Capítulo 35
Acordo ao ouvir uns barulho no quarto, abro os olhos e olho á minha volta, a ver se via alguém. Ao reparar que estava completamente sozinha no quarto, volto a deitar a cabeça na almofada, enquanto olhava para aquele céu escuro que cobria a terra! Estes últimos dias, tem sido péssimos na minha vida, eu pensava que ao tentar atrasar os preparativos para o casamento, que fizesse com que consegui-se ganhar a minha oportunidade, para conseguir fugir daqui mas Não foi nada disso, que eu consegui. A única coisa que eu consegui, foi ficar trancada no quarto o dia todo. Estou trancada neste quarto, quase á uma semana, faltam poucos dias para o casamento e eu ando aqui, trancada sem saída. Discuti muito com o Axel sobre isto e qual foi o resultado? Ficar trancada no quarto! Ele não me deixa sair nem para comer, nem para brincar com a pequena Maryann eu posso Sentia-me uma verdadeira prisioneira, dentro desta casa. Dou um sobressalto, ao ouvir a porta da casa-de-banho a abrir-se, onde de lá saí o Axel, enquanto arranjava a camisa. O Axel ultimamente tem dormido comigo á força, eu adormeço no sofá para evitar dormir com ele mas acabo sempre por acordar nesta cama
-Bom dia. –Sussurro baixinho. Sento-me na cama, encostada com as almofadas atrás das costas, enquanto o Axel andava pelo quarto.
-Bom dia. –Comprimenta, sem olhar para mim. Ele vai até ao closet e saí uns segundos depois, com um casaco social.
-Vais trabalhar? –Questiono num sussurro.
-Claro. –Responde friamente. O Axel vira-se para ir em direção á porta do quarto, mas eu levanto-me muito rapidamente, ao colocar-me á frente da porta, para o impedir de sair.
-Por favor! –Suplicava. –Não me deixes aqui.
-Saí da frente! –Ordena calmamente.
-Por favor Axel, não me deixes trancada no quarto mais uma vez, por favor –Sinto as lágrimas a formarem-se nos meus olhos. –Eu faço tudo o que tu quiseres, qualquer coisa, mas não me deixes trancada aqui.
-Eu avisei-te Ashley e não vale a pena pedires isso, sabendo que tu tens a minha resposta igual todos os dias! –Exclama, ao tentar passar por mim, ao colocar a mão na maçaneta da porta.
-Por favor Axel, eu suplico-te... –Deixo uma lágrima cair pela minha cara, ao olhar para dentro dos olhos dele, ao tentar chegar a alma dele.
Eu estava num completo desespero, eu não conseguia ficar aqui neste quarto, nem mais um minuto, eu ia acabar pro dar em maluca e acabar por fazer uma asneira! O Axel olhava para mim sem dizer nada, apenas os olhos dele que mexiam de um lado para o outro pela minha cara, com cautela levanto as minhas mãos e coloco em cada lado da cara dele. Aproximo-me mais da cara dele e deixo-me ficar assim, durante alguns segundos. O Axel era mais alto do que eu, eu tentava que ele fixa-se o olhar dele em mim, a todo o custo possível.
-Por favor.
O Axel leva as mãos dele, ao colocar em cada lado da minha cara, para limpar-me as lágrimas que tinha com os dedos dele e acaba por juntar as nossas testas. Acho que finalmente, consegui amolecer o coração dele e vai deixar-me sair, destas malditas quatro paredes. Acho que nunca vou conseguir fugir daqui, eu não consigo encontrar nenhuma solução, para conseguir fugir desta casa é ao tentar fugir, que eu acabei por me prejudicar a mim mesma Acho que já perdi todas as minhas esperanças de sair desta casa, sinceramente eu não vejo esperanças nenhumas!
-Ashley eu
-Por favor Axel, eu estou a suplicar-te. –O interrompo. –Não me deixes fechada aqui no quarto, deixa-me ir até á biblioteca, até á cozinha, qualquer coisa, mas não me deixes aqui
-Anda cá. –O Axel segura na minha mão e encaminha-me até á cama. Ele senta-me e acaba por se sentar ao meu lado. –Ashley, eu expliquei-te que cada ação tua tinha consequências, vais ficar trancada no quarto, até ao dia do casamento e não á nada que me faça mudar de ideias!
-Por favor Axel. –Passo a minha mão, pela cara dele. –Eu faço qualquer coisa para sair daqui, eu faço tudo o que tu quiseres, tudo mesmo tudo. –Murmuro desesperada. O Axel olha para mim sem dizer nada, eu estou completamente desesperada, eu faço qualquer coisa para sair deste quarto.
-Qualquer coisa? –Questiona. Abano a cabeça em confirmação, sem desviar o meu olhar do dele.
-Está bem. –Dou um suspiro profundo. –A partir de hoje, não ficas mais trancada no quarto. Mas em volta Ashley, vais fazer tudo o que eu quiser
-Sim. –Murmuro, ao baixar a minha mão da cara dele.
-A partir de hoje, vais fazer tudo o que eu quero. –Olho para ele admirada. –Vamos dormir juntos, como um casal normal. –Baixo o olhar até ás minhas pernas. Dormir com ele como um casal, não sei se ele se refere, a ter relações sexuais com ele ou se é só dormir. –Não precisas de ficar assim, eu sei que não estás pronta para teres relações comigo agora, mas na lua de mel sabes que nada me irá impedir, de te ter como minha. –Engulo a seco, com as palavras dadas por ele. –Não me negas que te toque, que te beije Não me negas de nada que eu queira, simplesmente. Estamos entendidos?
-Sim. –Concordo. Eu logo vi, que tinha que ter alguma coisa em troca, para que eu pudesse sair do quarto. Eu estava a achar fácil de mais, poder sair do quarto sem ter que lhe dar alguma coisa, em troca...
-Vais continuar a pedir autorização para ires a qualquer lado, principalmente para ires á biblioteca, eu deixo-te lá ires mas claro, que só vais com a minha autorização! –Afirma, com um tom feroz.
-Está bem... –Sussurro, ao confirmar o que ele tinha dito.
-Ainda bem. –O Axel aproxima a cara dele da minha e dá-me um beijo na testa. –Vamos descer, para tomar o pequeno-almoço com o resto da família e sem reclamares Ashley!
Eu detesto, ter que deixar o meu orgulho de lado, para poder sair deste quarto, eu que sou muito mas muito orgulha e desta vez, vou ter que deixar tudo por causa dele Eu estou a ver, o mundo a enterrar-se á frente dos meus olhos e eu sem poder fazer nada, para conseguir subir. O meu mundo está a desabar perante de mim e eu sem chance, de conseguir superar isto. Mas neste momento, só me resta seguir as ordens do Axel, pelo menos não fico nem mais um segundo presa neste quarto, estas quatro paredes que andavam a meter-me pior do que maluca! Eu não via ninguém, nem sequer a Isabel eu via, eu só via o Aphonso que vinha entregar-me a comida e era raro as vezes que ele falava comigo, o Axel o proibi-o completamente de falarmos entre nós os dois Fiquei afastada de todos, que se encontram fora deste quarto.
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