Capítulo 2 - Casadas??

N/A: Salve, salve, minha gente. Chegay!

É daqui que a confusão começa 🤪🤪🤪

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Sarah abriu os olhos e enxergou tudo meio embaçado. Passou as mãos pelos olhos na tentativa de melhorar sua visão e enfim conseguiu enxergar um pouco melhor.

Foi com certo susto que olhou ao redor e viu a enorme zorra que havia em seu quarto. Parecia até que um furacão tinha passado por ali, pois tudo estava revirado. Era roupa pelo chão, algemas presas na cabeceira da cama, algumas coisas quebradas e para completar uma enorme boneca inflável em pé bem ao lado da cama.

O quê que houve aqui?, Foi seu primeiro pensamento.

- Ai, minha cabeça! - reclamou, sentando-se na cama. Parecia até que tinha cimento dentro dela de tão pesada que estava.

A loira se levantou da cama e quase caiu no chão por conta de uma tonteira. Seu corpo estava dolorido e sua cabeça latejava muito como se tivesse levado várias pauladas nela.

Sarah não fazia ideia de como tinha chegado ali e nem porque raios estava de vestido branco, se ontem usava um macacão. E para piorar a situação, não havia sinal algum de Juliette pelo quarto. A loira levou as duas mãos ao rosto e sentiu um metal gelado tocar a pele de sua face. Abriu os olhos e viu que em um dedo da mão esquerda havia uma bela aliança prateada e foi aí que uma confusão maior ainda tomou conta dela. Até ontem pelo que se lembrava sua aliança ficava na mão direita e era dourada.

O que raios ela tinha feito ontem?

De repente ela escutou um barulho vindo de dentro do armário que usa para guardar algumas coisas velhas. Foi em direção à porta do armário, abriu-a e se deparou com uma mulher sentada ali dentro. A estranha estava vestida de noiva com direito a vestido branco e véu. Meio cabreira com aquilo que via, a loira se agachou perto da outra mulher e levantou o véu que cobria o rosto dela. Para sua total surpresa a noiva em questão era nada mais, nada menos que...

- Thaís??

Ela quase caiu para trás quando viu que era a amiga.

- Sarah? - a outra olhava confusa para a amiga.

- O que você fez? - a loira perguntou se referindo a roupa de noiva que a morena vestia.

- Onde estou?

- Dentro do armário do meu quarto.

Sarah se pôs de pé e estendeu a mão para a amiga se levantar do chão. Thaís aceitou de bom grado a ajuda e ficou de pé. A morena balançou um pouco a cabeça de um lado para o outro para acordar de vez. Sua cabeça estava uma bagunça louca, mal ela conseguia raciocinar direito.

Thaís então olha para Sarah e depois para si mesma e percebeu que tanto ela, quanto sua amiga estavam vestidas como se tivessem se casado. Ambas usavam vestidos brancos, muito similar a vestidos de noivas.

Já Sarah que segurava a mão da amiga nota a aliança idêntica a sua na mão esquerda de Thaís e a morena vê a mesma aliança na mão esquerda de Sarah, e ambas entram em desespero.

- Puta que pariu! Sarah o que a gente fez?

A loira solta à mão da amiga e confusa diz:

- Eu não faço ideia, Thaís!

As duas amigas se afastam um pouco mais uma da outra enquanto continuam se olhando assustadas. Depois, elas se viram de frente para a cama do quarto que estava toda bagunçada. E um novo pânico se instaura nelas.

- Sah, pelo amor de Deus, me diz que não fomos nós quem desarrumamos a cama desse jeito?

Thaís não queria acreditar no que via. Rezava para todos os santos para aquilo ser só um daqueles sonhos loucos que tem quando está de ressaca braba.

- Você não está achando que nós... - Sarah fez uma careta.

- Nos casamos? - completou a morena.

- Nós duas?

A loira olhou para amiga com uma cara de apavorada. Se isso fosse verdade como ela explicaria a Juliette.

- Meu Deus! - Thaís pôs as mãos na cabeça desolada com a situação.

