Morte Digna
Anderson
Saí da festa por uma porta de lata e segui aqueles homens até um beco.Me escondi atrás de uma grande lixeira de ferro, eu estava muito confuso, observando a tal cena, da garota tentando fugir em direção a rua, mas infelizmente foi impedida por um dos homens, que brutalmente segurou o braço dela.
Havia outros dois homens que ficaram na entrada do beco, garantindo que ela não poderia fugir pelo mesmo.
Diante de minha frente, estava vendo aquele grupo de homens cercando a moça indefesa.Eu não avistava ninguém além deles.Queria poder pedir ajuda ou tentar ajudá-la, mas qualquer movimento meu, iria ser em vão e eu também seria pego.
Tinha um homem que estava olhando de cima a baixo para a garota, o mesmo levantou a voz grave dele, e disse em alto tom:
-Então é aqui que você veio se esconder, no meio dessa multidão toda e depois tentou fugir por estes becos, achou mesmo que iria escapar da gente?
-Vocês acham que eu iria chegar ao ponto de me esconder no meio dessa gente inocente? - questionava a jovem, que amarrava seu cabelo, feito um coque.
-Se tratando de você, eu teria certeza - foi a resposta do mesmo.
-Realmente você é tolo, ao ponto de achar que vai me capturar e me manter presa, quando deveria saber que eu vou escapar, igual da última vez.
Pelo jeito, não é de hoje que eles se conhecem, oque será que ele quer com ela? E se ela disse que vai escapar igual da última vez, significa que ele havia prendido ela.
-Não vamos deixa-la escapar, e mais, digamos que desta vez meus planos são outros.
-Dessa vez iremos mata-la! - a voz rouca, igual a de um fumante, vinha de um homem forte, que retirava seu capuz, deixando a mostra seu pescoço queimado.
Eu me arrepiei todo naquela hora, principalmente por que estava prestes a presenciar um assassinato.
-Era pra ser uma surpresa, mas Dick está muito ansioso para ver sua execução.
-Mas quem sabe você tenha uma morte digna, se for uma boa garotinha e nos dizer onde está a caixa de seu papai - pronunciava um terceiro, um careca, dono de uma cicatriz em seu rosto, abaixo de seu olho direito.O mesmo, se encostava na parede e prosseguia - igual a morte de seu pai.
-Você encheu o corpo dele de adagas, ficou vendo ele sangrar até a morte e depois de morrer, jogou o corpo dele aos carniceiros.Chama isso de morte digna?
-Essa é a morte que gente como vocês merecem - foi oque aquele tal de Dick dizia, enquanto anda em volta da garota, retirando um pequeno, porém muito afiado, canivete de dentro de seu bolso.
Após ouvir tudo aquilo, fiquei em profundo estado de choque, não conseguia parar de me perguntar o porquê fui burro e não saí dali.Mas agora já era tarde demais e o pior estava prestes a acontecer, exatamente a poucos passos de mim.
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