07 = Seu l(ug)ar
(Galerinha do meu coração, leiam as notas finais. Temos uma surpresinha, para vocês)
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Acordei no outro dia às dez horas da manhã. Uma manhã de sábado, em que eu teria que decidir o rumo que iria tomar.
Cocei o cabelo, pisei o pé no chão frio, vendo algumas formigas passarem perto de meus pés. Nisso, me lembrei do jardim. Peguei um dos baldes que ficavam debaixo da escada, e o enchi de água. Subi as escadas, e puxei os três trincos da porta, abrindo. Usei o regador de plástico para jogar a água, e fiquei ali por um tempo. Me perdi em meio as cores e ao verde, pensando. O sol batia em minha blusa branca básica, e como se meu cérebro fosse de gelo, derretia minhas dúvidas.
Aspirei o ar de forma lenta, até decidir me levantar, terminando de fazer meu trabalho.
Minha mãe estava novamente em casa, com o café na mesa tendo sido feito por ela, e apesar de me sentir feliz, sabia que aquilo era medo.
Voltei a guardar o balde, e de maneira automática me sentei por um tempo na mesa do computador, que ficava entre o vão debaixo da escada, e a parede cheia de trecos, livros, jogos e troféus.
Me levantei e passei a mão pelas medalhas, lendo as de atletismo. Me lembro de ter começado a fazer atletismo por estar irritado. Por... Só querer correr de tudo, e cansar minhas próprias pernas, fazendo com que tudo parecesse mais fácil, mas no fim, apenas fazendo com que toda a minha merda se juntasse, virando ainda mais problemas.
Voltei a colocá-la ao lado das outras, e parei os olhos por um tempo no primeiro troféu ganho por nós, do time de Hockey. Nossa foto juntos, erguendo o não tão grande troféu banhado a ouro, estava bem ao lado, em um porta-retrato.
Eu não tinha entrado no time de Hockey para me livrar de obrigações ou problemas, mas no fim, acabei ganhando amigos nele. Amigos, que mandavam milhares de mensagens no grupo, com 1/3 delas sendo sobre mulheres, e as outras sobre jogos e séries.
Tirei a blusa branca, peguei a toalha jogada no corrimão da escada, e comecei a subir. Fiquei por cerca de doze minutos tomando banho, e quando vesti uma roupa, peguei uma blusa azul escuro, uma calça jeans, e uma blusa de frio estilo escolar. Amarrei os tênis já na beirada da escada, e me lembrei de pegar meu celular e meu fone, antes de trancar minha porta.
— Não vai tomar café? — Minha mãe me perguntou.
Apenas neguei, fechando a porta, e respirei fundo mais uma vez.
O lado bom de ser sarcástico é que riem de suas piadas, e nunca percebem quando você está triste, mas o lado ruim, é rirem de suas piadas quando podem não ser piadas, e bom... Te ignorarem.
Eu precisava falar com alguém, e eu tinha algumas horas para isso.
Não podia falar com a minha mãe, e meus amigos podiam contar aos outros, assim como fizeram quando disse que estava a fim de uma garota. Meu primeiro fora. Não doeu, mas ainda assim, eu não queria que ela tivesse descoberto. Nem mesmo por mim.
Peguei o ônibus, joguei a playlist no aleatório, que acabou caindo em uma música que eu tinha encontrado por acaso, no YouTube, mas que me dava uma sensação inexplicável de calma.
Com cada pequeno desastre
Deixarei as águas se acalmarem
Leve-me a algum lugar real
Porque dizem que lar é onde o coração se grava em pedra
É onde você vai quando está sozinho
É onde você vai para descansar seus ossos
Não é só onde você encosta sua cabeça
Não é só onde você faz a sua cama
Desci do ônibus, com a música ainda tocando, sendo talvez a terceira vez que era reproduzida.
Dei um passo de cada vez, e olhei para os corredores por um tempo. Os armários passavam por mim e, quando já estava subindo as escadas, os vi ficarem para trás. As únicas salas no andar de cima eram as do primeiro ano, a biblioteca, e a sala da diretora. Coloquei cada uma das minhas mãos na porta da biblioteca, e empurrei para dentro. O garoto que sempre cuidava da biblioteca estava lá, e era com ele mesmo que eu queria falar. Assim que seus olhos azuis olharam para mim, querendo saber o que eu fazia ali, fiz um sinal com a cabeça, o chamando.
