Capítulo 5
-Eu escolhi-te a ti para casares comigo, eu sou uma pessoa importante na cidade e como já viste, no país também. Sou uma pessoa muito conhecida pelo país, eu preciso de alguém ao meu lado e tu és a pessoa certa para isso. –Este homem, é louco só pode ser. Eu acho que quanto mais eu o ouvia, mais chocada eu ficava, com as palavras dele... Eu acho que ele está a precisar de uma ida grátis, para o hospital dos malucos, eu até lhe ofereço a entrada, desde que ele fique bem longe de mim! Eu não sei, o que é que eu tenho haver com essa história, que ele seja uma pessoa importante na cidade, eu não tenho nada haver com esta história.
-Mas tu só podes estar a sonhar e é alto! –Resmungo. –Eu não te conheço de lado nenhum e não me interessa saber, que tu és uma pessoa importante na cidade ou no país. Eu não vou casar contigo! –Exclamo.
-Quem manda sou eu Ashley e quando eu digo uma coisa, essa coisa é feita! –Exclama com uma maneira fria.
-Mas, por quê eu? –Questiono num sussurro exausto.
-Porque eu quero! –Exclama seriamente. Olho para ele de maneira irritada, com um olhar... Aí que nervos, nem eu própria sei o que hei de pensar, eu não consigo arranjar maneira de sair daqui, sem ter esta história de casamento! Olho á volta do escritório, para tentar fugir do desconforto que sentia, por ter o olhar do Axel sobre mim, mas para minha sorte, o meu olhar caí sobre aquela janela, onde acaba por passar uma ideia pelos meus pensamentos.
Levanto-me devagar e começo a andar pela sala, como se eu estivesse a pensar em alguma coisa. Ele segue-me com o olhar até chegar á janela, olho para o jardim... Séria bom, que a janela tivesse aberta e que pudesse fugir. Será que vou ter essa oportunidade? Será que poderei fugir agora? Olho para o trinco ao lado da janela... Está para cima, isso quer dizer que não está fechada. Tenho aqui uma boa oportunidade, mesmo há frente dos meus olhos e com certeza, não vou perder!
-Sabes... –Olho para ele, com um sorriso nos lábios. –Eu acho que não.
Abro a janela e começo a correr pelo jardim, em direção ao portão. Começo a ouvir o Axel a gritar pelos seguranças, com sapatos de salto alto não é fácil correr e ainda por cima, com vestido comprido. Tiro os sapatos rapidamente e os largo ali mesmo, não quero saber se vou descalça ou não, eu só quero sair dalí. Começo a ver muitos homens, a correrem até mim, pelos lados do jardim, não, não, não.
Começo a correr, com mais velocidade, ao entrar em pânico com medo, que eles me apanhassem, chego até ao portão e carrego no botão para abrir. Ele começa a abrir, mas abre devagar... por favor mais depressa vai! Olho para trás rapidamente e vejo pelo menos, uns cinco homens a correrem na minha direção. Começo a sentir o meu coração, a bater muito depressa com medo, olho para o portão á espera que ele se abri-se, pelo menos um pouco mais rápido! Quando vejo um espaço pequeno, passo o portão, mas dou de caras com quatro homens, mesmo á minha frente. É o meu fim! Tento passar por eles á força, mas um deles agarra-me.
-Por favor larga-me! –Grito desesperada. –Ele quer-me obrigar a casar com ele, por favor não! –Tento mexer-me, de maneira a que ele consiga largar-me, mas ele pega-me pelos braços e leva-me outra vez, para dentro da propriedade. Ao passar-mos o portão, vejo muitos seguranças á nossa volta, começo a sentir o meu coração como se fosse sair-me pela boca... Estava assustada e ao mesmo tempo em pânico, por me terem apanhado. Malditos homens!
-Aphonso, liga para o senhor Clark e diz que encontramos a senhora. –Ordena o homem, que me prendia nos braços.
Vejo o tal de Aphonso, a pegar no telefone e a ligar. Não, eu tenho que sair daqui! Continuo a mexer-me, ainda com mais força e persistência. Perdi a minha oportunidade de fugir daqui, por causa destes homens, o que é que eu posso fazer mais? Eu continuava a mexer-me, o mais que podia, mas parecia que aquele homem era feito de pedra, não me largava e apertava-me ainda com mais força, á medida que eu usava a minha própria força, para sair dos braços dele!
-Por favor não, deixem-me ir, eu não quero casar com ele, não por favor! –Suplicava.
Os segurança afastam-se de nós, enquanto eu tento sair dos braços dele. Isto não pode estar a acontecer, por favor alguém que me ajude! Eu não posso perder esta oportunidade de fugir, eu não terei outra oportunidade...
-O senhor Clark, disse para a meter-mos no quarto, mas para entrar-mos pela entrada da cozinha, para os convidados não verem. –Responde o Aphonso.
-Não! Não! Não! –Gritava.
Ele pega-me pela cintura e arrasta-me até casa. Faço de tudo para não ir. Faço força, grito, mexo-me, mas parece que nada resulta, desta vez vai ser o meu fim... Eu tinha uma longa vida pela frente. Tenho a faculdade que ainda não acabei, os meus amigos, os meus próprios pais que me meteram nesta situação... O que eu vou fazer á minha vida, aqui dentro fechada com um homem, que nem conheço?
