Capítulo 30

MEUS AMORES, MEUS QUERIDOS, CHEGAMOS AOS 900 MUITO OBRIGADA MUITO OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS E PELAS VISUALIZAÇÕES!

Acordo aos poucos, com um movimento estranho que estava no quarto, abro os olhos e vejo o Axel a vestir um casaco grosso, todo preto. Olho para ele em silêncio, enquanto o mesmo se encontrava de costas para mim. Foi estranho, dormir muito perto do corpo dele, não senti mais frio a noite toda, acho que isso significa que dormi junto ao corpo dele! O perfume do Axel, tinha um aroma muito calmo e relaxante, o que fez com que eu adormecesse muito rápido. Sinceramente, eu não sei o que me deu para pedir-lhe para dormir junto ao corpo dele, ele só faz-me sofrer, desde que eu coloquei os pés dentro desta casa e cl... 

-Vejo que já acordas-te. –Sou tirada dos meus pensamentos, ao ver o Axel encostado á parede a olhar para mim. Eu estava tão concentrada com as minhas palavras, que acabei por nem fazer atenção que ele já sabia, que eu estava acordada.

-Bom dia. –Murmuro e sento-me na cama, ao cruzar as minhas pernas. O Axel aproxima-se de mim e senta-se ao meu lado, mas de frente para mim.

-Estás melhor? –Questiona.

-Sim obrigada. –Agradeço envergonhada. Olho para os olhos do Axel que estava muito claros, acho que ele acordou de bom humor, pelo menos é o que aparenta... Tem momentos, onde é fácil ver que ele está de bom humor ou de mau humor. Tem dias! –Axel... sobre a conversa de ontem.

-O que é que tem, a conversa de ontem? –Questiona, num tom rude e frio.

-Eu peço desculpa. –Baixo o meu olhar envergonhada. –Eu não queria, que a Liane te conta-se que eu estava com febre, porque... –Não posso contar a verdade. –Porque eu não queria, que tu viesses para casa toda preocupado e stressado, podias ter um acidente ou algo parecido e eu não queria. Peço desculpa...

-Sabes que as tuas ações, tem consequências Ashley, não sabes? –Questiona, com um tom como se aquilo fosse uma ameaça para mim. Continuo com a cabeça baixada, sem dizer nada. –Tudo o que tu fizeres, tem consequências Ashley e tu devias de aprender isso!

-Desculpa. –É tudo o que eu digo. Tenho que manter a calma agora, não quero que ele faça mal á Liane ou aos meus pais, com ele nunca se sabe!

-Tens a certeza, que te sentes melhor? –Questiona ao mudar de assunto.

-Sim, pelo menos não acordei durante a noite, dormi bem... –Sinto as minhas bochechas a ficarem quentes, por estar envergonhada.

-Eu vou mandar a Isabel, trazer o pequeno-almoço. –Murmuro.

-Não é preciso Axel, eu posso descer e comer com vocês. –Argumento.

-Tu vais ficar aqui e comer tudo, o que ela trouxer. –O Axel levanta-se da cama e arranja a roupa. –A minha mãe deve de estar a chegar daqui a pouco, para escolherem o vestido juntas. A tua mãe deve de estar a chegar, também. –Baixo a cabeça triste. Eu pensava que ele tinha esquecido isso, de escolher o vestido, mas afinal não... –E se eu fosse a ti Ashley, escolhia o vestido se não queres que coisas acontecem! –Levanto o olhar devagar até ele e o olhava com calma e com medo, ao mesmo tempo.

-Está bem... –Sussurro.

-Eu vou sair, mas volto antes do almoço e para tua sorte, eu espero bem não ter nenhuma queixa da minha mãe ou da tua mãe Ashley. Se não já sabes! –Exclama num tom ameaçador. O tom de voz dele, parece que ele está a indicar que vai fazer alguma coisa á Liane ou até mesmo aos meus pais.

-Está bem! –Exclamo com agressividade. Ouço alguém a bater á porta e viro a cara.

-Entre! –Ordena o Axel. A porta abre-se e vejo que era o Aphonso e a Isabel.

-Bom dia senhor Clark, a Isabel veio entregar o pequeno-almoço. –Informa o Aphonso.

-Claro entra. –Ordena.

-Bom dia. –Murmura, ao passar pela porta.

-Bom dia Isabel. –Respondo com um sorriso, da qual a Isabel responde-me também com um sorriso, meio discreto. Sei que ela não dá um sorriso melhor, por causa do Axel.

-Senhor Clark, o seu irmão já está pronto lá em baixo, á sua espera. –Informa a Isabel.

-Podes dizer ao meu irmão, que já desço. –Argumenta.

-Com certeza senhor. –Ela curva um pouco a cabeça e sai do quarto, ao deixar um silêncio estranho entre nós os dois.

