Antes de começar o capitulo, eu quero dizer que estou triste, porque no capitulo anterior tive muitos poucos votos da vossa parte, pensava que ia ter mais, acho que estou a perder leitores e isso deixa-me triste e eu não quero perder. Por favor digam o que estão a achar da história até agora por favor é muito importante ara mim. Obrigada :(

Coloco a minha mala ao ombro e estou pronta! Não peguei no telemóvel que o Axel deu-me, aquilo é dele, eu tenho o meu, não vejo porque razão tenho que aceitar um telemóvel, sabendo perfeitamente que eu tenho o meu! Apesar de que seja o Axel que tenha o meu telemóvel guardado, eu não lhe vou dar esse prazer, de dar-me um telemóvel novo só para poder controlar-me! O que o Axel quer, é controlar-me e eu não gosto disso! Caminho até á porta do quarto, abro-a e saio do quarto, ao caminhar diretamente até ás escadas. A casa estava silenciosa de mais, por um lado eu sei que é normal, porque somos só nós os dois aqui em casa, mas é estranho na mesma, a casa estar num silêncio completo. No final das escadas, vejo quatro seguranças na porta a olhar para mim, acho que é com eles que eu vou ás compras.

-Senhora Clark, iremos acompanha-la até ás compras. -Murmura um dos seguranças, alto, loiro e muito bem formado. Todos os seguranças que estavam nesta casa, seja dentro ou fora, eram muito bem compostos de corpo, eram musculados, fortes, deve ser para usarem a força, caso alguma coisa aconteça!

-Muito obrigada. -Agradeço, ao sorrir para ele.

Um dos seguranças abre a porta de casa e desvia-se para o lado, para que eu seja a primeira a passar. Sorrio agradavelmente para ele, em forma de agradecimento e saio de casa. Eu não estou habituada a que todos façam as coisas para mim, eu tenho mãos, tenho pés, eu posso fazer as minhas próprias coisas e não sinto-me bem, ao ver as outras pessoas a fazerem as coisas no meu lugar! Ao sair de casa, vejo a porta do carro já aberta para mim e um dos seguranças segurava na porta. Eu detesto isto e com certeza, que nunca vou habituar-me!

-Obrigada. -Agradeço, mesmo assim.

Entro no carro e o segurança fecha a porta. Vejo dois seguranças a entrarem na parte da frente do carro, os mesmos que estavam dentro de casa á minha espera, esta atenção toda é desnecessárias, eu não vou comprar nada e se comprar, é com o meu dinheiro e não com o do Axel! Pelo menos ainda tenho o meu cartão de crédito, acredito que não estou falida, tem dinheiro lá dentro, por isso posso comprar alguma roupa que seja barata!

Saímos da propriedade da casa e seguimos pela estrada a fora, para algum lado. A cidade de Puerto Vallarta, era linda, era incrível ver as pessoas na rua a falarem entre elas agradavelmente, era maravilhoso e eu gostava de ver isso, uma população bem comunicativa entre eles. As casas aqui no México, eram diferentes das nossas, eram muito mais bonitas de ver mas não me imagino a viver nelas, estou habituada á minha casa, ao meu quarto e infelizmente, viver na casa do Axel já é muito complicado! Não estou habituada a dar justificações a toda a hora daquilo que eu faço, eu gosto de me sentir livre e na casa do Axel, estou sempre presa á ele ou aos problemas!

O carro finalmente para em frente a um shopping lindo por fora, parecia uma arquitetura apenas de museu e não de um centro comercial. Havia muitas pessoas que olhavam para o carro e outras que ignoravam. Eu não gosto muito de chamar a atenção das pessoas, isso não fica bem na minha própria personalidade! Um dos seguranças que estava ao lado do condutor, sai do carro e abre-me a porta do meu lado. Respiro fundo e saio do carro.

-Obrigada. -Agradeço. Olho para cima ao ver o quanto aquele centro comercial era lindo, na parte de cima tinha um telhado transparente que parecia as pétalas de uma flor e isso tornava a entrada ainda mais bonita!

-Vamos senhora? -Questiona, ao meu lado.

