aqui mesmo, lá fora tá frio.
-Tudo bem então. -anuiu Stark. -Venha comigo, vou te mostrar meu santuário, não te levei lá da última vez que esteve aqui, certo? -falou o homem puxando Peter pelo braço
-Santuário? -indagou o mais novo enquanto era carregado. -O senhor é religioso?
O homem riu.
-Bem, posso dizer que a tecnologia é minha religião. -ele falou enquanto eles passavam pelo corredores da cobertura da torre Stark.
Desceram um pequeno lance de escadas e pararam em frente a uma porta de vidro, Tony digitou o que pareceu ser uma senha em painel digital e a porta foi destravada.
Ao entrar na oficina, Peter não pôde sustentar o queixo por muito tempo, pois ele logo estava caído com a beleza e modernidade do lugar.
A oficina onde Tony gostava de passar o tempo era todo cheio de modernidades e mesas onde havia painéis e mesas com alguns protótipos que ele provavelmente havia mexido, de algumas delas saíam projeções holográficas assim como no balcão do bar.
No local havia um enorme sofá de couro preto virado para uma igualmente enorme televisão.
-Esse é meu santuário. -falou Stark abrindo os braços e dando uma volta.
Peter olhou ao redor, maravilhado.
-É impressionante, tenho que admitir.
-A oficina em Malibu é muito melhor, meus melhores carros estão todos lá. -disse Tony.
Era engraçado para o mais novo que o homem comentasse sobre seus luxos de forma tão trivial, Peter sempre se sentia como um idiota quando ficava tão surpreso com a qualidade de vida do Stark, era algo imensurável. Para Tony parecia ser banal, mas também fazia sentido já que o homem nasceu em berço de ouro. Será que essa frase tinha um sentido literal? Peter apostava que sim.
-É difícil imaginar algo melhor que isso aqui. -falou ele.
-Eu gosto de Malibu, é mais aconchegante. Por mais que aqui seja meu lar a maioria do tempo em que estou em Nova York, ainda sim, esse lugar cheira a trabalho.
Peter tentou imaginar como era essa casa em Malibu que o homem tanto falava.
-Se essa sua outra casa é melhor que essa, então deve ser um palácio. -ele falou olhando para o homem.
Tony riu de seu comentário e depois o admirou com um sorriso bobo nos lábios, ele se aproximou mais de Peter.
-Melhor presente de natal que eu poderia me dar. -ele brincou e deu um selinho rápido no mais novo. -Falando nisso, você comprou seu presente?
Peter assentiu e acompanhou o homem até o sofá, onde eles sentaram bem próximos, Tony sempre de uma forma despojada e leve, já Peter tentava atuar, apesar dele não se sentir mais tão incomodado com a situação, às vezes se dava conta de que ele estava ali por dinheiro, porém tentava esquecer disso.
-Comprei algumas roupas, nada de muito extravagante. -comentou ele.
-Você comprou algo para usar para mim? -indagou Tony com um sorriso devasso, ele esticou a mão e começou a massagear a coxa de Peter lentamente.
-Você queria que eu comprasse uma fantasia ou algo assim?
Stark deu de ombros e retomou a atenção ao copo que ele segurava.
-Podia ser algo quente, especial... Alguma coisa que deixasse o papai aqui animado.
Peter riu e balançou a cabeça.
-Eu acho que deixei passar a oportunidade de me vestir de duende do natal. -brincou ele. Seus olhos se arregalaram com uma ideia. -Ou uma rena! Imagina só, seria o máximo, você gostaria disso, Sr.Stark?
Tony assentiu com um olhar analítico para o rapaz.
-Ou coelhinho, um gatinho... -falou o homem entrando na brincadeira.
-Eu aceito ser o gato se você for o cachorro, ou melhor, o lobo... -disse Peter com um sorriso travesso. -Eu seria a chapeuzinho.
-Eu com certeza posso arranjar isso. -falou Tony se aproximando mais. -Sabe, Peter, eu estava pensando se a gente podia comer a sobremesa antes do almoço.
Tony como sempre fazendo piadas de duplo sentido...
O mais novo riu.
-Nada disso, senhor. Antes vem os legumes. -disse Peter se inclinando até ficar a poucos centímetros dos lábios de Tony.
-Então você vai ser um bom menino e vai comer a cenoura, ou berinjela, qualquer analogia que funcionar. -disse Stark sorrindo.
Peter mordeu os lábios na tentativa de segurar um riso, mas falhou na missão e a gargalhada escapou, Tony foi contagiado e começou a rir também.
-Cenoura? Berinjela? Sério? -questionou Peter com os olhos lacrimejando de tanto rir.
Ele viu o riso de Tony cessar lentamente e o homem o admirar.
-Obrigado por ter vindo. -ele falou e Peter balançou a cabeça. -Faz tempo que não tenho companhia no natal. Quero dizer, faz tempo que não tenho uma companhia agradável e que me faça bem.
O mais novo sentiu um leve incomodo ao ouvir aquilo, sentiu até mesmo um pouco de pena.
Ele pensou que apesar de Tony ter tudo, ele não tinha o que todos queriam ou tinham e não davam valor: o amor de uma família.
-Estou feliz de estar aqui com você, Sr.Stark. -ele falou tocando o braço do homem carinhosamente.
Tony sorriu, colocou a mão sobre a do rapaz e a afagou, ele olhou Peter por um momento e seu semblante ficou sério.
-Peter, eu queria te avisar uma coisa. -falou Stark com um tom meio preocupado.
-Sim?
