Flashbacks ( Parte |||)

Finalmente estavam prontos para voltar a Seul, a ansiedade de ambos era visível até mesmo para a recepcionista que estava fazendo o check-out no hotel.
- Tem certeza que não esqueceu nada, certo hyung? - So fala batendo os dedos no balcão, estava ansioso para correr ao aeroporto e pegar o primeiro vôo para Seul, estava ansioso para ver Ha Jin, os dias que tivera ali pareceram uma eternidade.
- Hm! Tudo certo! Vamos! - Kang Mu fala com um sorriso extenso no rosto, seu coração palpitava e não via a hora de chegar em Seul e encontrar Tae-hee
- Os senhores realmente estão com saudade de casa, eu suponho - A recepcionista fala com um sorriso e terminando o check-out.
- Sim - respondem juntos e sorriem
- Espero que a estadia aqui tenha sido agradáveis aos senhores. Esperamos recebê-los mais vezes.
- Este lugar realmente é fascinante. - So fala com um longo suspiro - Voltarei com certeza com a minha namorada.
- Oh! explicado tanta excitação - Ela diz entregando lhe um cartão de visitas do hotel e ambos saem para pegar um táxi com destino ao aeroporto.
Assim que chegam dirigem-se ao guichê da companhia que costumavam viajar,
- Senhor! Temos um vôo para Seul em 2hs
- E o que sairá em 30 minutos já está lotado?
- É que... Só temos para a classe econômica senhor, creio que não seja adequada aos senhores... - Ela começa a falar, mas antes que concluísse a fala Só vira-se para Mu
- Está tudo bem pra você hyung?
- Hm! - Kang Mu confirma
- Dois bilhetes - So vira para o atendente pedindo e lhe entrega os documentos
- É que senhor, ele é...
- Está tudo bem! - Kang Mu fala sentindo um desconforto pela situação, Era um homem que estava sempre a viajar, principalmente por aquela companhia, seu passaporte tinha um selo VIP, logo por qualquer aeroporto que passasse era registrado como alguém importante, era o tipo de constrangimento que realmente detestava, o mesmo era para So, por ser um médico renomado tinha um selo VIP. Não demoraram muito e logo o avião decolou.
Estavam cansados, afinal tiveram um dia fatigado, Kang Mu logo adormeceu, So adormeceu cerca de 30 minutos após a decolagem e sentiu que foi transportado para aquele lugar que já estivera antes.
Estava com um traje preto e ornamentos dourados na roupa e no cabelo, estava visitando alguém, seu coração estava sentindo uma dor inexplicável e muita saudade, aproximou-se mais e percebeu então do que se tratava, em uma urna verde com detalhes dourados, era ali que se encontrava ela, Hae Soo, era o seu aniversário de morte.
Havia feito um lugar no palácio para ela
As lembranças daquele dia invadiam a sua mente. A descoberta das cartas; o anseio e o medo para que não chegasse naquele lugar tarde demais; a longa Calvagada em direção a ela como deveria ter feito, mas não fez, por orgulho....por achar que ela estava vivendo bem e feliz sem ele; sentiu a dor ao entrar naquela casa gritando pelo seu nome na esperança de vê-la olha-lo com lágrimas nos olhos e dizer " Eu te odeio, por ter demorado tanto" ou xinga-lo, ou ainda que indgno, ela o olhasse com um sorriso e dissesse "Que bom que você veio, eu senti a sua falta" mas ver aquela urna nas mãos do Jung o fez perder todo o chão, sentiu raiva, não só do Jung, mas de si mesmo, por ter sido tão orgulhoso e não ter lido uma carta, talvez se tivesse aberto apenas uma saberia que era ela, mas sempre ao ver a letra dele... O orgulho falava mais alto. Baek-ah naquele momento o amparou, passou semanas e meses numa situação deplorável, ouvia rumores, mas não se importava... Tudo que queria era uma chance para voltar no tempo e mudar... E fazer tudo diferente... E não deixá-la partir, mais uma vez diante daquela urna, no seu aniversário de morte, se lamentava por não ter feito diferente...
Como todos os anos nesta data, fazia o trajeto por todos os lugares em que estiveram juntos ali, no palácio, dentre todos, aquele era o seu favorito, o seu jardim secreto, mesmo antes de perdê-la, era ali que ficava quando a saudade apertava, quando não conseguia dormir, era ali que caminhava para tranquilizar-se, e mais uma vez, caminhando e admirando o lugar percebeu a presença de alguém, era uma criança chamando pelo pai... Virou-se para conferir e surpreendeu-se.
- Aí! Aí! Aí! Aí ! Aí - Ela rapidamente começou a se lamentar após o ter tombado e o sorriso no seu rosto foi voluntário... Lembrou-se de quando Hae Soo o tombou e reagiu da mesma maneira, havia sido fofo e totalmente algo que só ela faria.
- Mas foi você que tombou em mim - ele respondeu para ela e agachou - Quem é você ? - Perguntou acariciando seu rosto e logo Jung se aproximou
- Paaaaaai - Ela gritou e logo correu e se escondeu atrás dele
Ele o cumprimentou e explicou o motivo de estar ali,
Ver aquela criança o chamando de pai soou totalmente estranho, havia dado permissão para que ele se casasse, mas se ele tivesse uma filha ela deveria estar ter entre dois a quatro anos perguntou a idade da criança e foi ainda mais estranho como ele reagiu...
Naquele momento seu coração já estava batendo a mil, aquela era uma possibilidade que não podia deixar de pensar...
Viu Jung pegar a garota e colocar no colo e ao dar lhe as costas viu o pequeno grampo no cabelo da garota
- Ei! Pare! Coloque a garota no chão - Ele falou e viu a aflição nos olhos de Jung, teve certeza naquele momento. Era sua filha
- Não posso! A não ser que me mate vossa majestade - Jung o respondeu com convicção e naquele momento sentiu vontade de chorar, um misto de sentimentos o invadiu, alegria, dor, saudade, tristeza... - Ela pediu para que a criança não viva no palácio, porque é assustador e solitário, ela não queria esse tipo de vida para esta criança, essa foi a sua preocupação até o último momento da sua morte.
Ao ouvi-lo seu corpo paralisou, seu coração transbordava, sentiu-se desarmado diante da situação, sentiu uma emoção inexplicável ao olhar para a menina,
- 14° príncipe Wang Jung! Eu te libero do seu exílio. Gostaria que voltasse ao palácio - Era tudo o que podia falar diante da situação, queria abraçar a garota e dizer "estou feliz que tenho a você", "eu amei a sua mãe com todas as minhas forças e te amarei e te darei todo meu amor", mas não podia dizer... Retirou-se vagamente e em seus pensamentos agradeceu a ela, por ter gerado uma filha tão linda, por ter deixado a maior alegria que um ser humano poderia sentir. Uma filha. Era sua filha, fruto de um amor que lutou bravamente e que mesmo no tenham tomado decisões que os levaram a caminhos opostos e espinhosos, o sentimento nunca deixou de existir. Tinha certeza, e teve mais ainda após vê-la.

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Acordou com a voz da aeromoça avisando-lhes sobre o pouso.
A emoção que sentia não era diferente da que havia sentido naquela época. Contou os segundos até o desembarque, correu até um táxi e após ver Kang Mu seguir para casa, seguiu para casa de Ha Jin, estava ansioso, nervoso e um vasto se sentimentos o invadia, não enviou mensagem avisando, queria fazer uma grande surpresa.

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