-Mas tu vens comigo? -Questiono admirada.

-Claro que sim senhora, eu e o Andrew. -Responde.

-Está bem.

Eu e o segurança que por acaso não sei o nome, seguidos até á entrada do centro comercial, isto era simplesmente maravilhoso. Eu sinceramente não tenho vontade nenhuma de comprar roupas, eu gosto das minhas, tenho apenas 19 anos não preciso de arranjar-me melhor, só porque agora sou casada com o Axel! Eu casei-me com o Axel por obrigação, por isso eu não tenho quais queres obrigações para com a sociedade como ele! O Axel é um homem importante, já vi que sim, ele é empresário e... parece que todos o conhecem! Nós os dois seguíamos pelos corredores do shopping a fora, havia muitas lojas bonitas, com roupas elegantes, mas nada que me chama-se a atenção! Nas montras havia roupas bonitas, mas só pelo preço, isso já não me interessava! Uma coisa boa que eu acho aqui nas lojas, é que tem o preço de cada continente, isso era ótimo para ver a diferença entre outros países!

-Senhora Ashley? -Ouço a voz do Andrew, a chamar por mim.

-Sim? -Viro-me de frente para eles os dois.

-O senhor Clark, reservou umas das melhores lojas de roupa do pais, aqui no centro comercial. -Argumenta.

-Desculpa? -Questiono estática. Como assim, ele reservou uma das melhores lojas?

-Senhora, a loja que o senhor Clark escolheu, é uma das melhores marcas de roupa e foi exatamente essa loja, que nos ordenou leva-la. -Responde.

-Eu não vou escolher nada que seja caro! Eu tenho o meu próprio estilo de vestir e não é por causa do Axel, que eu vou mudar! -Exclamo. Os olhos olham um para o outro com um olhar estranho e voltam a olhar para mim ao mesmo tempo. Respiro fundo e solto um suspiro profundo. É preciso ter uma paciência -Vamos então? -Questiono aborrecida.

-É aquela loja alí, ao fundo senhora. -Responde o Andrew, ao apontar para uma loja enorme no fundo do corredor.

Eu acho que estou a sonhar, só pode?! Porque eu não vou comprar nada alí naquela loja, só pelos vestidos que se encontram nos manequins, já sei que são caros, nota-se a metros de distância, que aquilo deve de ser a loja mais cara! Caminho em direção á loja com um certo receio, eu não gosto muito de entrar em lojas e não comprar nada, isso não é o meu estilo de fazer isso, ainda por mais ao ver só de longe que esta loja deve ser caríssima. Chego á entrada da loja e havia muitas pessoas lá dentro, mas só assim por acaso só havia mulheres muito bem vestidas, com roupas bonitas, devem ser de uma classe social, igual ao Axel! Eu detesto pessoas assim! Olho para a frente e vejo uma mulher loira, muito bem vestida, a vir na minha direção. Fico a olhar para ela, ao vê-la a aproximar-se de mim sorridente.

-Boa tarde, deve ser a senhora Ashley Clark?! -Questiona cautelosa.

-Apenas Ashley. -Murmuro com um sorriso pequeno.

-Muito prazer, eu sou a Andrea. -Ela entende-me a mão e a comprimento também, com um aperto de mão. -Eu sou a responsável pela loja.

-Muito prazer.

-O senhor Clark, já entrou em contacto comigo e falou para que eu a ajuda-se, a escolher a roupa. -Murmura contente.

-Não. -O sorriso dela desaparece e olha para mim meio chocada. -Eu não vim para comprar nada, eu só vim para ver, porque eu não quero comprar nada.

-Mas, eu tenho ordens do senhor Clark para ajudar-lhe a escolher umas roupas melhor e mais sociais. -Comenta.

-Mas eu não quero, eu só quero ver. -Argumento. A Andrea abria a boca e fechava várias vezes, como se quisesse dizer alguma coisa mas não conseguia. Eu sei que foi o Axel que a obrigou ou ordenou, para que ela me ajuda-se a escolher roupa mais... sofisticada!

-Eu vou acompanha-la. -Murmura com um sorriso desconfortante.