Olho para o Axel e o mesmo olhava para mim, com um olhar sério e estranho ao mesmo tempo. Desvio o meu olhar e olho para o tabuleiro, onde continha uma fatia de bolo de chocolate, com um sumo de laranja, um croissant que tinha fiambre lá dentro com manteiga, um copo com água e claro, dois comprimidos. Reviro os olhos, quando o olhar é dirigido para aqueles dois comprimidos.

-Ashley! –Ouço a voz do Axel a chamar por mim, levanto o meu olhar até ele e olho para ele com uma cara séria. –Eu quero que tu respeites as pessoas cá em casa, cada pessoa aqui em casa tem a sua função e sobretudo, não deve ser desrespeitada. Estamos entendidos? –Questiona como se aquilo fosse mais uma ordem, do que uma pergunta.

-Sim Axel. –Respondo, ao deixar um suspiro profundo.

-Espero que estejamos esclarecidos Ashley e espero, não ter queixas de ninguém cá de casa!

-Axel, eu não sou nenhuma criança, para fazerem queixas de mim! –Exclamo irritada.

-O recado está dado Ashley! –Exclama. O Axel caminha na minha direção e o sigo com o olhar, para ver o que ele ia fazer. O Axel coloca a mão dele atrás dos meus cabelos, ao segura-los pela nuca e dá-me um beijo na testa. Fico parada sem saber o que fazer e o deixo fazer, o que ele quiser. No final, o Axel encosta a testa dele na minha e ficamos a olhar um no outro, enquanto ele mexia no meu cabelo com os dedos. –Não te portes mal, está bem?! –Questiona num sussurro.

-Está bem Axel... –Sussurro.

-Até logo.

O Axel vira-me as costas e saí do quarto. Hoje vai ser um longo dia e sinceramente, não me apetece nada passar a manhã toda a escolher um vestido, que não vai servir-me de nada. Também não posso discutir muito com o Axel, assim evito que ele desconfie de mim, eu tenho que fazer com que ele pense que eu gosto dele e aí, quando já tiver mais confiança, eu saio do país com ou sem autorização do Axel!

Pego no tabuleiro e o coloco em cima das minhas pernas. Começo a comer o que estava no tabuleiro e tomo os medicamentos também. Espero que o dia passe rápido, quanto mais rápido passar, melhor para mim. Ao colocar o tabuleiro em cima da mesinha, ouço a madeira da porta a bater.

-Sim. –Murmuro. A porta abre-se e vejo o Aphonso na porta.

-Bom dia senhora. –Cumprimenta, ao curvar um pouco a cabeça para a frente.

-Bom dia Aphonso, entra.

-Eu não vou entrar senhora, só vinha dizer que a sua mãe e a senhora Angel já chegaram, posso mandar subir?

-Podes Aphonso. –Suspiro.

-Com licença então.

O Aphonso sai do quarto e fecha a porta atrás dele. Dou um suspiro fundo e levanto-me da cama. Calço as minhas pantufas e caminho até á janela. A casa estava um pouco fria ou então deve ser impressão minha. Ao chegar á janela, vejo o jardim todo, mas completamente todo coberto de neve. Havia uns homens, a limpar a passagem do caminho do carro, coitados com este frio e andam na rua, a limpar neve... Ouço o barulho da porta, a bater mais uma vez.

-Sim! –Ordeno. A porta abre-se e encontro o Aphonso, mais uma vez.

-Posso senhora?! –Questiona.

-Estás á vontade. –O Aphonso desvia-se para o lado e vejo a minha mãe e a Angel, a entrarem no quarto com dois sacos.

-Minha querida. –Murmura a Angel, toda contente. Dou um sorriso forçado e vou até elas as duas.

-Bom dia Angel. –A comprimento com um pequeno abraço. –Bom dia mãe. –A abraço também.

-Bom dia, minha filha. Estás melhor? –Questiona, ao colocar a mão dela na minha testa.

-Sim, eu já estou melhor.

-Eu fiquei preocupada, quando desmaias-te no colo do meu filho. –Comenta a Angel.

-Eu sou frágil, a poucas coisas... –É tudo o que eu respondo.

-Mas ainda bem, que já estás melhor filha. –Murmura a minha mãe.

-Claro.

-Olha minha querida, o Axel pedio-me para escolher-mos juntas, o teu vestido de casamento. Eu trouxe comigo algumas revistas de lojas, podes gostar de algum vestido. –A Angel coloca o saco em cima do sofá. A minha mãe senta-se ao lado dela, ao deixar um pequeno espaço entre elas as duas, para colocarem as revistas.

-Podem escolher algo bonito, que seja discreto e não caro. –Explico. Apesar de não estar muito interessada no assunto, eu sei que tenho que escolher um vestido, se não vai sobrar para mim logo á tarde, quando o Axel chegar. Ele vai discutir comigo e sinceramente, não estou com paciência, para discuções com ele!

