As pessoas ao meu redor
Já fazia cerca de uma semana e Ha Jin estava se adaptando perfeitamente ao seu novo trabalho e suas amigas, embora elas não soubessem eram conhecidas de muito mais tempo.
Estava chegando o fim de semana e Chay Ryun estava se preparando para um jogo de beisebol, precisava se dedicar ao treino, no próximo mês iria participar de um torneio.
— Ha Jin, não vem comigo? — Já era a terceira vez que Chay Ryun perguntava— Você não irá atrapalhar, pelo contrário, vamos nos divertir muito.
— Não sei — Ha Jin estava confusa queria ir, pois se não fosse ficaria só, Hee Jin iria viajar, Chay Ryun já havia falado desde que foi para a residência ela sempre tinha algumas viagens misteriosas, Woo Hee iria passar o fim de semana ensaiando no teatro e Son Min iria passar treinar. Ha Jin queria visitar sua mãe, mas talvez a viagem pra Busan pudesse ficar pra outra semana— Ok! Decidido... Mas tem que me garantir total diversão – deu risada e correu para pegar algumas peças de roupa.
Chay Ryun, assim como Son Min iriam participar de um campeonato de esportes de várias categorias — vôlei, natação, beisebol, futebol, Tae-Kwon-Do— Ha Jin estava lá apenas a uma semana, mas Hee Jin havia comentado que estavam treinando a seis meses para essa competição. A competição seria em Seul, mas era distante de onde morava por isso, ela passava o fim de semana inteiro.
— E então Chay Ryun, — Ha Jin quebrou o silêncio quando já estavam no ônibus— desde quando você se interessa por beisebol, quero dizer, quanto tempo você joga? — pelo que Ha Jin se lembrava da Chay Ryun de Goreyo ela não tinha nem tempo, e sua vida era tão dura que talvez não tivesse tempo para ter sonhos.
— Sabe que eu não tinha ideia do que queria, minha mãe trabalhava para um Ajusshi, morávamos lá e na casa dele tinha um campo enorme e eu sempre o via jogando beisebol com os amigos, achei tudo maravilhoso. Acho que naquele momento o desejo nasceu – enquanto falava seus olhos brilhavam, fazendo Ha Jin pensar que ela estava feliz e isso já fazia bem aos seus olhos. Para ela Chay Ryun era mais que uma amiga, era uma irmã mais nova que ela deveria cuidar.
— E a sua mãe? Ainda trabalha lá?
Ha Jin perguntou por que estava realmente interessada em saber se a sua amiga de agora era tão parecida com a versão de Goryeo, mas neste momento os olhos de Chay Ryun se encheram de lágrimas.
— O Ajusshii para quem a mãe trabalhava não teve filhos, ele faleceu quando eu tinha 14 anos, alguns anos depois minha mãezinha faleceu também, ela teve um problema no coração. Mas parte da sua herança ele deixou no meu nome.
Ha Jin ficou confusa naquele momento, não imaginava que Chay Ryun era rica, mas imediatamente ficou feliz, os céus a tinha abençoado nessa vida. Mas ainda queria perguntar por que ela preferia viver na residência.
— Mas sabe Ha Jin, eu não me sinto bem morando naquele casarão, vivi toda minha infância ali e tenho muitas lembranças que doem— Chay Ryun havia falado como se tivesse ouvido os pensamentos dela — e também, viver na residência é muito mais divertido, moro há três anos com a Unnie Hee Jin e nunca me senti tão feliz, sinto que tenho novamente uma família.
Chay Ryun treinava na sua antiga casa, achava que era o melhor lugar para aperfeiçoar suas habilidades, lá a sua mãe, e o Ajusshii a quem tanto ela considerava podiam olhar do céu e sentir orgulho do que ela estava se tornando.
Ao chegarem Ha Jin observou a mansão e mais uma vez se sentiu feliz por Chay Ryun. Ao entrar Ha Jin avistou a enorme piscina, que chegava até uma das entradas na casa, na frente da casa, uma gramado enorme com algumas estatuetas, era algo lindo de ver. Ao entrar na mansão uma sala tão grande que não se via onde terminava, uma escada em estilo clássico revestida em mármore branco e corrimão de aço inoxidável, curvada para ambos os lados. Embaixo da escada um jardim de inverno, ao subir a escada lado esquerdo, ao entrar na primeira porta, uma biblioteca riquíssima, na segunda porta, uma grande sala de jogos, na terceira porta Ha Jin ficou impressionada, era uma sala com diversas reportagens, troféus, e quadros de autógrafos, e de vários jogadores. Na maior parte das fotos Chay Ryun estava lá, junto com jogadores e com o Ajusshii, e pelo o que ela havia relatado, considerava-a como a filha que ele não teve.