É preciso quatro seguranças, para me levarem até aquela casa outra vez. Um deles abre a porta, onde vejo a entrar-mos pela cozinha, mas como estou mais interessada em tentar fugir, que nem olho muito pelo que tenho á minha volta. Saímos da cozinha, ao caminhar-mos pelo corredor onde dava ás escadas. Estávamos completamente sozinhos, parecia que não estava ninguém em casa, eles começam a subir as escadas á minha frente, enquanto o outro segurança agarrava em mim, pelas escadas a cima. A primeira ideia que passa por mim, é começar a gritar por ajuda, pode ser que alguém consegui-se ouvir-me e iria vir-me ajudar. Pode ser que alguém me ouça, mas com esta música aos berros, duvido muito que alguém me ouça, mesmo que seja música clássica.
No final das escadas, os seguranças viram á direita e entram num pequeno corredor. Olho para na direção deles e os vejo a abrirem uma porta branca, deve ser um quarto. O homem que me segurava puxa-me para dentro do quarto, onde eu quase caio com a força de ser empurrada. Viro-me para trás, para tentar sair do quarto, mas o segurança fecha a port, mesmo na minha cara. Viro a minha cara para o lado, ao ver onde eu estava, mas a minha visão bloqueia totalmente, ao ver o Axel, virado de costas para mim, a olhar para a janela com os braços cruzados.
Olho á volta do quarto, é grande e muito bonito. Parece aqueles quartos dos palácios, com aquele amarelo misturado para o branco. Mas o que chamava mais a minha atenção, era a presença dele ali, naquela janela parado, sem dizer nada. O silêncio dá-me medo, eu tenho medo de como ele está... Ele vira-se de frente para mim devagar e vejo quase fogo nos olhos dele, de raiva por ter fugido, se ele pudesse matar só com o olhar dele, eu já estava morta a esta hora. Ele caminha até mim devagar e recuo para trás, até bater com as costas na parede, fiquei sem saída. Ele continuava a caminhar até mim, com as mãos nos bolsos, sem desviar o olhar dele do meu. Desvio o meu olhar com medo, ao baixo a cabeça e começo a sentir as lágrimas, a formarem-se nos meus olhos. Vejo os pés dele a aproximarem-se de mim. Por favor não, por favor não. Fecho os olhos com força, quando sinto a mão dele na minha cara e puxa-me para cima com força, de maneira a olhar para mim. Abro os meus olhos assustada e consigo ver aquele olhar frio e raivoso, tudo misturado num só olhar.
-Esta foi a primeira e a última vez, que tu tentas-te fugir, não haverá uma próxima vez! Estamos entendidos? –Interroga, ao agarrar com mais força o meu maxilar, que por acaso estava a magoar-me. Mexo a minha cara para o lado, na tentativa com que ele me larga-se , mas ele agarra com mais força, fazendo com que eu solte um gemido de dor. –Eu perguntei, se estamos entendidos?! –Questionou, quase num grito.
-Tu não podes prender-me aqui dentro, Axel! –Exclamo, ao deixar uma lágrima cair da minha cara. –Eu nunca, mas mesmo nunca, vou casar contigo Axel, porque eu tenho nojo de pessoas como tu, que pensam que mandam em todos, mas em mim tu não vais mandar!
-NÓS VAMOS CASAR! QUER TU QUEIRAS, QUER NÃO! POR ISSO, COLOCA NA TUA CABEÇA, QUE A PARTIR DE HOJE, ÉS MINHA MULHER ASHLEY! –Grita de forma feroz.
-Tu vais casar sozinho Axel, porque comigo não casas! Isso eu garanto-te que não! –Limpo as lágrimas que saíam dos meus olhos, de maneira a tentar mostrar firmeza e autoridade, para comigo mesma. Ele larga a minha cara e o meu primeiro reflexo, é passar a mão para aliviar a dor. Olho para ele, que continuava a olhar para mim, com aquele olhar sério.
-A partir de hoje, vais ficar aqui! Não vais sair do quarto, sem a minha autorização e não tentes me desafiar outra vez Ashley, porque se não tu não vai gostar das consequência e eu garanto-te, que não são nada boas! E começa a meter na tua cabeça, que és minha e que daqui nunca mais, vais sair! –Responde de uma maneira agressiva, da qual eu sinto um arrepio a passar por mim de medo. Eu quero mostrar coragem e firmeza, mas não consigo...
Ele vira-me as costas e vai até á porta do quarto. Sigo os movimentos dele com o olhar, ele abre a porta, mas antes de sair, vira a cara para mim e olha-me com um olhar que me dá medo, como se aquele olhar fosse um aviso. O Axel sai do quarto e fecha a porta outra vez, á chave. Deixo o meu corpo, escorregar pela parede até cair no chão, abraço as minhas pernas contra o meu peito e deixo-me ficar...
Há alguns dias atrás eu estava feliz, com a minha vida profissional num bom caminho... e agora aqui estou eu, no chão a chorar, longe dos meus pais, longe de tudo á minha volta, porque um homem que dá-me nojo, decidiu á força casar-me com ele! Vou deixar tudo para trás... A Sophia, o meu sonho de ser arquiteta, a universidade, tudo o que me fazia feliz acabou para mim.
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Bom aqui deixo um capitulo do fim de semana, pode ser que ainda publique mais um ainda este fim de semana, não prometo só vou tentar. Eu estou a tentar acabar a outra história, ela é a prioridade para publicar, eu quero publicar logo a história num livro físico por isso eu peço que tenham paciência e por favor que deixem os vossos comentários ao me dizerem o que estão a achar por favor é muito importante para mim! Eu agradeço os vossos votos claro!
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