-Com prazer. -Respondo educadamente.

Entramos pela loja á fora a ver os diferentes corredores de roupas, havia roupa maravilhosas, coleções muito bonitas, mas cada vez que eu olhava para o preço a minha boca abria-se de choque. Eu não vou dar quase 500 dólares por um vestido, é que nem eu tenho dinheiro para isto tudo! A cada corredor diferente que eu passava, parecia que o preço das coisas iam subindo, eu não podia comprar nada que estivesse aqui nesta loja, era impossível! Como é que o Axel quer que eu compre o que quer que seja dentro desta loja, se tudo á minha volta era caro?! Era impossível, eu comprar alguma coisa aqui... Mesmo que aqui tenha roupas bonitas, não fazem muito o meu estilo e muito menos, eu irei gastar dinheiro com estas roupas!

-Senhora Clark, não vai querer experimentar nada? Não gostou da nossa coleção? -Questiona a Andrea ao meu lado.

-Eu não vou levar nada Andrea, a loja é tão cara e as roupas não fazem o meu estilo. -Murmuro.

-Mas senhora, o senhor Clark disse para não se preocupar com o dinheiro, ele só queria que a senhora se vestisse bem. -Explica.

-Mas eu não gosto, muito obrigada na mesma Andrea, pela atenção e pela paciência, mas eu agora vou-me embora. -Contesto.

-Senhora Clark, o senhor Clark está em chamada e deseja falar consigo. -Resmunga o Andrew, ao estender-me um iPhone branco para a mão. Olho para ele e para o telemóvel inúmeras vezes, a pensar se eu pegava naquele telemóvel ou se o ignorava. Suspiro profundamente e pego no telemóvel, ao virar-me de costas para eles os três.

-Sim. -Sussurro.

-Por que é que tu não estás com o telemóvel que eu te dei?! -Questiona irritado.

-Porque eu tenho o meu próprio telemóvel, mas tu é que o tens escondido, eu não preciso de outro telemóvel! -Exclamo.

-Ashley, tu andas a passar das marcas, tu sabes perfeitamente o que é que acontece quando eu me irrito e eu sei perfeitamente, que tu não queres que isso aconteça! -Exclama, ao elevar o tom de voz dele irritado para comigo.

-Eu não preciso das tuas coisas, sabendo que eu tenho as minhas! -Exclamo com firmeza na minha voz. Eu sei que só estou a ter esta confiança toda, porque eu estou no outro lado do telemóvel, porque acredito que se eu estivesse á frente dele, não iria ser assim tão corajosa, como neste preciso momento.

-Eu ordenei-te Ashley, para que tu comprasses roupa, mas nem o telemóvel e nem o cartão de crédito tu levas-te! Tu andas a brincar comigo Ashley? Queres testar a minha paciência?! -Questiona irritado.

-Eu não vou gastar o teu dinheiro Axel, eu não preciso de roupas, porque a nossa vida privada não passa para fora daqueles portões da tua casa, por isso não preciso de usar roupas sofisticadas! -Argumento chateada.

-Ashley, escolhes-te uma péssima hora para me irritares! -Exclama, ao elevar um pouco o tom de voz. -Eu quero que tu escolhas as roupas rápido, se não quem vai aí buscar-te ao centro comercial vou ser eu e não vais gostar nada! -Argumenta. Fico em silêncio durante alguns segundos, sem saber o que havia de dizer. Por um lado eu não queria escolher aquelas roupas, eu não quero gastar dinheiro que é dele, eu não quero mudar o meu estilo de vestir, só porque ele é uma pessoa importante na cidade! Eu quero ser eu própria, sem ter que mudar por causa dele, mas ele não consegue perceber isso! -Como é que vai ser?!

-As roupas são caras aqui Axel, eu prefiro ir a outra loja e escolher roupas com o meu dinheiro e que não sejam assim tão sofisticadas. Sabes que eu sou uma mulher simples... -Explico-me com mais calma.

-Ashley faz o que eu te digo por favor, escolhe as roupas, escolhe aquelas que gostas e deixa o preço comigo. -Responde-me mais calmo. -Escolhe as roupas que tu quiseres, os sapatos, as malas, escolhe tudo o que tu quiseres dessa loja!