Pausei a música, e comecei a enrolar os fones, enquanto ele se sentava à minha frente.
— Preciso de um conselho. — Resolvi ser direto.
— Meu?
Fiz que sim, sentindo o vento do ventilador de teto bater em meus cabelos, que eu só tinha tido tempo de lavar e passar o pente.
— Meus... Os garotos andam tendo muitos problemas. — Guardei o fone no bolso do casaco, e voltei meu olhar a ele. — Principalmente o Felipe.
Victor concordou. Todos nós sabíamos sobre a mãe do Felipe, e sabíamos que se ele estava mal, tinha algo a ver com ela.
— Ele... Falou...? — Victor tentou começar a perguntar, mas não parecia ter real interesse em saber, apenas, parecia querer tentar manter um assunto.
— Não, e sei que provavelmente não vai falar. — Passei o dedo pela capa de um dos livros, analisando o relevo. Eu esperava que Victor dissesse algo, mas eu sabia que ele não perguntaria nada, mesmo se ficássemos horas no mesmo silêncio. — Você sabe que estou namorando, não é? — Voltei a olhar diretamente para ele, o vendo concordar. — É mentira. Eu e Emília não nos gostamos. Estamos... Sustentando isso por causa de uma aposta idiota.
Victor concordou. Não parecia duvidar.
— E...?
— Só... Queria conversar com alguém. — Olhei para minhas mãos por alguns segundos, voltando a olhar para ele. — Às vezes, me sinto tão pesado que acho que preciso tirar as pedras que levo nas minhas costas, ou posso afundar caso caia no mar.
— "Na Mira da Arma"? — Perguntou, enquanto sorria.
— Fui eu quem escrevi aquela parte. Minha mãe queria que ele dissesse algo legal, já que iria morrer nos próximos capítulos, e eu... Não precisei pensar muito sobre isso.
Vi uma de suas sobrancelhas se arquear, como se estivesse impressionado.
— Vai ir ao treino? — Ele me perguntou.
— Não sei. A vida está me fazendo ter que decidir entre uma garota bonita, e um bando de marmanjo com tacos.
— A primeira opção parece boa.
Sorri ao ver que ele pensava o mesmo que eu.
— É... Só que... Ela eu não posso pegar, mas tem uma outra garota que treina patins que... Estou pensando...
— Não pode pegar? — Ele arqueou novamente as sobrancelhas. — Garota?
— Não é que "não posso pegar", é mais algo como "não quero pegar" — expliquei. — Emília é o tipo de garota que eu gostaria de ter do lado, como amiga. Alguém que eu poderia ligar as onze da noite, e chamar para beber porque levei um fora da minha namorada. E... Se eu gostar dela, vou ter que pagar mico na frente de milhares de pessoas. E... Eu não consigo parar de pensar merda com a outra. Muita...
— E o que vai fazer?
— O que me aconselha a fazer? — Repliquei sua pergunta.
— Encontrar a Emília. — Victor se levantou, e encostou a cadeira. — E ir atrás da outra.
— Você diz como se fosse fácil — reclamei.
— "O impossível vem da desistência. Não se pode conquistar o que se decidiu abandonar".
Me senti humilhado quando o vi recitar trechos que eu tinha escrito, para me ajudar. Era como me bater com a minha própria mão.
Me levantei, e quando passava ao seu lado, no balcão, escutei ele me chamar.
— Te recomendo esse.
Peguei o livro, e li o título "12 maneiras de se conquistar uma garota".
— Victor, vai tomar no seu... — ele me interrompeu, antes que terminasse.
— O prazo é de duas semanas — dizendo isso ele se virou, pegando os livros que tinham sido devolvidos, para arrumá-los em suas prateleiras.
Olhei para o livro azul com o título em rosa, e decidi assinar meu nome na lista, e levá-lo. Não sei o por quê. Apenas levei. Peguei meu celular, e liguei para Emília, enquanto começava a folhear as páginas.
"Existem passos simples, e difíceis. Vou mostrar os fáceis.
