Perspectiva de Kim Taehyung

Eu estava pronto para abraça-la assim que abrisse a porta, mas para minha infelicidade a pessoa que desejo não aparece. Victor me olhou surpreso por alguns instantes, depois seu olhar se tornou raivoso e ele fechou a porta com brutalidade. Apertei os punhos tentando controlar aquele desejo de bater novamente e entrar sem permissão. Por mais que eu queira, não poderei fazer isso agora, não poderei fazer nada com ele aí junto da S/N.

Bufo e saio dali. Pego outro táxi e vou para minha antiga casa, o melhor, o inferno. Já imagino a cara de surpresa de meus pais, ou então eles já devem está me esperando, se a Jisoo ter contado que voltei. Uns minutos depois, toco a campainha. Assim que a porta abriu, a empregada ficou surpresa e me deu passagem.

KT: Mamis, papis, voltei! — Gritei da sala. Provavelmente isso é uma surpresa, já que não estavam prontos para me dar uma bronca.

Pude escutar o som do salto batendo contra o chão e logo minha mãe aparece, junto ao meu pai. Suas aparências não mudaram nada, porém a casa parece ter sido reformada e tem mais móveis e decorações.

KTM: O que faz aqui?

KT: Vim visitar, ué?! — Levanto uma de minhas sobrancelhas.

KTP: Mas pra que essa mala?

KT: Ah, não se preocupe, irei ficar num hotel, enquanto não compro uma casa pra mim.

KTM: Cadê a Jisoo?

KT: Jisando por ai.

(AI EU N AGUENTEI KKKKKKKKK)

KTP: Taehyung para de graça! Cadê sua esposa?

KT: Eu a abandonei. — Digo simplista.

KTM: VOCÊ FICOU MALUCO?

KT: A muito tempo, mãe. — Me direciono a empregada — Um copo d'água, por favor. — A mesma se retira. — Olha, não irei mais obedecer vocês. Ambos estragaram minha vida, e desejo recuperar tudo aquilo que conquistei, sozinho. Principalmente, tudo aquilo que amo. — Falei num tom calmo e pausado, afim que eles entendessem direito meu objetivo.

KTP: KIM TAEHYUNG, VOCÊ VAI NOS FALIR! VOCÊ VAI SE DAR MAL. — Esbraveja meu pai. Logo a empregada volta e me entrega o copo com o líquido, que bebo de uma só vez.

KT: Bom, já vou indo. Foi uma infelicidade vê-los novamente. — Pego minha mala e me retiro, escutando palavras de baixo calão sendo pronunciadas pelo meu progenitor.

[...]

Perspectiva da S/N

S/n: O que pode ser pior que um bicho?

VC: Um ladrão, um assassino, um estrupador, um...

S/n: Eu sei, eu sei, aish, enfim. Quem bateu na porta?

VC: Uma criança qualquer. Quis me fazer de palhaço. — Rio e reviro os olhos, voltando para cozinha.

Horas mais tarde, decidimos encontrar as meninas num cinema. Iremos fazer um passeio entre "casais", tirando eu e o Victor. Mas nada que me impeça dar uns pega nele durante o filme. Ele é um rapaz bem bonito. Possuía o cabelo preto, assim como os olhos, sua pele é mais bronzeada e tinha poucos músculos, não era daqueles musculosos, mas eram bem atraentes. Sem falar na sua voz, levemente rouca.

Antes de começar a me arrumar, pego meu celular e mando mensagem no grupo das meninas:

Mensagem - Galinhas 😚✌️ on

S/n: Com que roupa cês vão?

Nicolete: Uma calça moletom e uma blusa ai.

S/n: Vamos nos vestir iguais? Bem, quase iguais?

Larissinha: Eu topo.

Nicolete: Beleza, MAS, eu quero usar a calça.

S/n: Então todas com calças moletons, beleza?

Larissinha: Ok. A blusa coloca uma blusa com mangas curtas.

Mensagem - Galinhas 😚✌️ off

Sorrio pela minha ideia que foi aceita. Já fizemos isso algumas vezes quando pequenas, porém eram bem raras, pois não saíamos juntas sozinhas. Nos arrumamos semelhantes, quando íamos a uma festa de aniversário.

Pego minha calça moletom da cor preta, com listras nas laterais e uma blusa listrada, logo as vestindo. Me olho no espelho e franzi as sobrancelhas. Não sei se estou gostando desse look.

Meu celular vibra e logo leio a mensagem de Victor:

—Abre a porta aqui.

Vou em direção a sala e abro a mesma.

S/n: Por que não bateu? Se meu celular estivesse descarregado?

