Proteção

Saí da empresa pensando em ver Grazi antes dela ir trabalhar. Às sextas ela sempre saí por volta dás 10 horas da noite. Pensando nisso, encerrei meu turno às 4:00 hs da tarde.

Desci direto para a garagem, entrei no carro e mandei-lhe uma mensagem.

Vou chegar cedo, podemos nos ver?

Ela não respondeu nem visualizou. Parando na entrada do condomínio, minutos depois. Ela responde:

hoje não, deixa pra próxima.

Por algum motivo, sua escrita me pareceu diferente e consegui imaginar o semblante dela ao digitar.

Estacionei e segui para nosso prédio, procurando um sinal dela em seu apartamento. Nada.

No corredor, decidi que eu precisava ver com meus olhos que ela estava realmente bem.

Antes de entrar em minha casa, toquei a campainha dela. Me surpreendi com a mulher que me atendeu.

-Boa tarde! Eu poderia falar com a Grazi? -pedi, analisando aquele rosto em minha frente.

-Ela está no banho.

-Posso esperar.

-Como entrou no condomínio?

-Moro aqui do lado. -expliquei.

-Então volte mais tarde. -mandou me olhando de cima a baixo.

Antes mesmo que eu respondesse, Gabi aparece atrás dela. Com um sorriso debochado no rosto, passou a frente da mulher.

-Entre Thiago, Grazi não demora. -falou apertando firme minha mão e me dando passagem.

-Obrigado Gabriel.

-Essa é Gisele, minha mãe e da Grazi. Mãe este é Thiago, um amigo nosso.

Apertei a mão da senhora e nem tentei beijar seu rosto. As palavras de Grazi dançavam em minha mente. Conclui que essa mulher, não foi para ela a mãe que deveria ter sido.

Passo por eles e me sento na poltrona, deixando minha mochila ao lada da mesma. Gisele se senta de frente para mim e não esconde estar me avaliando. Me incomodo um pouco. Seu rosto, seus olhos e sua cor são bem parecidos com de Gabriel, não achei nada que me lembrasse Grazi.

-Trabalha fazendo o quê? -questionou-me, sem rodeios.

-Propagandas, comerciais. Trabalho no setor de marketing.

-Conheceu minha filha aqui no condomínio mesmo?

O calor lá de fora pareceu invadir o recinto. Derrepente, me dei conta que estava sentado na sala dela, com a família dela.

-Isso mesmo, somos vizinhos.

-Minha filha nunca me falou sobre você.

-Entendo. Ela... -minha suposta explicação foi interrompida por Gabriel.

-Mãe, deixe Thiago em paz, relaxa que ele é tranquilo. -sua interrupção me deixou meio perdido, mas lhe sorri em agradecimento.

-Okay, quer beber algo? -Perguntou solicita.

-Água, por favor.

Assim que ela se retirou, Gabriel liberou uma risada.

-Relaxa cara, minha mãe não morde... Mas eu sim. -completou ainda sorrindo.

Gisele retornou com a água e em sua outra mão, um copo duplo de whisky.
Me entregou a água e virou seu copo de uma só vez. Os olhos de Gabriel ficaram difirentes e li facilmente uma reprovação. Sua mãe também percebeu, porém, preferiu ignorar.

O clima estava tenso quando Grazi chegou na sala. Seus olhos me condenaram e eu fiz como Gisele, ignorei.

Com um sorriso nervoso, Ela me cumprimentou com um beijo no rosto assim que me levantei.

-Eu não sabia que tínhamos marcado algo. -falou sorrindo nervosa para mim.

-Não marcamos. Eu passei para saber se precisava de alguma coisa, uma ajuda no jantar por exemplo. -respondi com a primeira balela que me veio a mente. Mesmo sendo cedo para preparar o jantar.

-Que ótimo! Grazi é uma negação na cozinha, não aguento mais comer lasanha, juro que tentei, mas foi só isso que ela aprendeu. -intrometer-se Gisele.

-Imagino que com a vida corrida que ela tem, falta tempo para se dedicar ao que ela não gosta de fazer, mas é para isso que servem os restaurantes e os amigos. -falei me colocando fisicamente ao lado de Grazi.

-Deste jeito ela nunca vai arrumar um marido, a concorrência está desleal e ela...

-Chega mãe. Grazi não precisa de um marido para viver, ela é uma mulher independente e assunto encerrado. -defendeu Gabriel me deixando com um sorriso no rosto e Grazi mais constrangida.

Me perguntava aonde foi parar aquela língua afiada que Grazi tem. Com o clima novamente pesado, tirei meu paletó e coloquei sobre minha mochila.

-Vamos pra cozinha ou prefere pedir uma pizza Grazi? -perguntei enrolando as mangas da minha camisa.

-Cozinha. -respondeu baixinho.

-Então vamos. -falei me dirigindo para a mesma.

Ela veio calada atrás de mim. Assim que passamos pela porta, dei um selinho em seus lábios. Mesmo não sendo este o beijo que eu desejava.

-O que planeja fazer para o jantar?

-Eu ia fazer lasanha, mas pelo visto ela não gosta mais.

-Faremos lasanha mesmo, se ela não quiser, que peça pizza. Vou te ajudar e depois vou embora. Eu sabia que ela viria para o fim de semana, mas pensei que chegaria amanhã. -Esclareci.

Grazi ainda estava encostada na bancada, seus olhos me analisavam.

-Ela te perguntou alguma coisa?

-Sim, porém não se preocupe, disse a ela somente a verdade.

-A verdade? -questionou assustada.