-Filha, sabes que isso é complicado de arranjar, muitos dos vestidos na moda são caros... –Exprime a minha mãe, ao abrir uma revista e a virar página por página.

-Toma minha querida. –A Angel entende-me umas cinco revistas. –São para tu escolheres, pode ser que nessas revistas encontres alguma coisa que gostes, se não temos mesmo que ir á loja.

Eu sei que a mãe do Axel, não sabe que eu estou a casar "á força" com ele. Ela pensa que ele gosta de mim e que eu gosto dele, mas isso não passa de uma mentira. Apesar de eu e ele nos ter-mos beijado e... ficado próximos um ao outro, isso não quer dizer nada! Eu seria incapaz, de conseguir amar uma pessoa como o Axel. O Axel é frio, mau, rancoroso, é coberto de ódio á volta do coração dele e isso nota-se á distância.

Os segundos, os minutos e as horas passavam e ainda sem escolha de vestido. Eu também estava a fazer de prepósito para ser difícil, nestas revistas que elas trouxeram tem vestidos lindíssimos, esplêndidos, mas ao mesmo tempo são caros e eu não quero dar milhões de dólares por causa de um simples vestido, contra a minha vontade. O sonho de qualquer rapariga da minha idade é um dia casar, com um vestido lindo e tudo maravilhoso á nossa volta... Mas com o Axel, eu não tenho esse sonho, este sonho foi tirado de mim á força!

-Ashley querida, tu não gostas de nenhum deles? –Questiona a mãe do Axel, num suspiro profundo. Sei que ela está cansada, de andar á procura de um vestido para mim.

-Não. –Respondo friamente. –Não gosto, não fazem o meu estilo de pessoa e ainda por cima, são todos caros.

-Minha querida, não faças atenção ao preço, o Axel disse que gastaria milhões se fosse preciso, só para ti. –Reviro os olhos, dado ao exagero dela.

-Mas nenhum me interessa, não gosto de nenhum! –Exclamo, ao fechar a última revista que nós tínhamos no quarto. Cento e vinte revistas, que foram viradas e viradas e nem um vestido foi escolhido! Claro que há vestidos que eu amei e muito, era um sonho realizado usar um vestido assim, mas tenho que evitar ao máximo que conseguir, com que este casamento se realize por isso... vou fazer-me de difícil.

-Filha, preferes ir a uma loja de vestidos? –Questiona a minha mãe, ao olhar para mim tristemente.

-Não sei. Nenhum vestido me agrada e todos os que vocês mostraram, são caros e eu não quero gastar o dinheiro do Axel! –Exclamo e cruzo os braços.

-Minha querida, eu já vi que não vamos conseguir escolher alguma coisa hoje, posso voltar á amanhã com mais revistas. –Sugere a mãe do Axel, ao levantar-se.

-Não quer ficar para almoçar connosco? –Questiono, com um pequeno sorriso.

-Não minha querida, seria melhor almoçarem só vocês. O meu marido, deve de estar em casa á minha espera. Fica para outro dia. –A Angel caminha na minha direção e pega nas minhas mãos, enquanto sorria para mim. –Nós vamos encontrar um vestido perfeito para ti minha querida, ao teu gosto, não fiques preocupada, que vai estar tudo preparado a tempo e a horas!

-Claro que sim Angel, confio em si para me ajudar. –Argumento com um sorriso tão falso, que até eu acreditaria nas minhas próprias palavras.

-Eu vou deixar-vos, que já está na minha hora. –A minha mãe levanta-se e vem até nós as duas.

-Foi um prazer conhece-la senhora Clark. Espero que venhamos a ser grandes amigas. –Exprime a minha mãe.

-Claro que sim, foi um prazer conhecer, a mãe da minha nora. –Responde com um sorriso. Desvio-me e vou até á porta do quarto. Abro e o Aphonso vira-se muito de repente para mim.

-Deseja alguma coisa senhora?

-Aphonso, podes acompanhar a mãe do Axel até á porta, por favor?

-Claro que sim senhora! –Exclama, com um sorriso nos lábios.

-O Aphonso irá acompanha-la Angel. –Murmuro.

-És um amor, minha querida. –A Angel caminha até á porta e saí do quarto. –Nos vemos amanhã, á mesma hora?!

-Como quiser, confirme com o seu filho, seria melhor.

-Claro minha querida. –Ela dá-me um pequeno abraço e um beijo rápido, na bochecha. –Até amanhã.

-Até amanhã Angel.

Eles os dois viram-nos as costas e seguem o caminho deles pelo corredor a fora, até ás escadas. Entro no quarto e fecho a porta. Finalmente!


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