Noivos?
Bruno's Point Of View
Espanha - Madrid
Termino de tomar banho. Coloco uma roupa casual e ao ver a minha linda noiva dormindo tão tranquila não resisto à vontade de enchê-la de beijos, e é isso o que eu faço.
— Bom dia, meu amor. — ela sorri ainda com os olhos fechados.
— O dia só fica melhor com você.
— Tirou essa de qual site?
Sorrio e levanto.
— Vai se arrumar pra gente tomar café lá embaixo. — digo.
— Só se for agora.
Ela levanta e entra no banheiro. Vou pra sala e sento no sofá ligando a televisão. Mudo de canal diversas vezes. Paro de trocar de canal assim que vejo uma jovem morena desfilando de biquíni, na verdade ela era uma agente do FBI que estava em missão, andar de biquíni pela piscina do hotel era só um disfarce para observar o alvo mais de perto.
— Ew acho que vou vomitar. — disse comigo mesmo ao ver a cena ficar em câmera lenta no corpo definido dela.
Tinha o que? 9 meses que eu não a via. Ela mudou tanto. Está mais linda, mais confiante, mais destemida, mais independente. Essa na televisão não era a Bianca que eu conhecia na adolescência.
— Estou pronta.
Desvio a atenção da televisão e olho pra ela. Estava usando um vestido tomara que caia branco. Ficava lindo nela, ela era linda.
— Vamos.
Eu ia desligar a televisão, mas ela me interrompeu.
— Eu amo esse filme. — disse ela olhando pra televisão.
— Eu também. — admito.
— Logo iremos ver eles. — ela sorri.
Concordo com a cabeça e desligo a televisão. Pegamos o elevador e saímos do hotel. Caminhamos de mãos dadas até a lanchonete no final da rua já que eu queria sair um pouco de dentro daquele hotel pra pegar um ar. Sentamos em uma mesa no fundo e fizemos nosso pedido quando a garçonete chegou.
— Os convites estão prontos? — pergunto.
— Daqui a dois dias eles já estarão com o convite nas mãos.
— Ainda vou escrever uma carta.
Ela sorri e balança a cabeça e eu faço o mesmo.
— Nosso casamento. — ela suspira.
— Eu não teria apanhado por você atoa. — digo rindo.
— E eu não teria aguentado você atoa. — ela brinca.
— Eu sou um cara legal.
— Depende.
— De que?
— Quando você não está andando sem blusa só pra se exibir.
— Você gosta que eu sei.
— Admito. — ela levanta as mãos enquanto ri.
A garçonete chega com os nossos pedidos e comemos em silêncio, mas um silêncio bom. Deixo o dinheiro encima da mesa e saímos da lanchonete.
— Próxima parada, Brasil. — digo.
— Depois de anos nós vamos voltar pra casa.
— Eles também.
— Que Deus nos proteja.
— Vamos comprar um presente pra Júlia, ela merece.
— Merece nada, tá respondona. — digo.
— Sua irmã, tem a quem puxar.
— Nossa Anne. — digo fingindo estar ofendido.
— Vamos logo. — ela segura minha mão.
Pegamos um táxi e pedimos pra ele nos levar em uma loja de brinquedos.
Pago o motorista e saio do táxi. Entramos na loja e a Anne vai logo olhar bonecas enquanto eu vou olhar carrinhos.
— Bruno, ela é uma menina. — ela me empurra até os brinquedos de meninas.
— Vai que ela gosta de carrinho.
— Você não aprende né?— ela ri.
— Se ela tacar ele em mim eu nunca mais compro nada pra ela.
— Você deu um Max Steel pra ela, queria o que?
— Um obrigado seria bom.
— Vê uma boneca bonitinha aí.
Ela vira de costas e começa a olhar uns ursinhos de pelúcia. Olho as bonecas e eu nunca pensei que fosse fazer isso na minha vida. Tinha um buraco na caixa pra apertar e eu aperto pra ver o que iria acontecer. A boneca começa a chorar.