VC: Preguiça. Você tá parecendo uma zebra. — Fecho a cara, enquanto ele analisava ainda meu corpo, me fazendo corar.

S/n: Entra logo, caralho. — Fomos para meu quarto e me olho novamente no espelho.

VC: É sério, você tá parecendo uma zebra, mas se gostou, tudo bem.

S/n: É, eu não estou gostando dessa roupa, porém vou ficar com a calça.

VC: Posso? — Pediu permissão para mexer em meu guarda-roupa. Afirmo com a cabeça.

O mesmo passava os cabides pra um lado e pro outro. Dois minutos depois, ele retira uma camisa larga que era colorida, porém tinha desenhos abstratos. — Tenta essa. — Pego a mesma. — Seu armário é praticamente todo preto.

Retiro alí mesmo em sua frente a blusa que antes usava, revelando meu sutiã de renda preta.

VC: Caramba... Tu ama mesmo cores escuras, né?

S/n: Ainda tem dúvidas? — Sorrio maliciosa. Logo ponho a camisa. É, até que não ficou tão ruim. — iai? — Giro.

VC: Maravilhosa, como sempre. — Sorri e beija minha bochecha.

Seus olhos se encontraram com os meus. O espaço que existia entre nós, era eliminado a partir que nossos rosto se aproximavam. Podia sentir sua respiração na minha bochecha, o que me fez arrepiar. Sua mão pousou em minha nuca e quando estávamos quase lá...

Meu celular toca.

Aish, não seria a primeira vez que iria beija-lo, mas eram poucas vezes que aconteciam. Nos afastamos assustados e logo atendo a chamada.

Ligação on

— VAMOS LOGO! Estamos esperando você e o Victor. — Grita Nicole do outro lado da linha.

— Sua empata foda! Estamos indo. — Falo no mesmo tom, escutando a risada do moreno atrás de mim e a risada escandalosa da criatura na chamada.

Ligação off

Peguei minha carteira e meu telefone, os colocando na pequena bolsa de ombro. O rapaz segura minha mão e saímos de casa.

Após entrar no carro de Jungkook, começou os comentários sobre meu relacionamento com Victor, algumas piadas e uma conversa sobre o cinema. Assim que chegamos no shopping, sinto uma sensação estranha.

Estou com um pressentimento ruim...

Perspectiva de Kim Taehyung

Dinheiro... É o que preciso. Fui lerdo a ponto de não pegar meu cartão, porra! Era para eu ter me organizado melhor. Foi automático, tomei a decisão e segui em frente sem nenhum planejamento.

Havia uma praça com poucas pessoas, parecia um jardim imenso. Pequenas coisas mudaram por aqui. Fico um tempo pensando em como irei conseguir dinheiro.

Quatro anos atrás, o tempo que eu me reunia com alguns amigos de infância, nós cantávamos diversas músicas, fazia eu sentir paz e todos os problemas com a escola e meus pais, sumiam.

Tá, posso tentar.

Em Paris eu aprendi a tocar violão. Lá muitos músicos tocavam e cantavam nos restaurantes e nos parques. O clima ficava mais agradável.

Levanto do banco em que eu estava sentado e começo a caminhar por aquele local, em busca de alguém com o instrumento musical. Certeza que vai ser difícil encontrar, porém não é impossível. Na minha juventude, uns garotos faziam serenata para as meninas aqui. Eu achava esse tipo de coisa uma bobagem, não que minha opinião tenha mudado sobre isso. O engraçado era quando as garotas recusavam o pobrezinho, ai sim as coisas ficavam mais interessantes.

Andei pela lateral e pelo centro da praça algumas vezes, já estava pensando em desistir, todavia três jovens aparecem e uma delas está com o objeto de cordas em mãos. Elas sentaram na grama em baixo de uma árvore e começaram a montar um piquenique. Me aproximei das garotas.

KT: Oi, meninas. Desculpe incomodar, mas vocês poderiam me emprestar o violão por alguns minutos? — Coloquei meu melhor sorriso no rosto e distribui meu olhar com todas.

??: Me-meu Deus... Jogador Azul? — Se pronuncia a ruiva. Ufa, acho que não perdi a fama ainda.

KT: O mesmo. — Dou um sorriso de lado.

??: AHHHHH, VOU SURTAR. — A outra de cabelo preto, preso num rabo de cavalo, grita.

??: Você pintou o cabelo de loiro! Não deixou de ser lindo. — Elogia a loira.

KT: Obrigado, meninas. Posso? — Aponto para o objeto que tanto preciso. Todas afirmam freneticamente com as cabeças. Agradeço mais uma vez e pego o instrumento.