-Sim, que somos amigos e vizinhos.

Sua postura relaxou um pouco e seus olhos suavisaram.
-Merda! Eu preciso beijar essa boca. -Pensei antes de me aproximar e toma-lá em meus braços para um beijo de verdade.

Ela retribuiu, estava mais contida, mas retribuiu. Quando nossos lábios se separaram ela suspirou em alívio e isso me pegou desprevenido.

-Desculpa por invadir assim o seu espaço...

-Não é nada disso seu bobo, eu queria mesmo era tirar essa sua roupinha de empresário do ano e te devorar inteirinho.

Ri com gosto, minha pequena estava ali com suas garras bem afiadas e seu tesão em dia.

-Então vamos lá em casa buscar uns ingredientes? -convidei.

Íamos sair pela porta da cozinha, mas me lembrei que minha chave estava na mochila que ficou na sala.

Quando fui buscar, ela foi junto. Gisela estava elogiando o físico do filho e exaltando sua beleza. Grazi se entristeceu e meu peito doeu.

-Vamos pequena, Vamos acabar com isso logo para você poder descansar antes de sair para trabalhar. -falei alto, com a mão na maçaneta.

Gabriel sorriu para mim e eu e ela saímos.
A tristeza em seu semblante, deixava claro que aqueles elogios nunca foram dirigidos para ela.

Abri a porta do meu apartamento com calma, me controlando para não voltar e dar uns gritos com Gisele. No mínimo.

Segurei sua mão e a conduzi para o banheiro comigo.

-Vamos tomar um banho.

-Eu já tomei.

-Mas não foi comigo. -expliquei com as mãos em sua blusa larguinha.

Ela as segurou e baixou o rosto, isso não me impediu de ver a cinta apertada que estava envolta de sua cintura.
Busquei seus lábios carnudos em um beijo capaz deixar nossas almas expostas.
Com calma, passei a mão para de baixo da blusa novamente. Abri o primeiro colchete e aos poucos fui liberando um por um.

Afastando nossos lábios, me pus de joelhos e abraçando-a pela cintura, beijei sua barriga saliente. Beijos suaves de início e depois mais sensuais. Passei a língua e dei algumas mordidinhas até ela envolver meus cabelos com as mãos. Fui me livrando do seu short e a peça de baixo, nada lembrava as anteriores. Foda-se! Eu sabia bem que maravilhas ela escondia. Com a peça tão diferente no chão, beijei seu ventre antes de chegar ao seu centro.
Meu membro pedia por liberdade, mas por agora. A atenção seria somente dela.

Finalmente relaxada e entregue, ela se derreteu em meus lábios. Subi dando a mesma atenção aos seus seios fartos e com eles na minha boca senti ela gozar em meus dedos.

O sorriso de satisfação e abandono em sua face, valeu meu orgasmo contido por não deixar ela me tocar. Ainda.

No chuveiro o banho foi rápido, minha pressa agora era tê-la deitada sobre meus lençóis e não encostada na pia do banheiro.

Venerei seu corpo com meus olhos, o latejar no meio das minhas pernas ia mais uma vez que esperar. Cobri seu corpo inteiro com beijos e somente sedi, quando ela pediu com um gemido que a possuísse.

Sem esperar minha resposta, pegou o preservativo na gaveta da mesinha e com pressa me vestiu antes de puxar meu corpo finalmente de encontro ao dela. Perfeito.

Escorreguei com calma sentindo suas paredes latentes me abrigar, respirei fundo buscando me concentrar. Eu queria à liberdade, mas de forma alguma hoje poderia ser antes da dela. Um ritmo suave embalou nossos corpos suados e a minha entrega veio assim que ela me mastigou chamando docemente meu nome.

-Thiago!
-Grazi!

A retorno ao apartamento dela, foi mais de duas horas depois. Seu sorriso havia voltado e mãe não ousou falar nada quando viu em meu rosto uma escancarada reprovação silenciosa.

Fiquei para o jantar e quase morri de vergonha quando Grazi contou para Gabriel. Bem na minha frente. Que eu tinha sugerido que ele era gay. À noite toda tive os olhos de Gisele me avaliando, mas não liguei, meus olhos estavam voltados para Grazi.

Por motivos que não sei dizer, hoje eu não quis deixar ela sozinha. Por este mesmo motivo, eu estava agora entrando no camarim de uma conceituada casa de show na zona norte do Rio, acompanhando ela, juntamente com Gabriel.

O tal do Fred estava presente também, abriria o show pra ela. Notei que a presença de Gabriel não o agradou, nem tão pouco a minha. Também notei seu olhar de cobiça para a mulher que não mais lhe pertencia.

-É isso aí Playboy. Você vai ter que me engolir. -Pensei ao apertar firmemente sua mão para em seguida beijar os lábios doces e carnudos de Grazi.

Quando ela subiu ao palco, seu nome foi gritado em todos os tons. Seu sorriso fácil cativava cada um que o enxergava. Homens à olhava com desejo e isso me pertubava, cantadas mal dadas eram gritadas e mulheres a elogiavam. -Esse é o mundo dela. esse é o lugar que a deixa feliz. -repeti para mim, durante toda à madrugada.-Grazi era livre e não pertencia a ninguém.

Dentro de mim um sentimento de proteção crescia e se preciso fosse eu passaria o fim de semana na casa dela e não na minha.

🌻🌻🌻

💐Por favor! Não esqueçam de votar e comentem à vontade.

Lembre-se que seu voto e meu termômetro, ele tem muito valor para quem escreve assim como eu.

💋Beijos da Aline💋💋.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top