Jovens do Estacionamento
Anderson
Enfim, depois daquilo acabei até esquecendo o nome daquela garota e a perdi de vista.Ergui a cabeça ao máximo que podia, tive uma ótima visão da festa, em um canto eu vi alguns de meus amigos, mas nada dela ainda.
Enquanto eu andava no meio de toda aquela multidão, sou parado por aquele mesmo grupo de jovens do estacionamento.
-Ooi, tudo bem, qual seu nome? -
Era uma linda garota de cabelos longos, e tem uns olhos que parecem grandes azeitonas pretas, as quais não param de olhar para mim, após um breve segundo parado e observando, respondi:
-Sou o Anderson, por acaso nos conhecemos?
-Não, mas prazer, me nome é Franciele.
-Prazer.
Estranhei muito aquela situação, mas fiquei ali parado, sendo observado pelas grandes azeitonas pretas.Após um silêncio, sem ninguém dizer nada, decidi perguntar:
-Posso ajudar em algo?
Logo um jovem garoto risonho, da mesma altura que eu, magro dos cabelos encaracolados, castanhos e não tão curtos, chegou colocando uma das mãos sobre meu ombro e disse alegremente:
-Opa, me chamo Jhyonathan!
-Prazer, mas como estou procurando uma pessoa, agora tenho que ir.A gente se vê por aí, falou pra vocês!
Em seguida saí dali bem caminhando bem apressado.Não sei se pareci chato, mas não fiquei nem um pouco confortável naquele momento, até porque aquele terceiro cara, não parava de me encarar.
Novamente eu vi a garota da tatuagem.Passei por meio da multidão, porém andar ali, estava cada vez mais difícil, quase não havia mais lugar para caminhar, com uns esbarrando em outros.
Finalmente achei um espaço para andar mais tranquilo.Foi nesse exato momento que percebi algo totalmente estranho, a presença de um grupo de oito homens, de roupas escuras e estranhas, que estão perseguindo a menina.
Me apresso para ver oque está acontecendo ali, todos saem pela porta do fundo, que leva para o lugar da piscina e churrasqueira, o mesmo está tão cheio quanto a sala central da festa.A jovem corria cada vez mais rápido, realmente fugindo do grupo de homens que a seguem.
Eu não podia correr na mesma velocidade que eles pois seria percebido, no entanto caminhei sorrateiramente atrás deles.
***
Franciele
E alí estou eu, me sinto mal sabendo que aquela garota vai morrer, então enquanto eu olhava Jhyonathan, que apesar da situação, continua bem-humorado e alegre, totalmente contrário de Deiverson, aquela cara fechado, e com um capuz na cabeça.
-Vão matar ela e a gente sabe, podemos impedir isso! - disse eu, que já não conseguia ficar tranquila com isso em mente.
-Tudo acontecerá, assim como deve ser.- foi exatamente oque ele sussurrou entre mim e Jhyonathan.
Na hora que ouvi ele dizer isso, pude ver a apatia e frieza em seus olhos.Além de que, logo em seguida ele havia sentado e cruzado os braços.
-Vamos sentar e esperar - foi oque Deiverson disse enquanto me puxava pro lado dele.
Ele me abraçou e começou a coçar minha cabeça.Apesar de a gente ter uma ótima relação, muitas vezes é difícil entende-lo.
-Você é forte, conseguiria salvar ela, se quisesse .
-Não quero!
Por um segundo eu queria odiar ele, mas não conseguiria, algo me impede, provavelmente era seus grandes olhos, aquele olhar profundo diante dos meus, enquanto ele falava sussurrando para mim.
-Eu gosto de você, eu não queria ter que lembrar, mas depois daquele acidente, é melhor ficarmos na nossa.
Aos mesmo tempo que ficava frustrada por causa dele, eu também estava começando a me sentir melhor, com ele me acariciando, enquanto bagunça todo meu cabelo.
-Vão querer suquinho?
Jhyonathan como sempre, tentando aliviar o clima e com aquele enorme sorriso em seu rosto, acho que nunca vi ele desanimado e sem um sorriso no rosto.Muitas vezes penso, "Será que realmente é felicidade ou todos eles são falsos".
Nem eu e nem Deiverson quisemos o suco, mas Jhyonathan foi pegar um para ele e também foi no banheiro.
-A noite pegaremos o Anderson, certo?
-Vamos sim, Dey - era assim que eu o chamava.
-Enquanto isso a gente poderia dançar, curtir um pouco não é?
Merda!Ele tinha bebido, sabia disso pois ele só me chama para dançar, quando está chapado.Mas enfim, nós fomos dançar.
Já era 1 hora da manhã, logo eu e Jhy saímos da festa, levando Deiverson para o carro, uma Mercedes-Benz Vito, preta, que deixamos estacionamento.Ele não estava tão ruim, mas também nem tão sóbrio para dirigir, e então para passar um pouco o efeito do álcool, deitei o banco, e o fiz dormir, para isso tive que deitar ao lado dele e fazer o mesmo.Havia sido uma ótima noite, se meu ano começou assim, tenho muitas expectativas para o resto dele.
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