-Axel ma...

-Ashley! -Repreende-me, ao interromper a minha frase. -Faz o que eu estou a mandar.

-Está bem. -Concordo, ao dar-me por vencida.

-Escolhe uma roupa em especial á parte, para usares hoje á noite. -Murmura.

-Por quê? -Pergunto curiosa.

-Depois verás. Agora escolhe, se não quem vai buscar-te aí sou eu!

-Está bem, até logo.

-Até logo.

Desligo a chamada e suspiro. Se eu comprar vou gastar muito dinheiro nisto tudo, mas se não comprar, tenho problemas com o Axel mais tarde, quando chegar a casa. O que é que eu faço?! Viro-me de frente para eles, com um sorriso fraco e devolvo o telemóvel ao Andrew.

-Obrigada Andrew. -Agradeço.

-Não tem que agradecer senhora, faz parte do meu trabalho. -Responde respeitavelmente.

-Claro. -Sorrio, com um sorriso fraco.

-Então senhora Clark, vamos escolher as roupas? -Questiona a Andrea.

-Vamos. -Suspiro.

A Andrea e eu seguíamos pelos diferentes corredor preenchidos de roupas lindas, mas claro que eram caras, eu não sei de quem era a loja, mas as pessoas aqui eram muito bem educadas, falam mexicano e isso era bonito de se ouvir, porque mesmo que fossemos turistas, eles não se importam se não falamos a língua deles, ele vão ser educados na mesma! A Andrea falava americano, deve de trabalhar para o Axel, porque antes dele falar comigo, ele já tinha falado com ela sobre vir até aqui á loja.

A Andrea dava a opinião dela sobre quase todas as roupas que havia, escolhemos muitas admito que sim, não estava nada á vontade por estar a gastar o dinheiro dele, eu estava satisfeita com as minhas roupas não precisava de mais! Por um lado eu acho que o Axel tem razão... eu já tenho 19 anos e acho que poderia começar a vestir-me um pouco melhor, deixar usar ténis, não sei ganhar um pouco mais de confiança em mim mesma! Mas por outro lado, não concordo com o Axel! Porque ele só quer que eu vá ás compras, porque ele quer que eu esteja bem apresentada para a sociedade, para que eu esteja bem vestida á frente das pessoas! O Axel não devia de ter vergonha da maneira em como eu me visto, porque ele é que quis casar-se assim comigo, eu não o obriguei por isso, ele não pode querer mudar-me assim do nada, só porque lhe apetece!

(...)

A parte de trás do carro estava cheio de sapatos, a Andrea "obrigou-me" a comprar mais coisas, comprei sapatos, malas, casacos e mesmo roupa interior! Era como se nós estivéssemos feito uma remodelação inteira, no meu armário! Eu tenho a certeza que não vou usar nada disto todos os dias, só em momentos onde vá haver festas, então não sei porque é que o Axel obrigou-me a comprar isto tudo! O carro para finalmente em frente a casa, passei a tarde toda naquele centro comercial, espero que tenha chegado para que o Axel tenha resolvido os problemas com o James. Eu sei bem que ele só me mandou para o centro comercial, para ficar á vontade pela casa... aquele telefonema que ele recebeu quando estávamos na praia, foi um pouco estranho e deixou-me bastante intrigada. Mas eu não posso falar com ele sobre isso, porque eu sei que ele vai responder mal ou então vai discutir comigo, porque eu estou a meter-me nos assunto dele! Um dos seguranças que já estava na entrada da casa abre-me a porta, saio e agradeço com um sorriso. Alguns seguranças aproximam-se do carro, ao dirigirem-se diretos á parte de trás do carro, deve ser por causa das compras. Aproximo-me dos cinco seguranças, que estavam á volta e fico á espera que um deles abram a porta.

-Senhora. -Sinto uma mão, a tocar no meu braço. Viro-me para trás e vejo o Andrew. -A senhora tem que entrar, o senhor Clark quer falar consigo.

