20.1:[Officer Lua]
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TAMOS LÁ QUASE!
Recado: Lalandys e euzinhaotaku onde estão os seus comentários?!
🌑🌒🌓🌔🌕🌖🌗🌘🌑
NARRADOR OMNISCIENTE
[20/01/2019- Domingo]
Enquanto muitas pessoas aproveitavam a noite de sábado e a madrugada de domingo, outros ficavam a dormir, outros ficavam a trabalhar. Esse era o caso de William Marshall, o Tenente do maior esquadrão da polícia da cidade de Anoía. Ele fora encarregado de vigiar os prisioneiros, naquela noite.
E que má noite...
Ele faria de tudo para estar em casa com a mulher e com o Óscar, em vez de ficar no mesmo teto que os ladrões, drogados, máfia, assassinos, abusadores, violadores e pedófilos. Esta era a ordem dele, desde o menor à maior causa da sua raiva e ódio.
"Tenente Marshall." Um dos prisioneiros chamou-o. Achou estranho. Todos os prisioneiros que o conheciam sabiam o quão mau era picá-lo.
Deve ser um novo.
Ele dirigiu-se à cela coletiva de onde a voz repetitiva vinha. Cela 12, ala 4. Não soube dizer quem o chamara. A luz que apenas iluminava os prisioneiros era da Lua e era fraca. E ainda bem que a Lua só dava uma pequena percentagem da sua luz a estes monstros.
"Dizem ter fama de ser muito bruto com os presos." Alguém sai da escuridão.
"Elijah Murphy." Aquele nome afiava a sua raiva que já há muito era aguçada. "Precisa de alguma coisa?"
"Tenho uma pergunta, William." Leu na etiqueta.
"Tenente Marshall."
"Ou isso." Cuspiu no chão e encostou o ombro às grades. "Como é que está o Omega? Sei que está ele está na sua casa. Porta-se bem?" William decidiu não responder. Esta noite tinha de se manter calmo. "Ajuda muito a sua esposa a cozinhar, não? Ele sempre foi assim."
1, 2, 3, 4...
"Precisa de mais alguma coisa, Elijah?"
"Chora muito como a Christine chorava?"
5, 6, 7...
Todos naquela prisão sabem que falar da família daquele Beta era como assinar a sentença de morte. Quando o verdadeiro pai do Tera fora para esta mesma prisão, a história do Tenente foi descoberta num abrir e fechar de olhos. Muitos dos prisioneiros picaram o Tenente até ele explodir, coisa que era impensável acontecer com o policial mais calmo da cidade, anos atrás. Desde de uma briga que quase causou a quase morte de um dos detentos, que mais ninguém enfureceu o Tenente William.
Até aquela noite.
"Aposto que as noites mal dormidas voltaram a aparecer."
8, 9, 10...
"Sentia saudades dos pesadelos da Christine, não? Do quanto ela berrava e chorava por estar sozinha em casa...Bem agora pode matá-las com os berros do Ariel."
"Elijah, cala-te, caralho!"
"Sempre soube que os Omegas eram sensíveis. Não podem levar umas palmadinhas ou serem fodidos sem permissão que ficam logo traumatizados."
O silêncio da ala foi quebrado pelo abrir da sela onde Elijah estava. William pegou o Alpha pelo macacão laranja e colou-o na parede mais próxima. "Repete!" Esmurrou-o na cara, logo vendo o sangue do nariz sujar o macacão. "Sabes a merda de trauma que deixaste nele?!" Sentiu o punho nojento na sua cara. "Ele mal consegue ficar sozinho por 5 segundos sem entrar em pânico!" Esmurrou-o outra vez, fazendo-o cair no chão. Antes de conseguir lhe dar um chute na cara e no estômago, as mãos sujas de monstro puxaram as suas pernas fazendo-o cair.