— Esta é a sala que mais gosto — era Chay Ryun, havia entrado na sala e Ha Jin não havia notado. — este foi o primeiro jogo que assisti – apontando para uma das fotos— eu lembro que perguntei ao Ajusshii se podia ir com ele e a mãe me olhou sentindo muita vergonha, o Ajusshii riu e disse que já estava pensando em me levar, visto que sempre quando ele jogava em casa com seus companheiros da empresa, eu sempre os observava e achava um verdadeiro espetáculo, fomos ao jogo e ao terminar ele fez questão de tirar foto com os jogadores, ainda lembro que um deles me disse '' vejo um futuro em você garotinha''.
Ha Jin escutava atentamente Chay Ryun contar uma de suas lembranças preciosas com um brilho no olhar, e pensava consigo que nesta vida ela estava muito bem.
— Agasshi, seu treinador e os jogadores chegaram – era uma senhora na faixa dos 40 anos.
— Ajhumma — Chay Ryun correu e abraçou a senhora, - falei que não precisava vim, você deve descansar— desde que sua mãe se fora, aquela ajhumma era tudo o que ela tinha. (Até conhecer Hee Jin)— Já estou descendo.
— Agasshi, desde que sua mãe partiu prometi cuidar de você, esta se alimentando bem? Parece estar um pouco mais abatida desde a última vez que te vi.
— Estou bem ajhumma, estou bem, já estou descendo para treinar, e esta é Ha Jin minha mais nova amiga – virou para Ha Jin e disse – se precisar de algo pode procurar a ajhumma, ela conhece tudo aqui, ate melhor do que eu – deu uma risadinha e desceu as escadas.
Ha Jin cumprimentou a ajhumma que a acompanhou mostrando os outros cômodos da imensa mansão, ate chegar ao quarto em que ela iria ficar. A ajhumma saiu e Ha Jin ficou só no quarto. Foi para a janela enorme de vidro e mais uma vez se maravilhou com a vista. Do quarto onde estava era possível ver o campo de beisebol. Da janela observou por um tempo a Chay Ryun treinar, depois se jogou na cama enorme e macia e cochilou.
****
— Senhor presidente – sua ex-mulher está aqui na recepção exigindo o ver, o que faço?
— Qual das duas? – o presidente perguntava com um ar de insatisfação. Ele sentia que não teria paz pelo restante do dia. Antes que a funcionária respondesse, a porta abriu.
— Kang Taejo, qual é o seu problema? Exijo que devolva todos os meus cartões de créditos — Kyun Yo Bufava de raiva. Taejo se perguntava como ele tinha suportado ficar tanto tempo com aquela mulher, ela só aceitou o divórcio com o acordo de que ele daria uma mesada abundante para ela se manter, até encontrar algo para se sustentar. O problema é que já faziam quatro anos desde que o divórcio havia saído e ela estava acomodada.
Enquanto ela estava bradando e bufando de raiva Taejo virou a poltrona que estava sentado, levantou, pegou o casaco que estava pendurado próximo a sua mesa e saiu.
— Como você pode me deixar falando sozinha? – ela saiu atrás dele enquanto ele dava algumas ordens para a funcionária – será que não pode me considerar nem pelos filhos que te dei? Kyun Yo continuou falando e ele continuou andando, ao chegar ao estacionamento, virou se para ela e a pressionou na parede com tom sério.
— Se você ainda está nesta situação de conforto, agradeça aos seus filhos, porque é só por eles que ainda te mantenho aqui em Seul. — ela o olhou um pouco assustada, mas ainda assim mantinha o olhar erguido e ele continuou — Se mais uma vez aparecer na minha empresa sem aviso te envio para outro país e nunca mais saberá qualquer coisa sobre os garotos.
Ele a soltou e seguiu para o seu carro enquanto ela pensava "em alguns anos você não terá capacidade para governar esta empresa e serão os meus filhos que irão assumir.".
Ajusshii Senhor / Tio ( usado para homens na faixa dos 40)
Agasshi -- Senhorita
Ajhumma -- Senhora/ tia
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top