— Shhh, chora não Shhh silêncio. — sussurro e balanço a caixa. — Anne socorro.
— Que?— ela pega a caixa da minha mão.
— Faz esse treco parar de chorar.
— Quer que eu faça o que?
— Taca na parede.
A boneca para de chorar e ela me devolve a caixa com a boneca.
— Quando tivermos um filho você vai tacar ele na parede?— ela pergunta erguendo a sobrancelha.
— Claro que não. — dou um sorriso sem graça.
— Não mesmo. Gostei dessa boneca.
— Olha o preço dessa coisa. — digo balançando a caixa na frente do rosto dela.
— Eu estou vendo. — ela abaixa minha mão.
— Eu não vou comprar esse brinquedo possuído.
Ela me dá um tapa e começa a rir.
— Deixa de ser mão de vaca.
— Paga com o seu dinheiro então.
Ela cruza os braços e me olha com seriedade.
— Estou brincando amor. — dou um sorriso.
— Vai levar essa mesmo?
— Por mim não, mas fazer o que.
Vamos até o caixa e pagamos a boneca. Anne agradece a vendedora e pega à bolsa com a Boneca. Saímos da loja e eu passo meu braço pelo ombro dela.
— Próxima parada?— pergunto.
— Arrumar as malas e voltar pro Brasil.
Suspiro e pegamos outro táxi indo para o hotel. Anne vai pro quarto começar a arrumar as malas e eu pego papel e caneta. Preciso escrever algumas cartas. Depois de anos viajando pelo mundo com a Anne, finalmente iremos retornar pro Brasil. E só sairíamos de lá casados, finalmente casado com a mulher da minha vida.
— Vai me ajudar a arrumar as malas não?— Anne grita do quarto.
— Já vou. —grito de volta.
Termino de escrever as seis cartas. Agora é só colocar em um envelope e mandar cada uma ao seu destino.
6 anos atrás....
Estava deitado na minha cama de barriga pra baixo com o notebook na minha frente. Enquanto a Bianca e o Brayan estavam do meu lado. Logo três pessoas apareceram em janelas diferentes.
— Ei!— digo acenando.
— Parabéns Brunão. — disse Felipe.
— Valeu Lipinho. — digo.
— Parabéns gato, dezenove anos uau! — disse Sophia.
— Continuo lindo eu sei. — digo fazendo todos rirem.
Olho para uma loira usando um gorro vermelho na cabeça. Como ela é linda, como eu sinto falta dela e dos seus abraços, seus beijos. Ela estava com um grande sorriso no rosto e meu coração estava batendo mais rápido só de olhar para ela por uma tela.
— Meus parabéns amor, você sabe que eu te amo muito e logo estaremos juntos. — disse Anne com suavidade, mas eu sabia que ela queria chorar assim como eu.
— Eu também te amo, pequena. Recebi seus presentes, vocês se superaram. — digo mudando de assunto ou eu iria chorar.
— Verdade, ele nem quis abrir. — Bianca se pronúncia pela primeira vez.
— Eu vou abrir agora com vocês. — digo sentando para pegar os presentes que estavam na cama. Bianca chega mais para o lado me observando.
Pego o primeiro e abro delicadamente.
— Ah! Por favor, né. — Bianca revira os olhos.
— Abre mais rápido. — disse Brayan.
Sorrio e faço o que ele mandou. Assim que retiro o embrulho vejo uma blusa dos Lakers autografada. Seguro ela de boca aberta e olho pro Felipe na tela.
— Cara que vontade de te dar um beijo, é a camisa dos Lakers autograda. — digo ainda não acreditando naquilo. Eles riem e pego o próximo presente.
— Que bom que gostou, mas vou recusar o beijo. — disse Felipe.
Abro o próximo encontrando um CD da cone crew autografado. Eu sou fã deles, eu não estou bem.
— Eu não estou bem. — digo eufórico enquanto eles riem.
— E cadê o Nathan pra eu agradecer pelo CD? — pergunto olhando pra Sophia.