"E o que o Tenente vai fazer?" Elijah conseguiu subir em cima do peito do Tenente e esmurrá-lo repetidas vezes. "Matar-me? Se for esse o caso, acho que não está em qualquer posição para fazer alguma coisa." Sacou a arma dos bolsos do Tenente e apontou-a à cabeça. "Pow." Fingiu um tiro. "Adeus ao Tenente mais perigoso da cidade."
"Põe a arma no chão, Elijah!" Era Thomas, o companheiro de trabalho do Tenente. Ele estava atrás de Lua, cadela policial mais bem treinada do esquadrão- e a que mais temiam-. "Põe a arma no chão!"
Elijah apenas ria. "Porquê? O cachorro vai me morder? Ou o senhor vai me dar um tiro? Nem sabe segurar numa arma!" Carregou a arma que ainda estava colada à testa do Tenente.
"Larga a arma, Murphy." Os latidos abafavam qualquer som.
"Vou contar até cinco. Cinco..."
Ouviu-se um tiro.
Certeiro no ombro.
Elijah caiu para trás, deixando o Tenente se levantar. Pegou a arma e disparou contra o tornozelo. "Tu não és nada para falares assim do Ariel e muito menos da minha mulher! Ouviste?! Nada!"
Lua veio logo atrás, sem licença.
Mordeu-o, até ele pedir perdão.
ARIEL MURPHY
Gelado, acordei.
Tateei a cama onde estava deitado à procura do corpo quente do Tera para que me possa acolher no seu calor, mas apenas encontrei o seu lado vazio. Inundei as minhas narinas com o perfume a laranja que ainda estava pregado à sua almofada dura, a fim de amainar o frio que sentia.
Estava debaixo dos lençóis, sozinho, na escuridão. As minhas mãos estavam geladas, notei. Pu-las entre as minhas pernas, mas arrepiei-me por completo por sentir a minha pele e não o tecido felpudo do meu pijama.
Estava nu.
Tiro a coberta de cima do meu dorso e dou de caras com a luz Solar que já se fazia presente. Estranho. Todos os dias, sou eu que ganho a corrida contra o Sol. Olho então para o despertador. "Já são duas da tarde?!" Saltei da cama, sentindo a minha cabeça latejar cada vez mais a cada segundo que passava.
Dor de cabeça?
Em séculos que eu não tinha uma dor de cabeça!
Ando em passos curto (não era só a minha cabeça que doía) e tento encontrar alguma peça de roupa decente para descer e encontrar o resto das pessoas. Por sorte, o Tera deixara uma das suas camisas negras em cima da cadeira e eu, não sei em que circunstância, deixara as calças do meu pijama espalhadas no chão. Vesti-me e saí.
Não demorou muito para que o Óscar se encontrar comigo nas escadas e quase me derrubar dela. "Oscar, chan ann aig an àm seo!"
"Olha quem decidiu acordar!" Era a voz da Kira, que me apanhou a tentar equilibrar-me entre dois degraus. "Bom dia, Princesa!"
"Bom dia." Disse o mais secamente possível e passei por ela. Começou a rir-se. "Que foi?!"
"Alguém acordou de mal humor hoje!"
"Dói-me a cabeça. O teu irmão?" Perguntei pelo o único que podia me dar explicações do que se passava comigo.
"Está na sala a ver televisão, Princesa Mal-Humorada!" Não respondi ao seu ato de enfurecimento, quando o vi deitado no sofá. Sentei-me perto dos seus pés, de braços cruzados.
"O meu beijo?"
"Explica que droga puseste em mim que me causa dores de cabeça infernais, porque raio eu acordei nu na tua cama, e porque é que só acordei a estas horas?"
"Chamasse ressaca."
Dei uma pequena risada. "Eu não bebo, Tera."
Foi a sua vez de se rir. "Não é o que parece. Gostas tanto de sangria como cappuccino." Desbloqueou o seu telemóvel e mostrou-me uma fotografia minha com um copo de plástico vazio retido na minha boca.