Em um passado distante, logo quando conheceu Sarah na redação do jornal onde ambas trabalham, ela ficou encantada com a nova esitora-chefe. Na verdade rolou uma paixonite aguda. Tão aguda que Thaís se imaginou um dia casada com Sarah, mas isso passou quando percebeu o interesse da loira na estagiária Juliette. E assim acabou que virou amiga, melhor amiga de Sarah e cupido dela com Juliette.

- Thaís será que nós... - Sarah apontou para a cama e depois  para ambas as mulheres sem coragem de completar o absurdo que seria o resto de sua pergunta.

- Consumamos o casamento? - Sarah fez que sim com a cabeça, apertando os olhos com força. - Espero que a resposta seja não, Sarah, para o nosso bem.

Thaís saiu, puxando a amiga para fora do quarto. Pelos corredores da casa, as duas vinham caminhando enquanto iam tentando entender o que houve.

- Vamos raciocinar... se a gente conseguir, porque minha cabeça está uma confusão só.

- A minha nem se fale, Sarah. - retrucou a outra ao alcançarem a escada e virem descendo os degraus devagar.

- Bom e se isso que usamos forem apenas fantasias, Thaís?

Sarah tentava a todo custo achar uma justificativa que não fosse a delas terem se casado, para explicar o motivo real de ambas estarem vestidas daquele jeito.

- Tomara que esteja certa e que tenhamos ido a uma festa a fantasia, vestidas de enfeites de bolo de casamento lésbico. - retrucou com sarcasmo a morena.

Assim que terminaram de descer as escadas e chegaram à sala, ambas as mulheres paralisaram ao ver a grande desordem que havia ali. Tudo estava fora do lugar, uma verdadeira bagunça.

- Parece que as coisas saíram um pouco do controle. - murmurou Sarah.

- Olha antes de tentarmos inventar desculpas sobre essa puta despedida de solteira maluca. Vamos pensar e tentar lembrar algo.

Ambas fecharam os olhos, tentado ver se vinha algo à cabeça, só que não foi o que aconteceu.

- Droga! Não consigo, Thaís. - reclamou Sarah ao abrir os olhos. - Não me lembro de absolutamente nada do que aconteceu ontem.

- Pior que a minha memória também está zerada e isso não costuma acontecer comigo, geralmente não tenho amnésia alcoólica.

Sarah foi andando pela sala e enxergou sobre a mesinha de centro, a garrafa de champanhe que beberam ontem.

- Será que havia algo mais no champanhe que bebemos antes de saí ontem? Porque a última coisa que me lembro, foi do nosso brinde e depois nada vem mais na minha cabeça.

A loira foi até a mesinha onde estava a garrafa e apegou-a. Thaís que a acompanhou até onde a bebida estava, nota um cartão ali e o pega para ler.

- Não sabia que isso tinha sido um presente. - comentou Sarah vendo a amiga abrir o cartão.

“Parabéns, Sarah! Sei que não é chegada muito em bebida, mas também sei que adora esse champanhe, por isso te envio especialmente para comemorar em sua despedida de solteira. Aprecie essa bebida sem qualquer moderação. Abraços, Kerline!”. - acabou de ler, Thaís e encarou Sarah.

A loira tomou o cartão da mão da amiga só para confirmar o que estava escrito.

- Sua ex deve ter posto alguma porcaria aí dentro, Sarah.

Kerline até hoje não superava o fato de Sarah ter lhe deixado e se envolvido com outra, uma outra que era seu desafeto, no caso Juliette.

- Filha da puta! Com certeza essa porcaria é a causadora da nossa perda de memória. - Sarah embolou o bilhete e jogou-o com raiva no chão.

- Se não lembramos nada os outros também não. - deduziu Thaís.

- Deus do céu!... Juliette!... Onde ela deve está, Thaís? - olhou preocupada para a amiga.

- Boa pergunta! - apontou com o indicador para a amiga. - Eu também queria saber onde minha amiga se enfiou. Não só ela como os demais. Porém espero que ela não queira me matar por ter casado com você.