Tony se ajeitou no sofá e olhou Peter nos olhos.
-Se em algum momento não quiser mais fazer isso, me diga, okay? Isso vale para qualquer hora. Se em algum momento quiser desistir do nosso acordo, não tem problema. Não fique achando que está preso a mim porque eu te dei dinheiro. Se alguma hora mudar de ideia, me diga, eu vou agradecer pelo o que fez e você estará livre. Tudo bem?
Peter assentiu.
-Tudo bem, Sr.Stark. -ele falou de forma simples.
Havia um preocupação genuína na forma como Tony falava, isso demonstrava que ele era alguém sensato e de bom coração. Havia sim uma acordo, mas ele não parecia querer que Peter fosse seu escravo nem nada do tipo. Isso confortava ainda mais a mente do garoto que de certa forma ainda estava meio incerta sobre tudo aquilo.
O semblante de Tony se animou novamente e ele bateu palmas.
-Bem, vamos lá para a cozinha, porque hoje o almoço é por minha conta. -ele falou se levantando e estendendo a mão para Peter que a pegou na mesma hora.
-O senhor realmente sabe cozinhar ou eu vou ser sua cobaia?
Tony riu.
-Eu sou um homem de muitos talentos, Peter. Além disso sempre gostei de me virar.
Ele saíram da oficina e foram para a cozinha da cobertura, que até então Peter já conhecia do outro dia.
Ele se sentou na bancada e ficou observando Stark tirar as coisas da geladeira e começar a preparar algo e não demorou muito para que o cheiro delicioso tomasse o ambiente.
Enquanto Tony cozinhava, eles conversavam sobre suas vidas e Peter acabou se entregando por completo ao charme do Stark, ele era tão engraçado e sempre tinha algo descontraído para dizer.
Com o passar do tempo Peter foi se sentindo cada vez mais em casa. Ele estava ali por um motivo específico, mas também não precisava ficar se lembrando disso o tempo inteiro, ele então se deixou levar.
Depois da sessão gastronômica de Tony terminar, ele comeram ali no balcão da cozinha mesmo.
O homem havia preparado rondelli ao molho sugo.
Eles comeram e Peter até repetiu.
Será que Tony Stark era um gênio da cozinha também?
Após terminarem de comer Peter se ofereceu para lavar a louça, mas o mais velho o impediu e disse que sexta faria o trabalho, ele apenas colocou os pratos e panelas em uma lavadora que não aparentava ser nada convencional e ela começou a fazer todo o trabalho.
-Venha. -falou Tony puxando o mais novo pelas mãos. -Vamos assistir a algo.
Então eles voltaram para a oficina e se sentaram no sofá.
Peter estava se sentindo meio sonolento após o almoço e se recostou no apoio do sofá.
-O que vamos assistir, Sr.Stark? -ele perguntou.
Tony deu de ombros.
-Não sei, tem alguma ideia?
O mais novo pensou por um tempo.
-Já que hoje é natal, poderíamos ver Os Fantasmas de Scrooge, para entrar no clima.
-Nunca vi, é bom? -perguntou Tony procurando pelo filme no serviço de streaming.
-Sim, é bem legal. -ele comentou.
-Sexta, ache o filme que Peter falou.
-Tudo bem, senhor. -A AI respondeu.
Aquilo era insano para Peter, uma entidade tecnológica que fazia quase tudo o que pedisse. Aquela vida era um sonho.
Sexta deu play no filme
Tony se acomodou no grande sofá, se deitando sobre a almofada.
Como o móvel era comprido, ele e Peter estavam um pouco distantes.
-Peter? -Stark chamou e o rapaz tirou a atenção do inicio do filme para olha-lo. Tony deu um tapinha contra o peito. -Vem cá.
Peter olhou confuso para o homem.
-O senhor quer que eu deite em cima de você? -ele indagou.
Stark assentiu e fez um movimento com a mão indicando para ele se aproximar.
-Venha babe, deite com o papai. -Ah, então era isso, a brincadeira havia começado.
Então Peter o fez, ele colocou o corpo sobre o de Tony e apoiou a cabeça sobre o peito dele.
Inicialmente ele achou que seria estranho, mas no fim era aconchegante de uma forma inacreditável, Peter podia sentir o calor de Tony através da roupas e sentia o perfume da loção pós barba que ele devia ter usado.
-Está bom assim, babe? -perguntou Stark, que havia começado a acariciar os cachos do rapaz.
-Sim, Daddy, está muito bom. -falou Peter olhando para a televisão.
Depois de um tempo ele pôde ouvir Tony ressonando, sentia a respiração ritmada do homem abaixo de seu corpo. O sono de uma noite não dormida finalmente havia recaído sobre Tony.
Aos poucos Peter foi se deixando levar por aquela vontade de fechar os olhos também.
Então eles passaram o resto da tarde daquele jeito, dormindo abraçados no sofá e com a neve caindo lá fora.
Depois eles acordaram e Tony fez chocolate quente. Eles voltaram a ver algo enquanto ficavam abraçados, agora com edredom que o mais velho havia trazido.
Era uma maneira simples de passar o natal, mas Peter gostou muito daquilo, e Tony também pela forma como o tratava, o mais velho parecia feliz.
Peter pôde ver que atrás daquela camada de egocentrismo que o homem mostrava, havia uma pessoa que só precisava de companhia e atenção, ele via que Tony só queria cuidar de alguém e receber carinho e o mais novo não via problema nisso.
Então ele seria exatamente o que Tony precisava.
Seu babe.
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