"Impossível, esse não sou eu." Ele passou ao lado e carregou num vídeo de poucos segundos onde eu estava completamente fora de mim, a beber e a dançar compulsivamente com o Max e o Tera. Esse definitivamente não sou eu... "Isso não explica o facto de eu acordar nu." Peguei-lhe o telemóvel e apaguei a fotografia e o vídeo, já sem argumentos em mente para lhe convencer que aquele ser definitivamente não sou eu.
"Preciso mesmo de explicar isso?" Olhei para ele.
Foi aí que a ficha caiu. Impossível. Impensável. Inverosímil. Inacreditável. Inadmissível. "Eu tive relações sexuais contigo?" Ele abanou a cabeça positivamente e começou-se a rir. Eu estava um tomate maduro. "Mo ghealach, chan eil mi ga chreidsinn."
"O quê?"
"B 'e seo a' chiad turas agam." Olhei para ele e vi o seu sorriso orgulhoso. "Não me olhes assim, pervertido!" Ele pegou-me pela cintura e calou-me com o selo dos nossos lábios. "Idiota. Estúpido. Anta. Ignorante. Asno. Burro. Imbecil. Abrutalhado. Bruto. Grosso. Indelicado." Ele voltou-me a beijar, e eu cheguei à conclusão que não valia a pena estar "chateado" com ele. Eu apenas tinha de aceitá-lo e tirar benefício disso, o que não é uma tarefa difícil, mas o orgulho é demasiado para eu admitir que tinha o deixado ter-me tão facilmente. "Foi...bom?"
"Foi perfeito." Sussurrou-me no ouvido, e voltou a morder-me a orelha. "És um pouco apertado, mas podemos solucionar iss--" Apalpou-me os quadris.
"Tera!"
"O almoço está feito, meninos!"
Saí de cima dele e andei até à cozinha, ainda abalado pela conversa. Kira já estava na mesa, com um sorriso cínico para mim.
Eu sabia que ela sabia que eu sabia que ela sabia...
A senhora Chris sentou-se no seu lugar, num dos cantos da mesa e esperou pelo seu marido, que ainda estava a dar os últimos retoques na comida. "O que é o almoço, mãe?"
"Comida."
"Eu sei, mãe, mas que tipo de comida."
"De mastigar, filho."
"O almoço é arroz de pato." O senhor William apareceu com um enorme tabuleiro ao qual que pôs no centro da mesa entre os sumos. O tamanho enorme da comida não foi o que impressionou mais. O senhor William estava com o nariz ferido e o lado direito da sua cara tinham alguns pequenos cortes.
"O que aconteceu ao seu rosto, senhor William?" Esperei que ele se sentasse para que começasse a comer.
"Envolvi-me em uma pequena briga na prisão." Sentou-se.
"Com o meu...pai?"
"Porque é que achas que foi com o teu pai?"
"Sei que está a tomar conta do meu caso." Trinquei a primeira garfada da comida.
Ele não me respondeu por alguns minutos, o que fez com que a minha curiosidade e o desejo de saber ficasse ainda maior e impossível de domar. Eu espero que ele esteja morto. "Foi com o teu pai, sim."
"E ele está morto?" Kira perguntou por mim.
"Não." Sussurrou.
"Entrou em coma?" Tera continuou a conversa. "Paraplégico? Paralisia cerebral?"
"Engasgou-se com uma azeitona? Torturaram-no? Eletrocutaram-no? Queimaram-lhe os pés? Ácidos?" Kira entrou no plano.
"Meninos, isto não é conversa que se tenha à mesa."
"Diga-me que pelo menos ele sofreu."
"Ele sofreu, Ariel. Isso eu posso ter a certeza."
"Obrigada." Pus o fim à conversa.
🌑🌒🌓🌔🌕🌖🌗🌘🌑
"Eu não quero ir para a escola, amanhã!" Caí em cima das costas do Tera que estava a fazer as malas. "Podíamos fugir."
