Complicada demais para essa tua pressa.
Eu encontrei pessoas que não tinham medo de se entregar, meu coração até que esquentou, mas depois eu lembrei de você.
As pessoas nunca gostaram muito de mim, eu nunca fui aquela menina bonita que todo mundo da escola paquerava, ou aquela garota inteligente ou até a moça bonita que temos paixões platônicas. Eu sempre fui eu, essa coisinha melancólica e desesperada que não sabe lidar com sentimentos, eu sempre tive o cabelo assim, meus olhos nunca mudaram, minhas bochechas sempre continuarão do mesmo jeito, eu nunca fui outra pessoa além de mim.
Ser eu é chato, é entediante, tenho umas paixoezinhas arrebatadas por um sentimento confortável demais para ter um nome, raramente aparece uma coisa igual você na minha vida, quando o universo está tão fadigado e enfastiado ele me envia coisas como você, para me fazer derramar de sentimentos e ele se entreter com minha languidez.
Eu estou cansada de me atormentar com a ideia de te-lo feito ir embora, por mais que você negue, eu tenho o dom de afastar as pessoas. Isso é poeticamente sensível ao seus olhos, um emaranhado de palavras bonitas e desnecessárias que você nunca vai entender.
Eu sou profunda demais para esse teu conjunto de sentimentos rasos. Complicada demais para essa tua pressa. Delicada demais para esse teu desleixo. Apaixonada demais por esses teus olhos.
Tenho certeza que você se assustou comigo, com essa minha euforia e isso tudo que eu sou. Me perdoa, meu bem, eu tentei ir devagar mas é que meu mundo gira rápido demais e não tenho tempo pra essa baboseira de joguinhos. Mas você foi embora e eu senti que nunca iria te superar, porque as pessoas sempre vão embora?
Me acostumei tanto com sua ausência que quando tu resolveu voltar não teve impacto algum. Desculpa esperar tanta coisa de ti, não é sua obrigação me amar de volta, mas isso dói tanto. Sei que não parece, mas aos poucos eu estou superando. Mais uma vez me refazendo por causa de outro, quando é que vou ser amada de volta? Eu sei que essa conversa está repetitiva, "a garota infeliz descontente que não é amada porquê ninguém a entende, pobre coitada". As vezes sofrer com a síndrome do poeta é desgastante, nem tudo precisa ser tão violentamente profundo.
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