Se para começo de conversa você é um garoto, saiba que deve ler até o último passo, se for uma garota... Apenas encontre um garoto que tem esse livro e, vai saber que ele é um garoto legal.
A primeira coisa que deve ter em mente é que o amor é uma merda. Isso mesmo, vou admitir isso a você.
Ele te faz pensar na pessoa; pensar besteira, e faz algumas partes suas agirem mais que outras.
Mas não desista! A não ser que leve um tapa na cara. Aí desista e tente outra garota.
Ou vire gay. É uma opção também".
Emília atendeu a tempo de me escutar rir, por causa da introdução cínica feita pelo escritor.
— Por que está tão feliz? — Ela perguntou.
— Nada... — Voltei a ficar sério, e a colocar o livro debaixo do braço. — Podemos adiantar o encontro? Tipo... Pra daqui 20 minutos?
— Ah sim, você tem treino mais tarde, certo? Pode ser.
— Sim... — Alarguei. Ainda era estranho ela saber tudo sobre mim. — Você me liga quando estiver perto.
— Ligar? Não tem como. Eu não saio com meu celular. Nos vemos no lugar combinado, daqui... 19 minutos.
Concordei, e desliguei o celular.
Ela tinha combinado de nos encontrarmos no café, e de lá, pegaríamos o ônibus para ir a algum lugar. Provavelmente alguma parte da floresta.
Eu estava certo, claro.
Emília usava um vestido longo estampado, que ia até suas panturrilhas, e que prendia atrás do pescoço.
Em suas costas ela levava uma mochila, e me ofereci para levá-la, apenas como uma forma de esconder aquele livro dentro dela. Na ida, novamente deixei minha playlist no aleatório, e Emília dançou em algumas, enquanto em outras, apenas olhou para fora da janela, mantendo o silêncio. Foram cerca de 2 horas de trajeto, para depois de descermos seguirmos por algumas ruas, chegando finalmente no que parecia ser um portão enorme feito de uma raiz de árvore.
Emília a tocou, e olhou para as folhas e os cipós por um tempo.
— Essa é a maior árvore do mundo — me contou. — Dizem que ela ainda cresce.
Olhei para ela, e para as árvores ao seu lado, que não eram tão grandes.
— Isso é uma reserva ambiental? — Resolvi perguntar.
— Sim. Temos que pagar para entrar, mas não precisamos pagar para sair. O dinheiro é para ajudar a preservação da fauna e da flora.
— Sinto que irei elevar meu KI, aqui. Já sinto até o chakra fluindo.
Emília sorriu, não sabendo sobre o que eu falava, mas imaginando que era uma piada.
Eu sempre saia com dinheiro, e dei sorte de ainda ter um dinheiro guardado na capinha do celular. Usei ele para pagar, e nos fizeram assinar um termo de que não faríamos nada de mau a selva.
Deram uma olhada na bolsa, já que tínhamos assinado um termo concordando, e me senti envergonhado quando o homem viu o livro, e olhou dele para mim e Emília.
— Boa sorte — ele me disse. — Só não façam nada de errado no meio do mato. Melhor irem em um lugar mais confortável.
Meu rosto ficou vermelho igual a vez que tive insolação, mas não tentei explicar. Se tentasse, Emília pensaria a mesma coisa, e tudo que eu menos queria era ela pensando que estava tentando conquistá-la.
Fechei o zíper da mochila, e comecei a andar ao seu lado. A cada pisada que dávamos, adentrando ainda mais nessa reserva, percebia o quanto Emília olhava para tudo que é canto, admirada. Aquele local fazia com que ela se lembrasse de várias coisas vividas com o seu pai.
— Vem comigo, Will, tem uma cachoeira bem perto daqui. — Vira a cabeça rapidamente, enquanto me chama com a mão, e eu instantaneamente aponto para a placa que vimos assim que entramos, que dizia que não poderíamos caçar, pescar e muito menos nos banhar. — Eu sei, eu sei, não vamos tomar banho, é só que... Esse lugar era onde eu sempre ia com o meu... — Deixa de me encarar, olhando para o lado.
— Pai. Onde sempre ia com o seu pai. — Mesmo não devendo, pois eu sabia que ela não queria completar a sua frase, eu a completei, e me arrependi na mesma hora. Fiquei petrificado quando seu olhar veio novamente para mim; até mesmo achei que fosse brigar comigo, mas ao invés disso só balançou a cabeça e completou de forma triste:
— Isso! Podemos ir agora?
