Capitulo 4
*narrado pela autora.
Ela Perdeu a chance de trabalhar por estar na delegacia.
Seu irmão ligou e a patroa dele já colocou outra em seu lugar.
Quando desliga o telefone Nicolas Jason se aproxima. Quando estavam no carro a caminho da delegacia ela se lembrou de onde o conhecia. O cara é super famoso. Porém, nesse momento isso pouco importa para ela.
Ele finalmente abre a boca, ainda sem saber o que falar exatamente.
-Oi Isabella, muito obrigado por salvar minha vida.
Até os seguranças dele estão chocados além de estar falando com uma negra, ele ainda à está agradecendo.
-Tudo bem Nikolas, fiz o que qualquer um faria.
-Com certeza isso não é verdade, queria saber como posso te recompensar?
Ela nem imagina como ele está desconfortável em sua presença.
-Você não pode. Boa sorte para você e tenha cuidado nas ruas do Rio. -Respondeu ela se afastando.
Ela está com fome, ainda não comeu nada e sua barriga resolve reclamar justo agora a fazendo morrer de vergonha.
-Então me deixe ao menos te convidar para um café. -A convida desconfortável.
Ele não quer dever favores a ninguém, muito menos a uma negra que somente de olhar, ele já sabe que também é pobre.
-Não obrigada, vou comer um salgado ali na esquina.
Ela só quer se afastar para chorar sua dor.
Porém ele insiste.
-Por favor, sei que já é tarde, mas aceita tomar um café comigo, isso vai me fazer sentir melhor.
Ela o olha e seus olhos se encontram rapidamente antes dele desviar.
Ela resolve aceitar para distrair um pouco a mente.
-Tudo bem.
Ele abre a porta do carro para ela, quando ela senta ele dá a volta e o segurança que está ao volante espera a ordem.
-Nos leve para minha casa.
Os seguranças trocam olhares e obedecem.
Eles seguem em silêncio e isso incomoda muito a Nicolás. As mulheres quando estão perto dele tem milhões de perguntas e adoram falar sobre si.
Quando passam pelo portão ele se arrepende. Poderia ter dado um dinheiro para ela comer onde quisesse e sozinha, claro! Mas sem saber bem o porquê, ele não quis se afastar dela, ainda.
Sem ter o que fazer ele a manda entrar.
-Sente-se Isabella.
Ela se senta e olha em volta.
-Obrigada! Sua casa é muito bonita.
-Obrigado! Mas não é minha.
Quando ele pensa em se afastar a empregada chega e ele manda servir o café.
Eles se sentam à mesa e ele fica surpreso de ver como ela come bem. Ela está com tanta fome que não percebe que ele a está olhando, ainda incomodado ele pergunta:
-Você ia trabalhar aqui no condomínio?
-Não. -Respondeu ela simplesmente.
-Aonde você iria trabalhar?
-No Recreio.
-E por minha culpa você não conseguiu o emprego, certo?
-Não é culpa de ninguém.
-Tenho certeza que você logo arruma outro emprego.
Ele nem imagina como isso é quase impossível.
-Difícil, mas só me resta continuar tentando.
-Você fazia o quê?
-Eu era enfermeira.
-Não é mais?
-Bem que eu gostaria, porém isso é quase impossível.
-Por que?
Ele mesmo não entendia o seu interesse.
Ela respira pesadamente e resolve contar o porquê.
-Sou ex presidiária.
Ele a olha assustado, e sem saber o porque; acha essa história estranha. Seu pensamento é que ela parece incapaz de fazer mal a alguém.
-O que você fez?
-Nada, mas meu marido era traficante.
Tudo o que ele odeia essa mulher tem, negra, pobre e drogas, mas ele não sente repulsa e sim pena, a vida não deve ter sido fácil para ela.
-E você é inocente?
-Sim, além de burra.
-Admito que estou muito curioso, se você não se importar.
-Tanto faz. Na volta de uma viagem que fizemos para comemorar seis anos de casados, ele aproveitou para trazer drogas, a Polícia nos parou e fomos presos, as provas me inocentaram, mas minha ficha ficou suja e ninguém me dá emprego.
Depois de tudo que ela falou ele só pergunta:
-Quantos anos você tem?
-Fiz vinte e cinco na semana passada.
-Moravam em uma pensão?
Ele realmente quer saber sobre a vida dela.
-Não. Porém não pude voltar para casa. Às vezes eu só queria ter o poder de sumir.
Quando ela diz isso seus olhos se enchem e ele se incomoda muito. Mesmo sem entender porque, ele sente uma necessidade de ajudá-la, ele acredita ser por gratidão, então arrisca.
-Amanhã vou viajar.
-Que bom.
-Vou ficar três meses fora. -acrescenta sorrindo.
Enquanto fala, ele se questiona se realmente fará isso.
-Sorte sua.
-Você digita bem?
-Quê?
-Vou precisar de uma ajudante por três meses, se você quiser... A vaga é sua.
Ela não consegue acreditar.
-Nossa! Jura! Eu não tenho passaporte.
-Vou para uma ilha em Angra dos Reis, e aí topa? -novamente ele acha graça.
-E quanto você paga?
Ela acha perfeito, vai ficar em uma ilha, ganhar para isso e ainda vai poder economizar o dinheiro da pensão.
-Quanto você ganhava?
-Em média dois salários mínimos em cada hospital, eu trabalhava em dois.
Ele a olha admirado, mas logo se repreende.
-Te pago o dobro, com a condição de que você somente se aproxime de mim quando for preciso.
Ela acha engraçado o que ele diz.
-Sem problema. Vou ter uniforme?
-Não, é uma ilha e estamos no verão, leve roupas frescas e biquínis.
-Nossa! Isso sim é um emprego dos sonhos.
-Então esteja aqui amanhã às 6:00 horas da manhã.
-Vou tentar não parar na delegacia dessa vez, muito obrigada!
Ele acha graça.
-Eu que agradeço, anota meu numero, qualquer coisa me ligue, qualquer coisa mesmo.
Anota o telefone, levanta, se despede dele e quando chega ao centro do Rio, ela aproveita para comprar uns biquinis e vai para a pensão arrumar suas coisas, e pensa... Ele é muito mais bonito pessoalmente.
Nicolas se arrepende, mas ao se lembrar que os olhos dela brilharam com o convite, ele sorri, mesmo ainda achando estranho a presença dela não o incomodar tanto e também o fato dela o tratar como uma pessoa comum. pensa... Do jeito que ela trabalhava, certamente não tinha tempo para nada; muito menos ver televisão. Nem deve saber quem sou.
❤❤❤
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💋Beijos da Aline💋💋
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