"Esse é o tipo de conversas que eu teria, não tu." Ele levantou as costas, comigo em cima delas e olhou-se no espelho. "O que é que se passa? Não me digas que bebeste às escondidas!"
"Não. Aquilo foi uma vez sem exemplo. Eu nunca mais vou fazer aquilo."
"Foi isso que disse, quando fumei pela primeira vez aos 15 anos, e ainda tenho um maço de cigarros dentro da gaveta."
"Eu disse para mandares tudo fora!"
"Aquele é só para casos extremos." Pôs-me no chão e abanou a minha cara entre as mãos.
"Eu disse para mandares tudo fora!" Repeti, vendo-o viras costas para mim.
"Diz-me outra vez o porquê de eu namorar contigo? Ah, sim, dás-me os trabalhos de casa, é verdade." Voltou a arrumar as malas.
"Então, porque é que eu namoro contigo?"
"Porque eu sou um Deus Grego?"
"Não gosto de gente muito musculada." Voltei a cair nas suas costas.
"Porque dou te casa?"
"Já estava cá antes de namorarmos."
"Porque sou quente e cheiro a laranja?"
"Posso comprar uma laranja e um aquecedor."
"Porque o meu amigo é grande e grosso."
"Lua, porque é que eu gosto de ti?"
"Porque eu ajudei-te com os teus problemas e nem te apercebeste que estavas a apaixonar-te por mim até me beijares enquanto eu estava a 'dormir' "
"O quê?" Saí das suas costas e afastei-me dele, ainda não acreditando que ele sabia. "Estavas acordado?"
"Sim. Oh, Minha Lua, não precisas de te transformar num tomate!" Ria-se compulsivamente.
Tapei a minha cara e gritei de vergonha. "Não te rias, bastardo!" Os seus braços elevaram-se pedindo um abraço. "Não me toques!" De nada valeu avisá-lo. "Larga-me."
"Príncipe..." Atirou-me para a cama e trancou-me com os seus membros. "Isso é uma tarefa difícil."
"Vou contar até 5! Cinco, quatro, três, dois, um! Pronto!" Não se mexeu. "Deixa-me sair daqui." Sobrepôs o seu peso em cima do meu corpo e mordeu a minha orelha. "Tera Marshall, és pesado!! Saí de cima de mim!" Levantou a sua cabeça e fitou-me. "Por favor."
Selou-me os lábios e não os descolou até eu parar de me debater. "Tera eu odeio-te tanto."
"Também te amo." Voltou a beijar-me e eu rendi-me. Para quê lutar contra aquilo que gosto, só para me fazer de difícil? Eu era um coelho manso trajado de lobo.
Circundei as minhas pernas na sua cintura, sentido o seu corpo fazer menos força no meu e as suas mãos levarem o meu para cima do seu colo sentado. Segurei no seu pescoço e aprofundei o beijo. As suas mãos logo foram para os meus quadris e para as minhas pernas. "Tarado..." Disse assim que senti os seus lábios no meu ombro.
"Tera, já arrumaste tu--?" A Dona Chris entrou no quarto e viu um Omega prestes a se despir em cima do colo do seu filho hétero já sem t-shirt a apalpar o Omega debaixo das calças.
"Mãe, eu posso explicar." Saí de cima dele, envergonhado.
"Eu só vim perguntar se já tinhas arrumado tudo, mas penso que não já que estavas a namorar às escondidas da tua própria mãe."
"Eh..."
"Eu carreguei-te nove meses na barriga, menino, e ainda me escondes relacionamentos?" Fechou a porta.
Silêncio.
"Desculpa..." Peguei na sua mão, antes de o ver a sair da cama.
"Eu volto já." Beijou-me de novo e saiu do quarto depois de pegar a t-shirt preta do chão.
[Continua]
Não fiz caralhos nenhum em casa para escrever um capítulo. Considerem-se amados.
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