— Meu pai o levou pra algum lugar, ainda não chegou. — Sophia responde.
— Feliz aniversário. — Bianca me entrega um envelope preto e eu sorrio antes de pegar e abrir.
— Mentira! — exclamo um pouco alto. — Ingresso para o Kids Choice Awards. — ela sorri com a minha animação e eu abraço ela dando um monte de beijos no seu rosto.
— Mentira. — escuto o Felipe e a Sophia dizerem.
— Vamos os três? — pergunto e ela assente e o Brayan da um sorriso cúmplice.
Esse definitivamente era o melhor aniversário de todos.
— Abre o meu agora. — disse Brayan e eu pego o embrulho que ele segurava era uma caixa um pouco pequena. Lá dentro tinha um Ipod novinho.
— Eu estava precisando mesmo, adorei muito obrigado. — digo abraçando ele antes de pegar o próximo embrulho.
— Eu não sabia o que te dar, então pensei que talvez você, sei lá gostasse. — Sophia disse meio incerta enquanto eu olhava o álbum com nossas fotografias, tinha fotos de todos nós juntos, na praia, na pista de skate, na casa de campo, na escola, no aniversário de 16 anos da Bianca, no parque.
— Eu adorei, vou guardar pra sempre. — digo abraçando o álbum contra o meu peito.
— Falta esse. — Bianca me entrega uma caixa menor ainda. Olho pra Anne na tela e vejo-a mordendo o lábio. Esse era o presente dela e sabia que ela estava nervosa pra saber qual seria minha reação. Mal sabe ela que o único presente que eu queria era estar junto com ela.
— Que lindo. — digo com um enorme sorriso olhando para o medalhão de ouro que tinha uma foto de nós dois dentro. Coloco-o no pescoço e dou um beijo cheio de carinho e amor nele e olho pra ela.
— Eu amei todos os presentes, amo vocês. — digo os vendo fazerem um som de "own"
— Eu te amo, muito, muito e muito. — digo olhando diretamente para uma única pessoa.
— Ih vamos deixar eles conversarem. —Felipe da um sorriso malicioso.
— Liguem para mim, vamos Brayan. — Bianca disse e eu os acompanho com o olhar, eles saem do meu quarto e logo resta somente uma pessoa na tela.
— Estou com saudades. — Anne apoia o rosto na mão.
— Eu também. — suspiro. — Mas por um lado é bom. — a vejo ficar confusa e erguer a sobrancelha.
— É? — pergunta Anne ajeitando o gorro na cabeça.
— Sim, porque quando eu te ver vou poder te beijar e te abraçar o quanto eu quiser. E como estou a um bom tempo sem fazer isso vou ter uma desculpa pra não parar mais. — digo vendo o sorriso lindo nos lábios delas e nos seus olhos.
— Eu irei adorar se você não parar de me beijar.
Atualmente...
— Anne ainda precisa de ajuda?—pergunto torcendo pra ela dizer que não.
— Claro, se não quiser deixar suas roupas pra trás.
— Minhas roupas não. — digo levantando e indo pro quarto.
Sento na cama e começo a arrumar minhas roupas dentro da mala. Não aguentava de ansiedade, não podia esperar. Paro de arrumar a mala e fico observando a Anne. Com a testa franzida enquanto coloca as roupas dentro da mala concentrada no que faz. Como ela faz tudo de um jeito delicado.
— Que foi?— disse com um sorriso brincando nos lábios.
— Só estava observando como você é linda.
Vou até ela e seguro na sua cintura enquanto olho nos olhos dela.
— Aé?— pergunta com uma sobrancelha erguida.
— É. —sussurro e olho pra boca dela depois subo para os seus olhos novamente.
Ela coloca a mão envolta do meu pescoço e eu a puxo para mais perto colando nossos corpos.
— Nós temos que arrumar as malas. — sussurra.
— Teremos muito tempo pra isso.
Ela balança a cabeça sorrindo e encara minha boca. Me aproximo e encosto meus lábios nos dela e logo iniciamos um beijo lento, repleto de desejo.
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