- Por favor, não me lembre disso. - Sarah fez uma cara de choro. Ela casada com Thaís que merda das grandes ela fez.

Sem ao menos as duas esperarem, escutaram um celular tocando e Sarah, imediatamente reconheceu o toque.

- É o meu celular, Thata. Deve ser a Li.

- Onde ele está?

- Sei lá!

Elas começam a procurar pela sala o celular e encontraram o aparelho dentro do vaso de flores, que ficava em cima da estante. A chamada inclusive já ia para seu último toque quando Sarah o atendeu.

- Li, meu amor!

Só que para a frustração da loira não era sua amada noiva e sim um desconhecido do outro lado da linha.

- Sim sou Sarah Andrade... O quê? - ela arregala os olhos diante da informação repassada pelo homem.

- Que foi, porra? - Thaís quis saber batendo no braço de Sarah que sinalizou um espera com a mão.

- O senhor tem certeza que está no centro de Las Vegas com a minha carteira?

- Como assim? - murmurou Thaís arregalando os olhos.

- Okay já estou indo para aí.

💖💖💖

- Recém-casadas! - leu Sarah na porta de um carro.

O veículo estava abandonado em uma rua de Vegas. Além disso, estava todo enfeitado com corações e várias outras coisas, além de ter em sua traseira algumas latinhas presas a um final no para choque do veículo.

- Levando em conta que o sujeito encontrou sua carteira no capô desse carro, que curiosamente se parece um pouco com o seu...

- Não se parece é o meu carro! - afirmou Sarah interrompendo a fala da outra.

- Uouuu! Então isso acaba com a nossa teoria de que fomos a uma festa a fantasia.

A morena abre a porta do carro e assim como a casa de sua amiga, o veículo dela também estava uma bagunça. Era garrafa de várias bebidas pelo assoalho e painel do carro, pacotes de camisinhas espalhadas também pelo painel e no compartimento do câmbio de marcha, sutiã jogado entre os bancos. Fora que havia glitter nos bancos. Aquilo ali dentro estava um tremendo horror.

- Ei, Thata! Tem uma mensagem de ontem à noite. - Sarah mexia em seu celular. - É da Li, diz aqui: “Preciso de um tempo!” - a loira arregala os olhos ao final da leitura. - Não pode ser!

- Tem certeza que é dela? - perguntou a morena de dentro do carro enquanto revirava as coisas no veículo para ver se encontrava alguma pista que as ajudasse a explicar tudo aquilo e de quebra as fizesse acharem os outros.

- Claro que tenho é o número dela. E se isso de termos nos casados tenha feito ela se afastar pra sempre de mim?

Thaís saiu de dentro do carro e viu que Sarah demonstrava um desespero explícito nos olhos, com a possibilidade de ter perdido sua futura esposa por algo que ela não fazia ideia de como tinha feito.

- Sarah não temos certeza de nada ainda só uma hipótese de que talvez isso tenha acontecido. Vamos primeiro procurar os outros pra tentar saber o que raios houve e depois vemos isso de casamento.

A loira balançou a cabeça concordando com a amiga e depois franziu a testa ao ver  que Thaís tinha algo em suas mãos. Ao olhar bem para aquilo, ela perguntou curiosa:

- Uai! Essa não é a calça que o Fiuk vestia ontem à noite?

- É, eu achei no banco detrás do seu carro.

- E isso o que é? - referiu-se ao papel que Thaís acabava de tirar do bolso da calça do amigo.

A morena jogou a calça dentro do carro e começou a abrir o papel diante dos olhos curiosos de Sarah, para descobrir do que se tratava aquilo.

- Parece ser a metade de uma certidão de casamento, só que faltando um dos nomes. - ela leu o nome que havia ali - “Noiva: Thaís Faria Braz”. - na mesma hora ela arregalou seus belos e Sarah fez o mesmo. - Minha mãe do céu! É a minha assinatura. - apavorada, ela olhou para Sarah que já estava mais branca que papel, fazendo idéia do que a amiga fosse dizer. - Sarah, eu acho que estamos casadas de verdade!

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