-Eu já vou, eu vou ajuda-los com as compras. -Respondo.

-Claro que não senhora! -Exclama exaltado. -Senhora, deixe as compras connosco, venha comigo. -Murmura.

-Qual é o problema de ajudar? As compras são minhas! -Exclamo chateada.

-Senhora, deixe isso, venha comigo por favor, nós tratamos de deixar as compras no seu quarto para que a Lira arrume. -Explica. Cruzo os braços contra o meu peito chateada e olho para ele seriamente. -Venha comigo. -Murmura mais uma vez.

-Só desta vez! -Exclamo.

Caminho á frente dele em direção á casa, com toda a certeza eu nunca iria conseguir habituar-me a ter todos á minha volta a fazerem as coisas por mim, eu sempre fiz tudo por mim própria e agora assim do nada, tenho todos a fazerem as coisas por mim! Eu não gosto disso!

-Seja bem vinda, senhora Clark. -Murmura um segurança, que estava na porta de casa.

-Obrigada. -Agradeço. -Sabes onde está o Axel? -Questiono.

-O senhor Clark, está á sua espera na sala. -Informa.

-Obrigada. -Agradeço.

Entro dentro de casa e caminho diretamente pelo pequeno corredor verde, que dava acesso até á sala. Olho para trás de mim e vejo que o Andrew já não me seguia, ele deixou-me seguir o caminho sozinha. Viro-me de frente e continuo o meu caminho até á sala. O Andrew e o outro segurança que acompanhou-me até ao centro comercial, são muito simpáticos e muito respeitoso também! Mesmo que eu não goste de ser tratada assim, eu sei que eles só fazem isso por causa do Axel e eu por mais que não goste, não vou fazer nada para os prejudicar, eu iria sentir-me muito mal se algum deles ficasse sem trabalho, por causa da minha teimosia!

Olho para a sala e vejo o Axel sentado na ponta do sofá, de costas para mim, enquanto bebia qualquer coisa. O que será que ele quer falar comigo?! Respiro fundo três vezes e caminho até aos sofás, ao passar á frente dele.

-Boa tarde. -Comprimento sem olhar para ele e sento-me no sofá. Coloco-me de lado, ao ficar de frente para ele e cruzo as minhas pernas. O Axel continuava na mesma posição, sem dizer nada, bebia qualquer coisa e olhava para aquela paisagem, que tinha á nossa frente. Será que ele ainda está chateado, por causa daquilo que aconteceu no centro comercial?

-Como correu as compras? -Questiona, ao dar um último golo na bebida dele.

-Bem. -Respondo, ao baixar o meu olhar até ás minhas pernas.

-Compras-te o que eu te mandei? -Questiona, com um tom sério. Viro a cara para o lado, ao olhar para o mar á minha frente. Ele sabe perfeitamente que eu fui "obrigada" a comprar aquelas roupas mesmo contrariada, eu faço ideia o preço que saio aquilo tudo, nós trouxemos mais de cinquenta sacos, sinto-me mal por isso... porque foi com o dinheiro dele, que eu comprei isto tudo. -Não vais responder Ashley?

-Tu sabes perfeitamente, que eu comprei o que tu mandas-te! -Exclamo num sussurro. O Axel coloca o copo, em cima da mesa á nossa frente e vira-se de lado para mim. O Axel não mostrava qualquer reação, que eu conseguisse ver se ele estava zangado ou não, isso já era um bom princípio.

-Ashley, eu não quero mudar-te como tu estás a pensar... eu não me importo que tu te vistas á tua maneira, mas tu já tens 19 anos, já és casada, tens que começar a vestir-te de outra maneira. -Argumenta calmamente. Eu estava vidrada naquele olhar azul claro que ele mantinha, enquanto olhava para mim, á medida que ele falava! Eu não sei porque razão é que ele estava a olhar para mim desta maneira, mas eu prefiro que ele olhe assim para mim, do que com aquele olhar preto escuro que me assusta, é o único olhar que o Axel tem, que consegue assustar-me! -Eu não me importe que uses calças e ténis em casa, mas percebe que agora és casada, eu sou importa na cidade e no mesmo no país, que eu vou a festas sociais com pessoas importantes e tu como minha mulher, tens que estar bem apresentada. -Reviro os olhos.