— Claro — concordei, e seguimos em direção a essa cachoeira, que antes parecia ser o seu mundo particular, mostrado por seu pai. Mas que agora, era só dela.
Árvores e mais árvores entravam no meu campo de visão, e eu me perguntava se já estávamos perto de chegar.
Tirei meu celular do bolso para saber que horas eram, e antes que Emília me chamasse, consegui ver que eram quase uma e meia. O vento balançava seus cabelos, fazendo seu vestido dançar. O sol batia em meu rosto, e por alguns segundos fiquei olhando para as suas costas. Emília transmitia uma sensação de segurança. Como se soubesse cada passo que estava dando, mesmo que para mim todas as árvores parecessem iguais. Para ela, era como um habitat natural. Os pássaros que cantavam em determinado ponto, e até mesmo as flores que estavam em algum lugar, parecia ser algo que ela reconhecia.
— Já está ficando entediado? — Me perguntou, o que fez com que eu olhasse para o lado, não querendo que ela soubesse que eu a estava observando.
— Não, não é isso... — Volto a guardar meu celular no bolso.
Não é que eu estava entediado. A palavra certa seria ansioso.
Eu queria chegar logo nesse lugar, para poder relaxar um pouco antes do meu treino com os garotos.
— Olha Will, você tem que deixar seu celular um pouco de lado... — Não consegui me conter e, simplesmente me explodi de rir com o que ela disse.
Eu parar de mexer no meu celular? Fora de cogitação, Emília.
— Não dá Emília, eu pertenço ao celular e ele me pertence. — Vejo ela revirar os olhos devido ao que disse. Mas eu não estava fazendo nada de errado, afinal, adolescentes passam horas e horas no celular sem se importar com isso. Então, por que ela se importava?
E quando eu já ia lhe perguntar isso, ela continua:
— Eu só estou dizendo que você tem que aproveitar mais as coisas que estão ao seu redor. O que você não vê; o que ninguém quer ver. — Assim que ela disse isso, afastando algumas folhas e galhos com as mãos, vejo que enfim chegamos ao seu lugar.
Emília segurava o galho de uma árvore para que passasse, o que me deixou ver a água cristalina — essa, que conseguia refletir tanto o verde das árvores, como os peixes que nadavam por entre a correnteza — antes de escutar o quebrar da água, que era emitido quando caiam da cachoeira a nossa frente, na água parada, que ondulava com o impacto, deixando que alguns pequenos peixes fossem vistos.
Estava prestando atenção no movimento que a água fazia, mas podia escutar alguém ao longe me chamar. Deixei que meu nome sumisse em sua voz, continuando a notar o que estava a minha frente.
— Ei Will, acho que aqui na sombra é melhor de se ver a paisagem do que aí no sol! — Os seus gritos para me chamar atenção, me despertam, e assim, depois de encontrá-la um pouco afastada de mim, sentada em cima de uma pedra grande, vou ao seu encontro.
— Você deveria ter me dito antes que aqui era tão bonito — comentei, ao me sentar ao seu lado.
— E perder a cara de fascinação que você fez quando viu? Não, obrigada! — Sua risada se fez presente, e assim como ela eu comecei a rir também. — Bem que eu te disse que você deveria olhar mais ao redor. Mas vocês jovens não fazem isso...
— Falou a adulta.
— Não é que eu seja adulta, é só que eu sei aproveitar a minha vida da melhor maneira possível. Não fico por aí perdendo horas e horas da minha vida mexendo no celular, enquanto poderia muito bem está fazendo uma outra coisa. E só para você saber, até mesmo quando eu não tenho nada para fazer, eu gosto de gastar o meu tempo olhando para a paisagem. Você já percebeu o quanto isso é lindo; o quanto a natureza é grande e faz a gente querer explorá-la? — Sua cabeça dá um giro de 270° graus, como para me mostrar tudo que ela vê.
E respondendo a sua pergunta, eu sussurro para mim mesmo um: não.
