~~Capítulo 17~~
Mamãe me acorda às nove horas. Estou mais renovada, consegui repor um pouco de sono.
— Vem tomar café, filha. – Mamãe diz me dando um beijo.
— Já vou. – Falo ainda sonolenta. Me espreguiço e levanto.
Desço logo atrás da mamãe. Aquela sensação estranha ainda me espreitava.
— Bom dia. – Eu falo para Ricardo e Milena.
— Bom dia princesa. – Ricardo fala, me dando um sorriso. — Vamos na boate hoje? O Diego me chamou e disse que a Carla vai se você for.
— Não sei, não estou muito animada hoje. – Falo.
— Ele mandou um recado pra você. – Ricardo faz um suspense. — Disse que se você ficar de cú doce, ele vai vir aqui e te arrastar pelos cabelos. – Eu dou uma risada. Só Diego mesmo para falar essas coisas, e olha que ele é capaz mesmo de vir aqui e me arrastar pelos cabelos.
— Tá bom, pode falar pra ele que eu vou. – Ricardo sorri.
— Mãe, cadê o Rodrigo? Eu nunca mais o vi. – Ricardo pergunta para a mamãe.
— Ele está trancado no quarto dele. – Ela diz, fazendo uma careta.
— Ele ainda está com aquele preconceito idiota? – Ricardo pergunta.
— Eu dei uma bronca nele aquele dia. Não sei se o fez mudar, mas espero que agora ele passe a pelo menos respeitar a orientação sexual dos outros. E isso inclui vocês dois. – Mamãe fala e pisca para ele.
— Você contou a ela? – Ele me pergunta e eu nego com a cabeça.
— Enquanto vocês estão indo, eu já estou chegando querido. – Ela fala e dá uma
gargalhada me fazendo rir também. Mamãe era assim, parecia saber de tudo antes mesmo de nós.
— E isso não te incomoda? A senhora sabe, ter dois filhos… Ahn… – Ele tenta falar.
— Homossexuais? – Mamãe completa a frase para Ricardo. Ele concorda. — Não, isso não me incomoda. Já falei para a Mel e agora falo para você, não importa se você escolher homem ou mulher, eu quero que vocês sejam felizes. – Mamãe fala e dá um beijo nele.
Acho que Ricardo agora ficou mais tranquilo sabendo que tinha o apoio da
mamãe. Era uma pena Rodrigo ser daquele jeito.
Passado o café da manhã e o almoço, eu fui assistir minhas séries que estavam
pendentes. Eu só ia ver os meninos lá na boate, então eu ia sair daqui com Ricardo, e Diego ia com a Carla da casa dela.
Quando chegou a hora, nos arrumamos e saímos. Mais uma vez eu fui dirigindo.
Assim que saí com o carro da garagem, percebi aquele mesmo carro parado lá na rua.
Decidi que estava ficando paranoica e resolvi parar de pensar nisso.
Pegamos um pouco de fila na boate, mas logo entramos. Encontramos com
Diego e Carla no balcão. Assim que me viu, Carla me dá um abraço de urso. Diego me dá um abraço e logo puxa Ricardo para a pista de dança.
— Está tudo bem? – Carla pergunta.
— Está sim, por quê? – Eu pergunto e reparo no ambiente.
— Nada não, você está meio abatida só isso. – Ela diz passando a mão carinhosamente em meu rosto.
— Tive alguns pesadelos durante a noite.
— Se tivesse me chamado, você não teria pesadelo porque eu nem ia te deixar dormir. – Carla diz sorrindo. Sorrio também.
— Eu sei muito bem o que você faria comigo. – Ela sorri mais ainda.
— O mesmo motivo? – Carla pergunta séria de repente. Ela se referia ao primeiro pesadelo que tive.
— Sim, o mesmo.
— Porque não sai desse estágio? – Ela pergunta preocupada. — Eu sei que você ainda gosta da Fernanda e talvez tenha esperança de ficar com ela, mas será se vale a pena correr esse risco? Você não conhece nada sobre essa Natália, ela pode ser uma psicopata. – Carla diz segurando minha mão.
— Eu não sei, talvez eu saia de lá. – Faço carinho em sua mão. — Vou esperar a
Fernanda voltar e me demito.
— Tá. Isso me deixa mais tranquila. – Ela sorri, me fazendo sorrir também. — Agora vem dançar comigo. – Carla me puxa para a pista passando a me torturar com sua dança sensual. Hoje pelo visto ia rolar.
Voltamos para o balcão depois de um tempo dançando, Carla só bebeu um drink, nada mais.
— Está comportada hoje. – Eu falo sorrindo.
— Claro, eu quero dar conta hoje à noite. – Ela fala e dá uma piscadinha.
— Acredite, você sempre dá. – Falo e caímos na gargalhada.
— Ainda bem. Imagina se eu te deixo na mão? – Ela ri.
— Ia ser ruim para o seu currículo. – Tomo um gole do meu refrigerante.
— Jamais vou te deixar na mão, vou cansar você até dizer chega. – Carla fala, coloca seus braços ao redor do meu pescoço e dá um beijinho no meu nariz.