-Axel, eu só sou tua mulher no papel e mais em lado nenhum. Eu não gosto de ti, não te esqueças que eu só estou casada contigo, porque tu me obrigas-te e tu não podes querer mudar a minha maneira de vestir, só porque tu és importante. Fora daqueles portões, tu não me és nada. -Explico calmamente.

-Queres discutir mais uma vez?! -Questiona de forma agressiva. -Sabes que quem vai ganhar, sou eu!

-Axel, não é querer discutir contigo ou não, mas sim o facto que tu não percebes o meu lado e não tentas perceber! -Murmuro. -Eu quero falar contigo com calma, sem discucão, para nós conseguir-mos chegar a algum acordo.

-Ashley, faz o que eu te digo e sem discutir. -Pede-me calmamente.

-Tu nunca vais entender o meu lado e é isso, que vai fazer com que eu tenha odio de ti. -Sussurro tristemente e levanto-me do sofá, ao caminhar até á janela da varanda.

Eu já devia de esperar  que o Axel nunca iria tentar perceber o meu lado das coisas, como ele é homem, para ele eu é que tenho que fazer aquilo que ele quer e não o contrário! O Axel tem que perceber, que eu estou casada com ele por obrigação e não porque o amo, por isso eu não tenho que fazer nada daquilo que ele quer! O Axel continua a não querer falar a razão deste casamento, por mais que eu peça mil vezes, ele não me diz e nunca vai dizer! O Axel arranja sempre maneira de ficar com a última palavra, quando eu tento discutir sobre esse assunto e eu começo a achar que nunca vou saber essa razão, de eu ter estar casada com ele! Mas chega a um certo momento, onde até a mim já me cansa...

Assusto-me ao sentir umas mãos grandes, a passarem pela minha barriga, baixo o olhar e conhecia que era as mãos fortes do Axel. O Axel coloca a mão direita por baixo da esquerda, mostrar bem a aliança de ouro que ele tinha no dedo. O Axel coloca a cara dele na curva do meu pescoço, ao esfregar o nariz dele no meu ponto fraco!

-Sabes que as tuas birras, não te levam a nada nenhum Ash. -Levanto a minha cabeça de repente, ao abrir a minha boca abre-se de espanto, ao ouvir o nome "Ash" sair da boca dele. Foi a primeira vez, que ele usou o meu diminuitivo, ele nunca me chamou de Ash, foi sempre Ashley... Porque razão é que ele está a chamar agora? -Seria melhor, que nós os dois tentássemos dar-nos bem durante esta viagem e quando chegar-mos a casa, logo veremos como vai ser. Não serve de nada, estares a discutir comigo assim do nada, se sabes que quem vai ficar com a última palavra sou eu. -Argumenta calmamente.

-Axel, tu é que não consegues meter-te no meu lugar e tentares perceber o que eu sinto. -Debato. -Porque razão é que eu tenho que casar contigo? Porque razão, é que tu não queres dizer-me o por quê, deste casamento? O que te impede...

-Ashley! -Exclama o meu nome calmamente. -Sabes que essas perguntas eu nunca te vou responder, porque isso são assuntos que não devem ser tratados contigo e tu não te deves meter, para o teu bem. -Abano a cabeça em negação ao ouvir tais palavras ditas, como é que ele tem coragem de dizer que eu não tenho que me meter, sabendo que EU é que estou casada com ele, sem razão dada? Tento afastar-me dos braços dele, ao tentar desviar-me para o lado, mas ele não deixava, ele continuava com as mãos dele na minha cintura e aperta as mãos, de forma a prender-me a ele. -Deixa de te comportares como uma menina de 5 anos, vamos ser dois adultos e chega de criancices! -Exclama com agressividade. Paro de tentar sair dos braços dele e abraço os meus braços. Eu sentia que a qualquer momento as lágrimas iam sair, mas não vou mostrar-lhe qualquer dor ou sofrimento! -Vai-te vestir, temos um jantar especial á nossa espera!