Eu nunca havia feito isso, porque em primeiro lugar, eu só vivia de casa para o colégio, e às vezes treinava. Uma outra "diversão" fora essas, não faziam parte da minha rotina. E em segundo lugar, eu nunca fui muito fã da natureza. Vivi poucos anos com a minha avó, na fazenda, e quase minha vida inteira na cidade, com os carros e os prédios.
Como ela não escuta a resposta sair da minha boca, decide mudar de assunto, pedindo a sua bolsa, da qual eu rapidamente dei a ela, que retirou de lá o seu diário, colocando o mesmo em cima de suas pernas — só quando a vi tirar o diário de dentro, lembrei do livro, e meu coração gelou, para depois voltar a se relaxar, quando vi que ela não parecia tê-lo notado.
A maioria das páginas de seu diário estavam escritas, apenas as últimas, cerca de cinco folhas, não estavam, e foi exatamente nelas que ela parou e examinou, mesmo que não tivesse nada para se examinar nelas. Mas eu sabia e entendia muito bem o que ela estava pensando, passando, e sentindo em seu coração nesse exato momento.
Eu até podia ter o meu pai em casa, com a minha família ainda unida, mas assim como Emília, a minha relação com ele não era das melhores. Então, eu entendia que ela queria muito que as páginas que faltavam fossem escritas; e que mais do que isso, os seus pais ainda estivessem juntos.
Não pensei no que os personagens da minha mãe fariam, principalmente Vincent, só segui meus instintos e deslizei meu braço por cima de seu ombro, e a trouxe para mais perto de mim, do qual a mesma colocou sua cabeça em meu peito, sem hesitar.
Ficamos um bom tempo assim, sem falarmos nada, só com ela sentindo as batidas do meu coração, e eu, o barulho frequente da água da cachoeira caindo.
E com um simples toque de mensagem do meu celular, esse momento foi quebrado, com Emília se afastando de mim e, olhando para o celular que eu tirava do bolso.
— Com certeza são os seus amigos te avisando sobre o treino. — Ela guardava o diário em sua bolsa.
— É. Com certeza é isso. — Dou um meio sorriso a ela, e me voltei para abrir a mensagem.
"Daqui uma hora, não se esqueçam!".
Era o Jeff quem havia mandado, e me lembrando do tempo de viagem que tínhamos levado para chegar, concluí que seria melhor ir embora o quanto antes.
Não queria me atrasar para o treino, porque havia dito que iria. Mesmo se saísse correndo não chegaria a tempo, mas precisava evitar atrasos longos, ou teria que escutar as palavras de Igor. As reclamações dele.
— Tenho que ir para casa. — Já começava a me levantar da pedra, e seguir em direção ao caminho que havíamos pegado anteriormente, mas aí me lembrei de Emília; que a havia deixado para trás. — Você vem comigo? — Perguntei, vendo a mesma de pé, porém no mesmo lugar.
— Claro. — Balançou a cabeça e caminhou de encontro a mim, e assim que ela chegou ao meu lado, ficando na minha frente, perguntou com um brilho no olhar: — Então, vamos?
Vamos?
"Mas é exatamente isso que estamos fazendo", era o que eu iria dizer, mas quando vi ela começar a correr, eu soube o que ela queria dizer de verdade com essas palavras, e antes mesmo que eu pudesse dizer algo, comecei a correr também, até porque eu não queria ficar perdido ali.
Ela conhecia o lugar, e eu não.
(Nota final)
Queridos e queridas, é com muito prazer que venho anunciar uma novidade a vocês.
Eu e a @KarllySore estamos muito felizes com a rapidez grandiosa com que o livro está crescendo. Com isso, gostaríamos de compartilhar uma notícia a vocês, que precisa da vossa ajuda.
Seria dessa maneira:
Vocês escolhem;
A gente faz.
Nesse determinado momento, dois personagens do livro são de muita importância, então vocês terão que escolher — o preferido ou o que gostaria de saber algo — de vocês.
Nessa primeira rodada (isso pode chegar a acontecer várias vezes, só depende de vocês), os personagens serão a Garota Misteriosa (do capítulo 5) ou o Victor.
Eles também gostariam de contar seus pontos de vista, a cerca de alguns assuntos.
Então, aqui vai.
Garota Misteriosa
Victor
(Comentem em um dos dois. O especial sai depois do capítulo 9)
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