Olho para aquela multidão e vejo um rosto conhecido me olhando do meio daquele mar de gente. Nat está lá, parada, me olhando com um olhar de ódio e um sorriso maníaco, me assusto e aperto a cintura de Carla. Meu coração acelera.
— Que foi? – Ela pergunta tirando minha atenção da multidão e me fazendo olhá-la.
Quando olho novamente aquele rosto sumiu. Não sei se foi minha imaginação ou se realmente ela estava ali. — Mel? – Carla vira meu rosto carinhosamente para olhá-la.
— O que foi?
— Na... Nada. Eu... – Olho novamente. — Não é nada. – Sorrio e tento passar
tranquilidade.
— Quer ir embora? – Carla pergunta. Confesso que eu estava doida para ir embora, a verdade era que eu nem queria ter ido àquela boate.
— Quero. – Eu falo. Eu não ia ficar naquela boate sabendo que a Nat podia estar ali.
Mesmo que tenha sido minha imaginação, foi o suficiente para me deixar com medo.
Fomos até os meninos e nos despedimos, antes eu conferi se eles tinham dinheiro para pagar o taxi.
Pagamos a nossa conta e fomos para o estacionamento, a todo instante eu olhava ao redor procurando pela Natália.
Acho que bati o recorde de tempo que eu fui da boate até lá em casa. Carla ia
dormir lá, mas não tinha levado roupa, e quem disse que ela precisaria de roupas? Mas não foi por isso que eu fui rápido.
— Porque você veio correndo daquele jeito? – Ela pergunta assim que eu estaciono o carro na garagem.
— Só quero ir ao banheiro. – Eu falo sem encará-la.
— Sei... – Nós descemos e entramos. Aquele carro não estava lá na rua.
Fomos direto para o meu quarto, ainda eram onze e meia.
— Desculpa por ter te tirado de lá cedo. – Eu falo me sentindo culpada.
— Não precisa se preocupar minha linda. – Carla vem e senta no meu colo já que eu estava sentada na minha cama. — Eu confesso que também estava doida para ir embora.
— E por quê? – Eu pergunto e Carla me dá um sorriso malicioso.
— Quer mesmo saber o por quê? – Ela diz já beijando meu pescoço.
— É um bom motivo para sair de lá mesmo. – Eu falo e Carla dá uma risada. Seguro seu queixo e trago sua boca de encontro a minha. Carla suga a minha língua com vontade me fazendo soltar um gemido.
Ponho Carla deitada em minha cama, me deito em cima dela e passo a beijar
seu pescoço dando leves mordidinhas. Carla já estava enlouquecida embaixo de mim, me arranhava por baixo da minha blusa. Voltei a beijá-la e mordia seu lábio inferior de leve.
Carla trocou de posição comigo e começou a fazer um belo strip tease, tirou a blusa lentamente e se insinuava para mim sem deixar que eu a tocasse. Tirou a calça jeans que usava e ficou rebolando só de sutiã e calcinha. Eu já estava pegando fogo.
Carla tirou o sutiã e ficou passando as mãos nos seios, sorrindo maliciosamente. Aquilo era uma tortura. Não aguentei e a deitei novamente na cama.
Passei a sugar seus seios, lambia os biquinhos deixando-os intumescidos e
Carla já voltava a me arranhar por baixo da blusa.
Desci distribuindo beijos por toda a sua barriga e tirei sua calcinha com os
dentes. Passei minha língua em toda extensão de seu sexo fazendo Carla gemer alto e agarrar meus cabelos.
Me concentrei em seu clítoris, Carla rebolava e gemia alto puxando os lençóis desesperada. Enquanto a chupava, minhas mãos se perdiam em seus seios
apertando-os de leve.
Ela gozou demoradamente, Carla tinha um sorriso no rosto quando escalei seu
corpo e a beijei na boca, sua respiração ainda estava se estabilizando.
Não demorou muito para Carla me virar e ficar por cima tirando todas as minhas roupas. Carla rebolava me levando a loucura, me beijou novamente e passava seu sexo molhado em minha perna, agora era eu quem a arranhava.
Carla interrompeu o beijo e disse no meu ouvido:
— Eu quero fazer diferente. – Ela me olhava com um sorriso lindo.
Ela se deitou e me fez ficar com as pernas uma em cada lado de seu rosto, me deixou de joelhos na cama enquanto sua língua ia em direção ao meu sexo. Tive que me segurar na cabeceira da cama. A língua de Carla me levava ao delírio.
Carla me torturou bastante antes de me deixar gozar. Saí de cima dela e voltei a
beijar sua boca.
Nos beijamos bastante antes de eu me virar e ir direto em seu sexo, aquele ia
ser um 69 perfeito.
Fomos dormir já era seis e meia da manhã. Como sempre eu estava exausta e Carla não estava melhor que eu não, acho que dei uma canseira nela.
Essa noite foi ótima, é claro que todas as noites que eu passo com ela são
maravilhosas. Como ela mesma tinha dito lá na boate, ela nunca me deixava na mão.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top