Não me afasto muito delas e me posiciono. Uma música que escrevi num momento que nunca imaginei que passaria. A dor me tomava, assim como a saudade. Foi difícil desfazer o nó de minha garganta.

No início da música, diversas pessoas já estavam reunidas ao meu redor. Enquanto cantava, me aproximei de um rapaz e com o olhar, lhe pedi seu chapéu. O mesmo logo cedeu. Assim que o coloquei no chão a minha frente, todos começaram a colocar cédulas, moedas. Meu sorriso e minha voz aumentavam de felicidade, porém se tornavam maior pelas lembranças com a S/N.

Eu pergunto se você é bom demais pra ser verdade. E estaria tudo bem se eu te puxasse para mais perto.

Como eu poderia saber que um dia acordaria sentindo algo mais.

Após terminar, recebo aplausos e mais dinheiro. Me curvo agradecendo pela presença de todos ali. Pego a boa quantia que ganhei a colocando no bolso, entrego o chapéu ao jovem e o violão as meninas.

Decido fazer outra coisa na qual estou com muita saudade: apostar, competir, jogar. Lembro perfeitamente do caminho de um bar em que existem muitas pessoas que gostam de fazer isso. Demorei uns 5 minutos para chegar no local que se encontrava cheio. A maioria eram homens e eles assistiam um jogo de futebol na TV, enquanto outros jogavam.

KT: Serei o próximo — Aviso ao me aproximar dos competidores. Ambos resmungam e continuam jogando o jogo de cartas: Pôquer

Pôquer ou póquer é um jogo de cartas jogado por duas ou mais pessoas muito comum em casinos. os jogadores com as cartas total ou parcialmente escondidas fazem apostas para um monte central, após o que o resultante das apostas é atribuído ao jogador ou jogadores que possuir(em) o melhor conjunto de cartas dentre os que permaneceram na mão, ou ao jogador restante caso os outros tenham desistido. Quando houver uma dupla na mão do jogador e uma dupla na mesa, essa não pode ser usado como critério de desempate em caso de uma jogada superior de outro jogador.

Depois que o perdedor foi revelado e sua aposta foi pega pelo vencedor, me sento na cadeira e logo as cartas foram distribuídas.

??: Você vai perder feio, Valtran. — Diz o que distribuía as cartas.

VT: Aish, do que está falando Robson? Sinto sua inveja daqui.

RB: O Jogador Azul está bem na sua frente. — Logo ele levanta o olhar arregalado e engole em seco.

KT: Surpresa.

[...]

Depois das partidas ganhas no bar, no total ganhei 1000 reais. Mais fácil do que imaginei. As pessoas apostam até a loucura. Fui me encontrar com meus velhos amigos, Suga e Jimin, no shopping dali perto. Íamos assistir um filme qualquer no cinema como no passado. Eu estava morrendo de saudade deles.

Conseguir alugar um hotel por alguns dias. Me arrumei e fui a pé mesmo para o meu destino. Encontrei ambos na fila para comprar o ingresso.

Reencontrar os velhos amigos me fez esquecer as frustrações por alguns minutos. Não pareciam tão diferente, exceto que Suga estava com os fios de cabelo mais alinhados com o gel. Jimin continuava sendo o mesmo nanico que sorria para todos.

Fiquei surpreendido com uma multidão que de formou ao nosso redor, mas não de tantas pessoas capaz de me fazer sentir sufocado, entretanto perdi o costume e meus olhos latejaram com os flashes em nossa direção.

Perspectiva da S/N

A fila tava grande, mas não demorou para comprarmos os ingressos. Iremos assistir um filme de suspense. Eu e as meninas decidimos entrar logo e ficar esperando os garotos comprarem as pipocas.

NC: Senhor todo poderoso, que esse filme não seja assustador. — Diz a cacheada com as mãos juntas. 

Lari: Nunca mais entrei numa sala de cinema. Ahhh, olha o cheiro. — Comenta e inala o ar através de suas cavidades nasais e sorrir tranquila, logo concordei com a mesma.

O ar frio, por conta do ar-condicionado, o silêncio tranquilizador e o escuro me trazia uma paz, uma leve euforia.

Mais gente foi entrando e se sentando. Um trio de jovens masculinos entraram na maior zoada, e eles estavam cercados por algumas meninas e meninos. Me deu uma raiva pelo barulho que faziam com suas risadas e brincadeiras. Eles deveriam respeitar quem estava presente no ambiente também, mas a sociedade está tão destruída que coisas do tipo nem me pressionam mais.

Povo sem educação.

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OIIII, O QUE ACHARAM?

Zero criatividade para o título, foi mal...

CON-TI-NUA 😗✌️😌😉

Obrigada por ler ❣️

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Desculpa por qualquer erro de digitação 😉

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